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domingo, 2 de dezembro de 2012

Entre 1643 e 1715...



Esta conversa ocorreu entre 1643 e 1715, um diálogo entre Colbert e Mazarin durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral "Le Diable Rouge", de Antoine Rault:


Colbert;- Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarin;- Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert:- Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarin;- Criando outros.

Colbert;- Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarin: -Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos ?

Mazarin: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então, como fazemos ?

Mazarin: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhe tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhe tiramos. 
Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

...

Esta "conversa" já vem de à séculos, as massas comem por norma o que lhes atiram... Despertar consciências é uma tarefa mental-somática mais difícil do que parece!
Sem esquecer, que já desde os tempos em que éramos macacada, já fazíamos política...

A evolução não pára, nem estagna... É uma jornada sem fim!

El Che ...Vive!


Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Maçonaria e Opus Dei


Há poucos dias, uma grande celeuma se levantou após a publicação de um post no blog Casa das Aranhas acerca da Maçonaria. Celeuma essa extrapolada, devido ao facto, que num dos primeiros comentários alguém publicou a lista dos membros do GOL - Grande Oriente Lusitano - de A a M. De referir que o post em causa - muito interessante - já se alonga em mais de mil e tal comentários, maior parte deles, injúrias e ofensas, dentre virgens ofendidas e do melhor e/ou pior vernáculo luso sem correcção ortográfica.
Com grande espanto meu, no meio das centenas, encontro um comentário, mais do que certeiro, mais do que sintético e assertivo, resume de uma penada o país em que vivemos, pós 25 de Abril de 1974. Assinado por um Virgílio Lopes, ele escreve e muito bem;

Apelo a que, serenamente, se foquem no problema REAL.
A História de Portugal e do Mundo está cheia de maçons ilustres, grandes humanistas, defensores da liberdade, da democracia e de uma maior justiça social. ISSO É UMA VERDADE INDESMENTÍVEL !
O problema REAL (e apenas estou interessado em falar no meu País) é que após o 25 de Abril nasceu uma NOVA “maçonaria” que não é mais do que uma MÁFIA representativa do pior que há nos partidos chamados do “arco do poder” e designadamente do CENTRÃO ou Bloco Central de Interesses.
A esmagadora maioria dos NOVOS “maçons”, verdadeira MÁFIA, listados ou não, são gente militante ou afecta ao PS e ao PSD. Sem prejuízo dos muitos socialistas e sociais-democratas convictos e sérios que pertencem a esses dois partidos.
Mas falta falar do OPUS DEI. Outro POLVO secreto infestado de comparsas, sobretudo “beatos falsos”, daqueloutros da NOVA “maçonaria”. Convictos, haverá lá uns tantos, poucos, de que é exemplo mais mediático o Dr. Mota Amaral.

Por tudo isto, repito, foquemo-nos no problema EFECTIVO, REAL – a maioria esmagadora destes novos “pedreiros livres” e “beatos falsos” são, na realidade, a COSA NOSTRA PORTUGUESA.
Uma corja de “criminosos de colarinho branco e botões de punho” que andam há anos a SACAR e a VENDER A PATACO a riqueza do País.

E como é que nos vamos ver livres deles, infiltrados que estão, “como piolho por costura”, em todos os ÓRGÃOS DE SOBERANIA do Estado Português ?

Eles dominam tudo:

Presidência da República

Assembleia da República

Governo e Ministérios

Tribunais Superiores e todos os restantes

Polícias e Forças de Segurança

Aparelho económico

O PAÍS !!!!

Eu diria todo o mundo ocidental vestido no politicamente correcto, ou seja, a hipocrisia geral sustentada na iliteracia  global das sociedades, grosso modo, nos campos; políticos, económico/financeiros, culturais e sociais.
De referir que independentemente das missões filantrópicas e religiosas, da Maçonaria e da Opus Dei, não se pode esquecer o facto real, de que são espaços propícios para facilitar canais de ligações entre políticos, actores da alta economia e finança, bem como altos funcionários nas áreas da justiça.
E quando assim é ... 


Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que fazer para os portugueses acordarem ?


Com o país sob ataque cerrado interna e externamente, o seu povo vai sendo asfixiado mês a mês.
O salário cada vez mais curto e as despesas a subir, seja em; impostos, combustíveis, alimentação, material escolar e todos eles combinados entre si, vão cortando sem piedade o oxigénio dos orçamentos familiares. 

Rendimentos familiares portugueses esses, que endémicamente sempre andaram muito abaixo da média europeia, são os que constantemente estão sob pressão dos políticos do "arco governativo", dirigentes de associações empresariais, banqueiros e empresários, de que os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Ou seja, na verdade quem vive muito acima das suas possibilidades e das que o país consegue realmente pagar, são os que dizem que quem vive com os salários mais apertados, vivem acima das suas possibilidades.

Portugal apresenta as maiores desigualdades mundiais na distribuição da riqueza, pegando só na amostra das empresas do índice bolsista PSI-20, a décalage do rendimento mensal entre o admnistrador de topo até ao funcionário de nível mais baixo, a desigualdade é das maiores da europa.
Portugal tem muitas posições com salários e regalias bem chorudas bem acima da média europeia, desde; empresas públicas da admnistração central e local, funções governativas e respectivas assessorias, fundações de todo o tipo e tachos de toda a espécie.

Afinal quem vive acima das suas possibilidades ?

Portugal vive num ciclo de corrupção e interesses infernal. Para o liquidar de raíz, os portugueses fora desse ciclo, que são a grande maioria, teriam que fazer essa chatice que é votar e votar bem seria fora dos partidos auto-apelidados de arco governativo, ou seja, PSD/CDS e PS.
Porque grande parte dos deputados e governantes desses partidos, trabalham para as grandes multinacionais que interessa reduzir o custo do trabalho e maximizar o lucro.
Os grandes escritórios de advogados que através dos seus deputados ensarilham como podem a legislação nacional
Na área da construção civil e das obras públicas onde se sucedem obras supérfluas e sem sentido, onde o esbulho do erário público é demasiadamente evidente.
No sector financeiro e na área da saúde privada inter-ligada entre si, destruindo o sector público da saúde e gradualmente transformando o utente para cliente, esta é das mentalidades mais preversas que se estão a instalar.
O dinheiro existe, anda é há décadas a ser mal canalizado segundo os interesses da população portuguesa e a enriquecer pornográficamente alguns.

O vídeo em baixo é uma entrevista - fora dos grandes canais televisivos - ao professor universitário Paulo Morais, ex-vice da Câmara Municipal do Porto (PSD), onde explica concisa e sintéticamente o modus vivendi da corrupção lusa, ganha maior relevância por ser de alguém que esteve dentro do sistema.

O que fazer para os portugueses acordarem ? Será com desenhos, talvez ...




Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um Povo imbecilizado e resignado...


Cronologia: finais do séc. XIX e início do séc. XXI. O fado lusitano que atravessou um século inteiro, com muitas pessoas que faleceram e outras tantas que (re)nasceram.

Hoje é hora, desta o status quo vai ser alterado, não há como...
Escrevia há 116 anos Guerra Junqueiro, a realidade de outrora e de agora. Em termos regimentais, até parece, que o tempo não passou.
Tal como a História nos conta, em pontos salteados no espaço e no tempo, num contexto de incoerência coerente, nos tempos actuais - Há gente que tem de morrer ...!

Um povo imbecilizado e resignado,
humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo,
burro de carga,
besta de nora,
aguentando pauladas,
sacos de vergonhas,
feixes de misérias,
sem uma rebelião,
um mostrar de dentes,
a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas
é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante,
não se lembrando nem donde vem,
nem onde está,
nem para onde vai;
um povo, enfim,
que eu adoro,
porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso
da alma nacional,

reflexo de astro em silêncio escuro
de lagoa morta (...) Uma burguesia,
cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal,
sem palavras,
sem vergonha,
sem carácter,
havendo homens
que, honrados (?) na vida íntima,
descambam na vida pública
em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,
da mentira à falsificação,
da violência ao roubo,
donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,
escândalos monstruosos,
absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo,
esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador;
e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do país,
e exercido ao acaso da herança,
pelo primeiro que sai dum ventre
- como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara
ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...),
sem ideias,
sem planos,

sem convicções,
incapazes (...)
vivendo ambos do mesmo utilitarismo
céptico e pervertido, análogos nas palavras,
idênticos nos actos,
iguais um ao outro
como duas metades do mesmo zero,
e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896

sábado, 9 de junho de 2012

Carta do Centro de Emprego

(clica na figura)

Esta é a carta padrão que a Segurança Social envia aos desempregados que perfazem os 6 meses de desemprego.
Nesta carta, seu conteúdo em pouco menos de 10% resume o fim a que se destina, ou seja, a reavaliação da situação do desempregado, os restantes 90% são utilizados a assustar o desempregado nas variadas formas em que pode perder o seu meio de subsistência, com termos usados, tais como; a falta de comparência não justificada; a anulação da inscrição de centro de emprego determina...; todavia conforme a situação do incumprimento apurada, o quadro sancionatório poderá ser ainda... Por aí adiante.

Bem sabemos, que estes ofícios têm que obedecer a uma série de normativos legais, mas daí ao exagero ...!
Roça em alguns aspectos aquelas técnicas de guerra psicológica das unidades das psiques militares para aterrorizar o inimigo. O que leva a questionar se a Segurança Social considera o desempregado, um inimigo !?

Todos sabemos, que existem inúmeras fraudes relativamente aos apoios do Estado, mas também sabemos, que muita gente descontou durante muitos anos para ter direito a este apoio, muita gente deseja trabalhar e ao contrário do que alguns responsáveis políticos julgam, estar desempregado neste país não é uma oportunidade de mudar de vida, pois este país não é a terra das oportunidades como pensam, derivado dos modelos económicos que estudaram. Convenhamos que o Canadá e os E.U.A. não são propriamente, mesmo que dizer, Portugal. Embora que tenhamos infelizmente alguns responsáveis governativos que acham que os mesmos modelos possam ser aplicados, não tendo a noção que falamos de realidades e sistemas organizativos completamente diferentes.

Quanto aos técnicos da Segurança Social, não vamos acreditar que na sua globalidade serão pessoas desumanas e insensíveis, por isso, as percentagens na figura acima estão rabiscadas a lápis, para que possam ser apagadas e serem invertidas as respectivas proporções.
E se há pessoas humanas a trabalhar nesse ministério - concerteza as haverá - ponham a mão na consciência e reformulem esta carta-tipo enviada a pessoas desempregadas há mais de 6 meses. Já basta o drama de estar desempregado há mais de 6 meses com a agravante de não se vislumbrar um futuro melhor num país estragado e extorquido pelos responsáveis políticos das últimas décadas.

sábado, 17 de março de 2012

Phenomena

Canfa 2012

Por momentos de vislumbre, segundos de sol reflectidos em vales de sombras, um rio corre tentando ganhar confiança, dos seres presos nas margens, que todos assistem, a essa corrida de sentido único.
E se uma flor marginal, que se questionasse, por exemplo... E se o rio corresse noutro sentido? Ou para os lados? E se desobedece-se à lei gravitacional e seguisse uma outra lei, mesmo que abstracta, uma lei inventada e contraproducente às leis da vida... Porque em boa verdade, a vida e a morte, se entre-cruzam todos os dias.

Em boa verdade, não se nasce, mas sim, se renasce.
Em boa verdade, não se morre, mas sim, se acorda.

As pessoas em geral, têm-se como muito inteligentes, tal a soberba ingénua por que se tomam. Alias refira-se, a medricagem que a população humana vive e sobrevive, a começar pela tanafobia - fobia da morte - em que vive. Ou seja, vive, com o medo de morrer. Quando na verdade, uma e outra se complementam, ao mesmo tempo que a existência persiste. Vive uma contradição meridiana, no seu simples intelectual de ver as coisas.

Essa mesma soberba, que por um lado se destroem alimentos para manter o preço, nos mercados de derivados, por outro lado existem pessoas que morrem por doenças consequentes da fome.
Este é o anátema da sociedade em que vivemos.
Só por isto, se depreende o nosso nível de evolução, enquanto espécie.

Enquanto nós, por todo este mundo, vivemos os devaneios, delírios, desmaios, hipnosis, alegrias, comas, sonambulismos, medos e fobias. 
Na verdade, somos partes integrantes de tudo isto, cada um na sua quota-parte.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A bomba atómica helénica


No início desta semana, o primeiro-ministro grego Georges Papandreou, divulga que o seu "governo" aprovou a realização de um referendo nacional, relativo à aceitação ou não, de um novo pacote de "ajuda" externa, também entendido como, plano de resgate, ou uma espécie de "ai Jesus!".
Crendo pelo estado anímico do povo grego a esta altura e pressupondo-se que o referido referendo irá desembocar num rotundo não, a Europa, principalmente, entrou em pânico nos seus variados desígnios fiduciários.
Ao mesmo tempo, que o governo grego, demitia em simultâneo todo a sua chefia de topo militar, receando um golpe militar. Eles "andem" por aí.

Os tontos líderes europeus, que de cimeira em cimeira, vão anunciando medidas para salvar o euro. Na verdade, quando todos se juntam e jogassem dominó, o efeito seria o mesmo, umas boas horas de convívio e pouco mais. Sem dúvida que andam a correr atrás da bola, incapazes de decidir, reagem. Pelo se que tem visto, às cegas, aos apalpões, estão perdidos e à nora.
São intermediários de um jogo maior, sem saberem muito bem, em que barco estão metidos.
São financiados indirectamente por uma elite, sob formas de patrocínio dos seus partidos políticos, que ao mesmo tempo controlam os media, que os impulsionam e que ao mesmo tempo os levam à lama. Basta lançar o boato de que fizeram broches a putos ou que violaram secretárias.

Neste patamar, estão todos comprometidos. Comprometeram-nos, uns de uma maneira, outros de outra. Ao mesmo tempo que ficam semi-obrigados de resguardarem-se uns, quando por outro lado, protegem outros.
Dessas e doutras formas, as margens de manobra ficam reduzidas e assim, as grandes corporações, vão absorvendo as empresas públicas da Grécia, as de Portugal já estão calendarizadas, as irlandesas, depois as italianas e espanholas, tudo num efeito dominó. Que afinal, ao que parece, tudo isto já estaria agendado e estudado.

De salientar, que mesmo que haja, algum tipo de programa, e veja-se que desde 2007, tem sido sempre a descer, questiona-se, se contaram com os factores imprevisíveis, os imponderáveis e os factores aleatórios que se multiplicam em razões geométricas?
Quando assistimos, a pseudo-líderes armados em artolas como o monsieur Sarkozy a afirmar directamente a outro estado soberano, que a salvação só tem uma alternativa, comprovamos o pânico e a total incompetência de quem se julga de que tem o mundo na mão. Santa ignorância!

Quando também no início desta semana, se celebrava o nascimento, do 7.000.000.000 indivíduo físico neste planeta. Houve vários países que reclamaram para si o evento, que só por si, é quase impossível de determinar.
Esta elite que governa actualmente o planeta e que tem o melhor negócio do mundo, que é o de criar dinheiro, através do controlo da impressão de notas, também têm vindo não só a defender como a implementar as mais variadíssimas teorias eugénicas - redução da população.
Muito provavelmente, poderíamos estar a celebrar o 8 ou 9 bilionésimo cidadão.

Querem-nos seres escravos e não seres pensantes, passando a ideia de que as pessoas em geral é que são as culpadas disto tudo.
De viverem acima das suas possibilidades e de nascerem como ninhadas de ratos nos apelidados países do Terceiro Mundo.

Não deixa de ser curioso, de que a mudança do paradigma vivencial das sociedades se (re)inicie na Grécia.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vítima mortal em assalto no Barreiro


Entre as 4h e 5h de madrugada de hoje, ocorreu um assalto na pastelaria OVNI no Barreiro. A pastelaria também tinha uma pequena papelaria, sendo um estabelecimento que começava a funcionar de madrugada, pois tinha fabrico próprio.
Ao que parece, quando o proprietário do estabelecimento se preparava para abrir as portas para mais um dia de trabalho, terá sido surpreendido por três assaltantes. O empregado - vítima mortal - terá acorrido em ajuda do seu patrão, supondo que além da relação laboral teriam uma relação de amizade de longa data, foi esfaqueado de tal forma que viria a falecer. O proprietário também esfaqueado, foi já sujeito a cirurgia, desconhecendo-se a este momento o seu estado.
Àquela hora no estabelecimento comercial, muito provavelmente, ainda não haveria dinheiro em caixa e segundo parece, os assaltantes levaram um televisor plasma, tabaco e alguns objectos. Relatam algumas edições on-line que os assaltantes já foram apanhados na zona do Seixal pela Polícia Judiciária. Consta que já possuem longo cadastro criminal e que já tenham passado pelas enormes mãos largas da nossa justiça. Neste caso, havendo crime de sangue, talvez possam ficar detidos.

A grande questão em Portugal, é toda a legislação criminal, principalmente a aplicabilidade das penas, em que são os próprios aplicadores das leis que têm de fintar, um complexo e excessivamente garantista sistema penal.
Os designados "grandes" safam-se às malhas da justiça com toda a facilidade, por outro lado, este tipo de crimes que erradamente são designados pelos "pequenos", pois não são pequenos, são bandidos; não roubam comida para dar aos filhos, não é aquela pequena fuga aos impostos ou à multa de trânsito. São bandidos, são filhas da puta que se escondem nos bairros sociais, são maus e por vezes extremamente violentos por nada. Têm dinheiro e conseguem arranjar "bons" advogados para os safar ou minimizar a pena. Não é a pobreza que os alimenta, mas sim, servem-se do pretexto da pobreza para cometer crimes.
Desde explorar prostitutas, ao tráfico de droga, ao pequeno/médio assalto, a maior parte vangloria-se dos seus feitos.
Apesar de em muitos bairros sociais, onde impera a pobreza e a miséria, exista muita gente que luta todos os dias no seu trabalho, onde muitos se agrupam em associações de moradores, culturais, onde com muito esforço tentam puxar principalmente os mais jovens num enorme esforço de inverter o ciclo, e onde o Estado falha muito no apoio destes esforços heróicos.

Portugal, além de ter um problema colossal, com a sua justiça, ferramenta fundamental de regime e de soberania, tem um enorme tabú em matéria de segurança, por via de ter sido um país saído de um regime fascista com recorde no espaço temporal, 48 anos.
Onde as forças políticas, põem as mãos pelos pés, desde a esquerda que puxa pelo o 8 e a direita pelo o 80. É uma questão onde notoriamente falta o discernimento e o bom-senso pragmático da realidade das situações. Desde as mais angelicais teorias filosóficas de reinserção social ao extremo do regime policial.
E isto é o busílis do problema. Sempre que exista uma actuação policial, a mesma, significa logo, repressão. Este nó, na sociedade portuguesa é ainda muito difícil de desatar.
Quando se perspectiva que o crime vai aumentar, nomeadamente o violento, tem de se desburocratizar processos policiais e mais difícil "mexer" na legislação, pois quem vai sofrer mais com este tipo de situações será a classe média, aquela que sustenta verdadeiramente o Estado. Pois os ricos, poderão pagar segurança privada e sistemas de segurança mais onerosos.

A displicência do Estado nesta matéria abrirá caminho invariavelmente a que sejam os próprios cidadãos sozinhos ou agrupados, que façam a justiça pelas próprias mãos deitando por essa via o Estado de direito pelas ruas do acaso e do momento. A fronteira desta temática é muito ténue.
Vai ser difícil julgar um indivíduo que perante o perigo de morte por um infractor das mais elementares normas do Estado de direito, mate o opositor e como dizia um juíz "primeiro certifique-se que ele esteja morto e depois meta-lhe uma faca na mão para reforçar a legítima defesa".
E nós até temos bons polícias, como a unidade do Grupo de Operações Especiais - GOE, tem é que se ter cuidado é com a politização das polícias, esse é outro assunto, também complexo.

Perante tudo isto, não poderia de estar em completa concordância com a declaração do criminologista Barra da Costa no Jornal de Notícias de 2008/08/30;
"Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis".

domingo, 25 de setembro de 2011

A questão madeirense e a santa hipocrisia


Na semana passada, o Portugal político, dos media e dos comentadores especializados, acordam para um facto novo e desconhecido. Ao que parecia e constatando o chinfrim frenético habitual, descobriu-se que a Madeira tinha escondido, ou melhor, ocultado um avultado buraco financeiro. Os intelectuais de sempre começaram a atirar miles de milhões ao ar, como de costume, são um, não são 4, são é 7, não não, são 5 e com todo aquele ar muito seráfico de quem fez todas as contas de forma rigorosíssima, quais mestres do cálculo financeiro.
Até o Presidente da República, que cada vez mais, se vem mostrando como uma nulidade total, veio a terreiro afirmar que a Madeira ocultou informação ao BdeP e ao I.N.E., veio também, o Procurador da República, Pinto Monteiro, outra nulidade total, a afirmar aos microfones dos jornalistas, que agora é que era, que agora, de facto havia indícios criminais e por causa disso iria abrir um inquérito criminal, sem levar em conta, a importância que isso tem neste país.
Fora toda a carneirada intelectual política que consta nas folhas de vencimentos das 3 cadeias de televisão portuguesas, com todo o ar de virgens ofendidas relativamente à questão da Madeira ter ocultado, o verdadeiro défice orçamental da região.
E nesta maré opinativa, foi arrastada a opinião pública que no seu conjunto é pouco esclarecida, teve sempre a ideia que, o Alberto João, é que os sabe levar.

Mas que santa hipocrisia!

Na verdade, toda a gente sabia do descalabro da dívida da Madeira, aliás, os que sabiam foram os mesmos, que fizeram o descalabro da dívida da república.
Não há, nem existem financiamentos, ou empréstimos de centenas de milhões de euros, que se consigam ocultar. Deixam rasto, informação e registos.
Perversamente, esta situação favorece politicamente Passos Coelho, que sai com a imagem reforçada, de quem quer por as contas em ordem, de não pactuar com ilegalidades e em suma, o austero responsável. E por mais incrível que pareça, esta imagem vende.

Há uns anos atrás, foi criada a política do "endividamento zero" para a região da Madeira, pela a então Ministra das Finanças - Manuela Ferreira Leite do PSD, a que a região contornou esta política com a criação de empresas, como as Sociedades de Desenvolvimento que dessa forma conseguiram obter financiamento externo.
Tal como nas autarquias continentais, que através da criação das empresas municipais, conseguiram fazer um dois em um. Por um lado contornaram a política restritiva do endividamento e no lado político conseguiram afectar mais tachos dourados às figuras políticas, nos lugares de administração das referidas empresas, assim sendo, cada feudo regional compensava os variados equilíbrios partidários de zona.
Em boa verdade, o que se passou na Madeira, passa-se por todo o país continental, ou seja, factualmente, a merda é mesma.
Na Madeira, obviamente foi às claras, de tal modo, que no parlamento regional, chumbaram a lei das incompatibilidades, veja-se que os partidos assentes no parlamento autónomo são braços dos partidos do continente, lei surreal que permitia a dirigentes com responsabilidades governamentais que gerem a coisa pública, ao mesmo tempo, ter os seus negócios privados.

Há quem vá à Madeira, e ingenuamente, diga que de facto vê-se a obra. O que na verdade se vê, são estradas e construção civil que apenas beneficiaram construtores que cirandam à volta da famiglia Jardim, pois a pobreza continua lá e atroz. Não é por acaso que a Madeira continua a ser uma das rotas preferidas dos cruzeiros das Gay's Parade para se relacionarem com meninos, dito da forma mais simpática possível.

De buraco em buraco, o país vai-se afundando de tão esburacado que já está. Tal como o Titanic, parece que o nosso destino é o fundo do oceano atlântico.
A dívida da Madeira ainda é maior do que se fala, tendo em contas facturas com diferimento temporal à volta dos 3 anos.
O buraco do BPN, que ainda não se sabe verdadeiramente a sua real extensão.
O Millennium BCP, onde a administração de outro Jardim, fizeram vigarices incríveis, falsearam as contas do banco, manipularam a bolsa... E por baixo do tapete, o que ainda haverá?
As empresas municipais no seu conjunto, alguém sabe ao certo da sua dívida total?
E as crateras das obras públicas e da construção civil das últimas décadas com a corrupção inerente?

A credibilidade do país está ao nível como do ex-autarca de Marco de Canavezes, Avelino Ferreira Torres à saída do tribunal que lhe ilibou de todas as ilegalidades de que era acusado.
- Sejam sérios, sejam sérios, pelo menos uma vez na vida!

sábado, 10 de setembro de 2011

Arco-íris

A aparência do arco-íris é causada pela dispersão da luz do sol que sofre refracção pelas (aproximadamente esféricas) gotas de chuva.
A luz sofre uma refracção inicial quando penetra na superfície da gota de chuva, dentro da gota ela é reflectida (reflexão interna total), e finalmente volta a sofrer refracção ao sair da gota. O efeito final é que a luz que entra é reflectida em uma grande variedade de ângulos, com a luz mais intensa a um ângulo de cerca de 40°–42°, independente do tamanho da gota. Desde que a água das gotas de chuva é dispersiva, a grau que a luz solar retorna depende do comprimento de onda e da frequência, principalmente. A luz azul retorna em um ângulo maior que a luz vermelha, mas devido a reflexão interna total da luz na gota de chuva, a luz vermelha aparece mais alta no céu, e forma a cor mais externa do arco-íris.

O arco-íris não existe realmente como em um local do céu, mas é uma ilusão de óptica cuja posição aparente depende da posição do observador. Todas as gotas de chuva refractam e reflectem a luz do sol da mesma forma, mas somente a luz de algumas delas chega até o olho do observador. Estas gotas são percebidas como o arco-íris para aquele observador. Sua posição é sempre na direcção oposta do sol com relação ao observador, e o interior é uma imagem aumentada do sol, que aparece ligeiramente menos brilhante que o exterior. O arco é centralizado com a sombra do observador, aparecendo em um ângulo de aproximadamente 40°–42° com a linha entre a cabeça do observador e sua sombra ( isto significa que se o sol está mais alto que 42° o arco-íris está abaixo do horizonte e o arco-íris não pode ser visto a menos que o observador esteja no topo de uma montanha ou em outro lugar de altura similar).
(fonte wikipédia)

Também segundo a wikipédia, um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenómeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. No entanto, a grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais.

Para ajudar a lembrar a sequência de cores do arco-íris, usa-se a mnemónica: «Vermelho lá vai violeta», em que l, a,v, a,i representam a sequência laranja, amarelo, verde, azul, índigo. Na língua inglesa é usada a mnemónica roygbiv. Ou a expressão " o que lá vai, lá vai ".

O efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador em uma baixa altitude ou ângulo. O mais espectacular arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador está em um local com céu claro. Outro local propício à apreciação do arco-íris é perto de cachoeiras.

O arco-íris, também é uma forma da natureza de mostrar, que ninguém é dono da verdade. Ou seja, aos olhos de cada um e na interpretação individualizada de cada ser, existe a sua verdade, que pode ser total ou parcialmente diferente de outro.
Dessa forma a sobranceria, acaba por ser não mais do que ignorância.
Arrogância, será algo já, no campo da patologia mental e comportamental.
Na verdade, ninguém é dono da verdade das coisas, por exemplo, aos olhos de um cão existirá uma verdade, aos olhos de uma mosca, provavelmente outra. Quem pode afirmar que porventura, aos olhos de um louco internado institucionalmente, as chamadas pessoas ditas normais, não serão monstros.
Quem é normal? O que é ser normal? E quem é que quer ser normal?
Alegadamente a maior parte da sociedade humana segue a via da roboéxis - robotização existencial. É uma espécie de zona de conforto que não dá muitas chatices, tem quem decida por elas, estagnando a evolução consciencial em favor do condicionalismo.

Todos nós, vemos ilusões de óptica que tomamos como verdadeiras, que na verdade, não existem. Veja-se na sociedade humana, o seguidismo doentio por indivíduos, seja na política, na religião ou qualquer tipo de conglomerado de interesses.

Existem arco-íris, por todo o lado...



Pink Floyd - One Of These Days

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Por mais que se torça, a realidade é real


Respondia um cangalheiro dos tempos modernos, ao seu interlocutor - Este também é só cigarros! - Já enterrei muita gente, que nunca fumou um cigarro!
Facto incontornável, toda a gente morre. Pode-se ser mentiroso profissional e até da forma como se respira, mas, ninguém engana a morte, ela já anda por aqui há muito ano e muitos a virar frangos.
Por outro lado, depois de morrer, nasce-se outra vez, ou seja, a questão não acaba, é um processo cíclico.
Por exemplo, pessoas físicas, na geração dos 30, 40 ou 50 têm uma enorme probabilidade de terem existido numa vida física anterior a esta, por altura dos finais do séc. XVIII e inícios do séc. XIX. Na europa, onde predominam cemitérios católicos, pode ocorrer até, um indivíduo contemplar a sua própria campa ou mesmo o jazigo familiar. Imagine-se as vibrações energéticas, perante tal constatação!

Na linha, real, de várias vidas vividas, todos nós já vivemos nos dois géneros físicos, daí levanta-se a questão da homossexualidade. Por exemplo, eu, se numa próxima vida viesse ao mundo como mulher, seria naturalmente, lésbica, pelo gosto de mulher que adquiri nas últimas vidas.
Na viragem de sexo, numa vida e quando as pessoas não se recordam, do que foram as vidas anteriores, pode causar variadas dúvidas íntimas. Na verdade, é algo de natural.
Considerando, que mais de 50% da vida biológica do planeta muda de sexo, numa vida, é a socialização da espécie humana que desfigura algo que já está intríseco no seu próprio genoma.

Como uma pessoa que se tenta matar, num certo entendimento, é quase como morrer na praia, no sentido figurativo, mas morrer na praia descansadinho pode ser uma boa ida, na volta que necessariamente que vai ter.
Tal como muita gente não "sente" este espaço físico como seu. Estão aqui como uma espécie de multa ou mercenários, por consequência de merdas que fizeram noutros espaços.
Só de pensar, que há gente que tudo faça para ter todo o poder neste planeta... Uma coisa é certa, e por mais que se torça, somos todos irmãos, num contexto lactu senso.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O dia seguinte...

No fim-de-semana passado ocorreram eleições legislativas em Portugal, nas quais foram nomeados os representantes do povo para a Assembleia da República.
Numa primeira nota, a triste abstenção, quase metade dos eleitores portugueses não votaram, reflectindo a ladaínha do costume, de que a população está cada vez mais longe dos políticos. Até parece que parte dos portugueses tenham de ser convencidos a participar no acto eleitoral, quanta ignorância!

Dos resultados, constata-se que o país virou à direita, com tudo o que isso vai acarretar no futuro da vida dos portugueses, mesmo dos que se queixam, dos que preferiram ir a praias super-lotadas banhando-se nas águas quentes cheias de mijo derivadas da própria lotação ou dos que se enfiaram em grandes centros comercias super-abafados onde respiram o ar enfadonho de uns e outros.

Quanto aos resultados eleitorais, fruto daqueles que votaram e que plasmaram a sua voz nas urnas, fica evidente o descrédito ao ainda actual primeiro-ministro, a derrota do seu partido, foi clara. Dessa forma beneficiando o partido vencedor, consequência do voto útil.
No que toca à esquerda política portuguesa, apenas a CDU, saiu vencedora, crescendo mais e ganhando mais um deputado.
O BE a derrota foi estrondosa, sem rumo, o élan do movimento ou de partido contestatário parece que se está a esfumar no tempo.
O PS levou uma enorme varridela, à qual já se fazia tarde.

Mas em boa verdade, pouco muda com estas eleições, independentemente de quem fosse eleito, pois já havia um programa a cumprir, ou seja, elegeu-se quem vai seguir um programa que já estava determinado pelas instâncias internacionais que estão a emprestar dinheiro com juros, desengane-se quem pense que é ajuda.
O povo na sua enorme sapiência escolheu PSD/CDS para intermediário dos verdadeiros decisores.

Agora está tudo a postos para o saque final!
Vão-se vender os últimos aneis do Estado para os dementes privados que só vêm o lucro, as mais-valias e a rentabilização.
O que era de todos, vai passar a ser de alguns.
No PS vão aparecer, na sua ala direita os que irão dar os dois terços para "mexer" na constituição para dar o empurrão para a desgraça moral e ética.

Com tudo isto, pois a economia está interligada com variadíssimos factores, até psicológicos, não se vislumbra a luz ao fundo do túnel, esta é a verdadeira gravidade da situação portuguesa.
Com os actuais e futuros programas de austeridade, o pequeno e médio empresariado português que vive do consumo interno vai cada vez mais passar por dificuldades, por consequência da redução da massa salarial e da aludida desanvalacagem da economia por parte da banca lusa, que anda muito perto da falência.
Relativamente ao investimento externo existente, os futuros ministros, andarão quase de joelhos a pedir, por favor não se vão embora. De fora, praticamente não haverá mais apostas no território nacional, advindo do risco cada vez maior de não conseguir pagar as suas responsabilidades.
Desta forma, com a paulatina retracção da economia, toda a gente sabe, com o crescente endividamento português, agora em tranches da troika, que daqui a uns meses, no máximo daqui a um ano, vamos estar a pedir a renegociação da dívida, na melhor das hipóteses.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dívida Pública vs Dívida Privada


Na maior parte dos países do chamado "mundo livre" da democracia, dos direitos e das liberdades individuais onde se cria uma mentalidade generalizada de que se tem de libertar os outros das ditaduras opressoras e por aí adiante, quando na verdade estão todos presos.
Existe um tecto onde não se pode ultrapassar, como por exemplo, a essência de fundo de certas áreas muito lucrativas da actividade económica, religiosa e política.

Nunca se chega aos podres profundos;
- da indústria do armamento que ano após ano produz cada vez mais e que tem de escoar o seu produto que, normalmente resulta no terror, de pessoas que morrem de verdade e muitas outras que ficam estropiadas para o resto de suas vidas.
- da indústria farmacêutica, onde uma parte de pessoas bem intencionadas suam as estopinhas para sintetizar num comprimido a redução da dor, por vezes, num simples comprimido existe mais investimento do que na produção de um Boeing ou de um Airbus. Mas existem as outras pessoas que jogam participações sociais das empresas que possuem os laboratórios onde trabalham os cientistas, nos casinos da manipulação, vulgo mercados financeiros, e que numa ultra-lógica de rentabilidade, na assumpção if then go to. Ou seja, curar a doença é menos rentável do que prolongar a doença de forma controlada de maneira que se mantenha o consumo de um determinado fármaco, há que priorizar. Porque que razão não deixarei de ter o meu iate, só porque uns desgraçadinhos do outro lado mundo morrem de diarreia? Quer se dizer...
- Por outro lado, uma questão de não somenos importância, a que ninguém liga, as abelhas estão a desaparecer.
- Cada vez produzimos mais plástico, na primeira década deste século, consumimos mais plástico que todo o século XX, com tudo o que isso acarreta no ambiente na proporcionalidade directa à importância que a sociedade liga a esta questão.

- Nas mais variadas religiões, onde as há para todos os gostos, onde existe toda uma panóplia de Deuses para adoração e ideias religiosas não factuais, onde sociedades inteiras escoam, o não explicado, o misterioso e o não previsível. Assim ficam acorrentadas a plancebos pensenais, não questionado nada mais fora das balizas de pensamento que cada religião coloca inteligentemente.

- Na política, normalmente existem dois partidos, um de centro-esquerda e outro de centro-direita, as siglas mudam de país para país, estas agremiações vão dando a ideia que lideram os seus países, governam com vista à próxima re-eleição, nunca numa visão de fundo, de longo prazo, verdadeiramente, para a população. Uns piores que outros.
Nesta conjuntura desfavorável em que vivemos, apesar de no mundo inteiro as populações, continuarem a trabalhar o que sempre trabalharam, a produzirem o que sempre produzirem...
Existem países da zona Euro a definhar numa estratégia muito venenosa, a Grécia já praticamente assumiu que não vai conseguir pagar. Portugal em finais de Maio recebeu a primeira tranche de 6 mil milhões de euros, em Junho vai receber outra de 4 mil milhões. O dinheiro "até" parece que se torra na mão dos decisores políticos.
Continuando a repetir a mensagem, tanto classe política, como os media, que é a ajuda, que vem mais ajuda. Não enganem as pessoas! Não é ajuda, aliás, como se sabe, ninguém ajuda ninguém de graça. São mais empréstimos sobre mais empréstimos, mais dívida a somar à existente, mais juros a pagar sobre os que se estão a vencer. É uma espiral negativa, de tal forma negra, porque, e esta é que é a verdade, não se vislumbra nenhum tipo de solução, é empurrar para a frente e ver até onde vai.

Em certas linhas de pensamento, mais pragmáticas e com mais noção de realidade, defendem a tese de que - "Isto está do caralho!"

O pequenito vídeo em baixo, consegue sintetizar todo este logro em que estamos metidos, pois cada um tem a sua quota parte de responsabilidade, a começar no voto.

Mas, em boa verdade, não saímos disto... O ser humano é o animal mais adaptável às circunstâncias. Já se adaptou ao seu quadradinho de existir, mesmo que meio curvado e sem grandes barulhos. Veja-se que são muitos poderes (que têm profissionais muito bem treinados) a fazer com que as populações em geral tenham com que pensar.
Eles jogam com isso!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

32 de Abril


Estiquem a corda até mais não, estiquem a corda!
Estiquem-na e depois um dia verão, a compensação da raiva.

Existem, milhares e milhares, que na penumbra da noite - basta um - seja colocado em ON.
Estão à coca, à espreita, para atacar à traição, sem escrúpulos e sem pena.
Basta ver os sinais, um pouco por todo o mundo as bombas relógio que estão a arrebentar.

Com bruxaria, ou com mau-olhado ou mesmo, pura fisicalidade, e pior, não se sabe donde vêm. Vêm de certo, por quem menos se espera e esse é letal, se nada tiver a perder, mais violento se tornará e muitos com forças estranhas aos olhos da normalidade.

Estamos à beira... Tal e qual o colapso.

Estiquem a corda e depois verão penas e plumas de almofadas a pairar.
Estiquem, estiquem ...!

Como numa tarde de sol, conduzindo por estradas que nos levam por caminhos incertos.
Depois não venham com lamúrias, já estivemos mais longe...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Beautiful World - Voando...


E se nós voassemos?
Sentir o ar a bater na cara, num voo picado, sobre um lago
Atormentando as aves que por lá relaxavam
Com um olho nas crias e outro nos predadores

Mas que bom seria! Estaríamos num instante, num lado qualquer
Voando...

Enquanto as nossas vidas voam e a dos outros
enquanto voamos em carambolas nos casulos
na Matrix das cabeçadas na parede, repetidas vezes sem conta
onde cada um, constrói o seu muro das lamentações

Afinal,
E ao contrário do que tudo parecia
Em boa verdade, temos a capacidade de voar
Na mente, que nos mente
Trapaça e macaca

Afinal,
Já podíamos voar...

Vida após vida
é muito difícil
a libertação das coleiras de pensamento

Cada um molda a sua faca
que mutila a sua própria asa

Somos mais do que livres
Somos nós, cada um em si
Com mais estrelas do que o céu
Somos soberbos
Como somos terríveis, para nós próprios e para a demasia

Somos também, o que somos hoje
O presente
Talvez envenenado ou antídoto,

A cor da pele, confunde-nos
A condição social, confunde-nos

Amanhã morrerão, milhares de crianças de fome
quando uma buchazita, faria toda a diferença
Ao mesmo tempo que se enchem caixotes do lixo, porque não me apetece

O mundo perfeito é a sua contradição baseado no conflito
Na savana, no mato e na lama
Os predadores não têm lancheiras térmicas,
Nem arcas frigoríficas para acondicionar bocados de cadáveres
Caçar todos os dias é um imperativo de sobrevivência

Por isso as presas, correm mais rápido, saltam mais alto
Quando amanhece, comemoram o nascer do dia,
com saltos, com sons
É como começar do zero...
Tal como muita gente o faz em certas alturas da vida,
Como se fosse o único, não há único, somos biliões
Biliões de únicos

Os há, como exemplos a seguir
Mas se quero voar livre, não posso seguir exemplos
A criatura exemplo teve a sua experiência,
Cada um de nós é livre de ter a sua, imagine-se...
A liberdade de falhar...

De voar, sem sentido...
Com o sentido de não ter que corresponder a ninguém, excepto...
À minha vontade, de ser e de estar bem, desamarrado das grilhetas que nos condicionam a partir do momento em que nascemos.

Não sendo egoísta, mas daí, conhecer-se a si e a partir desse ponto abrir-se ao mundo a que lhe foi destinado nascer.

E mesmo assim, tentamos voar com coisas, que cada um carrega...



Beautiful World - In Existence

sábado, 9 de abril de 2011

Espectro


O espectro político que sobressai aos olhos das pessoas em geral, se apresenta numa variada gama de tonalidades cinzentas, ou seja, o resultado final é o mesmo, cinzento, com a particularidade dos vários tons, para que se tenha a ideia de escolha, ao contrário dos totalitarismos puros e duros. Assim com uma variada gama de cinzentos as pessoas perdem-se em discussões estéreis, gritam e barafustam, dessa forma, deitam-se mais descansadas, porque optaram pelo cinzento mais escuro ou pelo cinzento mais claro.Têm a consciência que tomaram uma opção, daí sentem-se válidas e ficam com a ilusão de que têm o futuro nas suas mãos.

Ora o que acontece na realidade, é que os futuros destas massas enormes, já estão nas mãos de um "piqueno" grupo de malfeitores, que se acham os maiores, os iluminados e os visionários. O controle de tanta coisa, dá-lhes para pensar assim.
Em Portugal, pululam nas festas do jet-set as filhas legítimas (já as houve ilegítimas, contempladas em códigos civis de outrora), as sobrinhas, as afilhadas e as primas que se distinguem por "piquenas" em vez de pequenas.

Dizer "piqueno" em vez de pequeno, funciona quase como uma espécie de código identificativo.
Portugal, está na mão destes assalariados de topo que representam os tais "piquenos" grupos que mandam efectivamente, em certas zonas do globo, através do financiamento, depois de criarem a necessidade dele. Em semelhança, como os traficantes de droga, primeiro criam o vício e depois de os terem na mão, manobram os seus clientes a seu bel prazer.
Portugal já está viciado, a fraca gestão política, dos nossos governantes das últimas três décadas, sempre com o olho nas próximas eleições, entregaram este país de mão beijada aos grandes galifões internacionais.
Vejam-se os actuais carapaus de corrida, José Sócrates e Passos Coelho a acusarem-se mutuamente de quem é a culpa da vinda do FMI. Em boa verdade, a campanha eleitoral que já estamos a assistir, em grande parte é inútil. Pois a grande massa dos portugueses que por vários factores de ordem, ainda não tomaram consciência do que passa, vão escolher ordeiramente e em filinha indiana o assessor do verdadeiro governo que vamos ter em Portugal. O assessor dos 80 mil milhões de euros.

O real ministério das finanças português, vai passar a ter sede, num quarto de hotel, talvez no Tivoli ou no Ritz, onde se instalará uma equipa do FMI a determinar o que se paga e o que não se paga.
Como nestas coisas, é difícil separar o trigo do joio, o mexilhão é quem vai se lixar.
Estamos entregues à bicharada e ainda por cima impune!

Por isso é sempre de relembrar, que existem vários tipos de espectros, todos eles com as suas complexas minundências; o político, o matemático o físico, o electromagnético e o sonoro.
Mas o espectro biológico, não deixa de ser a nossa matriz existencial.

A vida está organizada em níveis de organização onde as populações são apenas um desses níveis dentro da organização existente no espectro biológico;
* As moléculas orgânicas mais complexas se organizam em organelas vivas.
* As organelas vivas se organizam em células vivas.
* As células vivas se organizam em tecidos vivos.
* Os tecidos vivos se organizam em órgãos vivos.
* Os órgãos vivos se organizam em sistemas de órgãos vivos.
* Os sistemas de órgãos vivos se organizam em organismo vivo.
* Os organismos vivos se organizam em populações vivas.
* As populações vivas se organizam em comunidades vivas.
* As comunidades vivas se organizam num ecossistema vivo.
* Os ecossistemas vivos se organizam num bioma vivo.
* Os biomas vivos se organizam num biócoro vivo.
* Os biócoros vivos se organizam num biociclo vivo.
* Os biociclos vivos se organizam numa biosfera viva.
* As biosferas vivas se organizam num Cosmo vivo.

They are watching you! Pois você é importante para eles. E eles sem nós, não são nada!



Rockwell - Somebody's watching me

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O mal maior


Enquanto, seria para ontem, parar já, a actual filosofia política, que não é menos do que, empurrar para a frente, navegação à vista e sem rumo, o governo actual de Portugal está perdido, por entre galifões sequiosos de dinheiro fresco, quais vampiros e o zé povinho em suas múltiplas catarses hipnóticas.

De facto, os astros, não estão com esta equipa governativa, que há uns meses se lançou por um périplo no norte de áfrica e médio oriente em busca de financiadores para a dívida nacional e compradores de produtos provindos da "inteligentsia" lusa. Não que o azar seja sempre fortuito, mas, despontou no mundo árabe revoltas, que põem em causa, horas e horas de investimento exportador e tremendas dores de cabeça pela enorme dependência do país em petróleo e gás natural oriundos daquelas zonas do planeta.

Enquanto o mal maior é a inacção, ou seja, continuar neste vazio decisório de endividar-se cada vez mais e a preços cada vez mais incomportáveis, todo um mundo à sua volta descamba e além de não lhe dar grande importância ao país, não lhe dá crédito, em variadíssimos sentidos.
Os clusters económicos; turismo e galos de barcelos, já estão quase esgotados.
Fica mais fácil, torcionar um povinho, cada vez mais pobrete mas alegrete, reduzindo-lhe o rendimento e hipotecando as suas gerações futuras em engenharias financeiras que não irão compreender no curto prazo.
Apesar de ser um povo engraçado e mesmo que a gasolina aumente, continue a dizer ingenuamente - Eu ponho sempre dez euros!

Enquanto a insensibilidade dos números se espalham, onde se transmite a ideia, que há pessoas que são lixo, onde são calculadas pela quantidade e por fim pela rentabilidade.
O imposto do zé povinho, que acorda cedo para trabalhar, que se fosse administrado com justiça, deveria garantir a justeza dos serviços.

Pelo lado social, é raro encontrar uma mulher que não tenha comido no focinho, ou que não tenha sido stressada sexualmente.
Este país, no plano financeiro já vendeu a soberania, no plano político é um desastre tremendo e no plano social somos uns desgraçadinhos.

Por outro lado, a lenga-lenga de que há pessoas boas e que há portugueses bons, sapiência q.b., gente muito esperta, solidária e ditos modernos. Só que a realidade é merda camuflada de "Bom dia, Sr. Doutor", é quase tudo feito em cima do joelho, na política, nas empresas, nos serviços do estado e nas famílias. Está-se tudo a marimbar.
Quanto menos se fizer melhor, é o lema. Por isso Portugal esteve sempre em crise e claro que se deve ver tudo pelo lado positivo, são desafios, diz-se.
Na verdade, neste país é só filhagem de putagem e a pobreza não justifica tudo, mas na pobreza de espírito, a conversa já é outra...

Palhaço da merda, você é concorrente! Ganhou o direito de ser pessoa!



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vejam bem


À porta da igreja, os mendigos estendem a palma das ilusões e dos sonhos que outrora tiveram. A vida é cruel.
Eu não dou esmola. Eu não sou caridoso. Não alimento um sistema monstro. A caridade é o resultado da falha do sistema e dar é manter essa condição.

Vejam bem...
O mundo que "ajudaram" a criar é o mesmo por que se torçem e gritam.
Cada um, tem a sua quota-parte, de responsabilidade. Uns mais que outros... Tal como nas crises, pagam mais os que menos responsabilidade tiveram, em porções desproporcionais.

A colectividade protege o seu amor-próprio, se um grande número de pessoas , escreve Freud na Psicologia Colectiva e Análise do Eu, se juntam à volta de um mesmo ideal do Eu, isso reforça as suas esperanças arcaicas. Por esperanças arcaicas, Freud entendia esse amor por si próprio que é transmitido a toda a criança pela mãe, e que se traduz, geralmente, pela palavra narcisismo.

Em patologia, viemos à vida humana para sermos felizes, amar e ter prazer. Quem ama não sofre. O que faz sofrer é o desamor, a patologia do ódio ou dos caprichos. Quem ama de facto, não reivindica, não censura nem vive na insegurança dos ciúmes ; compreende, perdoa sempre, renuncia com alegria, harmoniza, pacifica e beneficia.

Vejam bem...
A macacada, excitada e de pêlos no ar, vestidos de poder; temporários e empregados, do alto da cadeia alimentar, um dia - quando despertarem - percepcionarão quem lhes comanda a consciência ética, não são nada.

Veja bem...
Enquanto um homem passa fome e um cão é abandonado depois de acarinhado e tratado, após de não satisfazer o lado negro humano. Atirado ao vento e à sua sorte...A humanidade não é sinónimo de bondade, mas sim, algo que ofereça algo do seu interesse.
A fronteira de as pessoas deixarem de ser pessoas e passarem a ser selvagens, é muito ténue, quase invisível e num instante fugaz.

Vejam bem...
Ser social polarizador seguro e assumido das reivindicações justas. Mais forte afectivamente e detentora de sentimentos elevados, já dominadores das emoções superficiais e vulgares.

Vejam bem...
No relativo à comunicação, o telefone, inventado em 1876, catalisou a comunicabilidade interpessoal e dessa , a inteligência evitadora da idolatria consentida, da divinização permitida pela demagogia política e lavadora de cérebros. Aquela que diz, que os meus mortos são mais justos que os teus, independentemente das manchas de sangue que percorrem nas suas palmas.


Zeca Afonso - Vejam Bem

Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Discernimento, jornada espinhosa da humanidade


É tudo tão difícil, muito difícil... é a crise, é a divida, são as hemorróidas e o que mais que seja. Em linha de conta, no pensamento dominante e presente, há que conter despesas e custos, há que fazer sacrifícios.
Porque é difícil, é muito difícil, isto tudo. Quando na verdade, enquanto o planeta vai girando há milhões de anos e a natureza tem um ritmo próprio, fruto de uma sabedoria evolutiva muito além de nossas vidas fugazes, nós, criaturas "ainda" no berço espirramos espasmos frenéticos de inteligência.
Por exemplo, na inteligência sentimental, comportamental e comunicacional, vamos dando os primeiros passos. Tivemos indivíduos excepcionalmente desenvolvidos em uma ou duas áreas intelectuais e nas outras verdadeiros desastres. Existem e existirão variados caminhos até completarmos um pouco o ramalhete, o qual, ainda desconhecemos.
Um termo de medida é uma mente que deu um dos maiores pulos no conhecimento do Universo, Stephen William Hawking, tenha sido subtraído dos afazeres físicos que um soma acarreta e daí ocupar a sua mente, quase em permanência no pensar.

Para já, termos a percepção do nosso estado primitivo e selvagem em que nos encontramos, é um sinalizador da nossa condição. Apesar da sensação de podermos interagir com um semelhante do outro lado do mundo ou estas linhas que lê, em segundos poderem ser lidas em qualquer parte do mundo e traduzidas na língua local.

Não obstante...
- A malária matar milhões de pessoas, quando um simples mosquiteiro ajudaria muito.
- Quando milhões sucumbem pela fome, e outros destroem toneladas de alimentos para manter o preço de produtos agrícolas.
- Quando milhares doam milhões de alimentos e dinheiro, para ser derretido nas organizações "pseudo"-humanitárias, e o pouco que chega ao destino, ser controlado por senhores da guerra locais.
- Quando se viola uma criança - destruindo-lhe o esfíncter anal - num país ocidental chamado de primeiro mundo que "evangeliza" o estado de direito, mas consoante o poder sócio-económico do abusador é tido em conta de forma subjectiva para não ser punido legalmente de algo moralmente condenável.
- Enquanto as principais farmacêuticas mundiais cotadas em bolsa, perpetuam e condenam os seus clientes, aliás doentes, na fidelização de consumo, antes da demanda de cura das suas maleitas.
- Enquanto se professam religiões que mantém milhões de vidas reféns de livros sagrados, quando sagrado já é tudo o que existe.
- Enquanto se manipulam milhões de mentes órfãs de ideias, em soldados "políticos" que as defendem inconscientemente e até à morte, mantendo obscuros grupos de interesses. No post-mortem, fortes e longas depressões pós-dessomáticas, quando constatam que foram usadas num jogo maior.
- Enquanto civilizacionalmente consideramos que tirar a vida a outro ser humano é um acto condenável, ao mesmo tempo que a indústria do armamento é o maior negócio do planeta.
E todas as outras ...

Quase tudo isto, com sistemas democráticos, com o voto das populações que mandatam outros para os dirigir. E todos se queixam das injustiças...
Há muita gente que se julga gente, porque quando lhes batem à porta do W.C., respondem - Tem gente!

Em baixo no vídeo, está um daqueles raros momentos, do verdadeiro pulsar do planeta. Ritmo, melodia, vivência, sapiência, limbo, sentir... Com o que produzimos da terra aliada à nossa infinita capacidade de criação, às vezes, somos o que esquecemos que somos, parte constituinte do Universo.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um lugar encantado


Pode-se colocar a questão, se é encantado ou desencantado, mas indubitavelmente, é um lugar que, compartilhamos hoje. Somos cerca de 6 biliões que fazem o favor de se expressarem fisicamente presente, apesar, de todos os dias, uns passarem para o outro lado, e outros, do outro lado, virem para este lugar. Do outro lado, numa razão de 9:1, ou seja, cerca de 48 biliões de consciências aguardam a sua vez, e a pressão é cada vez maior. A via de entrada mais fácil, neste momento, são o sudeste asiático, a áfrica e américa latina sul e central.

O tempo passa, e destas vidas, que passam e vêm, renascem e vão-se vezes sem conta e outras que vão e vêm de outros distritos do universo, vão aumentando a presença humana, neste lugar, sem esquecer, que enquanto presença física, somos hostis ao equilíbrio deste lugar encantando. Verdadeira simbiose de inúmeros factores biológicos que permitem aquela pequena janela da vida.

Fazemos modas, que fazem médias.
Por exemplo, a predisposição energética a acidentes, aquilo a que chamamos de fatalidades; aberratio delicti, error in persona e/ou aberratio ictus.
- Em determinada situação, um gentleman foi o primeiro a encontrar a vítima desfalecida, na rua deserta. Na ânsia desesperada de socorrê-la, através da técnica de respiração boca-a-boca, e que, afinal, a salvou, contraiu SIDA/AIDS.
- Ou quando falamos em inverdades, o hábito de mentir com toda a seriedade. Apanágio dos políticos que circulam o centro e a orla do poder, que hipocritamente seguem uma mentalidade dominante de um suposto guião de responsabilidade. Quando, na verdade, cada um trabalha para si, seja no status ganis e/ou dinheiro. São evidentes e demonstradas verdadeiras patologias da mente, no comportamento de muitos agentes políticos.

As pessoas em geral pensam que seguram o fio de controlo, as mesmas que dizem que; o melhor é não saber, ou o melhor é não pensar nisso e porque é que me vou chatear com isso.
Então qual o valor essencial predominante em meus interesses?
Vivo centrado na minha consciência pelo uso do cérebro ou vegeto através dos meus segmentos orgânicos, animais ou ainda sub-humanos?

Poderíamos elencar n situações da sociedade actual, muito diferente entre si, mas na base muito semelhante no que toca às motivações humanas.
Na sua tendência de se agrupar, pois sendo um bicho de temores, esconde as suas fraquezas agrupando-se, seja, em mega-grupos, como por exemplo; igreja católica ou outras religiões, ideologias políticas, associações desportivas mass-market, agremiações culturais e outro tipo de grupos de poder, como em sub-grupos derivados dos primeiros. São transferidas as incertezas e os medos, para uma zona de conforto, para um grupo que se identifica com a mesma ideia. Dentro dela, a consciência defende-a com as unhas e os dentes. Daí vêm as contradições.
Sozinha ficaria perdida, tem de se sentir incluída em algo, para se auto-convencer que existe. Logo, as sociedades caracterizaram-se de seguidistas, massas que alimentam os umbilico-chakras dos fundadores/visionários de uma qualquer ideia, muitas das vezes sem se questionarem do que estão a seguir ou a defender, pior, muitas vezes a distorcer e a influenciar outros, é um ciclo sem fim.

No intimo, as pessoas questionam-se:
Apreendo o possível pela raiz?
Compreendo em profundidade maior?
Devasso várias linhas de pesquisa?
Faço somatórios de conhecimentos?
Será que não temo nenhuma erudição humana?
Recupero o que estava esquecido?
Sou mercador da minha ignorância?
Tenho visão clara das coisas?
Sou adorador de verdades absolutas?
Sou obscurantista boiando pelo ar?
O receio ante o mundo desconhecido? As outras realidades? O medo do desconhecido?

Questões que cada um deveria pensar e/ou meditar interiormente, pensar nelas, levando a procurar respostas, daí evoluir.
O medo, tem de ser enfrentado, mais tarde ou mais cedo, não pense que se suicidando se safa, porque no outro lado, tudo continua.
O medo dos pensamentos e por vezes esses pensamentos vêm das coisas mais temíveis do que se imagina, ou que a consciência antecipa. É quebrando essa cadeia de elaboração mental, imaginação e previsões que aos poucos se vai eliminando o medo.

O lugar é encantado, nós é que fazemos a diferença...