sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A supressão dos direitos e a retirada da capacidade de decisão das pessoas

Assistimos de à poucos anos para cá a uma contracção dos direitos e liberdades das pessoas. O ponto de viragem e representativo como marco histórico dessa mudança foi 9/11 – o atentado ocorrido em Setembro de 2001 nos E.U.A..

Começou logo a sentir-se nos aeroportos através das dificuldades e complicações impostas nas bagagens, o que se pode levar e o que não se pode levar. Em crescendo esta psicose levou a que já não podemos levar uma simples garrafa de água no avião (não vá fabricarmos uma bomba), somos encarados à primeira vista como terroristas. Se desenvolverem as mini-bombs o suficiente para se colocarem nos tacões dos sapatos, com a psicose terrorista reinante teremos de viajar descalços ou pelo menos de chinelos.
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Aqui em Portugal, criou-se uma polícia, junção de várias valências, a ASAE. Numa primeira fase granjeou a simpatia da população, com a apreensão de peixe podre, restaurantes com falta de higiene. Estas operações sempre acompanhadas de camera mens e visionadas em prime-time. - Sim, senhora! Muito bem! - Dizia a populaça.
Só que depois foram esticando a corda e mostrando o seu verdadeiro propósito, a defesa de interesses multinacionais muito bem organizados.
Alguém viu na televisão a ASAE entrar num qualquer McDonald’s? Como exemplo.
A ginginha, a panela de barro, o chouriço não “doam” para campanhas eleitorais.
um 8 ou 80 propositado.
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Desta forma se vai consumando um controlo cada vez mais apertado, sem a maioria se aperceber.
Já pensou, por exemplo – Quantas horas por dia você é filmado? Seja no metro, no centro comercial ou no trabalho?
Tudo claro, por boas causas. A sua protecção. Será?
As sociedades foram-se desenvolvendo numa liberdade aparente. Hoje as pessoas têm mais televisões, mais carros, mais telemóveis em suma toda uma panóplia tecnológica que lhes dá a sensação de liberdade de escolha. Quando na realidade estão presas na ditadura da moda do momento.
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Veja, por exemplo, quando compra um carro a crédito em Portugal, você compra um carro e paga três, mesmo que diluído no tempo. Uma terça parte para a indústria automóvel, outro terço para a financeira e o último terço para o Estado. Se sentisse que o Estado aplicasse de forma correcta e ética o dinheiro, você se sentiria bem. Mas não se sente porquê? Existe qualquer coisa que falha aqui.
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No caso concreto, Portugal, somos governados por um partido único o PS/D à cerca de três décadas. Que por sua vez são governados por sociedades secretas que controlam as grandes empresas chave. Sociedades com os seus rituais de rezas, fardinhas e promessas de amizade. Parece saído de banda-desenhada para crianças, mas, é tristemente real. Ajoelham-se, beijam-se, fazem améns e tem palavras de ordem infantis.

Portugal é uma filial. Até nisso somos pequenitos.

Os políticos sabujos governam, ocupam cargos dourados nessas empresas, depois voltam a governar e depois voltam a ocupar altos cargos. Como o país é pequeno, conhecem-se todos e rodam entre si os lugares ao sol. Enquanto a população vive asfixiada, anestesiada e contente pelas telenovelas, o futebol e o Euromilhões.
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Você ainda acha que decide? Já decidirem por você quantos carros pode comprar, que casa(s) pode comprar, que destinos turísticos você pode escolher, quantos filhos pode ter. E pior você nem lhes conhece a cara. Têm exércitos de sabujos a trabalhar para você, uma espécie de gestor dedicado.
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Ou você acredita em crocodilos gigantes no Burundi? Quando após 12 anos de guerra civil, com milhares de corpos físicos atirados ao rio, serviram de alimento aos referidos répteis e com tão nutritiva refeição, tornaram-se gigantes. Fazendo nascer mais um mito, ou talvez não.
Digo-o sinceramente, acredite naquilo que quiser.
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Mas, existe esperança, qual Euromilhões narcótico. Ouço no dia-a-dia pessoas cada vez mais despertas. Quantos mais despertarem, mais poderão desmontar esta máquina cilíndrica. Até chegar ao ponto em que poderemos cilindrar de vez este sistema de domínio doente.
E só e tão simplesmente, acordar...



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domingo, 23 de novembro de 2008

GNR

Hoje cirandei por Lisboa. Ao domingo é uma cidade Linda.
Andei na cidade minha, onde nasci, na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, numa maternidade que já não existe.
Como cidade grande, passeia nela uma fauna humana diversa. No seu coração, estive no Rossio, na Praça da Figueira, na Praça do Chile. As putequinhas na praça da figueira lá estavam com seus corpinhos gastos e de uma escola que este ministério da educação não entende. A pretalhada sentada em cima dos muros do metro, vinda por um qualquer construtor, que dorme nas pensões imperiais em beliches apertados e baratos. Aparece sempre uns Rastas para compor o cenário. Mais o homem vermelho à beira do AVC a gritar - quatro pilhas 1 euro. As vendedeiras de castanhas. Comprei um maço de tabaco no quiosque em frente ao Nicola onde ocorria um debate político entre o vendedor e um senhor vestuto. Ainda pensei meter-me, mas, deixei-os a questionar a filosofia de vida.
O homem-elefante não estava lá. Deve fazer folga ao fim-de-semana.
O cheiro, os homeless, a bicha da sopa dos pobres na Almirante Reis, os turistas. Lisboa.
Se pertencer a algum sítio, é Lisboa. Nasci aqui. Logo é a minha cidade.
Visitei a casa de um familiar na enseada que quase toca o castelo de S. Jorge. As ruelas apertadas com cheiro a mijo e no virar da esquina um puro mouraria a berrar com a mulher. Sempre numa linguagem do tipo mourisca - Levas uma chapada no focinho...
Almocei que nem um frade no Chiado, ou, numa linguagem mais católica, que nem uma besta.
Desemboquei no Largo do Carmo, afastei-me da minha companhia, e como sensitivo fiquei ali a sentir as energias plasmadas e intensas do local. Acreditem que até ouvi Francisco Sousa Tavares e Salgueiro Maia em voz exteriorizada por megafone. A multidão. Abrindo os olhos lá estava o soldadinho de chumbo com sua espada de meio-metro a guardar qualquer coisa.
Descendo a calçada descobri uma livraria daquelas antigas, em que o dono não tem base de dados organizada (nem sabe o que isso é), e para, descobrirmos um livro temos que vasculhar com paciência de Jó. Com um pormenor de somenos importância, é uma livraria que cheira a livros.
Descendo chego novamente ao Rossio. Lisboa tem zonas mágicas. Só para quem nasceu lá.
À noite cresce a magia malandra de uma Lisbon by night. Tantas memórias.
Lembro-me uma vez com o meu antigo Rover num tiro só da Graça (numa casa de sexo ao vivo e com empregadas em fato-de-banho) até Alcântara, os semáforos apresentavam todos uma tonalidade verde-tinto. As experiências que lá vivi, as cabriolices... Foram tantas que nem conto aqui.
Lisboa para quem a viveu e a sentiu na plenitude não precisa de procurar muito mais.
Os encantos e as suas verguenzas.

Voltando ao quartel do Carmo, actualmente Comando-Geral da GNR, trago em coerência dois vídeos dos GNR.
Havia muitos outros como; efectivamente, dunas, homem mau, popless, morte ao sol, sangue oculto, mas ficam com estes dois e já é uma grande sorte.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sandokan

Sandokan - O Tigre da Malásia.
De Príncipe a Pirata. O herói, o libertário, o tenaz e o corajoso. Fruto da imaginação do escritor italiano Emilio Salgari. Uma co-produção da RAI.
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Quando era pequenito adora ver as aventuras de Sandokan, ainda tenho alguns livros guardados nalgum caixote arrumado na arrecadação.
Sem os efeitos especiais de hoje a sua luta é representativa das lutas que teremos de travar. Hoje os colonizadores são outros. Mas os métodos são quase os mesmos. Dão-vos uma aparente ideia de liberdade e de capacidade de decisão. É vos permitido ter telemóveis, ter televisões, ter automóveis, ter nove noites e dez dias em Punta Cana e verem filmes pornográficos.
O que vocês não sabem é que são outra geração de escravos robotizados, bem monitorizados e controlados. São apenas números e pior descartáveis.
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Por isso, e para que, o imaginário se torne real, que libertemos o Sandokan que temos dentro de nós.




sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O domínio

Desde que habitam no Planeta Terra os bichos tentam sempre dominar o outro. Seja por medo, por sobrevivência ou por vezes o insano ego. Da adaptação e selecção de espécies foi-se desenvolvendo uma raça dominante - A Raça Humana. Ocupava a maior parte do seu tempo de vigília na alimentação em linha com todos os outros animais. À medida que se foi desenvolvendo nas suas capacidades cognitivas esse tempo foi encurtando. Hoje perdemos muito pouco tempo com alimentação (ainda não é dado adquirido para uma grande percentagem), tempo extra que utilizamos para desenvolvimento em imensas outras áreas. Foram-se criando organizações sociais, invasão de outros povos, no geral, as relações sociais (e as sexuais, também) cresceram em complexidade sob forma geométrica.

Vivemos de domínio em domínio.

Actualmente, em nossas vidas físicas neste Planeta em concreto, vivemos sob mais um domínio. Época privilegiada de mudança. Estamos na fase de não retorno. Mudanças devastadoras assistiremos, num processo que começou em 2007 e culminará em 2012. Existirão outros domínios, mas, será diferente do actual.

Aos vivos, aprendam com a história, mas, não se agarrem a conceitos elaborados por outros que viveram épocas que nada têm a ver com esta. Esta época é nossa por direito próprio. Somos nós que a temos que estudar e entender. Agir com mentalidade teáctica, pleonasmo de teoria mais práctica.

O respeito pela evolutidade e a ambiguidade pela ideia do outro têm de ser respeitada e não imposta. Não é colocar-se numa posição de aparente superioridade sobre outro que se rumará a um caminho de futuro. Caminho que nós Humanos, ainda nem sabemos bem qual é. Por exemplo, eu (e atenção, sou apenas um gajo que anda por aí) não reconheço superioridade moral, intelectual, cognitiva, energética, plástica de ninguém. Por muito possante, afirmativo, determinado e influências que tenha, sei de uma coisa fundamental. Não é perfeito e também tem medo, e pior, tem medos. Por isso é que ando sempre sossegado e sem stresses traumáticos sejam, prés ou prós.
Essa ambiguidade serve na não destruição da ideia de Pai Natal numa criança, que, acredito que tem de ser a criança por si própria a descobrir e cognitivamente a questionar-se sobre tal verdade de momentu. Como racionalmente não vou explicar à minha Avó de 90 anos que a religião cristã é apenas uma história muito bem contada. Tudo é uma questão de bom senso.
Como quando tento explicar aos auto-intitulados adultos (tem de ser em jeito de brincadeira e com desenhos) que vivem num mundo de múltiplas formas energéticas e espirituais. Os clubes de futebol, as associações de qualquer coisa, os grupos musicais, os livros, os filmes e os partidos políticos, são um tipo de Pai Natal adulto. Como somos de proezas inacreditáveis como ir à Lua, o poder argumentativo e a razão serve quem for mais artista na arte.
A qualquer habilidoso pergunto - Tens medo de morrer? Teríamos que desenhar a árvore psicológica do "medo de morrer", em que na base de todos os medos, está o medo de morrer. Quem o perder, não tem medo de nada.

Ao doente de cancro pulmonar que diz - Apetecia-me tanto fumar um cigarreles. Eu dizia fuma à vontade, já morreste tantas vezes e vais morrer outras tantas, que diferença faz. A realidade é que faz diferença e acrescentaria ao doente - Vê como viste até agora, todas as pessoas que viste na tua vida também vão morrer. Não é um plancebo, é a verdade. Ao alcoólico anónimo que não diz, mas esperança gritantemente, eu dizia - Pá, não te stresses, eu pago-te um (ou mais) copo. Bebe à vontade.

O poder argumentativo e suas contradições. E sua infinita arte de transformar o que você toma como certo. Tudo é possível, caríssimo leitor.
Como um dos Rothschild dizia - Dêem-lhes as ideias de direita e de esquerda para se entreterem e dividirem-se. Assistidos por forças esotéricas, que ELES não querem que você Justificar completamentesaiba. Já é assim à séculos. Ordens, templários, máfias, governos, etc ...
Não são preciso porta-vozes, é preciso uma consciência colectiva. Que já germina por aí a uma velocidade alarmante e sinalizada por um status quo em queda vertiginosa.





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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CPU

Há coisas do arco-da-velha. O meu computas de à uns tempos para cá ia-se abaixo das canetas. Esperava um pouquinho e voltava-o a ligar. Mas na terça-feira passada foi-se de vez. Já nem com milagres o rapaz ressuscitava.

Começando a perder alguma da minha serenidade, pensei num taco de basebol e arreiar-lhe forte e feio, desancar com toda a força no lombo, para doer a sério. Mas lembrando a regra de O'Rourke "Nunca lute contra um objecto inanimado", não passou de um fugaz pensamento.
A seguir, pensei atira-lo pela janela e vê-lo desfazer-se no meio da rua em milhentos de cacos tecnológicos. Esperando ver a tal probabilidade muito ínfima da existência de uma ordem no meio do caos em que se passasse um vendaval o montasse certinho e direitinho, o computador. Mas é mais fácil acertar no Euromilhões do que tal acontecesse. A probabilidade elevada seriam as queixas dos vizinhos.

Pronto, na quarta ao fim da tarde lá levei a torre em estado comatoso a uma lojinha muito simpática. Telefonaram-me hoje a dizer que o problema era da fonte de alimentação. Então que se mude!
Pronto, o dono com menos 22 Euros, e a CPU cá está de volta e cheia de força. Vá lá, vá lá!

domingo, 9 de novembro de 2008

A Vida como uma viagem de comboio

Já tinha lido este texto (daqueles que lemos e apagamos). Voltei-o a receber novamente via email de uma grande amiga. Desta vez não o apaguei, retive-o e agora plasmo-o neste espaço. Para o caro leitor o ler, para outros o relerem. É de uma beleza transcendente e real ao mesmo tempo. Para reflectir e constatar que todos nós nos encaixamos nessa viagem.

"A vida não é mais do que uma viagem de comboio: repleto de embarques e desembarques, salpicado por acidentes, surpresas agradáveis em algumas estações e profundas tristezas noutras.
Ao nascer, subimos para o comboio e encontramo-nos com algumas pessoas que acreditamos que estarão sempre connosco nesta viagem: Os nossos PAIS.
Lamentavelmente, a verdade é outra.
Eles sairão em alguma estação, deixando-nos órfãos do seu carinho, amizade e da sua companhia insubstituível.
Apesar disto, nada impede que entrem outras pessoas que serão muito especiais para nós.
De entre as pessoas que apanham este comboio, também haverá quem o faça como um simples passeio.
Outros, só encontrarão tristeza nessa viagem…
E outros também, que circulando pelo comboio, estarão sempre prontos para ajudar quem precisa.
Muitos, quando descem do comboio, deixam uma permanente saudade…
Outros passam tão despercebidos que nem reparamos que desocuparam o lugar.
Às vezes, é curioso constatar que alguns passageiros, que nos são muito queridos, se instalam noutras carruagens, diferentes da nossa.
Assim, temos de fazer o trajecto separados deles.
Mas, nada nos impede que, durante a viagem, percorramos a nossa carruagem com alguma dificuldade e cheguemos até eles...
Mas, lamentavelmente, já não nos poderemos sentar ao seu lado, pois estará outra pessoa a ocupar o lugar.
Não importa. A viagem faz-se deste modo: cheio de desafios, sonhos, fantasias, esperas e despedidas... mas nunca de retornos.
Então, façamos esta viagem da melhor maneira possível…
Tratemos de nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um, o melhor deles.
Recordemos sempre que em algum ponto do trajecto, eles poderão hesitar ou vacilar e, provavelmente, vamos precisar de os entender…
Como nós também vacilamos muitas vezes, sempre haverá alguém que nos compreenda.
No fim, o grande mistério é que nunca saberemos em que estação vamos sair, nem, muito menos,onde sairão os nossos companheiros, nem sequer, aquele que está sentado ao nosso lado.
Fico a pensar se, quando sair do comboio, sentirei nostalgia...
Acredito que sim.
Separar-me de alguns amigos com quem fiz a viagem, será doloroso.
Deixar que os meus filhos sigam sozinhos, será muito triste.
Mas agarro-me à esperança que, em algum momento, chegarei à estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.
O que me fará feliz, será pensar que colaborei para que a sua bagagem crescesse e se tornasse valiosa.
Meu amigo, façamos com que a nossa estadia neste comboio seja tranquila e que tenha valido a pena.
Esforcemo-nos para que, quando chegue o momento de desembarcar, o nosso lugar vazio deixe saudades e umas lindas recordações para todos os que continuam a viagem."



A todos Boa Viagem, aproveitam, pois, a qualquer momento vão desembarcar. Disso tenham a certeza. Concerteza.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O País das Meias Verdades - Re-Loaded

25 de Abril de 1974, acontece uma Revolução num Portugal fascista e anestesiado social e economicamente. Traumatizado por uma guerra tremendamente injusta, os militares de graduação média, organizam-se e levam a cabo a Revolução que iria derrubar um País adormecido, isolado e de rastos. Militares que já não suportavam – O Estado a que isto chegou. Tendo a sua forma mais expressiva e pura em Salgueiro Maia. A guerra exportava jovens com sonhos de vida e importava estropiados, mutilados e mortos. Também muitas vigarices feitas por oportunistas que aparecem sempre nestas ocasiões.

Após a Revolução dos Cravos, das Canções e das Poesias apareceram os Abutres – políticos profissionais – que se foram apoderando do sistema, patrocinados por estrangeiros que lhes orientavam o caminho a seguir.
Forma-se um novo Partido Único, o PS/D, que governou os destinos deste País nos últimos anos. De meia em meia verdade foram construindo mentiras cada vez mais credíveis aos olhos de uma nação analfabeta e iliterata.


Algumas dessas meias-verdades:
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- Caso Camarate: finais dos anos 70, inícios dos anos 80, algumas facções militares ainda com bastante poder, negoceiam e vendem armas (fora do âmbito do Estado) – despojos da guerra colonial – a países compradores de armamento. Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa quando tentam levantar a ponta do véu são assassinados. Logo se formou uma comissão de inquérito parlamentar que todos os anos se reúne para averiguar a hipótese de atentado. Julgo que deve ser para se entreterem, pois as comissões de inquérito em Portugal só têm um resultado. Zero.

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- Dona Branca: vestuta senhora que mantinha um negócio de mini-créditos herdado de seu marido, negócio esse que já tinha muitos anos e foi bálsamo para muito povo desenrascar necessidades urgentes, as quais, na banca oficial da época eram negadas. Uma operação cirúrgica urgente, uma doença crónica mais onerosa, um arriscar de negócio próprio. Créditos realizados através de remuneração a condizer nos depósitos. Sistema que funcionava numa base sólida de muito tempo. Até aparecerem os galifões do capitalismo selvagem que ali viram um álibi. Injectaram somas enormes de dinheiro que com o tempo desestabilizaram um negócio familiar e de contabilidade manual. O escândalo consequente foi o mote para a “necessidade” de privatizar a banca. Com o resultado que todos vemos hoje. Morreu abandonada, com o sistema nervoso completamente desestruturado. Foi uma vítima do neo-liberalismo selvagem e insano.
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- Caso Costa-Freire: o bode expiatório do caso da contaminação com o vírus da SIDA a hemofílicos. Morreram 23 pessoas. A Leonor Beleza ministra da saúde de então não foi apurada nenhuma responsabilidade tendo o caso sido declarado prescrito pelo Tribunal Constitucional em 2002 pelo processo levantado pelos familiares das vítimas. A cúpula do governo da altura atira Costa Freire para a fogueira e assim estanca outros possíveis danos colaterais. Queimando apenas um dos responsáveis.

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- CEE: de tão mal negociado pelos nossos políticos do partido único PS/D, nasce o descontentamento e a hipótese de saída. Hoje União Europeia. Não é a União que está mal, mas sim, os nossos políticos incompetentes e subservientes a tudo o que é estrangeiro.
Os políticos do Centrão – com pendor de direita - dessa Europa, preparam-se para em breve homologar para que a semana de trabalho chegue às 78 horas, as pessoas indocumentadas poderão ser colocadas em detenção durante 18 meses antes de ser expulsas (imigrantes), em determinadas regiões, a polícia vai ser autorizada a manter pessoas detidas sem culpa formada durante 42 dias, os serviços secretos poderão obter autorização para esquadrinhar o correio electrónico sem mandado judicial. Portanto vejam só o que está na calha.
O problema não é a União mas, os políticos profissionais que se sentam nas cadeiras do poder.
O desígnio da Humanidade será, e não existe outro caminho, a abolição de fronteiras entre os povos. E nunca o contrário. Veja-se os países nórdicos que não embarcaram nas ilusões da moeda única. Unificar, abolir fronteiras mas sem excessos fanáticos.

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Empresas Públicas: a gestão das empresas públicas, não pode ficar a cargo de mercenários, que prejudicam deliberadamente e absorvem informações, para depois, irem beneficiar empresas privadas concorrentes no mesmo sector. Ou pior, tutelarem ministérios de determinadas áreas económicas para depois após uns anos se juntarem a empresas privadas do sector anteriormente tuteladas. Veja-se Jorge Coelho na Mota-Engil e o BPN nacionalizado.

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Casa Pia: o mais recente. A prova de toda a decadência do nosso sistema judicial. Justificou por si só a alteração ao Código do Processo Penal. Como o processo ainda ocorre na eternidade na mesma será comentado. O sistema é assim, os políticos eleitos por uma população altamente influenciável, legislam leis de acordo do seu interesse. Os juízes manietados têm que aplicar as leis em vigor. Faltam tantas outras meias-verdades que desbastaram o nosso erário público, ou melhor, todos nós pagamos isto. Agora são pedidos esforços aos portugueses. Parece mentira! Não, é a realidade das Meias-Verdades. De um País que se conforma, herdeira de uma genética “orgulhosamente sós”, lápis azul e de falsas credibilidades.


A Revolução terá de ser em primeiro lugar nas mentalidades. No crescimento da massa crítica como forma de pressão do poder político.

Não existem sistemas perfeitos, mas, o mais próximo será uma verdadeira Esquerda Social, com um Estado interventivo e garante dos direitos dos cidadãos. Tendencialmente para os países nórdicos: Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca.
Uma efectiva cobrança de impostos aplicada na justiça social, saúde e em matérias sociais de defesa da dignidade do indivíduo.

Um movimento político que no poder chamaria civis para tutelaram as diversas pastas de governação. Pessoas que saibam trabalhar, que tenham a noção da realidade do dia-a-dia. Profissionais de áreas técnicas e científicas sob uma orientação política de cariz social, humanista e justa.

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Publicado no "Cheira-me a Revolução!" a 26 de Setembro de 2008, com comentários de bloggers de superior qualidade, veja aqui. Aqui para completar o ramalhete.

Deixo uma nota em vídeo musical, em tom solene. Para os nossos (des)governantes.




Ti faccio una croce, sono benedetto con l'acqua santa. Mai più.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Extrafísico faz um ano

Aí está. Um ano de actividade blogosférica.
Veja aqui o primeiro post deste blog. Cumpriu na íntegra o seu programa e vai continuar a cumprir.
Espaço virtual, que, não pede licença a ninguém, tem a licença na concepção do seu autor para difundir o que quer que seja. Mesmo ideias que à partida a maioria das pessoas não entendem.
Como este blog não é classificável do ponto de vista régio, a linha editorial irá seguir o mesmo rumo, falar de tudo e do que me apetecer.
Neste ano passado tive o previlégio de conhecer outros bloggers, pessoas de grande qualidade consciencial. Outros ainda virtuais. Da lista de blogs amigos, tenho o orgulho de conhecer a maior parte fisicamente, os outros, não tardarei a conhecê-los.
Agradeço também aos amigos e colegas, pelos seus mails e conversas, inspiraram muitos posts. Às consciex's que construiram um departamento consciencial para este espaço virtual, o meu Salute You.
Para aqueles que querem determinar regras e leis para a blogosfera, deixo uma mensagem clara - Fodei-vos, ide-vos foder (tal e qual uma amiga nortenha).
Este blog potenza, irá fornecer informação e energia para quem dela necessitar. Tal como uma espada racha ao meio concepções que outros quiseram para domínio de massas.



O hino actual do blog, Vangelis - Alpha.