Cronologia: finais do séc. XIX e início do séc. XXI. O fado lusitano que atravessou um século inteiro, com muitas pessoas que faleceram e outras tantas que (re)nasceram.
Hoje é hora, desta o status quo vai ser alterado, não há como...
Escrevia há 116 anos Guerra Junqueiro, a realidade de outrora e de agora. Em termos regimentais, até parece, que o tempo não passou.
Tal como a História nos conta, em pontos salteados no espaço e no tempo, num contexto de incoerência coerente, nos tempos actuais - Há gente que tem de morrer ...!
Um povo imbecilizado e resignado,
humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo,
burro de carga,
besta de nora,
aguentando pauladas,
sacos de vergonhas,
feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...) Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)
Enquanto se batiam aplausos no Preço Certo, uma mulher batia no peito, fazia o sinal de zero kills, que ao mesmo tempo poderia ser o 666, pelo que o desenho dos dedos deixavam transparecer. Nisto Fernando Mendes de cócoras com o sinal nas mãos... Eis que Medusa, a levantar cabelo, aparece... o cabelo eram cobras! Numa verdadeira simbiose nervosa, enquanto fechava os olhos, saíam mijas das bocas das cobras, era um cabelo vivo... Na câmara discutia-se que o monoteísmo, era igual ao fascismo, aquela coisa do Deus único, sabedor de todas as vontades, no céu e na terra.
No sopé da montanha, onde Gesù foi tentando pelo Diabo com todas as riquezas que haviam na terra, a missão foi fracassada. Agora ninguém está a salvo!
Onde nunca estiveram, lançadas dos úteros das mães, ao acaso, numa suposta sombra do destino, numa espécie de resguardo, seres que vão e vêm há milhares de anos...
E daí, os homens, em cada uma das suas épocas foram desenvolvendo as suas próprias energias. Mas, fiquemos descansados, pois há muita gente que se manifesta por uma justiça melhor, uma boa vida para todos nós, um mundo melhor e tudo, tal como as Miss's Américas... Todos nas suas irmandades górgonicas. Preocupações para quê? Se tudo isto possa ser, trabalhar para o boneco? Com 2012 aí à porta?
Quando a Medusa lavava os seus cabelos, devia ser uma "luta"!
Enquanto aguardava, com a concerteza de que iríamos ter com ele, sentado num banco de jardim composto por magnólias e orquídeas, entre outras. Esfumaçando a sua cigarrilha de café com leite, sussurrando ao mesmo tempo, aos mais curiosos e afoitos - Venham até mim, meus meninos! Não tenham medo de mim, pois, vos saúdo!
Ao lado uma menina, pré-adulta de cabelos compridos e escorridos, negros como a noite, com um casaco comprido, acima das canelas, de desenhos dourados aleatórios, mas simétricos. Esticadita a menina segura com as suas duas mãos uma mala. Tinha um olhar vectorial e mal morto, meio côncavo, mal se mexia. Branca, branca, que parecia uma alma! Por uma vez, levou uma das mãos até ao seu plexo-solar e fez o sinal de O.K., revelando nos seus três dedos; grande, anelar e mindinho, três 6 desenhados. 666, o que será? O que será, será... Numa porta nova, um relógio, às cores, esperava as horas do seu tempo, para entrar a horas, sabendo de antemão que, chegar a horas é chegar tarde. De soslaio, observava a Circunstanza, a sempre mal-fadada, das fadas. Carrega nos seus ombros, qual Atlas, a vida de muita gente, como porcelana, desfeita em cacos. Pergunta se não sabem o que é cola, de que é possível juntar peça-a-peça, enfadada com essas peças. Nem por acaso que se vestem, nestas ocasiões para dar sorte, umas cuecas, com o rótulo de origem, enfiado no rabo. Aliás, nestas questões, pode ser como um ovo, ou como um melão... Tudo tem a sua lógica... Mais ou menos, porque na zona cinzenta, está o resto que falta, aquele que não dá zero, outras matemáticas, imprecisamente!
“ A maior parte das pessoas morre aos trinta e só é enterrada aos setenta “. Frase proferida por um filósofo sueco.
Silêncio...
Vivemos cada vez mais numa sociedade desumanizada e alimentada por todos nós.
À pergunta – Então está tudo bem?
Respondemos automatica(mente) – Está tudo bem. E contigo?
Sem olharmos para a cara do nosso interlocutor.
Passados cinco minutos nem nos lembramos da Pessoa com quem interagimos.
Vivemos sob uma dominação mundial promovida por grupos que neuro/psicologicamente nos manipula e condiciona os passos que fazemos dia-a-dia.
São eles: Grupo Bilderberg, Maçonaria, Opus Dei, Vaticano, Comissão Trilateral, CFR, Illuminati entre muitos outros. Que lutam entre si e se toleram. Como por exemplo o Vaticano tolera a Opus Dei, por esta, ter um braço financeiro muito longo.
Escondem-se por detrás de seitas satânicas e compram tudo o que “Money can buy”.
São os grandes accionistas das grandes multinacionais que operam a uma escala global.
São os donos do mundo. Alguns excertos de pensamentos desses senhores:
Excerto de uma carta escrita por Rothschild Brothers de Londres a uma firma de banqueiros de Nova York em 25 de junho de 1863:
"As poucas pessoas que podem entender o sistema (dinheiro em cheques e créditos) vão estar tão interessados nos seus benefícios ou vão ser tão dependentes dele, que não farão a menor oposição. Por outro lado, a maioria das pessoas mentalmente incapaz de compreender a enorme vantagem que o capital extrai do sistema, carregará a sua carga sem se queixar e talvez sem suspeitar que o sistema é hostil (inimigo) aos seus interesses".
Sr. Phillip A. Benson, presidente da Associação dos Banqueiros Americanos, em 8 de junho de 1939:
"Não há maneira mais directa de se obter o controle de uma nação do que através do seu sistema de crédito (dinheiro) ".
Em Junho de 2005, o « The Financial Times »publicou um artigo, em que o antigo secretário de Estado Henry Kissinger, muito ligado aos negócios do petróleo, declarava:
«A procura e a competição pelo acesso à energia podem passar a ser fonte de vida ou de morte para muitas sociedades »
e acrescentava:
« Quando as armas nucleares estiverem disseminadas entre trinta ou quarenta países e cada um agir segundo os seus próprios cálculos , com menos experiência e a partir de sistemas de valores diferentes,teremos um mundo permanentemente ameaçado por catástrofes iminentes »
( Caroline Daniel “ Kissinger Warns of Energy Conflict “—The Financial Times , 1 de Junho de 2005).
Revista do banqueiro dos EUA, de 25 de agosto de 1924:
"O capital deve proteger-se a si mesmo de todas as maneiras possíveis, por combinação e legislação. As dívidas, os bónus e hipotecas devem ser cobrados o mais rápido possível. Quando pelos processos da lei, as pessoas perderem os seus lares, elas tornar-se-ão mais dóceis e governar-se-à mais facilmente sob a influência do braço forte do governo, aplicado por uma potência monetária central sob o controle dos principais financistas.
Esta verdade é bem conhecida entre os nossos principais homens agora empenhados em formar um império financeiro para governar o mundo.
Dividindo os votantes através do sistema político partidário, podemos fazer com que percam a sua energia na luta por questões sem importância real. Assim, por meio de acções discretas podemos assegurar para nós o que tem sido tão bem planeado e executado com tanto sucesso".
É evidente o desprezo e a arrogância.
Diz-se que o Estado, ficcionando a sociedade em classes separadas de privilegiados e carenciados, criou a Pobreza.
Há hoje 0,5% da população que detém 70% da riqueza, deixando os outros 99,5% da população competindo violentamente pelo restante.
Grupos que controlam as áreas fundamentais da vida das pessoas.
- Indústria Farmacêutica, Alimentar, Militar, Banca e Média.
Quando se dominava pela força e a injustiça era evidente – como 2+2 – hoje cria-se uma falsa aparência de decisão democrática. Em todo o mundo ocidental se criou uma espécie de binómio de direita/esquerda light que vai alternando numa suposta legitimidade democrática. Quando os políticos já estão “comprados” por estas forças superiores e transnacionais. A política essencial já está traçada noutros círculos.
Quem saia desta bitola de pensamento dominante logo é apelidado de extremista, irresponsável e por fim – a técnica preferida – a desacreditação. Em suma, marginalizado.
Por isso creio que realisticamente não poderá haver um País sozinho que corte radicalmente com este jogo de forças. Seria o mesmo que um Homem sozinho parasse com a sua força de braços um comboio em alta velocidade. Acabaria esmagado.
Tal é a complexidade financeira que a maior partenão entende os custos da contaminação. O dinheiro é a doença. E vale por quem lhe dê valor. A gigantesca economia norte-americana assente no seu desmesurado consumo é que acaba por dar valor ao dinheiro. Por exemplo os enormes excedentes monetários chineses e indianos aplicados em títulos do tesouro americano ficam valorizados em termos quantitativos. O dinheiro vindo do Arábia Saudita e afins de nada valeria sem o brutal consumismo americano. Isto das finanças e do valor que se dá ao dinheiro tem muito que se lhe diga.
Por exemplo eu, se tivesse 100 mil milhões de euros (o que seria muito bom) não o poderia aplicar em Portugal, porque, o nosso sistema financeiro não teria capacidade de absorver esse capital..
O sistema estremeceu e percebeu que se as pessoas não “puderem” pagar e não “poderem” comprar, o sistema entra em colapso.
Como proposta exequível, nos tempos que correm, será pela informação e desmontagem de assumpção em bases mentais sólidas e realistas, através do esclarecimento. Como alguns colegas Revolucionários dizeme muito bem – A Revolução são todos os dias.
Esta crise não está resolvida, mas sim, adiada na manipulação do Homo Sapiens Endividatus. O robotizado, por parte, da incomensurável crescente oferta da mão-de-obra que lhe retira A Capacidade de Decisão.
Não se curou as causas da droga, mas, os sintomas.
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Post publicado por mim (tarde e a más horas) no Blog "Cheira-me a Revolução!". Blog colectivo de autores inconformados, de muito mais qualidade que eu, que, não se resignam ao estado a que isto chegou. Para quem tiver alternativas, também pode visitar o "Blog Alternativas".