segunda-feira, 3 de março de 2014

O Futuro é um Presente do Passado


Muitas voltas a gente dá... Meios perdidos "presos" nesta vida, muitos se acham os máximos, quando em determinados eventos de ( em vida ) morte.

A vida, em tempos, é fodida... Depende da contextualização  da questão do momento. Explica de certo modo os suicidas, que quando chegam , o "problema" continua além

Em certa medida talvez, não haja futuro, talvez já tudo tenha acontecido, tudo está numa questão espaço-temporal, algures neste Universo num pensamento inteligente em que o Homem de cá desconhece a profundidade do conhecimento de lá. E quem tem o conhecimento?

Porque é que andamos perdidos ?


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Azul e Amarelo



De azul e amarelo, é o mundo individual que cada um no seu sonho e conceito de felicidade demanda.
Mas a vida, neste mundo tem muitas tonalidades,conexões e enganos. Formas de comunicação enviezadas, manipuladas, donde cabe a razão que cada um de nós trás, a certa e a errada.
Sendo seres que mal nos conhecemos, damos a entender que conhecemos muito, de nós e dos outros... E não percebemos, a tristeza e a alegria, o desespero e a euforia,
Há depressão, humilhação até à arrogância e à soberba.

Existe também sempre o processo, quando sentimos que chega a hora, não queremos, sabendo que a hora é inevitável, mas não queremos, porque está inculcado nas profundezas da nossa mente, que o mundo é de azul e amarelo... E não queremos...

Porque o mundo é azul e amarelo, como o filho do banqueiro de Wall Street que se suicida por incompatibilidade social (no popular in the school), como um pai centro-africano se desespera para alimentar o filho ou crianças desnutridas no interior do Cambodja que catam tarântulas para se alimentarem.

Porque o mundo é de azul e amarelo...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Entre 1643 e 1715...



Esta conversa ocorreu entre 1643 e 1715, um diálogo entre Colbert e Mazarin durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral "Le Diable Rouge", de Antoine Rault:


Colbert;- Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarin;- Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert:- Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarin;- Criando outros.

Colbert;- Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarin: -Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos ?

Mazarin: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então, como fazemos ?

Mazarin: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhe tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhe tiramos. 
Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

...

Esta "conversa" já vem de à séculos, as massas comem por norma o que lhes atiram... Despertar consciências é uma tarefa mental-somática mais difícil do que parece!
Sem esquecer, que já desde os tempos em que éramos macacada, já fazíamos política...

A evolução não pára, nem estagna... É uma jornada sem fim!

El Che ...Vive!


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sábado, 17 de novembro de 2012

Pode ser Portugal a destruir o Euro


Um "default" é acidente. Dois já é uma crise sistémica.
Quem o diz é Matthew Lynn, antigo colunista da Bloomberg News, sublinhando que Portugal voltará a ter um importante papel no palco mundial.

Segundo ele, poderá ser Portugal o responsável pelo colapso do Euro. No seu mais recente artigo de opinião, publicado na "Marked Watch", Lynn começa por relembrar a importância do país para a história mundial, com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo não europeu entre a Espanha e Portugal em1494.

Enquanto consabidamente, a Grécia tem vindo nos últimos anos a "aldrabar" as suas contas com a assessoria técnica, principalmente, dos estafermos que pululam na Goldman Sachs, por outro lado, Portugal esforça-se por ser o aluno aplicado e submisso dos credores internacionais.
Se fosse a Grécia a cair sozinha, os danos seriam contidos com o argumento relativo aos excessos gregos, mas se outro país cair e Portugal está na forja, evidenciaria que o euro na verdade, é uma moeda disfuncional.
Uma moeda cunhada sob regimes fiscais totalmente diferentes, ritmos económicos demasiadamente díspares e sistemas políticos muito diferentes entre si, leva-nos ao imbróglio que actualmente vivemos, donde é evidente, que as instituições europeias completamente atadas nos labirintos legislativos, navegam à vista.

O analista compara a situação de Atenas e de Lisboa, destacando que Portugal - um dos países mais pobres da União Europeia - com um PIB per capita de apenas 21.000 USD, significativamente  abaixo dos 26.000 USD da Grécia, fixou metas de redução do seu défice de 4,5% em 2012 e de 3% para 2013.

"Então e como está a sair-se?", questiona-se. E responde: "Quase tão bem como a Grécia, ou seja, nada bem".

O Citigroup estima que a economia encolha 5,7% em 2012 e mais 3% em 2013. Matthew Lynn recorda o estudo da Universidade do Porto, divulgado recentemente, que diz que a economia paralela aumentou 2,5% no ano passado e que representa agora cerca de 25% da actividade económica portuguesa, de referir, que não existe qualquer expectativa de que estes dados mudem a breve trecho. Salienta o jornalista que " As empresas portuguesas simplesmente não conseguem sobreviver a pagar as taxas de imposto que lhes foram impostas... E que os objectivos de redução do défice não vão ser cumpridos ".

Em resposta, a União Europeia, representada por uns encardidos de fato e gravata, exigem mais e mais austeridade, o que significa, a economia a contrair-se ainda mais. É um círculo vicioso que estas aventesmas (subentenda-se por aventesmas a dupla Coelho e Gaspar) não percebem.
Para "ajudar" ainda mais nesta questão, o governo português apresenta através do OE para 2013, o golpe de misericórdia para a economia lusa.

No total os bancos têm uma exposição de 244 mil milhões de USD a Portugal, contra 204 mil milhões de USD de dívida grega, segundo os dados do Banco de Pagamentos Internacionais. O grosso da dívida é detido pela Alemanha e pela França, na parte da dívida privada, que é bem mais substancial que a pública, é bem provável, que a maior parte seja detida por bancos espanhóis, com a saúde financeira que todos nós conhecemos.

Resumidamente, segundo o ex-colunista da Bloomberg - " Se um país entrar em incumprimento, dentro de uma união monetária, isso pode ser visto como um acidente infeliz. Todas as famílias têm uma ovelha negra. Mas quando um segundo país cai, o caso fica muito mais sério".

É uma questão de tempo... Para o deslize completo.


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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Aquilo lá ...


Sei que existem coisas e coisas quase impossíveis. Há coisas que ficam longe... lá... longe ... para lá da casa do caralho.
No entanto, a vida espalha-se por aí, sem sabermos muito bem como, ela está por aí, à nossa volta e em cada um de nós, somos a própria vida, mesmo que, alguns se achem mortos para ela. 
Em boa verdade, vida e morte, se interligam, coexistem, são facto peremptório.

Em todos nós existe uma espécie de Alasca, onde cada um deixa um segredo passado d'uma vida e tenta recomeçar uma vida do zero, dentro de uma série existencial.
Uma mistura psico-somática dentre um ponto entre outro, que se somarmos as outras vidas se tente, pelo menos, interpretar um sentido, da existência individual, ao mesmo tempo, que se baixe o percentual do "baratismo-tontismo" em que cada um vive. 
Este não-fenómeno por ser a normalidade, resulta nas sociedades actuais em que vivemos.
Um vazio estudado e projectado, numa inocuidade disseminada, um quebra-gelo rotinado a destruir almas... Que parece fazer esquecer ou esconder que afinal as pessoas são o Universo, não por direito próprio, mas porque são partes integrantes de tudo isto. 

É como jogar na roleta ...!


Dead Combo - Blues da Tanga

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Maçonaria e Opus Dei


Há poucos dias, uma grande celeuma se levantou após a publicação de um post no blog Casa das Aranhas acerca da Maçonaria. Celeuma essa extrapolada, devido ao facto, que num dos primeiros comentários alguém publicou a lista dos membros do GOL - Grande Oriente Lusitano - de A a M. De referir que o post em causa - muito interessante - já se alonga em mais de mil e tal comentários, maior parte deles, injúrias e ofensas, dentre virgens ofendidas e do melhor e/ou pior vernáculo luso sem correcção ortográfica.
Com grande espanto meu, no meio das centenas, encontro um comentário, mais do que certeiro, mais do que sintético e assertivo, resume de uma penada o país em que vivemos, pós 25 de Abril de 1974. Assinado por um Virgílio Lopes, ele escreve e muito bem;

Apelo a que, serenamente, se foquem no problema REAL.
A História de Portugal e do Mundo está cheia de maçons ilustres, grandes humanistas, defensores da liberdade, da democracia e de uma maior justiça social. ISSO É UMA VERDADE INDESMENTÍVEL !
O problema REAL (e apenas estou interessado em falar no meu País) é que após o 25 de Abril nasceu uma NOVA “maçonaria” que não é mais do que uma MÁFIA representativa do pior que há nos partidos chamados do “arco do poder” e designadamente do CENTRÃO ou Bloco Central de Interesses.
A esmagadora maioria dos NOVOS “maçons”, verdadeira MÁFIA, listados ou não, são gente militante ou afecta ao PS e ao PSD. Sem prejuízo dos muitos socialistas e sociais-democratas convictos e sérios que pertencem a esses dois partidos.
Mas falta falar do OPUS DEI. Outro POLVO secreto infestado de comparsas, sobretudo “beatos falsos”, daqueloutros da NOVA “maçonaria”. Convictos, haverá lá uns tantos, poucos, de que é exemplo mais mediático o Dr. Mota Amaral.

Por tudo isto, repito, foquemo-nos no problema EFECTIVO, REAL – a maioria esmagadora destes novos “pedreiros livres” e “beatos falsos” são, na realidade, a COSA NOSTRA PORTUGUESA.
Uma corja de “criminosos de colarinho branco e botões de punho” que andam há anos a SACAR e a VENDER A PATACO a riqueza do País.

E como é que nos vamos ver livres deles, infiltrados que estão, “como piolho por costura”, em todos os ÓRGÃOS DE SOBERANIA do Estado Português ?

Eles dominam tudo:

Presidência da República

Assembleia da República

Governo e Ministérios

Tribunais Superiores e todos os restantes

Polícias e Forças de Segurança

Aparelho económico

O PAÍS !!!!

Eu diria todo o mundo ocidental vestido no politicamente correcto, ou seja, a hipocrisia geral sustentada na iliteracia  global das sociedades, grosso modo, nos campos; políticos, económico/financeiros, culturais e sociais.
De referir que independentemente das missões filantrópicas e religiosas, da Maçonaria e da Opus Dei, não se pode esquecer o facto real, de que são espaços propícios para facilitar canais de ligações entre políticos, actores da alta economia e finança, bem como altos funcionários nas áreas da justiça.
E quando assim é ... 


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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que fazer para os portugueses acordarem ?


Com o país sob ataque cerrado interna e externamente, o seu povo vai sendo asfixiado mês a mês.
O salário cada vez mais curto e as despesas a subir, seja em; impostos, combustíveis, alimentação, material escolar e todos eles combinados entre si, vão cortando sem piedade o oxigénio dos orçamentos familiares. 

Rendimentos familiares portugueses esses, que endémicamente sempre andaram muito abaixo da média europeia, são os que constantemente estão sob pressão dos políticos do "arco governativo", dirigentes de associações empresariais, banqueiros e empresários, de que os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Ou seja, na verdade quem vive muito acima das suas possibilidades e das que o país consegue realmente pagar, são os que dizem que quem vive com os salários mais apertados, vivem acima das suas possibilidades.

Portugal apresenta as maiores desigualdades mundiais na distribuição da riqueza, pegando só na amostra das empresas do índice bolsista PSI-20, a décalage do rendimento mensal entre o admnistrador de topo até ao funcionário de nível mais baixo, a desigualdade é das maiores da europa.
Portugal tem muitas posições com salários e regalias bem chorudas bem acima da média europeia, desde; empresas públicas da admnistração central e local, funções governativas e respectivas assessorias, fundações de todo o tipo e tachos de toda a espécie.

Afinal quem vive acima das suas possibilidades ?

Portugal vive num ciclo de corrupção e interesses infernal. Para o liquidar de raíz, os portugueses fora desse ciclo, que são a grande maioria, teriam que fazer essa chatice que é votar e votar bem seria fora dos partidos auto-apelidados de arco governativo, ou seja, PSD/CDS e PS.
Porque grande parte dos deputados e governantes desses partidos, trabalham para as grandes multinacionais que interessa reduzir o custo do trabalho e maximizar o lucro.
Os grandes escritórios de advogados que através dos seus deputados ensarilham como podem a legislação nacional
Na área da construção civil e das obras públicas onde se sucedem obras supérfluas e sem sentido, onde o esbulho do erário público é demasiadamente evidente.
No sector financeiro e na área da saúde privada inter-ligada entre si, destruindo o sector público da saúde e gradualmente transformando o utente para cliente, esta é das mentalidades mais preversas que se estão a instalar.
O dinheiro existe, anda é há décadas a ser mal canalizado segundo os interesses da população portuguesa e a enriquecer pornográficamente alguns.

O vídeo em baixo é uma entrevista - fora dos grandes canais televisivos - ao professor universitário Paulo Morais, ex-vice da Câmara Municipal do Porto (PSD), onde explica concisa e sintéticamente o modus vivendi da corrupção lusa, ganha maior relevância por ser de alguém que esteve dentro do sistema.

O que fazer para os portugueses acordarem ? Será com desenhos, talvez ...




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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Os estafermozinhos


Já foram apelidados de diabinhos negros por um membro do clero português, eu prefiro classificá-los de estafermozinhos. Refere-se, concretamente, ao actual governo português em termos teóricos, na prática são apenas uma comissão liquidatária da nação lusa.

Estes estafermos, que numa primeira fase objectivaram, ir para além da troika, no acordo de entendimento assinado pelo partido socialista, liderado por um (In)Seguro que ainda tenta descobrir um espaço dentre as gotas de chuva que vão levantando o pó que alimenta uma comunicação social portuguesa manietada à partida de quem lhes paga o seu ganha-pão.

Estes estafermozinhos estão a levar a cabo a destruição de um país e sua economia por arrasto no que "alguns" apreenderam nos campos de treino terroristas bilderberg. O seu pensamento social foca-se nos pobrezinhos, identificá-los e dar-lhes uma sopinha de caldo verde.
Não tendo noção da vida real e das suas complexidades, afagam suas consciências na ideia de um copinho de leite com café quentinho, no meio de sonhos, em que não haverá pobrezinho, coitadinho, sem uma malga de pão com azeitona.

Os pobrezinhos, coitadinhos, que vivem acima das suas possibilidades, que pagam os ordenados bem chorudos das fundações e de muitos administradores públicos que factualmente quase ninguém percebe a valia pública que trazem ...

Enquanto destroem subtilmente o salário mínimo, fazendo com que hoje em Portugal, se possa pagar a um trabalhador menos do salário mínimo, os estonteantes €485, crescem cada vez mais postos de trabalho pagos abaixo do salário mínimo.

Não contando com o recente caso de contratação de enfermeiros por parte do Ministério da Saúde, desclassificando toda uma classe profissional. Uma licenciatura de peso e na qual é preciso suar as estopinhas. Um enfermeiro contratado no actual Portugal, recebe €385, subtraindo os descontos para a Segurança Social, leva à volta em números redondos cerca de €320 num mês de trabalho constituído por 8 horas de trabalho diário.
O retrocesso civilizicional é tal, que crescem as figuras do receber à jorna e os dos manangeiros.

Estes estafermozinhos descuraram o principal tónico do desenvolvimento económico, a motivação. Sem motivação, por mais que se torçam, não haverá desenvolvimento económico. Sem uma luz ao fundo do tunel, não haverá crescimento.

A juntar que os estafermozinhos do governo português, inserem-se num contexto global e mundial, onde têm pouca voz , fraca margem de manobra e completamente de joelhos aos mercados do dinheiro.
Vivem imbuídos da mentalidade dominadora dos verdadeiros estafermos internacionais que acumulam todo o dinheiro do mundo.

Todos os dias existem biliões e biliões em diversas divisas monetárias nos mercados financeiros para comprarem obrigações de empresas e de países.
O problema não está na produção física de bens (não ocorreu nenhum cataclismo planetário), o problema está na gestão da massa monetária e nos seus movimentos virtuais, problema o qual ninguém toca, porque está nas mãos dos senhores da guerra "deste presente".



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domingo, 22 de julho de 2012

Os arautos da transparência


Num texto de Domingos Ferreira, professor e investigador na Universidade do Texas - EUA, onde começa por sinalizar os homens Goldman Sachs em Portugal, nomeadamente, Carlos Moedas, adjunto directo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e do "Ministro das Privatizações", António Borges. De notar que os "Goldman Sachs" estão infiltrados nos governos europeus, bem como, nas suas instituições fulcrais de decisão, como por exemplo, o BCE. Sem dúvida que estamos entregues à bicharada!

Refere Domingos Ferreira no seu texto que " vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman & Sachs, o  Citygroup, o Wells Fargo, etc., apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte-americano abriu um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores."

Afirma também que " ficou demonstrado que o Goldman & Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com enorme prejuízo para os seus clientes) ".

Enquanto os intelectuais da esquerda europeia filosofam sobre as estrelas e o céu, continuando no texto de Domingos Ferreira - " Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias, são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das entidades reguladoras ".

O crime global em que vivemos, é ainda mais atroz, na directa medida da anestesia global em que os povos sobrevivem  - " Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman & Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem a especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos, Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como, condena milhões de pessoas à fome. "
Sem que grande parte da população se aperceba desta monstruosidade e que a maior parte trabalhe contra si própria.
É esta a grande capacidade de toda esta super-estrutura no sequestro de vidas humanas, sem as próprias se aperceberem de esse facto..

No artigo de Domingos Ferreira e muito assertivamente, diz - " No que toca a canibalização económica de um país, a fórmula é simples, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obrigam assim a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo, impõem em nome do aumento da competitividade e da modernização, a abdicar dos seus sectores económicos  estratégicos, tais como; energia, águas, saúde, banca e seguros. "
Entregando de mão beijada às grandes corporações internacionais, o trabalho de todos nas mãos de poucos.

Enquanto, no caso português, as pessoas se queixam nas conversas de café, não entendem que o voto em branco ou abstenção só favorece os partidos da elite, quando o eleitor português vota em protesto contra os políticos do "arco governativo", seja em branco, seja na abstenção ou desenhando uma caralhada no boletim de voto, está a dar um tiro no seu próprio pé. No actual sistema eleitoral, este governo maioritário teve o voto de pouco mais um décimo do eleitorado português.
Na Grécia, o povo quase que acordou, mas foi quase...


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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sexta-Feira 13


Segundo a tradição, é o dia do azar, a noite das bruxas e o dia e noite que tudo pode acontecer. Em tempos idos, alguém inventou um vírus informático denominado de sexta-feira 13, alguns por defesa adiantavam a data do computador para sábado 14, e logo, apareceu um novo vírus, o sábado 14
Na verdade, quando uma sexta-feira calha no dia 13, é um dia como outro qualquer, o mito, muito bem poderia ser; a quarta 12, a quinta 6 ou segunda 24. 

A ajudar à sina do número 13 vem o 12, segundo a numerologia é um número completo, os doze meses do ano, os doze apóstolos de Jesus e os doze signos do Zodíaco, o número 13 é considerado o número do azar. Aliás, existem actualmente, fobias associadas ao número 13, existem pessoas que padecem de triscaidecafobia, parascavedecatriafobia e frigatriscaidecafobia, ou seja, fobias associadas ao número 13. A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo. Existem histórias desde a mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.

Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos. Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demónio, os 13 ficavam a rogar pragas aos humanos. Da Escandinávia a superstição espalhou-se pela Europa.
Com relação à sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro.
Alguns pesquisadores relatam que o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira.
A morte de Cristo aconteceu numa sexta-feira conhecida como Sexta-Feira da Paixão.
Marinheiros ingleses não gostam de zarpar os seus navios à sexta-feira.
Outra possibilidade para esta crença está no facto de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico. Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio. Note-se também que, no Tarot, a carta de número 13 representa a Morte.

Mas o que muito provavelmente ocorreu em tempos passados, para tornar a sexta-feira 13 num dia de culto, para muito boa gente inocente, foi um um dos episódios da idade das trevas da história, dominada sob uma ideia, a teologia cristã, que controlava com o medo da morte, a comédia e o sexo. Tão bem descrita na obra-prima de  Umberto Eco - "O Nome da Rosa".

Segundo o calendário que ainda perdura, no dia 13 de Outubro de 1307, o Papa Clemente enviou ordens secretas lacradas para serem abertas simultaneamente por seus soldados em toda a Europa na sexta-feira, 13 de Outubro de 1307. Ao nascer do sol do dia 13 os documentos foram abertos e revelou-se seu teor aterrorizante. A carta de Clemente afirmava que Deus viera a ele em uma visão e o alertara de que os Templários eram hereges culpados de adoração ao demónio, homossexualismo, desrespeito à cruz, sodomia e outros comportamentos blasfemos. O Papa Clemente recebera de Deus a ordem de purificar a terra reunindo todos os Cavaleiros e torturando-os até confessarem seus crimes contra Deus. A operação maquiavélica de Clemente funcionou com precisão infalível. Naquele dia, inúmeros Templários foram presos, torturados impiedosamente e queimados em fogueiras como hereges. A cultura moderna ainda conserva vestígios dessa tragédia.
Até hoje, sexta-feira 13 é considerado o dia do azar.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um Povo imbecilizado e resignado...


Cronologia: finais do séc. XIX e início do séc. XXI. O fado lusitano que atravessou um século inteiro, com muitas pessoas que faleceram e outras tantas que (re)nasceram.

Hoje é hora, desta o status quo vai ser alterado, não há como...
Escrevia há 116 anos Guerra Junqueiro, a realidade de outrora e de agora. Em termos regimentais, até parece, que o tempo não passou.
Tal como a História nos conta, em pontos salteados no espaço e no tempo, num contexto de incoerência coerente, nos tempos actuais - Há gente que tem de morrer ...!

Um povo imbecilizado e resignado,
humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo,
burro de carga,
besta de nora,
aguentando pauladas,
sacos de vergonhas,
feixes de misérias,
sem uma rebelião,
um mostrar de dentes,
a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas
é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante,
não se lembrando nem donde vem,
nem onde está,
nem para onde vai;
um povo, enfim,
que eu adoro,
porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso
da alma nacional,

reflexo de astro em silêncio escuro
de lagoa morta (...) Uma burguesia,
cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal,
sem palavras,
sem vergonha,
sem carácter,
havendo homens
que, honrados (?) na vida íntima,
descambam na vida pública
em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,
da mentira à falsificação,
da violência ao roubo,
donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,
escândalos monstruosos,
absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo,
esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador;
e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do país,
e exercido ao acaso da herança,
pelo primeiro que sai dum ventre
- como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara
ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...),
sem ideias,
sem planos,

sem convicções,
incapazes (...)
vivendo ambos do mesmo utilitarismo
céptico e pervertido, análogos nas palavras,
idênticos nos actos,
iguais um ao outro
como duas metades do mesmo zero,
e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896