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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que fazer para os portugueses acordarem ?


Com o país sob ataque cerrado interna e externamente, o seu povo vai sendo asfixiado mês a mês.
O salário cada vez mais curto e as despesas a subir, seja em; impostos, combustíveis, alimentação, material escolar e todos eles combinados entre si, vão cortando sem piedade o oxigénio dos orçamentos familiares. 

Rendimentos familiares portugueses esses, que endémicamente sempre andaram muito abaixo da média europeia, são os que constantemente estão sob pressão dos políticos do "arco governativo", dirigentes de associações empresariais, banqueiros e empresários, de que os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Ou seja, na verdade quem vive muito acima das suas possibilidades e das que o país consegue realmente pagar, são os que dizem que quem vive com os salários mais apertados, vivem acima das suas possibilidades.

Portugal apresenta as maiores desigualdades mundiais na distribuição da riqueza, pegando só na amostra das empresas do índice bolsista PSI-20, a décalage do rendimento mensal entre o admnistrador de topo até ao funcionário de nível mais baixo, a desigualdade é das maiores da europa.
Portugal tem muitas posições com salários e regalias bem chorudas bem acima da média europeia, desde; empresas públicas da admnistração central e local, funções governativas e respectivas assessorias, fundações de todo o tipo e tachos de toda a espécie.

Afinal quem vive acima das suas possibilidades ?

Portugal vive num ciclo de corrupção e interesses infernal. Para o liquidar de raíz, os portugueses fora desse ciclo, que são a grande maioria, teriam que fazer essa chatice que é votar e votar bem seria fora dos partidos auto-apelidados de arco governativo, ou seja, PSD/CDS e PS.
Porque grande parte dos deputados e governantes desses partidos, trabalham para as grandes multinacionais que interessa reduzir o custo do trabalho e maximizar o lucro.
Os grandes escritórios de advogados que através dos seus deputados ensarilham como podem a legislação nacional
Na área da construção civil e das obras públicas onde se sucedem obras supérfluas e sem sentido, onde o esbulho do erário público é demasiadamente evidente.
No sector financeiro e na área da saúde privada inter-ligada entre si, destruindo o sector público da saúde e gradualmente transformando o utente para cliente, esta é das mentalidades mais preversas que se estão a instalar.
O dinheiro existe, anda é há décadas a ser mal canalizado segundo os interesses da população portuguesa e a enriquecer pornográficamente alguns.

O vídeo em baixo é uma entrevista - fora dos grandes canais televisivos - ao professor universitário Paulo Morais, ex-vice da Câmara Municipal do Porto (PSD), onde explica concisa e sintéticamente o modus vivendi da corrupção lusa, ganha maior relevância por ser de alguém que esteve dentro do sistema.

O que fazer para os portugueses acordarem ? Será com desenhos, talvez ...




Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Visita papal e as cargas policiais


No passado fim-de-semana o papa Bento XVI visitou Madrid - Espanha para as jornadas da juventude. Nas quais acorreram cerca de um milhão de jovens de todo o mundo.
Ao mesmo tempo, nas principais ruas e praças de Madrid, algumas centenas e por vezes milhares, manifestavam-se, não propriamente contra a religião, mas sim, contra o "Gobierno de España", que tal como outros estados europeus, cortam na saúde, na educação, nas despesas sociais, mas que não se coibiu de abrir os cordões à bolsa, no relativo à organização da visita papal.

Nesses gastos, esteve uma equipa da polícia de intervenção espanhola destacada para esta missão, mais do que um comportamento vergonhoso, teve laivos de fascismo. Reprimiu violentamente, cidadãos que manifestavam o seu ser laico, que aliás, está inscrito na constituição espanhola.
Esta equipa que muito provavelmente andava a ser preparada há algum tempo, parece que além de ter levado com uma enorme lavagem cerebral acerca dos "maus da fita", notoriamente teve ordens superiores para actuar de uma forma completamente desproporcional e injustificada. Chegou ao ponto dos próprios manifestantes, tentarem acalmar um nervosismo policial esquizofrénico, até parecia que estavam sob efeito de substâncias proibidas.
O ministério do interior vai abrir um inquérito para averiguar tão injustificada forma de actuação, o que, em boa verdade significa quase zero.

Na verdade, o Vaticano, mais do que a sede de uma instituição religiosa, é uma enorme corporação global, que ao longo dos séculos foi conseguindo manobrar e manipular os mistérios da fé.
Noutros tempos pela força, nas fogueiras da Santa Inquisição que derreteram muitos seres humanos e nas expropriações coercivas de bens e inúmeros tesouros, num tempo em que espalharam o medo e o terror pela europa e afins, durante séculos.
Todos aqueles jovens, cheios de boa vontade e esperança, tal como gente em todo o mundo acorre a eventos similares de coração aberto, não vendo ou não querendo ver a realidade podre, que é o Vaticano. De salientar, que nestas jornadas deu-se um ênfase especial na obediência na doutrina da igreja.
Em 2009, salta para as livrarias uma obra única do jornalista Gianluigi Nuzzi, consubstanciado com os os relatos de Monsenhor Renato Dardozzi em final de sua vida. O livro "Vaticano S.A." praticamente já desapareceu das livrarias, não por ser um best-seller, mas fruto de compras maciças de livros incómodos por parte da entidade-alvo.
Outro livro muito interessante, é a obra de Saramago "Caim", que no seu âmago traz a enorme contradição, que é a questão do Caim bíblico.

Como em todas as religiões, nos diversos pontos do planeta, que se adaptam às características culturais do meio em que estão inseridas.
Porque existem variadíssimas situações que a ciência humana ainda desconhece, a religião colmata e manipula conforme o seu interesse, esse desconhecido. Seja o medo do escuro, coisas estranhas, comportamentos humanos incoerentes que mostram os limites da psicologia, doenças e curas medicamente inexplicáveis e principalmente o sentir íntimo de cada pessoa, que só cada um sabe o seu, porque cada um é único.




domingo, 5 de junho de 2011

Villas Miseria


Este é o mundo em que vivemos, o real e construído por todos nós, nem que seja, na hipocrisia de virar a cara para o lado, ou quando uma parte do mundo come até não lhe apetecer mais, comenta - Mas porque é que dão isto à hora de jantar?

A breve apresentação do documentário em baixo, é narrado pelo actor José Coronado, que tem passado no Canal Odisseia.
É a mais excelente e atroz visão da sociedade cada vez mais hiper-desigual em que vivemos, fruto da corrupta mente humana.
O indivíduo isolado, pode atingir níveis de ética, respeito e em última análise, até de compaixão.
Mas em grupo, o homem, é o pior bicho à face da terra. Ele compete e maximiza de toda a forma que lhe seja possível, a vantagem, seja dinheiro, poder ou status e estas misturadas entre si.

Quando na parte do mundo da abundância as pessoas conformam-se de que sempre houve pobreza e riqueza, na outra parte e cada vez maior, a parte da carência, apenas sonham em ter os problemas, dos que vivem na parte da abundância; vou comprar um Nokia ou um Samsung, Peugeot ou Renault, vou comer carne ou peixe ...?
Quando se diz que se está cheio de problemas, há-que contemporizar e reflectir, mas qual é o verdadeiro problema?

O trailer do documentário "Villas Miseria", trata de pessoas reais, vai a Buenos Aires - Argentina, Calcutá - Índia e a Nairobi - Quénia, dando uma pequena amostragem da incapacidade do ser humano em organizar recursos vs. condições dignas de vida.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O caso do sequestro no Porto

No dia 23 de Fevereiro, um assaltante, de nome Renato Jesus, assalta uma enfermeira de 43 anos na loja de ATM´s do banco Millennium, afim de lhe sacar os códigos dos cartões multibanco. A enfermeira na sua mistura de pensamento; entre o pânico, o pensar que ia ficar sem o seu dinheiro, as compras de supermercado e as contas mensais que iria pagar, resistiu. Nessa decisão quase que perdeu a vida.
O assaltante sujeitou a vítima a um stress brutal, tanto física como psicologicamente. Como o assalto não correu da forma prevista, ou seja, subtrair algumas centenas de euros a uma cidadã comum, o marginal depois de ficar encurralado pela polícia, espetou-lhe a faca várias vezes, tendo ao que parece, lhe perfurado um pulmão.
O indivíduo assaltante revelou dupla má índole, o acto de roubar uma pessoa comum e quando confrontado numa situação de desespero, violentou-a sem pena.
A polícia que actuou neste cenário problemático, esteve muito bem, ao desenvolver uma estratégia que perante o cenário que lhe era apresentado, maximizou o objectivo de manietar o infractor e resgatar a vítima.

No dia 28 de Fevereiro, o destino, que é sempre incerto, entre-cruzou na comunicação social três pessoas envolvidas em situações ilícitas.
Renato Jesus, o assaltante, suicida-se com um lençol na enfermaria da prisão de Custóias, após, ter mostrado um sorriso logo no dia a seguir ao assalto que chocou a população. Neste tipo de detenções a indivíduos com problemas psicológicos já referenciados e ainda na chamada, zona de suicídio, teve a consciência, de por si terminar com a sua vida. Esta triste história, termina sem que Renato tenha tido sequer uma visita, enquanto esteve detido, de um amigo ou familiar. Quando a sociedade portuguesa acorda para a questão do isolamento dos idosos, existem jovens perdidos na vida e também isolados.
O agressor é o produto de também ser vítima.



Neste dia, foi libertado o malogrado sucateiro, Manuel Godinho, que cumpriu pena de prisão preventiva até ao máximo estipulado pela lei. Figura central do processo Face Oculta, que ganhou dimensão mediática pelas escutas entre o actual primeiro-ministro e um ex-ministro Armando Vara, figuras de alto relevo do PS.

No mesmo dia, a justiça portuguesa, decide levar a julgamento o célebre caso dos CTT, tendo como sua personagem principal Carlos Horta e Costa, figura proeminente do PSD.
No processo, o alegado crime mais evidente, é a venda de um edifício da referida empresa pública em Coimbra a uma imobiliária local, detida por coincidência por dois autarcas, um do PSD e outro do PS pelo valor de cerca de 14 milhões de euros, que por sua vez foi revendido no mesmo dia a uma empresa do grupo BES por 20 milhões de euros, gerando por artes mágicas, num dia, uma mais-valia entre os 5 a 6 milhões de euros.
Sem falar da acusação de gestão danosa e outros crimes previstos na lei portuguesa, enquanto os funcionários da referida empresa recebem ordenados baixos, são sujeitos a horários que muitas das vezes fogem ao que está previsto na legislação laboral, ao mesmo tempo que os administradores dessa equipa "maravilha" se banqueteavam com automóveis de luxo e regalias de boa vida.

Na retina fica, que a justiça portuguesa é incapaz, é inquinada deliberadamente e incompetente para julgar na sua plenitude os dois últimos casos, como todos os outros em que entraram figuras de relevo económico/político. Pois julgam as leis produzidas, principalmente, pelos dois partidos políticos que partem há três décadas a democracia, alternando entre si o poder da república, servindo os seus patrocinadores pagos pela povaça meia perdida nas suas vicissitudes vivenciais.
É a justiça forte para os fracos e fraca para os fortes. Por isso azares acontecem amiúde, como no primeiro caso, que "deixaram" o arguido se suicidar, apesar da elevada probabilidade para o evento ocorrer.

Parece que neste país, não se passa nada!



AC/DC - For Those About to Rock ( We Salute You )

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bibi vs. caso dos submarinos


Estes dois casos lançados esta semana pela comunicação social portuguesa são o espelho da sociedade actual em que vivemos, é um verdadeiro sinalizador dos tempos.
Em edição publicada ontem no jornal Correio da Manhã (pode ler aqui), o juíz Rui Rangel em artigo de opinião com o título de "Poeira de Democracia", coloca o enfoque de uma maneira muito inteligente, diga-se de passagem, sobre a bipolaridade mediática destes dois casos.

Primeiro, o caso "Casa Pia", com as surpreendentes declarações de Bibi, peça central do processo, que vem agora afirmar que esteve ao longo destes anos todos sob efeito de medicação, e que supostamente - não tem bem a certeza -, com os copos de água que a PJ lhe dava a beber, alegando que possivelmente estariam inquinados, pois o faziam transpirar muito e derivadas sensações, que todos os arguidos referentes a este processo, são inocentes, incluindo-se a ele próprio.
Este processo, que teve na equipa de defesa dos arguidos, uma estratégia de entupimento, arrolando centenas e centenas de testemunhas, que convenhamos, é uma estratégia de má-fé e de quem implicitamente reconhece a culpabilidade dos factos pelos quais são acusados.
As últimas declarações do arguido chave, Bibi, são a continuação do freak-show que a defesa dos arguidos conseguiram transformar este processo, descredibilizando todos os intervenientes, e ao mesmo tempo, alimentando a voragem da comunicação social que vende, o que o público procura, chamando a si os holofotes da atenção nacional

Na mesma semana, o juíz Carlos Alexandre, decide levar a julgamento o caso dos submarinos, em contraponto, de ter sofrido fortes pressões, e mesmo, ameaças à sua vida. Nesta fase, apenas são constituídos arguidos empresários e gestores que negociaram as contrapartidas deste negócio.
Não se chega a tocar ao nível político, mas o susto, fez movimentar uma série de valências para tentar "inibir" o corajoso juíz.
As leis feitas por políticos têm alçapões propositados. O juíz, cabe-lhe apenas, cumprir a lei.
Ou seja, nas democracias, até é, relativamente fácil inquinar a legislação, legalizando, dessa forma, o esbulho da coisa pública.
Este tema, quase passou ao lado da agenda.

Resultam destes dois casos, que a massa prefere o reality-show, o resto não percebe... por circunstâncias várias, algumas criminosas, na qual a nossa legislação não tem capacidade de criminalizar, pois não foi feita para tal.



Imagination - Just an illusion

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tudo é relativo


A sério e a brincar. Tudo é relativo.
O tudo, também é passível de interrogatório, de dançar, de bailar, enganar, ludibriar... no fim da linha trair. E ao fim ao cabo, o tudo, também pode sair sem nada.
Seja no risco, na adrenalina ou na contrafacção.
A adrenalina, vicia. E quanto mais vicia, mais se arrisca, faz parte do jogo, do risco.
Essa energia a mais que não controlada resulta quase sempre na vampirização energética. As pessoas sugam-se umas às outras, energeticamente claro. Criam-se dependências inter-pessoais, autênticas bolas de neve, que por vezes, degeneram em avalanches, alguém fica soterrado em queixas, pedidos e desabafos.

Há que relativizar... E menos doenças liquidarão séries existenciais, tanto de forma directa ou indirecta.

E depois temos os políticos papagaios, que falam de tudo, mas tudo sai oco, sem conteúdo, falam só para eles, em discursos vazios; Vitalino Canas, João Tiago Silveira, António Arnaut, Miguel Relvas e etc, etc, etc e etc...
Parecem controlados e re-programados por ET's.
Mas quem é que os ouve? Ou quem os consegue ouvir?
Há que relativizar, sem dúvida... Há que relativizar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ministério Público e a Justiça em geral

Como se tem reparado, o Ministério Público Português já andava pelas ruas da amargura pela sua notória incompetência e incapacidade de quase tudo, a que lhe é proposto nas leis da república, cai agora definitivamente, na lama, com o caso Freeport.
Os procuradores Vitor Magalhães e Paes Faria encarregues do caso vêem após cerca de seis anos e mais alguns em que o processo esteve atravancado, melhor dito, quase uma década, com um despacho minúsculo relativamente às fugas de informação que sub-reptíciamente foram sendo "largadas inocentemente" na comunicação social, independentemente da inocência ou não da figura do primeiro-ministro, queimando em lume brando o seu nome, no relativo a este caso.
Um princípio fundamental na justiça é o da presunção de inocência.
Mas fizeram - os procuradores - ainda mais, deixaram no ar a questão das 27 perguntas, que devido a prazos apertados, não tiveram tempo suficiente, mas mais insólito ainda é o conhecimento público de tais perguntas.
"Não acha estranho receber uma carta começada por - Querido amigo,...", estes magistrados, vivem sem dúvida, num mundo muito paralelo ao da vida real.
O procurador geral da república, com o seu ar de uma nebulosa, talvez para deixar transparecer, um ar de inteligência e de quem está a controlar à distância, não mais revela, de que é um perfeito ceguinho no seu cargo de Rainha de Isabel, como o próprio o identifica, apesar de saber muito bem ao que foi e nunca ter apresentado qualquer proposta de alteração à filosofia do cargo.
A procuradora protegida pela hierarquia faz juz ao seu nome, falaciosamente Cândida, de uma candura enternecedora e atroz ao mesmo tempo.
Por outro lado, quando deviam funcionar em sincronia, a Polícia Judiciária e Ministério Público, trabalham um contra o outro, esgrimindo rivalidades bacocas de serviços que trabalham, apenas para si, em detrimento de um certo suposto sentido de dever e colectivo público.
Também há juízes de comarca corruptos, além de ganharem dinheiro bem acima da média da população nacional, juntando extras inerentes à função, os há, que ganham o gosto pelo dinheiro.

Entra aqui o legislador, ou seja, os políticos, figuras cinzentas que representam interesses, muitas das vezes, diferentes do povo que os elege. Representam principalmente, quem num futuro lhes pagará um bom ordenado e regalias suplementares e a quem interessa transformar a justiça num circo aleatório.
Também esses e por isso que em Portugal ninguém em cargos de administração de empresas públicas é responsabilizado por maus resultados e em casos limites, de fraude do erário público.
Nas grandes empresas privadas, o forrobodó também é permitido.


Dois casos sintomáticos e mediáticos, exemplares da falência do sistema:

O caso Casa Pia; o horror de haver arguidos inocentes e por outro lado de vítimas que nunca mais vêem a justiça a ser exercida.
A questão tempo, é a principal questão deste processo. Não pode ser admissível os arguidos poderem arrolar centenas de testemunhas, com tudo o que isso implica em notificações, testemunhos e sem esquecer a incapacidade dos tribunais portugueses no que toca à ferramenta de agendamento, que leva por consequência a sucessivos adiamentos de audições. Tempo e mais tempo, em processos que deveriam ser resolvidos no mais curto tempo.

O caso das pequenitas desaparecidas, a Joana e a Maddie; que focam a desigualdade de tratamento da justiça. Estes dois casos mostram de forma meridiana, que existe uma justiça para os pobres e outra para os ricos e/ou possuidores de status social.
Leonor Cipriano, mulher pobre e com fracos recursos financeiros, é esmurrada no focinho pela polícia judiciária que lhe tenta à força arrancar a confissão. Quando é entregada num estabelecimento prisional, a directora salvaguardando-se, manda tirar fotografias, para provar o estado em que ela lhe chegou. Os polícias justificaram-se que o fotoshop faz maravilhas.
O insólito e inédito, é que está condenada e presa, manifestando-se sempre como inocente e sem a prova do crime. O corpo não foi encontrado.
Na outra face da moeda, Kate McCann, num caso semelhante, em que também, a pequenita não foi encontrada, não existem confissões de culpa, mas a senhora foi tratada com todas as deferências, pelos vários intervenientes da justiça portuguesa, com todos os direitos que lhe assistem - como aliás deve de ser -, e facto, está em liberdade.
Independentemente da culpa ou não destas duas Mães, e que sofrem, por uma ou outra razão.

A justiça em Portugal, perdeu de vez o seu valor fundamental, a confiança. Com tudo o que isso acarreta; a falência do Estado de Direito, os investimentos que se deixam de fazer neste canto à beira-mar plantado e o dinheiro que é desviado todos os dias da coisa pública.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cidadão interventor


O Blog de Ricardo Gama foi descoberto por mim há poucos meses, mas desde aí o tenho acompanhado, quer pela escrita interventiva, quer pelos vídeos que produz com a sua câmara.
É um cidadão brasileiro, residente na "cidade maravilhosa" - Rio de Janeiro e advogado de profissão.
Intervém com profunda veemência na vida de sua cidade e do seu país, com particular incidência contra o presidente do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, como também contra a violência tremenda que grassa na sua zona urbana, principalmente a perpetuada, pelo tráfico de droga e a miséria que daí deriva.

Neste vídeo, que no meu ponto de vista, um dos melhores (e trarei outros), ele põe a nú o sistema judicial brasileiro. O mesmo que dizer, que o sistema é uma merda, não funciona!
Traz o caso de um jornalista brasileiro da rede Globo, Tim Lopes, assassinado cobarde e friamente por uma quadrilha de criminosos.

Em Portugal e no resto do mundo se passa a mesmíssima coisa e nas mais variadas situações de ocorrência.
Veja-se que o criminoso "pé-de-chinelo" se safa quando contrata um bom advogado, imagine-se as elites tão cheias de falhas legais, como se safarão em muito melhores condições!
Veja-se em Portugal, só como exemplo, o verdadeiro caso dos horrores em todas as valências, o caso pedófilo - Casa Pia.
É o completo falhanço social, político e ético das sociedades.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cidinha Campos - Deputada Estadual


Cidinha Campos deputada federal pelo PDT - Partido Democrático Trabalhista, um dos que apoiou Lula da Silva à presidência do Brasil.
No vídeo em baixo, ela mostra toda a sua indignação no parlamento brasileiro sobre o lançamento da candidatura a conselheiro do Tribunal de Contas brasileiro por parte de José Nader Jr. do PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, filho de José Nader.

"Em 2008, José Nader foi um dos alvos da Operação Passárgada da Polícia Federal, juntamente com os conselheiros José Gomes Graciosa e Jonas Lopes de Carvalho. Os três foram indiciados por corrupção passiva, formação de quadrilha, peculato e advocacia administrativa.
Seu filho, José Nader Júnior, foi deputado estadual entre 2002/2006 e reeleito para o período 2007/2011."
fonte wikipédia

No final da sua intervenção, alarga a sua indignação a todo o plenário onde impera a corrupção total. Denunciando o que toda a gente já sabe. Brasília é um ninho de víboras e antro de todo o tipo de corrupção, aliás como em todos os parlamentos do mundo.
Deveria haver mais deputados assim, em todos os parlamentos do mundo, com coragem para denunciar na hora, os esquemas, os compadrios, os roubos descarados, efectuados e permitidos por via legislativa, as nomeações para cargos públicos, as concessões de licenças, os concursos públicos, uma lista sem fim... E que depois houvessem investigações isentas que resultassem em consequências.

Dá-lhes Cidinha! Dá-lhes!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Qual é o nome do teu sócio ?


Portugal governado por assalariados técnicos, que sonham e ambicionam cargos dourados e reconhecidos por mérito de grandes obras feitas.

Antes de ontem, num jornal económico de grande relevo nacional e quiçá de grande impacto mundial, lia-se em grande destaque na primeira página - "Ministério das Finanças admite que o TGV poderá endividar ainda mais, o País".
Não posso! Não acreditei! E logo, este País governado por gente tão séria.
Que, imagine-se, orçamentam €200 para os bébés vindouros, sem saberem bem como irão legislar tal trapalhada eleitoral. São uns porreiros!
E, eu que acredito no Pai Natal e no coelhinho da Páscoa!
Tal como Armando Vara e Paulo Pedroso, pessoas de bem e seríssimas, do ponto de vista, luvo-pediotriáfilia, com toda a responsabilidade que estes assuntos merecem.
Segundo a legislação portuguesa - não, não é piada - se a criança tiver uma erecção, a pena do pedófilo - que em Portugal, é igual a zero - será substancialmente, reduzida.

Bem sei que são pessoas simpatiquíssimas, de bom trato, educadas, e julgando que tendo, não têm a noção do que os domina.
Eu sei que dizem que não. Nem sabem que Henry Kissinger é um mero secretário.
Eles sabem que sonham ... E o que sonham antes de lhes ser dado, já foi analisado, conforme a sua esfera dimensional, os permita entender, dentro de suas capacidades de entendimento. Que nos nossos excelsos trading-boys lusos haja resquícios comerciais capazes de vender, qualquer coisa, tipo credibilidade, e por mais que não seja, produtividade.

Quem paga, as vossas insanidades? Governantes incompetentes...

Palhaço do caralho, você é concorrente!

No vídeo, onde se ouve Brasil, ouça-se Portugal.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Portugal, a Casinha dos Horrores


Portugal é um País bonito, tem um clima agradável e cheio de gente interessante, positiva e empreendedora.
Tem escritores de eleição, no mundo desportivo os nossos atletas estão ao nível dos melhores dos melhores em várias áreas, temos portugueses nos variadíssimos sectores de actividade económica e artística que são verdadeiros exemplos de profissionalismo.
Temos emigrantes de sucesso que muito honram o País.
Acredito que se cada indivíduo der o seu melhor; no trabalho, na família e no seu círculo social, o mundo andará sempre para a frente, no sentido, em que cada um contribuirá para a contínua evolução da Humanidade. Apenas, fazendo bem as coisas certas.

Agora, o horror, a tragédia, que o nosso País vive, advém de uma classe política que detém o poder, alternando entre si a ocupação das cadeiras. Fique-mo-nos pela história muito recente dos últimos trinta anos.
Mais do que governar a coisa pública e aplicação de boas práticas de gestão de uma nação, tivemos, não por azar, mas com o consentimento de uma nação impávida e serena, moldada e trabalhada para ser assim. A responsabilidade é de todos nós, nem que seja pelo o silêncio.
Ao estado a que deixamos isto chegar?

Enquanto uns gerem a coisa pública, favorecendo-se para si próprios vantagens financeiras e não acautelando o melhor para o Estado, pois o Estado somos todos nós. Os que contribuem efectivamente com o esforço do seu trabalho e os que efectivamente se esforçam para não contribuir. Destes últimos, é de salientar que as transferências para offshores em 2008 representou cerca de 1,5 % de toda a riqueza produzida em Portugal. Ou seja, receita não tributada.
Empresas do Estado que têm o monopólio da actividade e apresentam prejuízos de milhões. Temos agora a anterior administração dos CTT a ser investigada pelo Ministério Público por gestão danosa. Não precisando de ser um grande adivinho, adivinho no que irá resultar esse processo. É um resultado recorrente em TODOS os processos que figurem agentes políticos dos partidos do poder - em águas de bacalhau.

Sintomático é o processo Casa Pia que tanto envergonha este País. Caso central que põe a nú toda uma forma de funcionar judicialmente esta nação.
Totalmente politizado, logo a justiça é politizada.
Afastaram um Juíz, que apenas, tentou aplicar o normativo vigente na República. Por mais que se esgrimam argumentos técnicos e procedimentais, o facto, é que foi afastado.
Por causa deste processo, o sistema político alterou o Código do Processo Penal.
Se uma criança for violada sistematicamente pelo mesmo pedófilo, poderá ser considerado crime continuado. Se um pedófilo violar 20,30 ou 40 crianças será acusado, só por um crime.
Mas quem foram os legisladores que discutiram e debateram estas sanções? Serão malucos? Ou que interesses pretendem servir?
Mas quem foram as aberrações humanas que aprovaram isto?
Temos uma elite política disfuncional tanto sexualmente como mental-somática.
Concordo cada vez mais com a frase de Medina Carreira - Esta gente (agentes políticos dos partidos do poder) não presta, com esta gente não vamos a lado nenhum!
Para um País tão pequeno, são rombos a mais...

Uma sugestão: não haverá a possibilidade de alugar autocarros ao INATEL para em excursão levar esta gente até à Ponta de Sagres e aí atirá-los aos mar?




Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O dia mais longo do PS



Alô! Alô! Quem fala?
É a Cabala!
Madonna?
Não, é a mulher do Caballo, prima da Insídia! Precisava de € 10.000 em cash e urgente!
Ahh... Tem de falar com o Dr. Fonseca Galhão.
E uns diamantes não se arranjam?
Isso é que é pior! Desde que o nosso amigo Sem Bimbi foi para a outra margem, ficou complicado. Foram os 007 franceses que ajudaram na limpeza.
Então zerrô, zerrô.
É a crise.
Olhe eu queria fazer um Aeroporto!
Ahh, aí já tem de ligar para São Bento, aqui no Largo do Rato só se trata de cash.
Já agora gostaria de reservar uma viagem para Macau.
Ohh, isso foi chão que deu uvas. Agora tem de falar com os chineses.
Quer dizer, Macau foi um regabofe!
Mais, foi um viga-barrote!
E uma peça sobresselente para o meu quimboio?
Esse serviço está temporariamente indisponível.
Olhe vou ter de desligar, está a começar o Preço Certo!
Ok, então vou escutar para outra freguesia.

Nisto o locutor da televisão anuncia - Armando Vara, você é concorrente!

Como dizia, Avelino Ferreira Torres, Sejam sérios, pelo menos uma vez na vida!

Um Juíz que apenas tenta cumprir a lei em vigor, pode ficar com a carreira estagnada. Os tenebrosos erros processuais tudo podem anular, até a justiça.
Aliás nem precisava-mos de tribunais, Portugal é terra de gente séria. Aqui é tudo inocente.

Cada coincidência no País das Maravilhas!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A justiça portuguesa


À ideia conformista, Não lhes vai acontecer nada, Não vai dar em nada. Cresce uma mentalidade generalizada de que o sistema judicial português não consegue levar a cabo do início ao fim, todo um processo que vise o castigo, segundo a lei em vigor, dos infractores da mesma. Principalmente se forem de esferas políticas, sociais e económicas mais elevadas. É quase um facto concreto, mais do que uma sensação. As pessoas baixam os braços, dizem umas piadas e no fim, Eles safam-se sempre.
Está na moda a frase feita "O Estado é forte para os fracos e fraco para os fortes". Na realidade é tudo uma questão de dinheiro e status.

Veja-se o exemplo gritante de diferenciação sob a forma de tratamento de duas arguidas num caso semelhante, que todos os portugueses conhecem. Leonor Cipriano e Kate McCann relativamente ao desaparecimento de duas menores, Joana e Madeleine respectivamente. Leonor foi espancada, torturada psicologicamente e condenada à prisão sem haver prova e afirmando-se inocente, o corpo da menina nunca apareceu, sendo uma Maria qualquer está condenada sob uma presunção. Por outro lado Kate teve direito ao que um Estado de Direito preconiza e muito bem. Foi sempre interrogada na presença de um advogado, recusou-se a responder ao que entendeu que não deveria responder.
À luz da lei, por parte do nosso sistema judicial o tratamento foi diferenciado. E isso é um facto, ou melhor, justiça à portuguesa.

O caso eterno que como uma rua a descer, caminha inevitavelmente para a prescrição. Este caso é o espelho dos vários sistemas ocultos que vigoram em Portugal - o caso Casa Pia. Que numa primeira fase esteve nas mãos de um juíz fora do sistema corporativo. Foi pessoalmente à Assembleia da República "caçar" um deputado que já tinha sido ministro.
Agora, alguém se acredita que um juíz de carreira no interior de uma amalgama de interesses efectuaria o mesmo procedimento?
Como o sistema é relativamente complexo, num erro processual facilmente lhe puxaram o tapete, ocultando outras forças ocultas que já se posicionavam para o esquadrilhar.
Das escutas desse processo, na época, ficaram famosas as do líder do partido da oposição de então, o partido socialista, sob a pessoa de Ferro Rodrigues - Estou-me a cagar para a justiça!
Pelo cheiro, parece que não é só ele.

Na verdade, Portugal pós-fascismo, continuou parcial, num poder bipartido, cujas lebres são PSD e PS, dois partidos políticos patrocinados pelos mesmos sponsors internacionais que assim manietam facilmente um pequeno país, mas estrategicamente importante. Estes dois partidos directa ou indirectamente empregam meio-povo, mantendo confortavelmente seus fieis votantes, alternando entre si o poder, dando a ilusão a uma população maioritariamente pobre e iliterata a sensação de que existe uma verdadeira alternância. Certo, é que com esta gente não auspiciaremos o real desenvolvimento.

O nosso sistema legislativo está inundado de possíveis erros processuais. É para ela que a classe jurídica trabalha, encontrar o erro processual para daí anular o processo. O nosso sistema permite a anulação de um processo judicial, mesmo que esteja provado por A+B, o facto criminoso. Encontrado o erro processual, tudo é anulado e o comprovado criminoso sai em liberdade. Quando deveriam ser os próprios tribunais a acautelarem os possíveis erros processuais.
Caso simples: No início dos anos 90 uma senhora colombiana é apanhada pelas autoridades competentes para tal com cocaína no aeroporto de Lisboa. É presa, julgada e condenada. Possuidora de algumas posses monetárias, põe a circular no meio, que pagaria muito bem a quem fosse capaz de a libertar. Os jovens advogados que só com as oficiosas dificilmente pagavam o quarto arrendado, tal como, running-boys se puseram no farejamento de ajuda. Na altura o meu professor regente da cadeira de Direito Empresarial, foi solicitado por alguns seus ex-alunos para analisar o processo. Por desporto, analisou-o e voilá! Encontrou uma brecha. A senhora não tivera uma interprete, logo poderia ser anulado o processo e a senhora sair em liberdade. E assim foi, um jovem advogado ganhou umas coroas e a traficante apanhada a traficar droga foi libertada.
Se está na lei, que um cidadão estrangeiro tem direito a um interprete, porque é que o tribunal não acautelou essa questão, dando brecha a um erro processual?

Também há juízes corruptos, também há juízes comprados. E há também o lado emocional da decisão, como o nosso sistema é falho em clareza de regras abre o campo à interpretação extensiva da lei. Que quer se queira ou não será sempre subjectiva.
Um juíz que teve uma sobrinha violada em pequena, julgará sob determinado prisma casos semelhantes, um juíz pedófilo terá uma tolerância natural a outros pedófilos e por aí adiante.
Uma vez um juíz disse-me - Se um ladrão lhe assaltar a casa e se por acaso o conseguir controlar, não o deixe vivo, certifique-se de que ele morre e ponha uma faca na mão dele, pois se ele fica vivo, no sistema garantista para o infractor, ele vai poder falar...

Recentemente temos assistido ao caso das escutas do caso Face Oculta, mais um caso.
O Mistério Público anda às turras com o Supremo Tribunal de Justiça.
O que escondem as escutas onde José Sócrates é interveniente?
Nunca tanto como hoje assistimos a um Primeiro-Ministro com tantos casos suspeitos.
Discute-se, como habitual, o paralelismo do problema, a legalidade da escuta ou a não legalidade.
Porque não a lei estar errada?
Quando o espírito da lei deveria transpirar que ninguém está acima da lei.

Seria excessivo afirmar que estamos entregues à bicharada, mas que, isto é o fungagá da bicharada é. Isso é certo!



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sábado, 31 de outubro de 2009

Corrupção Total


Nesta semana que finda e após o ciclo eleitoral que terminou, frenético diga-se, vem a lume uma monstruosa rede de influências que por cá já pairava, desde à algum tempo. Saltou à vista os intervenientes mais mediáticos, que pelos lugares que ocupavam, deveriam ser os mais responsáveis; Armando Vara e José Penedos & Filho, sem esquecer o "epicentral" típico self made-man, o empresário da sucata, Manuel Godinho.
Correm, já correram e irão correr rios de tinta sobre este caso, bem como a sua contra-informação. Por isso basta consultar a informação já existente.

Como é que isto é possível? Porque se pode.

Logo atrás da Itália, país das associações mafiosas familiares, na europa ocidental, somos o 2º país mais corrupto.
A corrupção, é um crime, difícil de comprovar na barra do tribunal. Não é por acaso, que Armando Vara, pediu € 10.000 em cash e urgente. Não ficam vestígios, nem rasto. Não há prova.

Não importante esquecer, que na 1ª fase, Polícia Judiciária e Ministério Público, melhorarem a sua eficácia na investigação. Tanto em documentação, como material de prova palpável, digno desse nome. Com a experiência se aprende.
Na minha opinião, falível, como qualquer outra, será na 2ª fase, nos tribunais e nos juízes, que toda esta matéria se diluirá. Terão que obedecer a uma legislação coxa e feita propositadamente para salvaguardar, com muitos subterfúgios, este tipo de situações.
Logo, tudo ficará como dantes.

É a velha mentalidade portuguesa, da cunha, da esperteza saloia de enganar o fisco, da vigarice.
Os pequenos, dizem até com alguma razão - Porque é que eu vou ser honesto, se os de lá de cima roubam à grande?

E assim, os que pagam e "não podem fugir", contribuem e pagam dois países ou mais. Apesar dos discursos dos restringimentos e das dificuldades, certo é que há muito dinheiro, mais do que se imagina. A grande questão é que ele circula em circuitos paralelos.
Nos idos anos 80, num país ainda com grande influência militar, dizia-se que o ministério da defesa tinha um saco azul equivalente ao orçamento de estado. Não tenho provas documentais é certo. Mas alguém as terá.
Esses circuitos paralelos mudaram apenas de mãos. Passou-se de umas rubricas contabilísticas para outras.
A somar os muitos profissionais liberais que não pagam impostos, porque, lá está, o sistema o permite.

É um forrobodó total!

Sem poupar na linguagem, por exemplo, o caso dos vários administradores do BPN que, literalmente foi sacar dinheiro às pázadas.

Dos carris dourados à face oculta, o que haverá ainda por descobrir?
Nunca como hoje, em Portugal, as máquinas trituradoras de papel tiveram tanto uso.
Vou apostar em Jorge Coelho - Mota Engil.
Vamos ser racionais e lógicos. Alguém se acredita que por ali se passa tudo numa transparência sacro-santa?
Esperanço e congratularia-me se a figura em questão tivesse já a ser seguida, investigada e escutada.

Falta a este País de gente conformada, o esmiúçamento do tenebroso lóbi de Macau do Partido Socialista com veias maçónicas pelo meio.
Tivemos um vislumbre através do livro de Rui Mateus (um desiludido) - Contos proibidos: Memórias de um PS desconhecido.

Esta vida já não conta, na outra vão arder no Inferno, no sentido metafórico da expressão.
Diz a Bíblia que a vida começa depois da morte.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Passar ao lado


Portugal, Portugal!
País de virgens ofendidas. Reino da hipocrisia e da mesquinhez escondida.
Aqui reside gente séria e humilde, povo de brandos costumes. Pelo menos na aparência.

Entre quatro paredes transfiguram-se e são os campeões da violência doméstica e sexual. Neste capítulo, pessoalmente comecei a percepcionar este horrível fenómeno na adolescência, quando comecei a namoriscar e mais tarde por colegas, amigas e clientes da empresa onde trabalho. Quase todas, tinham e têm uma "história"; ou um tio, um primo mais velho, o vizinho, o colega do pai, o padrasto, o avô e às vezes o pai.
Mas que grande porra! Este País anda muito doente.
Aqui na Lusitânia muitos segredos se guardam, o que vem ao lume é uma pequeníssima percentagem do que ficou calado e muitas vezes mal perdoado. Até dá vontade de vomitar com tanta nojeira, tal a dimensão.

País cinzento, triste, e brutalmente depressivo e meio embrutecido. Somos os maiores nas sopas de cavalo cansado e nos anti-depressivos. O fado que carregamos, por natureza, é de choro e lamúria.
Somos case-study de grandes multinacionais pelo elevado índice de carneirismo. Telemóveis per-capita, não existe quem nos agarre. Apinhar centros comerciais é uma ciência que os portugueses mostram toda uma capacidade assídua.

No limite da hipocrisia e de uma forma genérica, o portuga ao volante de um automóvel é um verdadeiro animal, vocifera e esbraceja que nem um corsa, mas, minutos depois fora do carro no café ou no restaurante à porta da entrada é o mais educado que existe - Faça favor! Não, você primeiro!
No automóvel protegido por uma carroçaria, solta todos os impropérios que lhe vêm à memória, no olhos nos olhos, cobarde que é, hipocritamente é um cidadão exemplar.

Somos pobritos, produzimos pouco, trabalha-se o País todo ao contrário. A incompetência grassa, pois a organização parte de erros de base. Tanto na política e na economia em geral.
Na política uns se filiam como rampa de lançamento para tachos bem remunerados, na economia patrocinam os políticos para fazerem leis porreiras pá. É um ciclo vicioso.
Custa-me é saber que neste País existe tanta gente válida, competente e capaz, mas que, estão nos lugares errados, naqueles lugares que não comprometem os ímpios que enriquecem à bruta e à conta de todo um povo imbecilizado.

Somos todos uns educadinhos, onde educação é saber dizer bom-dia antes do meio-dia, quando se acaba de comer pôr os talheres em determinado lado, não dizer asneiras ao pé dos senhores doutores. Doutor nestas bandas, afinal, basta ser Lic. (licenciado), tal é ânsia de ser doutor ou engenheiro, que tudo se faz para obter tal chapa. Houve por aí um primeiro-ministro que até por fax enviava os exames, no melhor inglês técnico que o dinheiro pode comprar.

Crise? Mas, qual crise?
Antes de o sermos, já estávamos. Já o tirano César dizia, que aquele povo, lá do canto da Ibéria, não se governa nem se deixa governar.
Pode ser da genética, pois tantas vezes fomos invadidos. No nosso sangue, correm muitos sangues. Pelo norte, pelo sul e por este. Visigodos, Hunos, árabes e outros. Somos uma mescla desenraízada de outros povos. Talvez daí este povo seja por natureza conformista e ordeira perante poderes vingentes.

Reclamam que se farta, mas como, burricos que são e por não saberem reclamar passa tudo ao lado.
Recentemente, criou-se o Livro de Reclamações, que à nascença seria uma ferramenta útil para os cidadãos e empresas melhorarem serviços colmatando falhas revelados por quem usufrui.
Mas rápidamente, esse instrumento nas mãos de bestitas, perdeu o efeito. Reclamam porque está a chover, porque está sol, porque o bidé está muito próximo da sanita ou porque é bife com batatas fritas. Os serviços foram inundados de reclamações e o seu efeito foi diluído, principalmente, pela estupidez lusa em geral.
Julgam-se uma espécie de brazonaria, mas bacocos, dão cabeçadas nas paredes e alguns até fazer sangue.

Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e Bocage, este último mais directo com seus versos eróticos/pornográficos punham toda a sociedade portuguesa a nú. Uma sociedade como tantas outras, aparentes no seu modo estatutário existencialista.

Parte é induzida, por responsáveis de sucursais, com sedes tenebrosas. Dividir para reinar é o mote.
"Deixá-los estragar-se uns aos outros, desde que trabalhem para nós. Não precisam de saber quem somos, ainda confundíamos mais, estas cabecinhas borreguinhas..."

Todos nós somos responsáveis pelo o estado a que isto chegou. Quem não sabe, procure se informar, você tem de fazer qualquer coisa. Imobilismo não é desculpa.
Mas, pare de mamar na mama da Loba.

No vídeo em baixo, um grande anti-depressivo, para colocar sua vida em cima.
Nascem, vivem e morrem. Vocês são ensinados à nascença que tudo tem um princípio, meio e fim.
Já se perguntaram se será, mesmo assim?
Será que houve princípio?
Haverá fim?
O que é, que é o meio?

Será que existem? A maior parte quando morre, conclui, vivi toda uma vida, e passei ao lado dela.

Ainda vão a tempo de uma gestação consciencial. Eu posso ajudar.



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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Endividamento mórbido


O actual governo celebrou moderadamente uma ténue retoma da economia, uma inflexão da crise está a decorrer, segundo a sua máquina de propaganda tenta passar.
Ora o que está a ocorrer, é aquilo que na gíria do meio financeiro se denomina "a torneira do crédito" está lentamente a voltar-se a abrir. Muito desse financiamento não passa pelas contas públicas, entrando via banca privada.
Esta crise serviu para destapar a careca de Estados aparentemente desenvolvidos, como por exemplo a Islândia ou a República da Irlanda, Portugal que sempre esteve em crise desde a sua fundação, soma a esta crise, a crise endémica que sempre se viveu por estas bandas.
Este novo fluxo teve o condão de estimular o consumo interno e daí, a aparente retoma. O suposto mérito do governo é igual a zero.
Estas faltas de honestidade política, por parte dos dois partidos de alterne do poder, passam com alguma facilidade no povo português.

Desde os anos 90, Portugal tem vindo paulatinamente a desmantelar a sua capacidade produtiva, com a habitual desculpa das directivas da outrora C.E.E. e actualmente a U.E., quando o que se trata, são acordos mal geridos e daí talvez não, porventura, servir outros interesses que garantam empregos compatíveis com níveis de vida mais faustosos, sem esquecer interesses obscuros de sociedades secretas, que à luz da lucidez, apenas são agrupamentos infantis de graves distúrbios mentais e emoções mal trabalhadas, principalmente o medo, o medo de perder algo adquirido tanto material ou estatutário.

Antes da moeda única, a ferramenta da política do "empurra para frente" era a desvalorização da moeda. Após 2002 foi o endividamento, só que aqui contaminando os particulares.
Nessa altura começaram a aparecer as para-financeiras; Cofidis, Credibom, Credifin, entre outras. Verdadeiros "braços armados" de grandes grupos financeiros.
Num povo com elevados índices de manipulação, da alegria do carro novo e das férias de sonho ao descalabro foi um instante. Agora o frigorífico está estragado e a mobília do quarto da Kátia Vanessa está assim um bocado para o encardido.

Num País onde quem legisla, escolhe. Quem legisla, legaliza crimes. Quem legisla, promove monopólios. Em suma, na área legislativa, Portugal é um campo virtualmente minado.

A par desta evolução meteórica para o fundo, houve uma clara aposta na captação de investimento estrangeiro. Só que esse investimento, era em áreas que recorriam ao uso intensivo de mão-de-obra, onde a robótica ainda não preenche todo o processo produtivo e necessita em alguns pontos no seu processo produtivo da intervenção humana. Pode-se dizer que se reajustou o emprego à qualidade dos recursos humanos e ao I&D luso. Aposta que quem a fez sabia muito bem que seria temporária, pois outros mercados despontariam. Aqui de duas uma, ou pura má fé ou óbvia incapacidade de visão estratégica.
Pois este tipo de empresariado baseia-se única e exclusivamente nos custos de pessoal. São as empresas "sanguessugas", que agora e depois de usufruirem de muitos benefícios estatais, com todo o desplante deslocam-se para países onde esses custos são mais baratos.

Apesar de tudo isto o alterne poder PS/D continua a empurrar com a barriga bem cheia os problemas para a frente. Uns apostam no aumento do endividamento a atingir se não ultrapassar os níveis do absurdo, será mesmo, eticamente criminal. Outros em cortar em tudo e mais alguma coisa.

Quando a aposta nacional, deveria ser naquilo que está certo e mais simples de fazer. Lógica e bom senso na actuação governativa. Compreender os nossos problemas e actuar em conformidade, maximizando todos os nossos recursos a vários níveis.
Mas, ao que parece, isto é qualquer coisa de transcendental para estas cabecinhas pensadoras - o saber fazer as coisas certas.

Resumindo, caracterizando o País, Portugal na sua ilusória modernidade, já veste um fato Armani mas com as cuecas cagadas.



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quinta-feira, 19 de março de 2009

Incongruências

Portugal é um País cheio de incongruências. Com a capacidade reconhecida de desvirtuar a palavra ILEGAL; onde corrupção é ser-se um grande gestor, à falta de organização existe o desenrascanço, tornear o sistema fiscal é de espertalhão, o crime económico NUNCA dá prisão, a Pedofilia é tolerada pelo nosso MACIO sistema judicial, onde é mais gravoso ultrapassar o risco contínuo numa estrada (aí não perdoam!) do que cometer crimes de sangue, sexuais e económicos.
Grande contributo deu o Partido Socialista com a sua última "mexida" no Código Penal, tornando este canto à beira-mar plantado num paraíso para todo o tipo de banditismo. Eles agradecem e cantam - Governo amigo, estamos contigo!
"Polvilhado" com a induzida falta de meios policiais, na sua desmotivação e temos a receita ideal para o estereonato total e suas variantes.
Se virmos bem, isto acontece em todo o lado, mas em, Portugal assume uma gravidade muito perigosa. Muito bem mascarada pelas telenovelas, pela Operação Triunfo, pelos jornais Record, a Bola e o Jogo, também a revista Caras, VIP e Maria têm a sua quota-parte.
Em quê?
Na Robotização Existencial de um povo sodomizado mentalmente, a quem sub-liminarmente é lhe vedado o livre pensamento, e mais importante, o entendimento.
São baptizados como os Comidos, de lado, por trás, por cima e de joelhos.
Some as infinitas questíunculas familiares, são do piorio entre eles (salvo raras excepções), entre pais e filhos, irmãos e primos. Muitas vezes não se dão, roubam-se e alimentam ódios de morte. Não é por acaso que o jornal "O Crime" ainda perdura. Mas a genética submissa bem presente deste povo de brandos costumes, acaba por volta e meia entregar-se à GNR ou à PSP.
Há uns tempos atrás dizia o Pai ao Filho - Filho perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem!
Assim é à pelo menos 3 décadas e a caminhar meteoricamente para a 4ª, combinado pelo Partido Socialista (que nada tem de socialista) e pelo Partido Social Democrata (que nada tem de social democracia). Fazem acordos para os lugares de empresas públicas, são colegas nos múltiplos actos corruptos, e desta forma, foram e vão continuar a mandar e desmandar neste Portugalito pobre e desdentado, mas honrado. É o PS/D.

Aparece agora Francisco Louçã, o Denunciador de Todos os Males, isto de haver eleições legislativas em 2009 nada tem a ver com a proporcionalidade de sua gritaria. Ele é o verdadeiro Via Verde da demagogia, com a receita da Avó. Pegando em meias-verdades, cozinha-as e depois serve-as cheias de inconsistências, de irresponsabilidades e até de alguma ingenuidade, apesar de ser um homem inteligente e com um percurso académico ímpar. No tema Caixa Geral de Depósitos meteu os pés pelas mãos, mal informado e ansioso de protagonismo falava sem saber do que fala. Saiu de fino.
Isto traz o tema da seriedade e da credibilidade. Têm que se ser muito sério e credível. Ui, ui!
É umas das maiores falácias que existem, na qual, as pessoas acreditam. Sérias ou não!
Vejam a seriedade do Partido Socialista ao lançar Paulo Pedroso a candidato ao município de Almada, quando toda a gente sabe que é um pedófilo de primeira apanha.
Ou Manuel Dias Loureiro, homem seríssimo e de credibilidade intocável, o homem que não mente, apenas não se lembra.
João Rendeiro (este é dos meus preferidos pela sua honestidade), arauto da finança lusa, com livro na banca mais próxima de si - Testemunho de um Banqueiro. Vida e obra de um competente malabarista.
Junte-se o visionário talentoso ministro fétiche da legislatura, Manuel Pinho - o maluco.
Francisco Balsemão, o Javardo, não me vou alongar, pois o post não versa pornografia de série B.
Mas, versando e lembrando o árbitro internacional conhecidíssimo já na dimensão extrafísica ladeado por duas prosti-lux no Gallery, sito na Av. Duque de Loulé. Que noite!
Já me estava a entusiasmar, já estava a imaginar Vale e Azevedo como governador do Banco de Portugal. Isso é que era responsabilidade.

Por isso é um tremendo desperdício gastar todas as energias nos bonecos. Como por exemplo Sócrates (se é paneleiro ou não, não interessa), Santana, Durão ou Cavaco. São apenas intermediários, são alvos de tiro ao boneco.
Não importa a pessoa, mas sim, a cadeira que ocupa e a obediência que serve. Por isso, o grande problema do planeta, são as sociedades secretas, as organizações e instituições de confluência de interesses. Que na maior parte das vezes são contrários aos da Humanidade em geral. Os Sócrates, os Sarkozy's e os Gordon Brown's do mundo ocidental são os rostos, são os canais intermédios, são as inspirações dos murais, das bandeiras e dos vernáculos da populaça. Quando os que realmente mandam e dirigem são os mesmos de há muitos anos, orientando as linhas mestras inspiradoras da governação local. Manobrando seus fantoches de acordo com o superior interesse de suas empresas abocanhadoras de todo o leque produtivo económico.
É o topo da cadeia alimentar da rapinagem. Mestres na sedução de novos pupilos para a perpetuação hierárquica.
Têm processos rituais semelhantes a inocentes criancinhas de bibe, onde na creche entoam cânticos complexos, tais como, giroflé-flé-flá e batem palminhas, muitas palminhas. Carregam semblantes tipo 007 e ar muito inteligente como se entendem-se as verdades fundamentais do Universo.
Não há volta a dar, desestruturando o topo, a mudança grassará e será efectiva. Pois são eles que mandam e dirigem.

E desenham crises. Como a que supostamente real que vivemos. As verdadeiras vítimas as pequenas e médias empresas, completamente asfixiadas. Para mais tarde serem absorvidas pelos gigantes consórcios ou ficarem totalmente dependentes deles.
Esta crise estava a ser preparada há alguns anos, bloqueando a torneira do crédito e cosequentemente o comércio externo, dando lugar e de tapete vermelho à aglutinação concentrado o poder de decisão

Logo, meu (nosso) caro leitor, você é importante, para os relatórios estatísticos da rapinagem. Não embarque atrás de Dons Quixotes e Sanchos Panças.
Pense, questione e coloque tudo em dúvida. Pois existe toda uma máquina gigantesca para o fazer pensar que é feliz.


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quarta-feira, 4 de março de 2009

Guiné-Bissau

Guiné-Bissau é um pequeno País na costa ocidental africana. Foi colonizado por portugueses durante séculos. Talvez um dos grandes males do continente africano, a colonização do europeu na infindável procura de exponenciar o seu rendimento, qual vampiro de recursos e com as bençãos do Espírito Santo para justificação inconsciente dos seus actos, ocupou sem ressarcir quem já lá vivia à muito tempo. Numa lógica de superioridade e discurso de um só sentido - Tu não sabes, eu é que sei. Vou-te dizer como é que se faz.

Após séculos de tremendos abusos, as revoltas transformaram-se em guerrilhas, muitas organizadas e apoiadas logística e tacticamente, mais uma vez, por brancos oportunistas com o objectivo de colher os "juros" mais tarde.
No caso português, o mais infeliz, derivado de ter um governo fascista e pouco hábil na cena internacional, pode-se dizer mesmo, com fraca visão de conjunto, teimou numa guerra em várias frentes. Como consequência directa ceifou milhares de vidas, evitáveis e amputadoras psicológicas de outras tantas. Algumas ainda perduram nos nossos dias.

Dessa guerra, talvez a da Guiné, tenha sido a mais dura e difícil, o mato denso era propício para as emboscadas e para a luta de guerrilha.
Os soldados portugueses ouviam falar de Nino. Nino para ali, Nino para aqui. O grande guerrilheiro.
Declarou a independência da Guiné em 1973. Tornou-se o líder da embrionária nação.
Tornou-se um político à moda africana. Mandou matar, fez negócios com empresários de "olho grande", saiu e voltou. Considerava já a Guiné como sua. Foi um corrupto e assassino.
Deixa como legado um País sem infra-estruturas, o silêncio da noite é ocupado pelo som dos geradores (só alguns edifícios governamentais é que têm energia eléctrica) e nas suas múltiplas veias doenças e droga cultivada do outro lado do Oceano Atlântico.

Nos últimos tempos devido à sua localização geográfica ser de uma importância estratégica vital para o narco-tráfico colombiano como plataforma giratória para o mercado europeu, sucumbiu com facilidade ao dinheiro fácil de uma indústria em franca expansão, dos que movimentam mais dinheiro neste mundo desgraçado logo atrás do tráfico de armas. A Guiné deixou de ser independente novamente para estar nas mãos de outro poder.
Muito por via do seu Arquipélago dos Bigagós com a foz do rio Geba a intermediar o continente. Conjunto de ilhas onde os seus locais vivem principalmente da pesca.
Por altura da guerra colonial havia ali somente uma pista de aviação, donde a tropa portuguesa ia lá de vez em quando comprar peixe fresco para abastecer os quarteis de Bissau. Hoje nem se sabe bem quantas pistas de aviação tem, algumas são retrácteis, aparecem e desaparecem, tem cerca de 40 postos de combustível para aviões. Concerteza que não é para escoar o peixe ali pescado.
Mas sim para receber os aviões oriundos da América Latina carregadinhos de droga, para logo depois em potentes barcos a distribuir por canais muito bem montados.

Pesando os prós e contras, liberalizar a droga, teria o efeito imediato de esvaziar este tipo de negócio. Pois o viciado, de uma ou de outra forma, continuará a consumir. Nem que roube ou se prostitua. Até aqui, a questão do status é interessante observar. O drogado pobre acessa a um produto já muito misturado e de má qualidade, daí resulta a tez meio acastanhada da pele e a desdentação. O drogado rico faz as linhas com cartão de crédito gold e assume altas responsabilidades em empresas onde trabalham pessoas que daí obtém o sustento para as suas famílias. Tem é mais esforço para disfarçar quando lhe arrebenta uma veia do nariz ou sofre carências do produto em situações mais embaraçosas.
Voltando ao problema de fundo, não interessa liberalizar tal comércio, pois são os próprios governos de muitos países que lucram com o negócio.
Porquê é que os E.U.A. mantém uma forte presença militar no Afeganistão?
Para quem defende uma concepção mais religiosa de que Deus dá o sustento através da terra. Por caminhos ínvios acaba por estar certo.

Quanto a Nino, ironia das ironias, quem liquidou tantos soldados de G3 ao ombro, sucumbe agora com um tiro de G3 na cara.
Misteriosos são os caminhos da ironia.

Apesar de tudo, é triste este interminável ciclo kármico africano, de morte pela luta do poder e no qual o dinheiro, proveniente das "potências", alimenta. Enquanto as populações vivem, ou melhor, sobrevivem com carências a todos os níveis.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Corrupções

Nas sociedades, o tema Corrupção, é sempre um tema apaixonante com laivos de horror à mistura.
Cada um tira o que pode à sua medida. Do mais baixo até ao mais alto.
Em Portugal, a mentalidade corruptiva criou raízes muito profundas, difíceis de amputar tal mal.
Porquê mal?
Porque quando se tira, ou doutras formas, se rouba, os mais penalizados são indubitavelmente as zonas mais frágeis da sociedade que pagam mais. Como por exemplo; os idosos abandonados, os imigrantes, os doentes, os "reais" desempregados e os que de uma forma geral a Vida lhes pregou uma rasteira traiçoeira.

São as baixas médicas fraudulentas, os subsídios de rendimento mínimo para quem não precisa ou por exemplo, os subsídios de desemprego do comerciante que contrata um familiar e que o despede para sem vergonha nenhuma ficar a receber a contrapartida do Estado. O Estado que somos todos nós.
O tal que não tem recursos ilimitados e que é tremendamente mal gerido por governantes ambiciosos, permite estas fugas, ou melhor, injustiças, penalizando quem realmente precisa em detrimento dos chico-espertos, dos profissionais dos esquemas.
Não se deve fazer, mas, pode-se.

Subindo de patamar do espólio, a delapidação com o mesmo valor anti-ético ganha contornos criminosos, por via, da quantidade surripiada do saco que todos nós contribuímos através do nosso trabalho.
São as autarquias na frenética construção licenciada, autorizada por quem já recebeu malas em dinheiro vivo. Criando cidades disformes abrindo espaço a emaranhados sociológicos propícios ao desenraizamento social e propiciadores ao crime urbano e suburbano.
São situações escandalosas, que com o tempo o povo anestesiado acaba por achar normal, em que um governo concessiona a uma empresa sem concurso, o fabrico de milhares e milhares de "potentes" computadores para uso escolar com a benemérita ajuda de um gestor de marketing que é ao mesmo tempo primeiro-ministro de um País.
É um labiríntico sistema legislativo, que embrenha os profissionais do sector em burocracias infinitas.
Porque será, que as leis que favorecem grandes negócios, grandes empresários, nunca têm erros e têm uma aplicabilidade de uma eficácia meridiana?
Ficando os erros, as lacunas e a falta de legislação complementar, para outras que não têm verdadeira intenção, ou, mesmo a de complicar e baralhar.
Erros selectivos?
Do qual os advogados dos arguidos da Casa Pia têm usado e abusado, para manter o processo numa espécie de limbo temporal.
Acrescente-se os arautos da finança que com engenharias incríveis enriqueceram à custa, sabe-se hoje, através da mais pura vigarice. São dois exemplos claros disso o BPP e BPN.
Quando o BPN comprava dinheiro (juros que paga aos clientes) a 8% e vendia esse mesmo dinheiro (empréstimos a clientes) a 4%/5%, alguma coisa deveria estar a não bater certo. Não é preciso ser perito em matemática. Mas ao que parece ninguém viu. Quem assinou as contas também não se lembra.

A lista é infindavel, principalmente, pelo que ainda está por descobrir e pelo que nunca se vai descobrir. A legislação é a chave para mudar e o sistema judicial para o aplicar.
Só que quem legisla está dentro do circuito e é actor directa e indirectamente das situações acima descritas e tem a capacidade de manietar sub-repticíamente o sistema judicial.
Logo temos um problema.

O vídeo em baixo contém música de Ennio Morricone - Chi Mai, fazia parte da banda sonora da série italiana "La Piovra", série televisiva dos anos 80 de grande sucesso. A ficção que é realidade, de formas diferentes mas real. Teve a capacidade de mostrar o terrível cancro social que é a corrupção. Desde o mais baixo até ao mais alto. É tudo uma questão de "dinaro, molto dinaro".



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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Desenvolvimento Sustentável

Na terça-feira dia 6 deu-se uma conferência sobre "O Desenvolvimento Sustentável" patrocinado pelo jornal Expresso e Grupo BES. Estava tudo muito bonito. Até convidarem Bob Geldof activista dos direitos humanos e rock-star.
No Pestana Palace quando Bob Geldof vai discursar leva no pensamento - "Ai que linda enrabadela vou dar nestas queridas".
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"Angola é gerida por criminosos". O músico e activista Bob Geldof é o autor da frase, que abriu uma polémica imprevista. Anteontem, numa conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, em Lisboa, Geldof disse também que "as casas mais ricas do Mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane". O Grupo Espírito Santo, que co-organizou a conferência, reagiu prontamente, demarcando-se das afirmações do músico "O Grupo Banco Espírito Santo vem, formal e inequivocamente, declarar que é totalmente alheio e não se identifica com as afirmações injuriosas que Bob Geldof proferiu esta tarde num evento Expresso/BES relativamente ao Estado de Angola", lê-se numa nota tornada pública pelo grupo. Logo de seguida, também através de comunicado, foi a vez dos protestos da Embaixada de Angola se fazerem ouvir, que repudiu as "injúrias" proferidas por Geldof. Para a representação diplomática angolana em Lisboa houve "manifesta má fé das palavras proferidas", dado "o teor infundado das mesmas" e "o desconhecimento do esforço que o Estado angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações". ( in Jornal de Notícias )
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A seguir aparecem os snipers de serviço tentando descredibilizar o pujé - técnica habitual, depois da descredibilização fica anulado o discurso. Revelaram-se os interessados em negócios angolanos. Luis Mira Amaral, Joe Berardo e principalmente o Grupo BES que se demarcou instantâneamente das afirmações de Bob Geldof. Os interesses do Grupo em Angola são mais importantes que o sofrimento da população. Eles até pagaram para ele vir e depois ficaram enrascados. Da próxima façam um pequeno questionário introdutório para se saber do que vêm falar, para não haver chatices destas.
Ai estas queridas cabecinhas pensadoras.
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O mais engraçado é que soube hoje de fonte fidedigna que na sala quando Bob Geldof falava, um preto levantou-se para ir à casa-de-banho para fazer xixi. Houve logo uma excitada jornalista da Lusa que foi perguntar ao staff da conferência se não era o Embaixador de Angola ou algum representante, ao que os empregados responderam meio atrapalhados - "É, acho que sim, não sei ...".
À noite os telejornais disparam - "Embaixador Angolano retira-se imediatamente após as declarações de Bob Geldof". Que grande treta. Não havia ninguém da Embaixada de Angola na conferência. Mas depois da asneira niguém desfez o engano por "verguenza". São àpartes.
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Resumindo Bob Geldof não disse nenhuma mentira, no seu jeito particular de comunicar sobre estes assuntos. Porquê tanta excitação, tanto nervosismo ? Será por causa de negócios com um dos governos mais corruptos do Planeta ? Talvez ...
O rapazinho angolano ( que já o mandaram para o Extrafísico ) que à uns anos dizia num documentário televisivo - "Isto está mali, mali, mali, mali ...", é que tinha razão.
Bandidos da merda é o que eles são. Não se esqueçam que tudo é cobrado. Mais tarde ou mais cedo.
Quem sabe sabe e o BES sabe.



Fica um video para pensarmos nisto e não só. Art of Noise - Moments in Love.