Mostrar mensagens com a etiqueta evolução. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta evolução. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Outro lugar


Num primeiro momento, fugir, para outro lugar.
Só depois se toma a consciência, de qual outro lugar, a bem ver, queria-se estar noutro lugar, num lugar diferente. Estar-se no que está dá por vezes uma "gastura" e dela sai a vontade de ir para outro lugar. Muitas vezes, faz-se isso mentalmente e aí vai-se construindo outro lugar, somente pela mente.
Benfazeja, que se faça esse exercício todos os dias, todos... se pensa quase sempre noutro lugar, em estar noutro lugar.
Como dizia o brilhante e saudoso António Variações;
- Estou bem só onde não estou, porque só quero ir, onde não vou...

De facto, o outro lugar, onde queremos ir, pode ser, o lá longe, muito longe, na casa amarela... e azul. Uma fotografia plantada no nosso subconsciente, da areia e do mar, uma espécie de ilusão do paraíso.

A sensação, às vezes, naquela necessidade estranha, mas real por ser sentida, de fugir ocorre-nos, de tal forma que por vezes não cabemos em nós próprios e isso resulta da nossa imensidão, do caminho já percorrido das múltiplas vidas que temos como histórico. Caminho sinuoso, é certo... mas a evolução é isso mesmo, ultrapassar barreiras cada vez maiores. Há quem se esqueça, que no nosso DNA ainda esteja lá plasmado, o medo de cair que vem do tempo em que éramos macacada a saltar de galho em galho pela floresta.

Contudo, há quem deseje morrer, seja por doença física incapacitante ou na previsão dela não queira perder a sua liberdade física, os há pela queda anímica generalizada da vida, outros em pressão total das circunstâncias da vida e outros caídos na emboscada da falsa expectativa que primeiro pode levar à loucura, porque ganha vida própria, e numa outra qualquer fase leva ao desejo do termo da vida num instante. Noutro lado, em outro lugar, também há quem implore pela vida, principalmente na cama de um hospital. É uma dicotomia que vem da história de cada um.
Não existe maneira mais coerente ou incoerente, é uma decisão individual, seja ponderada ao longo do tempo ou repentinamente. Faz parte do processo.
Nesta área, normalmente avolumam-se, os conselheiros, os pedagogos e toda uma panóplia de gente, que no fundo, passa a mensagem do coitadinho de ti não faças isso.
Na maioria das situações, quase nunca se faz a avaliação mesológica do indivíduo, e pode até ocorrer, que um indivíduo até tenha planeado isso mesmo antes de nascer, ou levar uma existência física que combatesse esse desfecho com probabilidade elevada de ocorrer. É por si próprio, que o sujeito tem de perceber, porque senão, será indubitávelmente noutra vida, a mesma história e noutro lugar.

Voltando ao medo de morrer, a raíz de todos os medos, imagine-se, que noutro lugar, noutras dimensões mais sutis, sem existência de matéria física, tal e qual a conhecemos, que hajam indivíduos e são aos milhões, que não querem voltar renascer neste planeta, pode-se até dizer, que ao contrário do medo da morte, têm um medo tremendo de nascer.
Na verdade, o medo varia conforme a manifestação existencial de cada um, ou pela dimensão energética onde reside num espaço de tempo, pelo interesse de momento, pelo medo do desconhecido e pelas avenidas do prazer que o seu situacionismo agradável o permita.

Fora, tudo o que vai além dos 5% cento do universo que conhecemos e vemos, pois entre a matéria e a energia negra que desconhecemos, existe toda uma panóplia de cerca de 95% de coisas além da nossa percepção, ou seja, o que quer que seja que já exista, para nós espécie humana é totalmente desconhecido... Sabemos é que existem outros lugares, além deste.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deus


Na edição de Dezembro de 1990, a revista LIFE identificou 77 nomes, como nomes de Deuses utilizados em todo o mundo, conforme a linguística e crença dos povos.
O termo Deus, foi e é um enorme repositório de tudo o que é a vida das pessoas; as suas responsabilidades, os seus fracassos, os seus sucessos e o que lhe escapa à compreensão, na forma mais imediata de lógica.
O Homem criou Deuses; do vinho, do amor, dos céus, dos trovões e de tudo o que desconhecia. O medo do desconhecimento ficava colmatado com a responsabilidade de um ser superior.
Criou as religiões, em torno de uma figura matriz, o exemplo e a perfeição. Simbolicamente cada civilização atribuiu a sua figura física à beleza máxima geneticamente perfeita de seu povo. Desde o bebé Nestlé - branquinho e de olhos azuis -, ao bebé africano negro Benetton, às representações asiáticas, às figuras do sub-continente indiano do hinduísmo com particular relevância aos Vedas (que vem do conhecimento), até às milhentas de representações tribais espalhadas por todo o planeta e que vivem o mesmo sentir por algo que o conhecimento presente não abarca.

O Homem sempre tentou definir aquilo que não vê, o que não ouve e dessa forma controlar e manipular esse algo incerto aos outros esperançados a uma resposta que derrube todas as questões;

- Igreja Católica: " Deus é um Espírito eterno, independente, infinito e imutável, presente em todos os lugares, que tudo vê e governa o universo. Porque tem inteligência suprema, não tem corpo, nem forma, nem cor e não pode ser compreendido. (Rev. P. Collot, Catecismo Doutrinário e Escritural da Igreja Católica, publicado em Montreal) ".

- Igreja Metodista: " Há somente um Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo ou partes, de poder, sabedoria e bondade infinitos, o criador e preservador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e na unidade desta Deidade há três pessoas, de uma substância, poder e eternidade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (Disciplina Metodista, publicado em Toronto, 1886) ".

- Igreja Presbiteriana: " Há somente um Deus, vivo e verdadeiro, infinito em ser e perfeição, espírito puríssimo, invisível, sem corpo, panes ou paixões, imutável, imenso, eterno, incompreensível, todo-poderoso, de infinita sabedoria, santíssimo, livre, absolutíssimo, obrando todas as coisas de acordo com o conselho de sua vontade imutável e justa, para sua própria glória; é todo amor, graça, misericórdia, longanimidade, abundante em bondade e verdade, perdoando iniquidade, transgressão e pecado, galardoador dos que o buscam diligentemente; é contudo justo e terrível em seus julgamentos; odiando todo pecado e não perdoando de forma alguma os culpados. (Confissão de fé da Igreja Presbiteriana, Cap. 2, Art. 1) ".

Deus somos todos nós, tudo o que existe; a bíblia, o corão e o tanakh e todos os demais são meros livros compilados por pessoas, num contexto de importância que é factualmente relevante pelos determinados contextos dos inúmeros presentes vividos. Daí se possa aferir que a relativa sacralidade é relativa.

Se tomarmos, como por exemplo, as consciências livres, pelo seu desenvolvimento, arcaboiço mental-somático e energético, como deuses, por já não precisarem de corpos físicos para se manifestarem, é sempre bom lembrar, que esse estádio evolutivo, não é o fim, é uma continuação, claro que com outras responsabilidades evolutivas, mas todos nós estamos nesse caminho, provavelmente mesmo antes do Big Bang, ninguém sabe.
Desde a bactéria, do vírus, até às formas mais complexas de existência, todos andamos por aí. Essa é uma verdade relativa de ponta.

E por causa disto, estamos todos ligados uns aos outros...



Gilberto Gil & Marisa Monte - Life Gods

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Discernimento, jornada espinhosa da humanidade


É tudo tão difícil, muito difícil... é a crise, é a divida, são as hemorróidas e o que mais que seja. Em linha de conta, no pensamento dominante e presente, há que conter despesas e custos, há que fazer sacrifícios.
Porque é difícil, é muito difícil, isto tudo. Quando na verdade, enquanto o planeta vai girando há milhões de anos e a natureza tem um ritmo próprio, fruto de uma sabedoria evolutiva muito além de nossas vidas fugazes, nós, criaturas "ainda" no berço espirramos espasmos frenéticos de inteligência.
Por exemplo, na inteligência sentimental, comportamental e comunicacional, vamos dando os primeiros passos. Tivemos indivíduos excepcionalmente desenvolvidos em uma ou duas áreas intelectuais e nas outras verdadeiros desastres. Existem e existirão variados caminhos até completarmos um pouco o ramalhete, o qual, ainda desconhecemos.
Um termo de medida é uma mente que deu um dos maiores pulos no conhecimento do Universo, Stephen William Hawking, tenha sido subtraído dos afazeres físicos que um soma acarreta e daí ocupar a sua mente, quase em permanência no pensar.

Para já, termos a percepção do nosso estado primitivo e selvagem em que nos encontramos, é um sinalizador da nossa condição. Apesar da sensação de podermos interagir com um semelhante do outro lado do mundo ou estas linhas que lê, em segundos poderem ser lidas em qualquer parte do mundo e traduzidas na língua local.

Não obstante...
- A malária matar milhões de pessoas, quando um simples mosquiteiro ajudaria muito.
- Quando milhões sucumbem pela fome, e outros destroem toneladas de alimentos para manter o preço de produtos agrícolas.
- Quando milhares doam milhões de alimentos e dinheiro, para ser derretido nas organizações "pseudo"-humanitárias, e o pouco que chega ao destino, ser controlado por senhores da guerra locais.
- Quando se viola uma criança - destruindo-lhe o esfíncter anal - num país ocidental chamado de primeiro mundo que "evangeliza" o estado de direito, mas consoante o poder sócio-económico do abusador é tido em conta de forma subjectiva para não ser punido legalmente de algo moralmente condenável.
- Enquanto as principais farmacêuticas mundiais cotadas em bolsa, perpetuam e condenam os seus clientes, aliás doentes, na fidelização de consumo, antes da demanda de cura das suas maleitas.
- Enquanto se professam religiões que mantém milhões de vidas reféns de livros sagrados, quando sagrado já é tudo o que existe.
- Enquanto se manipulam milhões de mentes órfãs de ideias, em soldados "políticos" que as defendem inconscientemente e até à morte, mantendo obscuros grupos de interesses. No post-mortem, fortes e longas depressões pós-dessomáticas, quando constatam que foram usadas num jogo maior.
- Enquanto civilizacionalmente consideramos que tirar a vida a outro ser humano é um acto condenável, ao mesmo tempo que a indústria do armamento é o maior negócio do planeta.
E todas as outras ...

Quase tudo isto, com sistemas democráticos, com o voto das populações que mandatam outros para os dirigir. E todos se queixam das injustiças...
Há muita gente que se julga gente, porque quando lhes batem à porta do W.C., respondem - Tem gente!

Em baixo no vídeo, está um daqueles raros momentos, do verdadeiro pulsar do planeta. Ritmo, melodia, vivência, sapiência, limbo, sentir... Com o que produzimos da terra aliada à nossa infinita capacidade de criação, às vezes, somos o que esquecemos que somos, parte constituinte do Universo.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensenes de vidas vividas


O pensene, conceito fundamental para o entendimento do paradigma da consciência proposto pela Conscienciologia, é a unidade básica de manifestação integrada e integral da consciência em qualquer dimensão e representa a união indissociável do pensamento ou ideia, do sentimento ou emoção e da energia, atitude ou acção, sempre omnipresentes.
O termo pensene é um acrónimo formado a partir de pensamento, sentimento e energia. É neologismo técnico da Conscienciologia.
Em tese, no âmbito humanamente inteligível da escala evolutiva, os componentes do pensene são indissociáveis. Não há pensamento sem energia, energia sem sentimento, sentimento sem pensamento.

Ao longo da vida e de vidas, foram-se exteriorizando formas e pensamentos, alguns exemplos:

Nietzsche;

- Saber é compreendermos as coisas que mais nos convém.
- Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens.
- Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno.

Confúncio;

- Aprender sem pensar é tempo perdido.
- Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas.
- Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?

Oscar Wilde;

- Uma coisa não é forçosamente verdadeira lá porque um homem morreu por ela.
- A única maneira de nos livrarmos da tentação é ceder-lhe.
- Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo.
- A coerência é a virtude dos imbecis.
- A experiência é o nome que damos aos nossos erros.
- As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros.
- Cigarros são a forma perfeita de prazer: são efémeros e deixam-nos insaciados.

Tao-te-Ching;

- A actividade vence o frio; a inactividade vence o calor; assim, com a sua calma, vai o sábio corrigindo tudo no mundo.
- Quanto mais instruído o povo, tanto mais difícil de o governar.

Sun Tsu;

- Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela.

Eça de Queirós;

- O riso é a mais antiga e mais terrível forma de crítica.
- O melhor espectáculo para o homem - será sempre o próprio homem.
- Para ensinar há uma formalidade a cumprir - saber.

Jean-Paul Sartre;

- O dinheiro não tem ideias.
- Não há um único dos nossos actos que, ao criarem o homem que queremos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem tal como estimamos que ele deve ser.
- Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.

Agostinho da Silva;

- Viver interessa mais que ter vivido; e a vida só é vida real quando sentimos fora de nós alguma coisa de diferente.
- Crê com todo o teu ser; só assim terás atingido o máximo da dúvida.
- Todo o esforço de manter a personalidade impede o vir a tê-la.
- Um dia nada será de ninguém, pois todos acharão, por criadores, que têm tudo.
- Não há liberdade minha se os outros a não têm.
- O presente é o futuro tentando ser; assim o meio e o fim.

Na assumpção relativa, que cada um tem razão, a sua razão dentro de uma mesologia, do seu histórico existencial e dela a sua única e individual interpretação, misturada de muitas outras razões colectivas.
As pessoas, os animais, as flores, não nascem para serem felizes. Nascem para num contexto muito complexo, mas ordenado e lógico - que a nossa compreensão ainda não alcança -, evoluir e nesse processo atingir novos patamares existenciais.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

O mundo da razão e do ego

Quando outrora os nossos antepassados se questionavam perante certos fenómenos da natureza, por falta do conhecimento de tais eventos, sobretudo os mais impactantes, atribuía a explicação a seres divinos, transcendentais. À falta de conhecimento caberia uma ilusão, como forma de resposta.
De um infindável emaranhado de condicionalismos biológicos a espécie humana desenvolveu recursos cognitivos a um ponto capaz de complexizar a imaginação e ideias, quando ao mesmo tempo ter extremas dificuldades em compreender e trabalhar a sua própria mente.
Temos exemplos de pessoas brilhantes ao nível da ciência e das artes, que comprovam a nossa imensa capacidade criadora, mas que, no campo relacional são um verdadeiro desastre. Outros patologias desesperantes.
Existem várias inteligências e atingir níveis elevados numa, não significa necessariamente o alcançar em outras. Da matemática à musical, da expressão corporal à de planeamento, da psíquica à social, entre outras. Das 7 que se conheciam, hoje vão se descobrindo mais "tipos" de inteligências.
É aqui que entra o ego na defesa da razão. Tal sentimento fruto da nossa evolução cognitiva é a semente das atrocidades históricas que parcialmente conhecemos, pois o que verdadeiramente conhecemos são pontos de vista de quem a escreve, colocando a sua razão, deriva do seu ego.
A questão é que cada um de nós não sabe gerir o seu ego e dos que o rodeiam.
Daí vêm as guerras, a imposição de ideias à força e a resistência, como contra-imposição às ideias de outros.
Se não compreendermos isto, viveremos num ciclo vicioso.
O próximo passo da Humanidade será quebrar este elo, para mais um salto. Ainda falta tempo, pois na existência do Planeta, estamos cá há pouco tempo.
É preciso dar tempo ao tempo... Descontando o facto de toda a gente querer ter razão!



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Homo Sapiens Serenissimus

A literatura espiritualista está repleta de referências a seres muito evoluídos denominados, conforme o caso, de Bodhisattvas, Avatares, Mestres Ascensionados, Espíritos de Luz, Espíritos Planetários, Arcanjos, Elohins, etc.
O Homo Sapiens Serenissimus, adiante designado por Serenão, na sua forma mais popular.
O Serenão é definido por esse autor (Waldo Vieira) como “uma consciência altamente evoluída, um verdadeiro epicentro de energias conscienciais de alta potência que opera de forma serena, destituído das emoções a que estamos habituados”. Ainda segundo o autor, o Serenão também aparenta ter grande tranquilidade, equilíbrio, maturidade, discernimento, cosmoética, completo controle biológico da fisiologia do corpo, inclusive das funções vegetativas, do cerebelo, do sistema nervoso autónomo e do próprio metabolismo, empregando inclusive 100% da capacidade cerebral na forma de múltiplas inteligências.
Até onde se sabe, não existem Serenões descritos pela história.
Personalidades formidáveis em todos os sentidos, tais como Gualtama (Buda), Confúcio, Jesus (Gesù di Nazareth), Maomé, Francisco de Assis, Kardec, Ghandi, Conde de Saint Germain, entre muitos outros, nas épocas em que viveram encarnados na Terra, não eram, portanto, Serenões.

Os Serenões tem sua origem a partir do processo natural de evolução da consciência na medida em que essas vão se libertando das amarras que as prendem à teia cármica de reencarnações forçadas, surgidas em virtude da lei da causa e feito. As consciências vão ganhando cada vez mais lucidez e capacidade de discernimento, passando a planear existências produtivas onde passam a trabalhar não somente os diversos aspectos de sua evolução, como também a colaborar mais decisivamente para o progresso da colectividade intra e extrafísica.
Dessa forma, ao longo de várias existências, na medida em que a consciência vai evoluindo ela vai esgotando as possibilidades de aprendizagem na dimensão intrafísica, uma vez que, a cada vida, ela recupera mais rapidamente suas habilidades e poucas coisas passam a constituir desafios para suas imensas capacidades. Assim, a consciência chega a um ponto em que se torna um Serenão e, dando prosseguimento a esse processo, ao esgotar completamente as possibilidades de aprendizagem na dimensão intrafísica, ela não mais tem necessidade de reencarnar, passando a condição de consciência livre.
Para o autor da Teoria dos Serenões (Waldo Vieira), o Serenão constitui a próxima etapa de evolução do ser humano, razão pela qual ele os denomina por Homo sapiens serenissimus.
O Serenão seria um gigante insuspeito, pois nunca deixa transparecer as imensas capacidades que possui. O completo anonimato é uma de suas principais características.

Apresentada oficialmente por Vieira, em 1970, a hipótese da existência dos Serenões fundamenta-se em dois argumentos :

(1) - Se abaixo de nós, seres humanos, há uma série de animais sub-humanos, sem autoconsciência, instintivos, de menor patamar evolutivo, com os quais convivemos há milhões de anos, porque não haveria outras consciências de nível mais avançado?

(2) - Se existem super-criminosos que actuam anónimos, planeando e agindo para promover o mal a outros seres, por quais motivos não pode haver seres humanos superdotados do ponto de vista assistencial, actuando de forma anónima, ajudando milhares de pessoas por meio de seu amplo domínio bioenergético fraterno?

Em sua obra "700 Experimentos da Conscienciologia" Vieira introduziu um modelo para classificar as consciências intrafísicas em quatro tipos distintos, conforme seu nível relativo de evolução:

(1) - Pré-serenão: Consciência que ainda está trilhando as etapas iniciais da evolução. Teria, hipoteticamente, 25% de serenismo, ou seja, 25% das capacidades de um Serenão. A maior parte da população da Terra se encontra nesse nível.
(2)- Desperto: Consciência que não mais estaria sujeita aos assédios (obsessões, encostos) interconscienciais e que teria um grande domínio das suas energias. Teria, hipoteticamente, 50% de serenismo, ou seja, 50% das capacidades de um Serenão.
(3) - Orientador Evolutivo: Consciência responsável pela coordenação de um grupocarma formado por milhares de consciências intra e extrafísicas, orientando-as e acompanhando-as no desempenho de suas programações existenciais. Teria, hipoteticamente, 75% de serenismo, ou seja, 75% das capacidades de um Serenão.
(4) - Serenão: Consciência que atingiu ou que está por atingir o máximo nível evolutivo na Terra.

Os Serenões apresentam 8 características fundamentais e interdependentes, descritas a seguir.

(a) Evolutividade: O Serenão é muito mais evoluído do que a média da população terrestre. Estando em suas últimas encarnações, encontra-se próximo da condição de consciência livre – aquela que não mais reencarna.
(b) Serenismo: O Serenão demonstra ser completamente tranquilo e inabalável sob quaisquer circunstâncias. É essa condição que lhe dá o nome.
(c) Multidimensionalidade: O Serenão actua como um peão ou ponte multidimensional, canalizando enormes quantidades de energias da dimensão intrafísica para a dimensão extrafísica e vice-versa.
(d) Bioenergética: O Serenão actua como uma verdadeira usina de força bioenergética empregada em prol da assistência de outras consciências. Suas energias apresentam um grau de pureza tal que se assemelham muito às energias imanentes, existentes na natureza.
(e) Catálise: O Serenão actua como um catalisador evolutivo, criando, directa ou indirectamente, oportunidades para a evolução das consciências intra e extrafísicas ao seu redor.
(f) Sustentabilidade: O Serenão sustenta com suas próprias energias um certo número de consciências intra e extrafísicas, harmonizando os processos energéticos dessas consciências.
(g) Assistencialidade: Sendo altruísta e fraterno, o Serenão assiste outras consciências extrafisicamente de forma oculta, sem imposições e com total respeito consciencial (cosmoética).
(h) Anonimato: O Serenão ainda não foi formalmente identificado intrafisicamente, mas apenas extrafisicamente. Com grande habilidade, o Serenão passa despercebido pela humanidade, mantendo-se ignorado pela história e pelas consciências que assiste.

Encontrando-se no limiar das existências intrafísicas, os Serenões são capazes, graças ao seu domínio das bioernergias, de realizar proezas que beiram ao inacreditável. Seus demais atributos conscienciais são igualmente extraordinários, principalmente o anonimato do qual se revestem, o que os coloca no contrafluxo da sociedade intrafísica que supervaloriza a imagem pessoal.

Com relação as suas designações específicas, elas foram criadas pelos projectores que os encontraram. Seria o caso de Rosa-dos-Ventos, uma Serenona intrafísica que reside no Rio Grande do Norte, próxima a Natal e Australino, um Serenão argentino. No caso desses dois Serenões, suas denominações foram aparentemente escolhidas em função da localização geográfica em que residem intrafísicamente.
Em outros casos, contudo, são os próprios Serenões que escolhem o nome pelo qual desejam ser conhecidos. Seria o caso, por exemplo, de Ki-Lin, um Serenão chinês.
A Monja, outra das Serenonas reconhecidas.
Reurbanizador, um Serenão oligrofrênico (sem desenvolvimento mental) que residia na Alemanha, desencarnou em 18 de julho de 1990. Segundo Vieira seu desencarne teria causado, dentre outras possíveis repercussões, a morte súbita de pelo menos três paranormais na mesma ocasião (dois deles teriam sido um médium residente em Palmelo, Goiás, e um babalorixá residente em Alagoas), possivelmente por terem sido privados da sustentação energética proporcionada por esse Serenão.






Não tenham medo da evolução. Todos nós atingiremos esse patamar evolutivo. A questão é o tempo que cada um vai levar a chegar lá. Nem que seja pelo cansaço.
A partir de consciência livre, nada se sabe, talvez nossos cérebros ainda não sejam capazes de entender tal forma de existência. Mas aí não mais precisaremos de corpos físicos, libertos de prisões inter-cármicas e de nos alimentarmos de cadáveres animais e vegetais, para sobrevivermos.
Você é um portento de energia e fé (mesmo que julgue que não). Não deixe que essa fé seja dominada por ideias de outro homem, abocanhada por qualquer religião ou ideia dominante. Você nasce livre e se quiser você é livre numa assumpção mais intimista. Você é membro e parte integrante de pleno direito do Universo.
Com toda a serenidade ...


-------


- Cesar de Souza Machado – Brasília-DF, 15 de outubro de 2003.
- VIEIRA, W. Conscienciograma. Instituto Internacional de Projeciologia. 1a ed. Rio de Janeiro; RJ. 1996.
- VIEIRA, W. Conscientiology research areas. Journal of Conscientiology; Vol. 1 N. 1; International Institute of Projectiology and Conscientiology; Miami, FL; Outubro, 1998.
- Vieira, W. 700 Experimentos da Conscienciologia , 1994.