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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vampiros


Recentemente a agência de rating Moody's baixou a notação financeira da dívida portuguesa para o nível de lixo. Algo que desmultiplicou de imediato uma série de reacções, como habitual, a maior parte sem sentido, apenas reflectindo estados de alma.
O que na realidade a agência transpareceu, foi a realidade. Portugal não vai conseguir pagar, nem como a Grécia, nem como a Irlanda e outros, pelo simples facto, de que estas dívidas estão desenhadas para não serem pagas.

As três agências de rating norte-americanas que hoje dominam o mercado, demoraram décadas a ganhar a confiança do mercado. E o que é que é, o mercado? São conglomerados e consórcios que têm dinheiro e esperam quem lhes dê valor por ele. E donde vem esse dinheiro? Vem de tudo o que consumimos, via petróleo, matéria-prima fundamental para a indústria que fabrica os produtos, as putas que os clientes ocidentais consomem, via directa dos países corruptos que há muito, entregaram a soberania dos seus países, em troca directa, por vidas boas e luxuosas, das armas que alimentam conflitos ad-eternum. Veja-se o recente exemplo da criação do novo país designado por Sudão do Sul, poderiam-se ter poupado 2 milhões de vidas, ante um desfecho lógico. As drogas, também são, um grande factor económico do planeta, lucra-se pela sua comercialização, distribuição, prevenção e pela sua apreensão.

A Alemanha, o denominado, motor da economia europeia, que "ajuda" quem lhe compre os seus produtos. Como a Grécia com medo do gigante turco ali ao lado, gasta somas exorbitantes na defesa, por acaso, as suas fragatas, helicópteros e submarinos tenham sido fabricados na Alemanha, tal como, os dois submarinos portugueses para caçar piratas, tenham sido construídos na Alemanha. Dos subornos e corrupções derivadas, só resultaram, nada...
Isto de ajudas tem muito que se lhe diga!

A somar às "ajudas" do FMI, que na pratica, asseguram o reembolso por parte dos credores o investimento realizado, o que na verdade acontece, é uma diminuição da esperança média de vida nos países onde o FMI interviu. Agora coloca-se a questão, mas governa-se para as pessoas ou para um conjunto de investidores que pretendem adquirir valor ao seu capital? Capital esse, oriundo do suor e do trabalho de imensas massas que todos os dias se levantam da cama para garantir o pão dos seus filhos.
Vejam-se os actuais dirigentes políticos europeus, quais baratinhas tontas, perante quem espalha o caos e a desordem, a baralhação. Não tem sequer a visão de conjunto, atiram para o ar emoções, navegam à vista em tremendas contradições do que é o mercado. Será que se esqueceram, de que nos anos 80, George Soros pós o Banco Central Inglês de joelhos num espectacular ataque especulativo da moeda britânica?

Perante tudo isto e todos os pacotes de austeridade que ainda hão-de vir, porque isto não termina. Será que as pessoas não vêem que existe uma mão inteligente por de trás de tudo isto?
Assuma-se a seguinte simples fórmula...









Percebeu?
Quanto mais as manchetes dos "News of the World" que circulam por aí... Ou como os complexos fundos de derivados e futuros, na crença de que magistrados irão analisar a justeza dos mesmos, que se escondem em fórmulas matemáticas cada vez mais complexas.
Isto foi como sempre foi, da idade das trevas até à idade média, a lei sempre foi o descabelado artifício de legalizar o roubo, a violação, a imoralidade e tudo o mais... A lei não mais é do que uma questão ideológica de momentum, uma das formas de manipular, existem mais ...



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

sábado, 9 de abril de 2011

Espectro


O espectro político que sobressai aos olhos das pessoas em geral, se apresenta numa variada gama de tonalidades cinzentas, ou seja, o resultado final é o mesmo, cinzento, com a particularidade dos vários tons, para que se tenha a ideia de escolha, ao contrário dos totalitarismos puros e duros. Assim com uma variada gama de cinzentos as pessoas perdem-se em discussões estéreis, gritam e barafustam, dessa forma, deitam-se mais descansadas, porque optaram pelo cinzento mais escuro ou pelo cinzento mais claro.Têm a consciência que tomaram uma opção, daí sentem-se válidas e ficam com a ilusão de que têm o futuro nas suas mãos.

Ora o que acontece na realidade, é que os futuros destas massas enormes, já estão nas mãos de um "piqueno" grupo de malfeitores, que se acham os maiores, os iluminados e os visionários. O controle de tanta coisa, dá-lhes para pensar assim.
Em Portugal, pululam nas festas do jet-set as filhas legítimas (já as houve ilegítimas, contempladas em códigos civis de outrora), as sobrinhas, as afilhadas e as primas que se distinguem por "piquenas" em vez de pequenas.

Dizer "piqueno" em vez de pequeno, funciona quase como uma espécie de código identificativo.
Portugal, está na mão destes assalariados de topo que representam os tais "piquenos" grupos que mandam efectivamente, em certas zonas do globo, através do financiamento, depois de criarem a necessidade dele. Em semelhança, como os traficantes de droga, primeiro criam o vício e depois de os terem na mão, manobram os seus clientes a seu bel prazer.
Portugal já está viciado, a fraca gestão política, dos nossos governantes das últimas três décadas, sempre com o olho nas próximas eleições, entregaram este país de mão beijada aos grandes galifões internacionais.
Vejam-se os actuais carapaus de corrida, José Sócrates e Passos Coelho a acusarem-se mutuamente de quem é a culpa da vinda do FMI. Em boa verdade, a campanha eleitoral que já estamos a assistir, em grande parte é inútil. Pois a grande massa dos portugueses que por vários factores de ordem, ainda não tomaram consciência do que passa, vão escolher ordeiramente e em filinha indiana o assessor do verdadeiro governo que vamos ter em Portugal. O assessor dos 80 mil milhões de euros.

O real ministério das finanças português, vai passar a ter sede, num quarto de hotel, talvez no Tivoli ou no Ritz, onde se instalará uma equipa do FMI a determinar o que se paga e o que não se paga.
Como nestas coisas, é difícil separar o trigo do joio, o mexilhão é quem vai se lixar.
Estamos entregues à bicharada e ainda por cima impune!

Por isso é sempre de relembrar, que existem vários tipos de espectros, todos eles com as suas complexas minundências; o político, o matemático o físico, o electromagnético e o sonoro.
Mas o espectro biológico, não deixa de ser a nossa matriz existencial.

A vida está organizada em níveis de organização onde as populações são apenas um desses níveis dentro da organização existente no espectro biológico;
* As moléculas orgânicas mais complexas se organizam em organelas vivas.
* As organelas vivas se organizam em células vivas.
* As células vivas se organizam em tecidos vivos.
* Os tecidos vivos se organizam em órgãos vivos.
* Os órgãos vivos se organizam em sistemas de órgãos vivos.
* Os sistemas de órgãos vivos se organizam em organismo vivo.
* Os organismos vivos se organizam em populações vivas.
* As populações vivas se organizam em comunidades vivas.
* As comunidades vivas se organizam num ecossistema vivo.
* Os ecossistemas vivos se organizam num bioma vivo.
* Os biomas vivos se organizam num biócoro vivo.
* Os biócoros vivos se organizam num biociclo vivo.
* Os biociclos vivos se organizam numa biosfera viva.
* As biosferas vivas se organizam num Cosmo vivo.

They are watching you! Pois você é importante para eles. E eles sem nós, não são nada!



Rockwell - Somebody's watching me

terça-feira, 12 de outubro de 2010

As medidas


Nos dias de hoje, repete-se um termo vezes sem conta, as medidas; há que tomar as medidas, tem de se aplicar as medidas. Medidas que na sua aplicação vão recuperar os países super endividados de obterem mais crédito a um custo mais reduzido e daí voltarem a entrar na senda do desenvolvimento e bem estar geral.
Essas medidas que vão sendo aplicadas um pouco por toda a europa, têm uma filosofia negativa e perversa, são reduções nos salários, cortes significativos nas mais variadas áreas sociais; saúde, educação, emprego, serviços públicos... em suma, é a falência do estado social europeu, porque agora chegou-se à conclusão de que não há dinheiro, há mais gente e as pessoas vivem mais anos. Ora o que realmente salta à vista é que os sucessivos governos, governaram esquecendo-se destas variáveis, não conjugando estas mudanças ao longo do tempo.
Por outro lado, os estados soberanos que tinham a incumbência de fazer e controlar as suas moedas, foram ao longo das últimas décadas perdendo o pé e hoje são reféns das agências de rating (notação do risco financeiro) para se endividarem, quando o seu produto interno não chega para cumprir as suas obrigações como estado. Na última década o recurso ao crédito por parte dos estados soberanos cresceu desmesuradamente, a níveis quase insanos.
O Japão tem uma dívida de 700% em relação ao seu produto, um país caracterizadamente exportador, na Islândia cerca de metade das famílias não têm meios para pagar os seus créditos à habitação e na Irlanda por via de investimentos mal feitos pelos seus dois maiores bancos tem levado o estado a cobrir os prejuízos, atirando o défice irlandês para cima dos 30%. E estes exemplos não param.
Como se chegou a este ponto? Em parte, na assumpção de que o dinheiro era ilimitado.

Com a retirada do tapete do crédito, salta à vista que as governações nunca foram pensadas a longo prazo e sem entrar em teorias de conspiração à escala global, o que de facto parece é que há uma espécie de concertação, uma agenda, de submissão dos estados soberanos. Como se sabe, quem pede emprestado fica sempre numa posição de inferioridade a quem financia.
E quanto mais dificuldades tem um estado, mais se o empurra para baixo, seja no aumento do spread no seu financiamento, bem como, na sua redução. E sempre com o conselho de que há que tomar medidas. É uma espiral negativa.

No caso português, abriram-se centros de saúde para agora os fechar, construíram-se escolas para agora as fechar, construíram-se auto-estradas sem custos para o utilizador para agora serem cobradas. Compramos dois submarinos, temos duas auto-estradas paralelas que ligam as duas principais cidades, temos institutos, observatórios, entidades reguladoras e fundações que nunca mais acabam. Temos uma elevadíssima fuga ao fisco, aliás, um dos casos é de bradar aos céus, em que já é o próprio estado a fugir a si próprio do pagamento fiscal que é devido, quando a PT na venda da sua participação da VIVO, elabora uma engenharia financeira utilizando algumas offshores para não pagar o que lhe era devido na mais-valia obtida.
Com que moral fica o estado português perante uma situação destas?
Temos agora os dois principais partidos portugueses a chamarem-se de irresponsáveis um ao outro, é este o nível de gente que temos a governar os desígnios da nação. Foram estes dois irresponsáveis partidos que nos levaram a esta situação e com a população a pagar bem caro e cada vez mais a sua tremenda irresponsabilidade.

A gravidade da questão, que paira tal como aves agoirentas, é que tudo isto está interligado. A Alemanha com um mercado interno de 60 milhões de habitantes e com uma grande capacidade produtiva instalada começa aos poucos a recuperar, mas os seus bancos são dos maiores credores da Grécia, de Portugal, dos Países de Leste e se estes últimos não pagaram, arrastam os primeiros, não há desenvolvimento que lhe resista.
Com os riscos soberanos cada vez mais altos, os grandes investidores internacionais vão continuar a pressionar os países europeus mais frágeis e daí obterem mais lucros. E para sobreviverem têm que lhes pedir mais crédito, com as agências de rating sempre a aconselhar mais medidas para não lhes aumentarem o spread.

O que na pratica significa, os estados soberanos entregam o dinheiro das populações aos grandes blocos de investidores por via dos impostos arrecadados para depois os grandes investidores os voltarem a emprestar remunerados a taxas quanta mais altas na directa proporção da agonização dos estados soberanos.
Vivemos uma era em que o roubo está legalizado.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 21 de março de 2010

Agências de rating


São agências de notação de risco, ou seja, são contratadas pelas instituições financeiras para avaliarem o risco de outra empresa, país ou município acerca de sua capacidade de amortização de dívida. Estabelecendo dessa forma o spread a aplicar no financiamento.
Ou seja, apesar da euribor, a taxa de referência na europa, determinada pela taxa média dos 57 maiores bancos europeus, o spread a aplicar aos financiamentos têm em conta as notações dadas por estas agências classificadoras de avaliação de risco.
As principais são: Fitch Ratings, Moody's e a Standard & Poor's.

A grande questão é que um país não é uma empresa. Um país em teoria não vai à falência, mesmo que nas suas contas do deve e haver sejam desequilibradas, existem mecanismos de alguma complexidade que não permitem uma espécie de liquidação, como de uma empresa se tratasse.
Logo calcular ratings a estados-nações não tem muito sentido.
Por princípio está errado, no mercado concorrencial e aberto em que vivemos, esta pratica é brutalmente descriminatória. Por exemplo uma empresa que dê lucros e bem gerida, que cumpre a tempo e horas as suas obrigações a trabalhadores, fornecedores e ao estado onde tem a sua sede social, pode ter o azar de o seu estado estar com uma notação de risco baixa e daí pagar mais caro pelo seu financiamento. Ao invés de outras empresas, que podem até ser mal geridas, mas por terem residência num país com melhor classificação de risco, acederem a crédito mais barato.

Estas agências na europa colocaram um rótulo à franja de países com potencial mais incumpridor.
PIGS, designação em inglês para; Portugal, Ireland, Greece and Spain. Estes países são colocados no mesmo saco. E o agravamento das condições de um colam directamente aos outros.
Sendo a Grécia o pior, e com uma dívida pública monstruosa, à sua escala bem entendido, não se coibiu de realizar em 2004 os Jogos Olímpicos - Atenas 2004. Mais, desde dos anos 80 a Goldman Sachs (grande instituição financeira norte-americana) "ajudou" os sucessivos governos gregos a mascarar a sua dívida pública com o recurso a engenharias financeiras complexas.

Os governos destes países elaboram PEC's (verdadeiros pack's dos horrores) muito contorcidos para agradar a estas agências, indo buscar recursos às partes mais fáceis e mais fracas.
Primeiro nas áreas sociais e depois descriminalizando fiscalmente os que podem fugir às contribuições.
No caso português, o governo elaborou um PEC que para tal contratou uma empresa de consultoria privada. O PEC foi desenhado em primeira instância para as agências de rating, depois em segunda instância para os portugueses e para estes últimos fortemente penalizador.
Não há dinheiro e há que poupar! Diz o governo.
Há que gerir criteriosamente os recursos financeiros!
Diz este governo que gastou cerca de 600 milhões de euros em consultorias privadas. Ou mil milhões de euros nos governos PSD/CDS na construção de dois submarinos, que estão quase prontos a sair dos estaleiros alemães para estudarem a vida marítima dos golfinhos e baleias da costa portuguesa.
Há que conter os subsídios de desemprego, mas ao mesmo tempo, pagam-se dos melhores ordenados a nível europeu, aos gestores das empresas públicas, mesmo que mal geridas, mesmo que sob a alçada da justiça.

Em resumo e como resultado das notações destas agências o crédito fica mais caro e como os bancos não são instituições de caridade, transportam esse encarecimento para a economia.
Tendo os PIGS que viver com estes verdadeiros terramotos.
Sem esquecer a fiabilidade destas agências e como exemplo no ano passado a Standard & Poor's após ter classificado a Islândia com o rating mais elevado AAA+, dois dias depois o governo islandês anuncia ao mundo a sua falência.
Falta aos jovenzinhos dessas agências, o estudo de sociologia, filosofia e política, nos seus brilhantes currículos académicos.

Por isso e com todo o respeito, seriedade e credibilidade, é lhes dedicado este vídeo musical.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Credibilidade Zero

Após a publicação na passada sexta-feira no semanário Sol, das escutas relativas ao caso "Face Oculta" fica bem evidente toda uma orquestração que José Sócrates e seus pares levavam a cabo para o controlo da comunicação social, para que fosse mais "amiga" do seu governo, numa lógica doentia de manter o poder a todo o custo.

Ficam muito mal na fotografia o Procurador Geral da República Pinto Monteiro, bem como, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Noronha do Nascimento.
Desde o verão de 2009 que tiveram acesso às escutas oriundas de um caso de corrupção e que continham conversas privadas entre altos destacados políticos e gestores de empresas públicas. Dessas conversas privadas sobressaem um evidente ataque ao Estado de Direito, crime lateral ao processo "Face Oculta" e por ser assim, estes dois magistrados decidiram a destruição e arquivamento dessas escutas. Porque a lei o diz assim.
O argumento de que se trata de conversas privadas, é um atentado contra a inteligência. Obviamente que intervenientes de situações ilegais, conspirem em conversas privadas.
Ou será, que estariam à espera de que as debatessem em público?

Tal como no Paquistão, se uma mulher for violada precisará de quatro homens que testemunhem o ocorrido, para que possa apresentar queixa e vingar o seu direito de ser ressarcida e a consequente punição do infractor. Ora, qualquer pessoa de bom senso, saberá que esta é uma lei errada.
Com este exemplo extremo, conclui-se que a justiça não poderá ser um programa de software onde estejam inseridas todas as leis e que num processo lógico, If... Then... Go To, se produza decisão.
Haverá sempre lugar a uma análise subjectiva da questão. Por isso terá de haver juízes (entenda-se pessoas com conhecimentos técnicos sobre leis e sua aplicação) para analisarem caso-a-caso as diversas situações que lhes são propostas.
De futuro quem vai acreditar no PGR e no PSTJ perante novos processos que lhes chegarão à mão?
De futuro quem vai acreditar na capacidade subjectiva de análise destes dois magistrados, à luz do direito a que deveriam servir?

No caso concreto "Face Oculta" em boa hora, houve um Juíz de Direito que, ao analisar o referido processo, nele observou indícios muito fortes de outro tipo de crime, o atentado contra o Estado de Direito.
Na Constituição da República Portuguesa está estabelecido e de forma meridiana que:
- Portugal é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia da efectivação dos direitos e liberdades fundamentais, nomeadamente, a liberdade de expressão e meios de comunicação social. Sendo um dos deveres do Estado, assegurar a liberdade de imprensa e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e económico.

O que os governos de José Sócrates, mais fizeram, foi exactamente o contrário. Não se vira neste 30 e poucos anos de democracia, um governo com tamanha veia controleira. Até o novo fenómeno virtual da blogosfera foi visado.
Quanto à realidade macro-económica estes governos foram os mais danosos para a República. Na semana passada na revista Newsweek saiu uma lista que mostra no nosso caso concreto, o claro empobrecimento da classe média portuguesa. Nela constava a lista da diferença de rendimento dos 20% mais ricos relativamente aos 20% mais pobres. Nessa lista, Portugal galgou lugares como nunca e hoje ocupa a 3ª posição a nível mundial, superado apenas pelos E.U.A. e Singapura.
Alguém viu a nossa comunicação social referir esta lista?
Que tem a dizer este governo em relação a políticas de redistribuição do rendimento?

Governo que depois de conseguir a aprovação do OE 2010, com a aprovação do PSD e do CDS, logo de seguida, fez um finca pé patético e despropositado na lei das Finanças Regionais, criando um drama artificial no Parlamento. Ao mesmo tempo que eram proferidas as infelizes declarações do comissário europeu Almunia.
Com todas estas brincadeiras irresponsáveis, a República pagará mais caro pelo dinheiro. Põe os comentadores a dissertar sobre agências de rating e notações de risco, sem saberem muito bem do que falam.
Com fraca capacidade industrial, consumo interno em queda devido ao empobrecimento da classe média e as PME's a necessitarem de crédito para sobreviver, o futuro é sombrio.
Quando o preço do dinheiro (Euribor) está baixo e a níveis históricos, ferramenta essencial para alavancar o investimento. Os nossos governantes brincam aos dramas, enredam-se em jogos políticos.
Sendo certo que muitas empresas utilizam o pretexto da crise para despedir e deslocalizarem-se, existem muitas outras que cada vez mais vão sendo asfixiadas, a hipótese de recuperação vai-lhes sendo fechada.
Tal como o investimento externo, que quando, prospecta território luso, ao verificar que a nossa justiça, está bloqueada. E que a nossa carga fiscal é elevadíssima, obviamente procura outras paragens.
É que o capital não tem nacionalidade...

Quem é que ainda acredita neste governo?