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domingo, 11 de dezembro de 2011

Da dívida soberana à perda de independência


Foi um instante... Um segundo atómico, que se está a tornar explosivo...

A questão que se põe é, e os imponderáveis e todas as variáveis que se colocam em momentos incertos no futuro próximo?
Se constatarmos que existe uma Agenda nesta crise presente, pois ela vai crescendo ponto-a-ponto, onde se vai percebendo que existe uma espécie de mão inteligente que a vai guiando, não de forma desordenada, não de forma atabalhoada, sem rostos e nomes que por detrás dos governos eleitos "formalmente", das agências de rating e dos gestores dos grandes fundos de investimento que operam nos mercados, foram calculados os riscos da imprevisibilidade das consequências que poderão gerar esta linha de actuação?

Mesmo considerando as mais variadas teorias de conspiração, existe um campo vastíssimo para a mais pura incerteza, imprevisível e até, caótica dos tempos que nos aguardam brevemente.
Os actuais líderes europeus, parecem baratinhas tontas, tentando cada um mostrar-se mais inteligente do que o outro, nos quais se sub-entende que navegam completamente à vista, manietados, pelos sistemas legais que fomentaram.
Hiper-endividados, por força da ilusão de criarem uma moeda única que lhes daria mais força negocial junto dos tais mercados, onde se transaccionam milhões e milhões de dinheiro virtual por dia, sem se saber as respectivas proveniências do dinheiro. Tanto pode ser um fundo de pensões de uma grande empresa estatal, como de um grande mafioso que movimenta mulheres afectas à actividade de prostituição, ou de comércio de orgãos humanos para transplante, ou tráfico de droga e armas, ou até de serviços secretos institucionalizados que recebem "rendas" para espécies de máfias operarem. Ninguém sabe ao certo, por força da complexização dos sistemas legais, do brutal desenvolvimento do "online-transaction" e das zonas off-shores onde os grandes escritórios de advogados blindam labíriticamente os rastos das proveniências do dinheiro e que fazem com que o dinheiro seja todo legal.

Por exemplo, no passado mês de Novembro, onde o Estado português, subjugado aos mercados, pois não tem o tal dinheiro, para pagar os salários e o subsídio de Natal - já com a redução - teve de se financiar. Por outras palavras, com a completa desregulação dos mercados, fruto das políticas neo-liberais seguidas a nível mundial, o funcionário público português tem no seu bolso, muito provavelmente, dinheiro manchado de sangue, oriundo de actividades criminais, branqueado através do financiamento internacional, de forma legal e pronto a voltar ao circuito, através das promoções do Jumbo e do Continente, do bacalhau para a noite de Natal, para os empréstimos que têm de pagar, o seguro do carro, a playstation para o míudo que até teve boas notas no sistema de ensino que o induz sub-liminarmente a ser carne para canhão das grandes multinacionais em vez de o ensinar a pensar.

Na verdade, todo o sistema económico/financeiro está profundamente desequilibrado e desestruturado, assente em linhas muito frágeis de desresponsabilização política por via da ilusão de que os mercados se regulam por si mesmo. Tal como as leis da natureza da procura e da oferta, ou seja, a lei da selva. Abdicou-se da inteligência, na parte organizacional e passamos cada vez mais a viver como macacos na selva, abrigados nas cavernas e nas copas das árvores à espera que a chuva passe e procurar depois comida onde ela seja abundante. Mascaramos este estado primitivo com os gadgets científicos que vamos produzindo; desde telemóveis, computadores, fármacos e automóveis, por exemplo. Na base comportamental, ainda não conseguimos, apesar dos avanços cognitivos, organizar-mo-nos colectivamente.

O exemplo mais gritante, não esquecendo "en passant" os intermédios como o drama dos salários em atraso, o drama de pedir comida, a tragédia de como alimentar os filhos no dia seguinte, à eliminação da personalidade no trabalho para manter o emprego ao ponto de prostituir a alma, é haver destruição de comida para manter os preços de mercado do produto quando existem milhões de pessoas, por outro lado, a morrerem por consequência da sub-nutrição.
Não somos mais do que uma macacada um bocadinho mais evoluída. E ainda por cima, foi a de pior linhagem que evoluiu.
Na verdade somos uns teóricos, que forramos as estantes das bibliotecas com livros cheios de ideias e teorias, mas que na prática esquecemos a lógica e o bom-senso racional.
Em boa verdade, somos uma bicharada num esquizofrénico frenesim, a corrermos de um lado para o outro, sem sabermos muito bem o que é que andamos aqui a fazer.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 27 de março de 2011

Medusa


Enquanto se batiam aplausos no Preço Certo, uma mulher batia no peito, fazia o sinal de zero kills, que ao mesmo tempo poderia ser o 666, pelo que o desenho dos dedos deixavam transparecer. Nisto Fernando Mendes de cócoras com o sinal nas mãos...
Eis que Medusa, a levantar cabelo, aparece... o cabelo eram cobras! Numa verdadeira simbiose nervosa, enquanto fechava os olhos, saíam mijas das bocas das cobras, era um cabelo vivo...
Na câmara discutia-se que o monoteísmo, era igual ao fascismo, aquela coisa do Deus único, sabedor de todas as vontades, no céu e na terra.

No sopé da montanha, onde Gesù foi tentando pelo Diabo com todas as riquezas que haviam na terra, a missão foi fracassada. Agora ninguém está a salvo!

Onde nunca estiveram, lançadas dos úteros das mães, ao acaso, numa suposta sombra do destino, numa espécie de resguardo, seres que vão e vêm há milhares de anos...

E daí, os homens, em cada uma das suas épocas foram desenvolvendo as suas próprias energias.
Mas, fiquemos descansados, pois há muita gente que se manifesta por uma justiça melhor, uma boa vida para todos nós, um mundo melhor e tudo, tal como as Miss's Américas... Todos nas suas irmandades górgonicas.
Preocupações para quê? Se tudo isto possa ser, trabalhar para o boneco? Com 2012 aí à porta?

Quando a Medusa lavava os seus cabelos, devia ser uma "luta"!



Duran Duran - Come Undone

domingo, 18 de julho de 2010

A lógica ilógica


A lógica existencial em que vivemos em conjunto, a lógica demencial da rentabilidade.
Os idosos, os desempregados, os enfermos, os excluídos sociais, as crianças "ainda não produtivas" e tudo o que não seja rentável, está descartado desta lógica vivencial.
Esta é a lógica do colapso, e já estivemos mais longe!

Muito boa gente fala da crise, desta crise... Mas este mundo, onde estamos todos ligados, sempre esteve em crise.

Na parte financeira, um bode expiatório, normalmente a parte mais fraca, normalmente o mexilhão, Jérôme Kerviel um; trabalhador, funcionário ou colaborador..., conforme a disposição ideológica de cada um, foi acusado da maior fraude bancária da europa.
Em Janeiro de 2008, as suas apostas implicaram perdas à volta de 5 mil milhões de euros à Société Générale, o banco francês logo se pôs em contigência comunicacional, ninguém sabia de nada.
Ostracizaram o trabalhador, funcionário e colaborador e mantendo os mantras do rigor e da transparência.
Só que o pujé, sem o salário, lança um livro, em que no essencial diz que tudo continua na mesma e que tudo o que fez, foi com o conhecimento dos vários patamares hierárquicos no banco em laborava. Como em todo o mundo, a insanidade financeira continua, apesar das máscaras do rigor e da transparência.
Estes "pormenores" são brutalmente incentivados e muito bem pagos, quando a coisa corre mal, é fácil queimar jovens oportunistas e imbuídos de ambição.
Nick Lesson, teve um azar tremendo, o terramoto de Kobe, em Janeiro de 1995, que leva os mercados asiáticos ao desespero, levando o banco Barings ao colapso.
Como também, Yasuo Hamanaka, outro grande perdedor, causou perdas de aproximadamente de 2.6 mil milhões de dólares ao longos de dez anos em operações não autorizadas no mercado de cobres em Londres.
Às vezes o sistema avaria...

Em Portugal, onde a doença mental, atinge os maiores níveis da europa, a outrora sedutora. O país encontra-se com uma "prevalência altíssima" de 43% de portugueses que sofreram de perturbações mentais ao longo da vida, sem contar com os não-contabilizáveis por uma constante desoneração dos vários ministérios da saúde, ou seja, outros tantos que andam por aí e não diagnosticados, e desses, muitos disfarçados com máscaras sociais e comportamentais, pululam em cargos públicos e alguns de chefia.
Pela regra da proporcionalidade, no governo, na assembleia da república e em todos os cargos descendentes, teremos por amostragem níveis elevados de retardos mentais em lugares executivos. No privado o mesmo percentual.

Daí, se perceba, que eles não sabem do que falam, navega-se à vista, dia-a-dia. No parlamento enquanto se fecham entre eles, com o absoluto desprezo de um povo iliterato, fazem exercícios de quem tem o Q.Izinho mais espertaniço. Complementados com os especialistas da política.
Falam do tudo e do nada, ou seja, falam do que não sabem. Atiram para ao ar, especulam, descontextualizam e alimentam larachas do politicamente correcto.
Inocuidades sobre inocuidades.
Falam de neo-liberalismo, de ultra-liberalismo, de ideais fascizantes e de extrema esquerda.
Eles não sabem o que fazem, e não sabem do que falam, pois até se contradizem, nas suas parcas ânsias de pensamento.
Perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem e do que falam... amadores e políticas em cima do joelho!

No começo, destas ideias, na Revolução Francesa, com o signo "Fraternidade, Liberdade e Igualdade", nascida em pura contradição. Fraternidade, quase zero.
E onde há liberdade, não pode haver igualdade, sendo o contrário também verdade.
A matriz nasce de base errada... logo muitos dedos em riste, não saibam que gritam matrizes ideológicas contraditórias por natureza de ordem.
E a maior parte destes seguem as directrizes das organizações supra-nacionais, as que verdadeiramente mandam e as quais os mass-media fogem como o diabo da cruz, pois há uma lógica por detrás.

Quando a coisa é mais simples do que parece, basta ser e fazer as coisas certas, dentro de uma lógica de saber-fazer, ética e bom senso.
Mas isto é chinês, para muita boa gente...



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!