sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quanto pior, melhor


Depois da encenação, depois dos jogos políticos, depois dos interesses partidários salvaguardados, confirma-se o que toda gente sabia sobre qual o desfecho da negociação do OE 2011.
Agora é que era fulcral ele passar, agora é que se decidia o futuro do país, pondo o país a suster a respiração, pois era um assunto de vida ou de morte.
Então o que se passou durante décadas de endividamento galopante, decidido pelas duas gestões PS e PSD?
A questão orçamental de hoje, são estes dois partidos políticos a confirmaram a sua total incompetência governativa. Foram eles que nos trouxeram a este ponto e agora, mais uma vez, são os salvadores da pátria, os que defendem o país de males muitos maiores.
Neste momento têm credibilidade zero.
Já em Abril próximo, vencem-se 18 mil milhões de euros da nossa dívida, que têm de ser pagos. Até ao final de 2011 terão de ser pagos mais de 40 mil milhões de euros.
O país já perdeu grande parte da sua soberania e este orçamento é a pensar nos investidores internacionais que nos vão emprestar dinheiro, a preços cada vez mais caros, inversamente proporcional, à cada vez menor credibilidade dos nossos agentes governativos.
Por cá, já muita gente sabia o que eram estes dois partidos, governam a jusante para os seus amigos e patrocinados a montante pela meia-dúzia de famílias que realmente mandam neste país.
Como é possível haver tantos portugueses que ainda não perceberam isto?
Lá fora, os emprestadores de dinheiro que pagam às agências de rating para avaliar o risco de incumprimento das pseudo-soberanias, sabem muito bem com que linhas se cozem.
Quando fecharem a torneira do crédito, entra o FMI. Será o atestado da incompetência formal das últimas sucessivas governações, principalmente a do PS.
Já cá esteve por duas vezes, em finais de 70 e em meados de 80.
Neste momento, já têm uma equipa na Grécia, instalados num hotel de luxo, pedem relatórios incessantemente, questionam tudo o que se gasta, como os financiamentos são concedidos por tranches é velha questão do burro atrás da cenoura.

O cerne da questão portuguesa é o topo, as referidas famílias que exploram milhares de portugueses até ao tutano, comem a fatia de leão da riqueza gerada por muitos e obtém proveitos brutais do erário público através dos políticos que colocam nas zonas chave da governação.
Parece, que até é uma espécie de vingança do 25 de Abril. Época em que se deram muito mal.
Para esta gente quanto pior, melhor.
Quanto mais adormecido o povo, melhor.
Quanto mais confusão social melhor.
Quase ninguém fala deles, ninguém se manifesta em relação a eles, pois eles tudo controlam e sem correr o risco de levar com um tomate. Têm quem ponha a cabeça no cepo por eles e têm muitos mais que fazem os sacrifícios por eles, o povo.
Quanto pior, melhor.

Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um lugar encantado


Pode-se colocar a questão, se é encantado ou desencantado, mas indubitavelmente, é um lugar que, compartilhamos hoje. Somos cerca de 6 biliões que fazem o favor de se expressarem fisicamente presente, apesar, de todos os dias, uns passarem para o outro lado, e outros, do outro lado, virem para este lugar. Do outro lado, numa razão de 9:1, ou seja, cerca de 48 biliões de consciências aguardam a sua vez, e a pressão é cada vez maior. A via de entrada mais fácil, neste momento, são o sudeste asiático, a áfrica e américa latina sul e central.

O tempo passa, e destas vidas, que passam e vêm, renascem e vão-se vezes sem conta e outras que vão e vêm de outros distritos do universo, vão aumentando a presença humana, neste lugar, sem esquecer, que enquanto presença física, somos hostis ao equilíbrio deste lugar encantando. Verdadeira simbiose de inúmeros factores biológicos que permitem aquela pequena janela da vida.

Fazemos modas, que fazem médias.
Por exemplo, a predisposição energética a acidentes, aquilo a que chamamos de fatalidades; aberratio delicti, error in persona e/ou aberratio ictus.
- Em determinada situação, um gentleman foi o primeiro a encontrar a vítima desfalecida, na rua deserta. Na ânsia desesperada de socorrê-la, através da técnica de respiração boca-a-boca, e que, afinal, a salvou, contraiu SIDA/AIDS.
- Ou quando falamos em inverdades, o hábito de mentir com toda a seriedade. Apanágio dos políticos que circulam o centro e a orla do poder, que hipocritamente seguem uma mentalidade dominante de um suposto guião de responsabilidade. Quando, na verdade, cada um trabalha para si, seja no status ganis e/ou dinheiro. São evidentes e demonstradas verdadeiras patologias da mente, no comportamento de muitos agentes políticos.

As pessoas em geral pensam que seguram o fio de controlo, as mesmas que dizem que; o melhor é não saber, ou o melhor é não pensar nisso e porque é que me vou chatear com isso.
Então qual o valor essencial predominante em meus interesses?
Vivo centrado na minha consciência pelo uso do cérebro ou vegeto através dos meus segmentos orgânicos, animais ou ainda sub-humanos?

Poderíamos elencar n situações da sociedade actual, muito diferente entre si, mas na base muito semelhante no que toca às motivações humanas.
Na sua tendência de se agrupar, pois sendo um bicho de temores, esconde as suas fraquezas agrupando-se, seja, em mega-grupos, como por exemplo; igreja católica ou outras religiões, ideologias políticas, associações desportivas mass-market, agremiações culturais e outro tipo de grupos de poder, como em sub-grupos derivados dos primeiros. São transferidas as incertezas e os medos, para uma zona de conforto, para um grupo que se identifica com a mesma ideia. Dentro dela, a consciência defende-a com as unhas e os dentes. Daí vêm as contradições.
Sozinha ficaria perdida, tem de se sentir incluída em algo, para se auto-convencer que existe. Logo, as sociedades caracterizaram-se de seguidistas, massas que alimentam os umbilico-chakras dos fundadores/visionários de uma qualquer ideia, muitas das vezes sem se questionarem do que estão a seguir ou a defender, pior, muitas vezes a distorcer e a influenciar outros, é um ciclo sem fim.

No intimo, as pessoas questionam-se:
Apreendo o possível pela raiz?
Compreendo em profundidade maior?
Devasso várias linhas de pesquisa?
Faço somatórios de conhecimentos?
Será que não temo nenhuma erudição humana?
Recupero o que estava esquecido?
Sou mercador da minha ignorância?
Tenho visão clara das coisas?
Sou adorador de verdades absolutas?
Sou obscurantista boiando pelo ar?
O receio ante o mundo desconhecido? As outras realidades? O medo do desconhecido?

Questões que cada um deveria pensar e/ou meditar interiormente, pensar nelas, levando a procurar respostas, daí evoluir.
O medo, tem de ser enfrentado, mais tarde ou mais cedo, não pense que se suicidando se safa, porque no outro lado, tudo continua.
O medo dos pensamentos e por vezes esses pensamentos vêm das coisas mais temíveis do que se imagina, ou que a consciência antecipa. É quebrando essa cadeia de elaboração mental, imaginação e previsões que aos poucos se vai eliminando o medo.

O lugar é encantado, nós é que fazemos a diferença...

sábado, 23 de outubro de 2010

Azulejo de Toledo


A Sociedade é assim:

> O pobre trabalha
> O rico explora-o
> O soldado defende os dois
> O contribuinte paga pelos três
> O vagabundo descansa pelos quatro
> O bêbado bebe pelos cinco
> O banqueiro "esfola" os seis
> O advogado engana os sete
> O médico mata os oito
> O coveiro enterra os nove
> O político vive dos dez

Olé ...!



* texto retirado de um azulejo de Toledo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Triângulo das Bermudas


O Triângulo das Bermudas é uma área que varia, aproximadamente, de 1,1 milhões de km² até 3,95 milhões de km². A área é composta pelos vórtices geográficos de: Fort Lauderdale, Miami - Flórida, USA; Porto Rico e as Ilhas Bermudas - Bahamas. Este triângulo notabilizou-se pelos inúmeros desaparecimentos de aviões, navios e pessoas, para as quais contribuíram as explicações mais sensacionalistas, para-normais, no fundo, as mais estranhas.
O caso, que porventura, fez nascer o mito, foi o caso do voo 19, que no dia 5 de Dezembro de 1945, uma esquadrilha de cinco aviões "Grumman TBF Avenger" da marinha norte-americana desapareceu na área do Triângulo das Bermudas. No mesmo dia, um hidroavião "Martin Mariner" foi enviado na busca do voo 19 e também desapareceu, após 27 minutos e com 13 tripulantes a bordo.
Embora o motivo do desaparecimento originalmente tenha sido definido como "erro do piloto", os familiares do piloto que liderava a missão não aceitaram que ele havia cometido aquele tipo de erro e acabaram convencendo a marinha a mudar o veredicto para "causas ou razões desconhecidas".

Entre 1945 e 1950, é a época onde surgem os mais variados relatos de desaparecimentos, época onde nasce e cresce a Guerra Fria, entre dois blocos imperiais, ideologicamente designado por, Capitalismo vs Comunismo, ideais alicerçados em finais do séc. XIX e inícios do séc. XX. Por essas ideias morreram e continuam a morrer milhões de pessoas. Construíram das mais apuradas técnicas de contra-informação que alguma vez o Planeta assistiu. Hoje ainda acolhem milhões e milhões de acólitos, por deriva da mais ou menos capacidade de influência, carisma e manipulação dos gurus locais que pulularam, sem que desses dois blocos mental-somáticos resultasse uma efectiva e frutífera evolução colectiva da humanidade.
Com a evidente derrocada destes dois blocos pensénicos, milhões e milhões de pessoas ficaram orfãs de preenchimento consciencial, dando azo, ao nascimento de novas para-ideologias e para-religiões.

Existem inúmeras teorias que explicam as anormalidades factuais do Triângulo das Bermudas, desde a anormalidade do campo magnético da Terra naquela zona, conforme relatos de viajantes naquela área, em que as bússolas se desregulam, bem como, os aparelhos aeronauticos.
Também se aventa a hipótese de ali estarem depositados os restos de cristais de Atlântida, a cidade perdida.
Outro factor, é aquela área estar sujeita a tempestades e mudanças climáticas violentas e inesperadas. Essas tempestades curtas e intensas podem se desenvolver e dissipar tão rapidamente que nem chegam a ser detectadas pelos satélites. Além disso, trombas d'água capazes de destruir facilmente um avião ou navio passando pela área são bastante comuns. Uma tromba d'água nada mais é do que um tornado que ocorre no mar e puxa a água da superfície do oceano até milhares de metros de altura.
Outro factor ambiental possível são os terramotos submarinos, já que cientistas encontraram bastante actividade sísmica na área. E mais, os cientistas também já observaram ondas de até 30 metros de altura.
A topografia submarina da área também pode ser um factor importante, já que varia de uma plataforma continental levemente inclinada para uma queda extremamente profunda. Na verdade, alguns dos fossos mais profundos do mundo encontram-se nessa área.
A corrente do Golfo, onde o Triângulo se localiza, é extremamente rápida e turbulenta, podendo criar condições extremamente difíceis para a navegação, especialmente para navegadores inexperientes. Já foi relatado que essa corrente pode se mover a velocidades superiores a 8 km/h em algumas áreas, o que é suficiente para desviar o curso de barcos em várias centenas de quilómetros se os tripulantes não fizerem a compensação correcta. Outra coisa que essa velocidade de corrente pode fazer é limpar rapidamente qualquer evidência de um desastre. Por isso se diz, que naquela zona existe um rio dentro do oceano. Rio esse cada vez mais imprevisível com a brutal e contínua desflorestação da floresta amazónica. A corrente marítima norte-atlântica está paulatinamente a ficar cada vez mais irregular, um dos pontos vitais do clima do Planeta.
A teoria dos Hidratos de Metano parece ser a mais promissora para explicar ao menos alguns dos desaparecimentos no Triângulo das Bermudas. Cientistas da Cardiff University descobriram a presença de grandes concentrações de gás metano presas no leito do oceano. Esse gás é criado devido a organismos marítimos em decomposição, já que o leito possui bactérias que produzem metano, que podem se acumular como gelo de metano super-concentrado, chamado de hidratos de metano. E essa camada de gelo acaba por aprisionar o gás metano. As erupções frequentes de metano poderiam produzir regiões de água espumosa que poderiam não dar sustentação suficiente aos barcos. Se se formasse uma área deste tipo ao redor de um barco, este afundaria muito rapidamente sem aviso. Esta última, apenas em hipótese e sem sustentação científica.
Também existem as teorias mais esotéricas; como neblinas eléctricas, portais para outras dimensões, ondas gigantes e polvos monstruosos.

Outros situações que se relacionam com o mistério do Triângulo das Bermudas é o designado Mar do Diabo, situado na Ilha Miyake no Japão, a aproximadamente a 200 kms. a sul de Tóquio e na mesma linha do Triângulo, também com relatos de desaparecimentos estranhos.
A norte do Triângulo, também figurou um dos casos mais estranhos e misteriosos, a Ilha de Roanoke, a colónia de britânicos ao largo da Virgínia, que desapareceram misteriosamente e sem explicação plausível até aos dias de hoje.
Claro que também há as teorias extra-terrestres, tanto mais ou menos credíveis como todas as outras.

21/12/2012 cada vez mais próximo. Uma nova era se avizinha.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vivemos tempos fascinantes


Ninguém sabe...
Apesar de e como em todos os momentos haver sempre quem saiba de qualquer e alguma coisa.
Sabe que vai ser assim ou que vai ser assado, independentemente do crédito que se lhe(s) dê, ou que se lhe(s) venha a dar e da assertividade que venham a ter e de quem lhes a dê.
No geral, as pessoas acreditam muito, apenas, porque querem acreditar e porque têm pouco em que acreditar, e antes de mais, porque foram ensinadas de nascença, de que tinham que acreditar em algo. Para serem alguém, têm de acreditar em algo, quando "antes" da casa de partida já eram alguém.

Sem quem lhes indique um rumo, ficam perdidas, alguém tem de lhes apontar um caminho, uma crença, uma ideia... quando no fundo da questão, ou seja e sem atender, à nossa escala colectiva de evolução, ninguém sabe. Dessa forma, tudo isto, é fascinante, este desconhecido.
Por isso é engraçado de ver os que, julgam que sabem e conhecem, mas à lupa, são as cigarras do tempo, os publicitários das novas verdades, os que marram com toda a força na parede, as paredes da realidade.

No vídeo em baixo, onde se ouve Brasil, ouça-se Portugal. Com uma décalage de 20 e poucos anos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

As medidas


Nos dias de hoje, repete-se um termo vezes sem conta, as medidas; há que tomar as medidas, tem de se aplicar as medidas. Medidas que na sua aplicação vão recuperar os países super endividados de obterem mais crédito a um custo mais reduzido e daí voltarem a entrar na senda do desenvolvimento e bem estar geral.
Essas medidas que vão sendo aplicadas um pouco por toda a europa, têm uma filosofia negativa e perversa, são reduções nos salários, cortes significativos nas mais variadas áreas sociais; saúde, educação, emprego, serviços públicos... em suma, é a falência do estado social europeu, porque agora chegou-se à conclusão de que não há dinheiro, há mais gente e as pessoas vivem mais anos. Ora o que realmente salta à vista é que os sucessivos governos, governaram esquecendo-se destas variáveis, não conjugando estas mudanças ao longo do tempo.
Por outro lado, os estados soberanos que tinham a incumbência de fazer e controlar as suas moedas, foram ao longo das últimas décadas perdendo o pé e hoje são reféns das agências de rating (notação do risco financeiro) para se endividarem, quando o seu produto interno não chega para cumprir as suas obrigações como estado. Na última década o recurso ao crédito por parte dos estados soberanos cresceu desmesuradamente, a níveis quase insanos.
O Japão tem uma dívida de 700% em relação ao seu produto, um país caracterizadamente exportador, na Islândia cerca de metade das famílias não têm meios para pagar os seus créditos à habitação e na Irlanda por via de investimentos mal feitos pelos seus dois maiores bancos tem levado o estado a cobrir os prejuízos, atirando o défice irlandês para cima dos 30%. E estes exemplos não param.
Como se chegou a este ponto? Em parte, na assumpção de que o dinheiro era ilimitado.

Com a retirada do tapete do crédito, salta à vista que as governações nunca foram pensadas a longo prazo e sem entrar em teorias de conspiração à escala global, o que de facto parece é que há uma espécie de concertação, uma agenda, de submissão dos estados soberanos. Como se sabe, quem pede emprestado fica sempre numa posição de inferioridade a quem financia.
E quanto mais dificuldades tem um estado, mais se o empurra para baixo, seja no aumento do spread no seu financiamento, bem como, na sua redução. E sempre com o conselho de que há que tomar medidas. É uma espiral negativa.

No caso português, abriram-se centros de saúde para agora os fechar, construíram-se escolas para agora as fechar, construíram-se auto-estradas sem custos para o utilizador para agora serem cobradas. Compramos dois submarinos, temos duas auto-estradas paralelas que ligam as duas principais cidades, temos institutos, observatórios, entidades reguladoras e fundações que nunca mais acabam. Temos uma elevadíssima fuga ao fisco, aliás, um dos casos é de bradar aos céus, em que já é o próprio estado a fugir a si próprio do pagamento fiscal que é devido, quando a PT na venda da sua participação da VIVO, elabora uma engenharia financeira utilizando algumas offshores para não pagar o que lhe era devido na mais-valia obtida.
Com que moral fica o estado português perante uma situação destas?
Temos agora os dois principais partidos portugueses a chamarem-se de irresponsáveis um ao outro, é este o nível de gente que temos a governar os desígnios da nação. Foram estes dois irresponsáveis partidos que nos levaram a esta situação e com a população a pagar bem caro e cada vez mais a sua tremenda irresponsabilidade.

A gravidade da questão, que paira tal como aves agoirentas, é que tudo isto está interligado. A Alemanha com um mercado interno de 60 milhões de habitantes e com uma grande capacidade produtiva instalada começa aos poucos a recuperar, mas os seus bancos são dos maiores credores da Grécia, de Portugal, dos Países de Leste e se estes últimos não pagaram, arrastam os primeiros, não há desenvolvimento que lhe resista.
Com os riscos soberanos cada vez mais altos, os grandes investidores internacionais vão continuar a pressionar os países europeus mais frágeis e daí obterem mais lucros. E para sobreviverem têm que lhes pedir mais crédito, com as agências de rating sempre a aconselhar mais medidas para não lhes aumentarem o spread.

O que na pratica significa, os estados soberanos entregam o dinheiro das populações aos grandes blocos de investidores por via dos impostos arrecadados para depois os grandes investidores os voltarem a emprestar remunerados a taxas quanta mais altas na directa proporção da agonização dos estados soberanos.
Vivemos uma era em que o roubo está legalizado.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

sábado, 9 de outubro de 2010

Kiva - Actualization


Foi actualizada a página Kiva do Zorze, foram concedidos novos 4 empréstimos.

Considerando o elevado risco soberano da república portuguesa, com forte probabilidade de colapsar, resultado de gerências fortemente incompetentes, deslocalizo o meu investimento, para gente humilde e séria, com uma taxa de retorno formidável, a rondar os 98%.
Muito aquém de estados, principalmente europeus, geridos com relativo desleixo, e que nos dias de hoje socializam os prejuízos. Incidem a sua incompetência nas partes mais fracas da sociedade, "in stricto senso", estamos a falar de criminosos , por negligência e não só.

O portfolio Kiva's Zorze está dividido geograficamente pela; Samoa, Uganda, Quirguistão, Peru e Líbano. O investimento fica repartido nas seguintes áreas económicas; transportes, alimentação, vestuário e retail.

Gota a gota, vai-se fazendo, alguma coisa... Diferente do que não se fazer nada.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Viva a República das Bananas


Afirmação da liberdade de expressão (mais ou menos) na intervenção dos Homens da Luta, hoje em Lisboa, na Praça do Município, no Centenário da Implantação da República.
Os discursos das mais altas instâncias do regime - quais calculistas políticos do curto-prazo - e dentro do expectável a que a efeméride obriga, foram mais do mesmo. Sem esperança, sem sonho e vazio de objectivos. Próximo de zero, quais coveiros circunstanciais.
Este regime, já não é regime de nada... A nossa soberania, é antes de mais, apenas uma figura de estilo, para cadernos escolares numa educação tendencialmente, não universal e não gratuita. Essa é uma das nossas desgraças!
Do regime da Causa Pública, a Rés-Pública, que à 100 anos eclodiu, o que hoje se apresenta como facto continuado, é que não tivemos portugueses à altura, na maioria que supostamente deveriam servir essa coisa transcendental que era a coisa pública, mas sim, serviram-se dela e serviram interesses obscuros, contrários à comunidade analfabeta e iletrada que através do voto lhes fizeram acreditar que tinham os destinos da nação na mão. Através da democracia, o povo cuspiu na sopa que come, e indelevelmente cómico-trágico, sem se aperceber muito bem do que fez.
Sem esquecer o que era vida portuguesa há 100 anos atràs, a vida rural em contraste com a crescente vida urbana, o papel da igreja na época, os novos valores da laicicidade que despontavam e fundamentalmente dois factos históricos incontornáveis, a 1ª Guerra Mundial e o milagre de Fátima. Um autêntico caldo de acontecimentos...

Tal como dizem os Homens da Luta - E o povo, pá!

Viva a República das Bananas!

sábado, 2 de outubro de 2010

Hill Street Blues

Manhãs frias e chuvosas, nebulosas às vezes. Cidades escuras, cinzentas e pessoas desenraizadas... quase sem nada a perder. Ferrugem por veri-semelhança.
Balada de Hill Street, genérico de abertura - anos 80 - que faz parte da memória de longo prazo de muita gente, principalmente os acordes, de uma música triste, sem esperança, vá lá de conformismo, à inevitabilidade das coisas. Como tudo é relativo, mesmo para quem dorme, à sombra de suas auto-convencidas e muy respeitosas, verdades per si assumidas como tal.
O cardápio pode ser tão longo, como cada um o deseje, e não se chama eléctrico, de outra maneira, o desejo pode não ser chamado para aqui ou acolá. Mas para lá...

Em boa verdade, hoje, à porta de um restaurante, nesta tarde solarenga, enquanto se fumava um cigarrito, após uma boa almoçarada, num início de tarde de sol, luz e brilhante, ao mesmo tempo, que uma velhota de muleta atravessava na passadeira perante o olhar de cidadãos auto-mobilizados, pensava nestas e noutras coisas, objectivando o zen de não pensar nada.

Se quisermos, a vida pode ser bela, é preciso é que não estraguem ela.