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domingo, 18 de dezembro de 2011

Cesária Évora


Cize, como era conhecida nasceu a 27 de Agosto de 1941 no Mindelo - Cabo Verde e veio a falecer ontem, 17 de Dezembro de 2011.
Aos 16 anos começou a cantar em bares e hotéis, donde veio a ganhar o epíteto de Rainha das Mornas.
Cesária tinha essa enorme capacidade de através da melodia e pela sua voz, por a alma, de buscar no fundo todo um passado vivido, com uma naturalidade crua e vestida de imensa arte.
Desde a saudade da terra natal, à colonização portuguesa que por via do pai, viveu socialmente as complexas relações sociais, até à emigração escrava de São Tomé.
Voz que também foi ouvida pelos soldados portugueses, em finais dos anos 60 através da rádio, principalmente na Guiné, quando ainda não tinha dimensão internacional.

Deixou de cantar durante uns anos para sustentar a família com o seu trabalho. Mais tarde encorajada pelo conhecido músico Bana, volta a cantar. Mas o salto internacional deu-se quando um empresário luso-francês, José da Silva a encorajou a actuar em Paris, gravando em 1988 o álbum "La diva aux pied nus" ( A Diva dos pés descalços ). A partir daí ganhou projecção internacional, dando espectáculos um pouco por todo o mundo. Tem o seu ponto alto quando ganha em 2004 o Grammy de melhor álbum de World Music contemporânea.

Fica, em seu registo histórico, dentro de sua passagem nesta vida, a voz e o ritmo, de uma certa maneira de viver e de estar.
Cantava com a alma e o espírito interligados como se de uma ciência complexa fosse.
Sabia da "moenga", aliás a sua música era e é dinâmica. Com um cigarro na mão e um copo de whisky na outra, a sua música é subtilmente entendida no espírito, após o ouvinte passar certas fronteiras de estados de almas... Nesses patamares mais sutis da consciência, sente-se na plenitude, a música de Cesária Évora... Uma verdadeira Diva que atravessa gerações.

Esse caminho doce...

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Tea Ballad


Enquanto pululamos por aí com os nossos fatos de carne e ossos, à medida que o tempo vai passando por nós, vamos perdendo e afastando-nos da linha que cada um se propõe a realizar na vida para qual foi atirado. Por sua própria escolha ou não...
Enquanto rodopia-mo-nos em nós próprios num frenesim e inconscientemente vamos envenenando os nossos espíritos com o auto-descontrole do ego, a descrença, a maldade, a inveja, a malvadez, a ingénua arrogância, a falta de humildade e o enorme fazer-de-conta que os outros é que são os mau da fita e EU é que tenho razão. Só que a razão da lógica, normalmente, é diferente do EU.

Enquanto as pessoas se esgatanham para conquistar a ideia do "vencer", em boa verdade e de facto, vieram na prática, para evoluir mais um pouco.
Acredite, se quiser, na seguinte frase - Desta vida, não vai levar nada de material, nem o seu corpo físico.
Apenas levará, unidades conscienciais, ou seja, conhecimento, experiências vividas, recordações, memórias e sentimentos.
Para quem tem pressa de fazer algo ou para quem não tem tempo de pensar as coisas no aqui e agora, acredite, terá muito tempo para reflectir na vida que viveu, outro tanto tempo terá para pensar e planear a próxima.
Andamos nisto há muito. Não é novidade para ninguém, é fazer uma forcinha para relembrar.
Todos nós, andamos nisto, repetidamente vezes sem conta.

Em nós habita a luz, como ao mesmo tempo, podemos caminhar nas trevas, usando uma linguagem mais perceptível ao senso comum.
Não existem seres superiores, nem religiões sacras ou ideias de qualquer tipo de espécie que se possam afigurar como a verdade inevitável, pois tudo é passível de evolução, independentemente de se estagnarem por períodos de tempo, mas inevitável, é a evolução.

Mesmo que se sinta perdido, não tem que absorver em geral, uma determinada matriz, organizada para lhe retirar o seu pleno direito de ser livre.
Existem, de factos seres com mais conhecimento do que outros, mas palmilharam os mesmos caminhos que todos nós percorremos, normalmente, estes são os mais respeitam os variados estados evolutivos.

Nessa perspectiva, a maior parte das pessoas, não conseguem ouvir mais de 1 a 2 minutos da música do vídeo abaixo, pelo amarramento da azáfama de suas vidas aceleradas, onde correm, correm e muitas das vezes sem sentido.
O fio da existência, é simples, naturalmente, os seres a tornam complexa e dessa complexidade não se conseguem libertar, ficando presos nos seus circuitos internos de pensamento, levando séculos e séculos de existências cíclicas, corrigindo erro a erro, karma a karma, subindo degrau a degrau...
A caminhada é longa e pelo que se saiba, não tem fim.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Percepção


Em Janeiro de 2007, numa manhã fria em Washington D.C., um homem com um violino toca seis peças do compositor Johann Sebastian Bach durante 45 minutos, numa das estações do metro de Washington mais movimentadas, passam por ele, aproximadamente 2.000 pessoas, a maior parte delas a caminho do seu trabalho.

Após 3 minutos, um homem de meia-idade repara que estava ali um músico a tocar, abrandou a sua marcha e depois continuou o seu caminho.
Ao fim de 4 minutos, recebe o seu primeiro dólar, uma mulher atirou o dinheiro para o chapéu, sem parar a sua marcha.
Aos 6 minutos, um homem parou durante uns segundos, em seguida, olhou para o relógio e continuou a andar.
Aos 10 minutos, uma criança de 3 anos parou, mas a sua mãe rapidamente o puxou. A criança de vez em quando olhava para trás para observar o violinista. Esta acção repetiu-se mais algumas vezes com outras crianças com os pais que as acompanhavam - sem excepção - a forçarem o andamento.
Passados 45 minutos, o músico continuava a tocar. Só 6 pessoas pararam para ouvir um pouco da música que tocava, cerca de 20 deixaram dinheiro sem parar de andar. Dentro do chapéu foram recolhidos 32 dólares.
Passado uma hora e ao acabar de tocar, ninguém reparou, ninguém aplaudiu. Não houve qualquer tipo de reconhecimento.

Ninguém sabia, mas o violinista era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo. Ele tocou várias peças musicais de complexidade elevada, com um violino avaliado em 3.5 milhões de dólares. Dois dias depois, num espectáculo com lotação esgotada em Boston, com o preço médio do bilhete a rondar os 200 dólares, tocou as mesmas músicas.
Tocou incógnito na estação do metro, em plena hora de ponta de Washington. A situação foi organizada pelo jornal Washington Post, como parte de uma experiência social sobre percepção, gosto e prioridades das pessoas.
Esta experiência trouxe várias questões:
- Num ambiente comum, a uma hora inapropriada, percebemos a beleza?
- Se sim, não paramos para a apreciar?
- Reconhecemos talento num contexto inesperado?

Leva-nos a concluir, talvez...
Se não temos "um momento" para parar, ouvir, ver e sentir a beleza das coisas, num sentido muito lato da sua essência...
Quantas outras coisas, nos estarão a passar ao lado, enquanto semi-vivemos, estas vidas robotizadas, com percentuais muito baixos de consciência?

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Daa" look


Entrando numa rua para se estacionar, aos primeiros lugares vazios não se arrisca, estaciona-se ao primeiro lugar, sem ver, mas contemplando a intenção de estacionar.
Só que depois, constatamos que afinal, havia mais lugares vazios, bem mais perto do nosso objectivo.
Quando, às vezes, nos sentimos com a sorte, sem entender que o azar vem por debaixo e a fazer figas, arriscamos. Passamos e desprezamos os primeiros lugares vazios e com toda a confiança de roleta de casino, esperamos, com toda uma certeza naif ou de previsão, que estará lá, um lugar à nossa espera.
Complica quando estão todos ocupados e daí, nos obriga a dar mais outra volta.
Também se pode inventar e deixar em cima do passeio ou em segunda fila, mas acaba-se por ser multado. Por isso certos arrojos, acabam por ficar mais caros, do que à primeira vista se calculava.
Um bom porto de abrigo, é aquele lugar, mesmo que um pouco mais longe, mas debaixo de um salgueiro, à sombrinha e dessa forma mais fresquinho.
Pois em tempestades violentas, árvores fortes e grossas, se quebram, quando simples salgueirinhos que não lutam contra o vento, mas antes, dançam com o seu vento, sobrevivem.
Existem todos os tipos de ruas, com agendas marcadas, mas com espaço para um mais novo desconhecido.
Daa look...
Em cada nova rua, temos de procurar novos lugares de estacionamento e sempre com cuidado para não magoar e sem deixar réstia de mágoa.
E com as certezas "pinçadas" em dúvidas, essa é, das partes mais fascinantes da vida.

domingo, 11 de abril de 2010

Noites Espirituosas

Há umas semanas atrás a câmara do meu telemóvel captou um espírito num desses espaços denominados de diversão nocturna.
São atraídos pela música, principalmente, a ritmada e repetitiva, o som do batuque. É a música o maior chama aliada a muita exteriorização de energia pelos seres intrafísicos, ou seja nós, e sem esquecer que essas exteriorizações energéticas vão com pensamentos e emoções.
Sendo assim temos reunidas as condições para um potentíssimo chama espiritual atraindo uma verdadeira multidão de seres de outras dimensões.
Principalmente para vampirizar energéticamente e também sentir os prazeres da fisicalidade como; beber, fumar e sexo. Muitas vezes através de cunhas mentais influenciam e favorecem para que tais situações ocorram. Como as pessoas já vão com alguma predisposição, juntam-se assim a fome com a vontade de comer.
Estando dessa forma as consciências em estados mais alterados e com os cofres mais abertos, os espíritos têm as portas escancaradas para circularem à vontade.

Já os índios e algumas tribos africanas já faziam e fazem esses chamas, mas esses com intenção e normalmente para comunicarem com os seus antepassados. Os processos na sua base são os mesmos, música repetitiva, som de batuque e danças repetitivas. Nalguns casos chegam a níveis de possessão mediúnica incríveis.
Resumindo os rituais ocorrem por todo o mundo, sendo as intenções e os propósitos diferentes.

No vídeo em baixo na mesma noite da foto em cima, vê-se esse ritual nos moldes das sociedades ocidentais e como as pessoas não os vêem, tomam individualmente todos os pensamentos e atitudes como seus, desconhecendo que os espíritos ouvem, influenciam e favorecem determinadas situações e/ou relações conforme os seus interesses.

Por isso muitas vezes, na manhã seguinte o indivíduo se questione ao acordar, quem é a matrafona que ronca ao seu lado na cama - quando à noite por via da ingestão de hidromel - parecia uma verdadeira princesa. Aliás o hidromel, verdadeira poção mágica, capaz de transformar qualquer Maria Regateira numa Meg Ryan, Angelina Jolie ou Gisele Bundchen. O fenómeno também é verdadeiro para as mulheres que também passam a ver Tom Cruise's e Brad Pitt's por todo o lado quando certas e determinadas quantidades de hidromel lhes corre nas veias. Não é por acaso que se denominam como bebidas espirituosas.
Outros acabam a noite enrolados à sanita expurgando o seu interior até à bílis.
Outros ainda, nem se conseguem levantar, tal a cardina da noite anterior, precisando no dia seguinte de tomarem bebidas refrescantes e tonificantes, para recuperar a ionização do corpo, bem como, o reequilíbrio chákrico.

Mas, meu caro leitor, não se apoquente, nem tudo é mau. Uma boa noitada também tem as suas vantagens, desrreprime o cérebro e sempre se limpa o carvão.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Photo Solaris


Esta photo foi tirada ontem ao final da tarde. O Sol ia-se escondendo, aliás, como faz habitualmente todos os dias e daí dar lugar à noite. Noutra perspectiva, o nosso Planeta é que se rebola e nós ficamos de cabeça para baixo. É a estrela mais importante para nós, sem ela não seríamos nós aqui e agora.
Ao que ao olho humano apenas era uma bolinha amarela lá ao longe, na forma photográphica, surge um Sol imenso que entra pelo espaço do momento que inunda e alimenta os seres. A sua enorme aura energética abraça. Facto concreto é que existe mais do que julgamos ver em cada momento. Existem toda uma série de coisas que acontecem e nos envolvem, mesmo que não as vejamos.
Em concomitância total e articulada inteligentemente, o Ar, a Água e a Terra, juntam-se a este elemento essencial. Estas quatro energias imanentes permitem-nos pacientemente a Vida, numa janela de combinação de factores muito ténue.
Assim ténue, mas real, este fiozinho de probabilidades que segura outros sopros de existência.