domingo, 15 de março de 2009

Depos da Meia-Note


Dizia a preta velha - É do caralho, foda-se! Com o sotaque crioulado e notas de dólar avermelhadas tingidas da terra sob bancas de campismo dos anos 70.
Ouvia a minha Avó a dizer - À meia-note vais para as boatas, é uma pouca vergonha!
Dizia-se que à meia-note vinham os lobisomens. A Trisavó contava a história que tinha visto um homem à porta do cemitério da aldeia e os pés eram cascos de cabra.
Vou acender um incenso mágico e de domingo para segunda não se esquecem da velinha à beira da janela. É a noite dos espíritos.

A música para quem sabe. A bruxaladia para quem percebe.
Percebes? Com um vinho branco ou verde, lembrando a mulher de vestes islâmicas que se sentou na mesa ao lado. Tinha ar de suspeita. Mas era boa, como tudo!
Se não percebes, vedes?

Faz lembrar numa ilha qualquer polinésia, de pé enterrado na areia e de colhanada a fritar ao sol. Numa mão seguro um cocktail cheio de chapéuzinhos Tahiti e noutra a nuca - very gentle - de uma local de cabelo sarará, num ritmo compassado e a pingar baba na areia.

À meia-note...

2 comentários:

Ana Camarra disse...

Zorze

limito-me a dizer que gosto da música....

Anónimo disse...

Amigo Zorze, como dizias outro dia eles andam sempre por ai, não há um dia especial para eles ou elas. Vivas ou mortas elas andam aí, gosto mais das vivas, algumas são mesmo "boas como ó milho", como te percebo.
Se tiveres o contacto de alguma manda para o Sócrates para ver se ele nos deixa de "foder" o juízo.
Isto é mesmo uma casadegentedoida