segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Expectativas, sonhos e engodos


Quase todas as pessoas não vivem as suas vidas, pensando escondidamente que as vivem. Sem tracção num chão que lhes foge dos pés, vivem suas vidas moldadas por antevisão de expectativas de outros, moldando por essa via suas formas comportamentais, na base, suas maneiras de ser. Enquanto desatam nós, atam tantos outros, em velocidades relativas; seja de consciência, seja relacional, comportamental... Seja no tempo e no espaço. Perdido, quando mentaliza um pouco para além, procurando um sentido de e na vida, perante a imensidão do Universo, deslumbrando-se a olhar, simplesmente, as estrelas e recordando de que existem coisas do arco-da-velha, visualizando factos ocorridos nesta vida, variando na experiência acumulada, crendo nessa mesologia quase como factor de fé, o Eu de cada um.

Confundidos pelos sonhos, rememoram pela manhã, enquanto bocejam com os olhos cheios de remelas, vários sonos, donde encolhidos e de pijama, manifestavam seus medos, suas ânsias. As rememorações, dos vários sonhos numa noite, são vários, surgem por vezes em visualizações e numa espécie de ligação de plataformas mentais. Recordamos de forma ténue, vários sonhos diferentes numa mesma noite e com as recordações a caírem em conta-gotas, misturamos tudo e assumimos, como se fosse um só sonho, quando na verdade são vários... Quando se recorda, na oportunidade e na forma.

Mas no fundo, apesar dos sonhos, no tudo que essa palavra abrange - pois também se sonha acordado -, as vidas das pessoas são comandadas pelas expectativas que os outros têm da sua.
Enquanto o indivíduo, não se consegue libertar dessa amarra consciencial, não vive, finge que vive, doutra forma, vive para os outros, negando para si mesmo, a sua vida, que é sua e de mais ninguém.

Gerir a ambivalência de uma vida só, não é uma coisa simples. Relacionar e interpretar as várias formas que amarram consciencialmente, tanto; religiosas, sociais, políticas e familiares... Sem contar com engodos... A estrada da Vida está cheia de engodos.

Apanhadas nisto, existem pessoas que se rasgam dia-a-dia... Haja fita-cola, pelo menos!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Novo cenário e algumas mudanças


O blog Extrafísico, mudou de cenário e efectuou algumas mudanças. Além do cenário, o que é curioso na parte do além, pois se debruça, também por vezes, no além das vidas físicas... Surpresa, surpresa! Este espaço passa a contar com uma área para documentários.
Algo que já se tinha pensado há muito e que agora se concretiza, são documentários que normalmente, não passam no "prime-time" e muitas das vezes passam em "horários escondidos". Com o tempo irão aparecer mais.

Para além disso, no topo deste espaço, fica representado uma enorme árvore, uma espécie de árvore da vida, é que em boa verdade, a morte no sentido literal da palavra não existe. Nesta parte coloca-se uma questão de não somenos importância - Como explicar isto às pessoas em geral?
Por outro lado, as imagens e os vídeos, ficam porreiros, ficam um bocadinho maiores com este novo layout.

De resto, o Extrafísico, vai continuar como sempre, com toda a força, abordando todos os temas, sem superioridade nem inferioridade perante ninguém, pelo facto de não existir, entidades superiores ou inferiores, a quem quer que seja.
Nessa linha, este espaço vai continuar naquilo a que se habituou, a verdade... Nem que seja a minha, aquela que sei como verdadeira. Mesmo que seja nebulosa!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Grande Bazar


"Em Portugal, só há um Presidente da República, um primeiro-ministro e dezasseis ministros. Mas, apenas em 1992, os respectivos gabinetes compraram 32 BMW série 7, 30 Renault 25 BXI, 80 Citroën XM e 10 Mercedes 560 SL - la crème de la crème. A austeridade, como se vê, começa por cima e espalha-se como um polvo: há 22.300 carros ao serviço do Estado, sem contar com autarquias e empresas públicas. Quem disse que somos um país pobre?"

Escrevia isto José Vegar num artigo com fotos de Miguel Carvalho e Silva em Janeiro de 1993 - há 19 anos atrás - na revista mensal Grande Reportagem, revista que desapareceu pelo facto de ser incómoda e pela sua assertividade à época, num país que tinha apenas dois canais públicos de televisão, altura em que começavam a nascer as televisões privadas.

O artigo começa por contar a história de um jovem advogado, que tinha aceite desempenhar funções numa nova secretaria de estado e que chegou à conclusão de que precisava de um carro para as suas actividades. Por entre várias direcções do estado à época, nas quais se destacavam a Direcção de Serviços de Veículos do Estado (DSVE), dependente da Direcção-Geral do Património (DGP), o artigo conta como o pujé através de várias sindicâncias e cunhas lá conseguiu obter o seu carro de serviço, num quase sistema de contabilidade em "cima do joelho".

O artigo também refere onde se situava esse museu secreto do carros do Estado, ficava em Alcântara, sem nenhuma placa identificativa. Guardava os automóveis do Estado português, chamavam-lhe o museu, só não estavam lá os 15 Rolls-Royce e Bentley que em 1976 foram guardados na Gomes Teixeira (o edifício da Presidência do Conselho do Conselho de Ministros). Contava um ministro da altura: "Eles (os Rolls e os Bentleys) estiveram na garagem durante muito tempo. Depois desapareceram... Até hoje ainda não encontrei alguém que saiba qual o destino dos carros".

Informava também, o artigo da "Grande Reportagem", que os próprios custos de um automóvel não eram contabilizados individualmente. Entravam directamente na rubrica "Aquisição de bens e serviços". O Orçamento de Estado para 1993, dava 121 milhões de contos (não são euros!) à administração pública para as referidas aquisições, 3,7% do OE, só superado pelas despesas com o pessoal. Brutal, anti-ético e criminoso, tal o forrobodó.

Isto em 1993, imagine-se a escalada, nos anos posteriores. Este regabofe referido, cinge-se apenas, aos automóveis do Estado, imagine-se todo o resto.
É esta gente, que se passeia e cirandou, nos governos de Cavaco, Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e actualmente Passos Coelho, que através das rádios, televisões e jornais, tentam formar a ideia de que vivemos acima das nossas possibilidades e de que é necessário fazer sacrifícios.

Num país, que sempre viveu no anátema dos salários baixos e na exploração do factor de produção do trabalho. Onde os génios de economia da merda nacionais, quando falam de competitividade, só falam em salários, quando esse factor de produção representa menos de 1/5 dos custos de produção. Portugal com os gestores da merda que tem, tanto públicos, privados e políticos, não vai lá. Afundam, em velocidade alarmante, a fraca economia portuguesa, ao mesmo tempo, totalmente incapazes de competir com um mundo em rápida evolução.
Políticos e empresários na sua maioria incompetentes a vários níveis. Figuras de topo no Estado a trabalharem uns contra os outros. Uns a brincarem aos 007's, outros em conspiraçõezinhas de clubes Amigos Disney meio secretos, outros a meterem cunhas e influências em negócios e cargos públicos.

Este como outros, o governo, não governa para a população, governa para quem o patrocina (como prenda, as privatizações que aí virão).
Este governo não gosta dos portugueses, e os portugueses não gostam dele.
Tal facto fica evidenciado hoje, quando habitualmente, os subsídios de desemprego são pagos entre o dia 10 e 15 de cada mês, vem o governo anunciar que este mês só vai pagar a referida prestação no dia 22, após o carnaval. É maldade pura, quando se aproxima o fim-de-semana, propício à reunião familiar.
Se não têm dinheiro, assumam! Se não, é pura ruindade, má-vontade, ressabiamento e assumpção de um Estado incumpridor, vergonhoso no mínimo... pela manifesta incapacidade de sensibilidade social.

Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mundo Astral


Dentre muitos mundos que se interagem entre eles, cada pessoa viaja entre elas a velocidades rápidas ou lentas, consoante o contexto em que está inserido e vivência que tem em consonância na sua capacidade de interpretar o que vive em todas as suas valências. A velocidade não é muito relevante, pois no contexto da multi-dimensionalidade o tempo vai-se relativizando, importante será a absorção de realidades, momentos e principalmente a forma como se interage em cada segundo, que o próprio tempo não pára, sempre contínuo e relativo no tempo, mesmo naqueles, que nossos cérebros físicos não entendam, mas lógicos e sentidos, nas profundezas das almas individuais que cada um carrega. No fundo cada consciência, em si, é um Universo, da mais simples à mais complexa, do menos infinito, ao mais infinito.
Uma simples bactéria quase invisível, maturada no tempo da evolução, pode dizimar milhões de pessoas com níveis intelectuais mais avançados. Ao mesmo tempo que, uma pessoa sozinha pode descobrir uma forma de eliminar a bactéria... Na verdade, tudo é possível!

Este deveria ser um dos primeiros posts deste espaço virtual, mas o que é que é o extrafísico?
Através da projecção extrafísica, qualquer um pode chegar à sua explicação, vivida e sentida.
Nesta breve definição da Wikipédia, ficam abertos os caminhos de pesquisa que cada um ache necessário:

"Projecção da consciência, experiência fora-do-corpo (EFC), experiência extracorporal, desdobramento, projecção astral ou viagem astral são termos usados alternativamente para designar as experiências fora-do-corpo (do inglês, out-of-body experience – OBE ou OOBE) ou estados alterados de consciência, que podem ser supostamente realizadas por qualquer pessoa, por meio do sono, via meditação profunda, técnicas de relaxamento , ou involuntariamente, durante episódios de paralisia do sono, trauma, variações abruptas da actividade emocional e stress, Experiência de quase-morte, deprivação sensorial, estimulação eléctrica do giro angular direito do cérebro, estimulação electromagnética, experiências de ilusão de óptica controladas, e através de efeitos neurofisiológicos por indução química de substâncias comummente descritas como drogas. Exemplos de tais substancias correlacionadas com a fenomenologia das experiências extra-corpóreas são o Cloridrato de cetamina, a Galantamina, a Metanfetamina, o Dextrometorfano, a Fenilciclidina e a Dimetiltriptamina (presente na bebida ritualística Ayahuasca).

A Projecciologia, fundamentada nos experimentos pessoais de projectores conscientes e sistematizações destas autopesquisas, inicialmente proposta por Sylvan Muldoon e sistematizada por Waldo Vieira, que, durante a projecção, quando lúcida, o indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo físico projectado por meio do (corpo astral, perispírito, psicossoma), que são entidades imateriais. Por intermédio da projecção da consciência é possível conhecer supostas dimensões extra-físicas (leia mais aqui )."

E pesquise per si... retirando o medo das amarras sociais desta vida que o aprisionam a um padrão comportamental e expectativas de terceiros que agrilhoam a sua plenitude de ser, há milhares de anos, diga-se de passagem.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Acordo grego


A Grécia prepara-se para ultimar mais um acordo de austeridade com a troika, para garantir o pagamento aos credores - públicos e privados - o reembolso com lucro dos investimentos efectuados, mascarados de "ajuda" para colocar as contas públicas em ordem e lançar a economia na senda do crescimento e emprego. A realidade prova que esta linha de argumentação é falsa, mentirosa e venenosa.
Os planos de austeridade, também chamados de ajustamento ou na sua forma mais light "ajuda ou assistência financeira", não são mais do que em linhas gerais, destruir - chamam-lhe desalavancar - a economia, diminuir à força o rendimento das populações utilizando os salários e os impostos como ferramentas principais, para que com esse diferencial, entreguem aos credores internacionais em prestações contratualizadas e com lucros acima da média, devido ao elevado risco de incumprimento, manipulado por agências de rating com accionistas nebulosos e misteriosos.
Não pagando ou negociando um perdão de dívidas, quebra-se a corrente sanguínea, gerando perdas assinaláveis a muitas entidades um pouco por todo o mundo, algumas aceitam a política de pelo menos receber alguma coisa, do que não receber nada.

Com este segundo plano de ajustamento de 130 mil milhões de euros, não se vai ajustar nada, antes pelo contrário, adiar por mais uns meses, a evidente bancarrota que se desmultiplicará na zona euro.
Os planos de austeridade implementados aos países europeus, estão na sua base conceptual errados, contrariamente, ao que a propaganda do mainstream prolifera nos meios de comunicação social. Os discursos dos líderes europeus são na sua raíz incoerentes, quando defendem que estes programas são para o crescimento e emprego, quando ao mesmo tempo se assiste a mais desemprego e à destruição gradual e de forma acelerada, principalmente nos países intervencionados.
Quem é que ainda não percebeu isto?

Seja um particular, seja uma empresa ou uma nação, que esteja excessivamente endividada, por vários factores de ordem, não é evidentemente, endividar ainda mais com prazos curtos, ao mesmo tempo que de forma abrupta lhes cortem as pernas ou até as "asas".
No fundo obscuro dos planos de austeridade que assistimos em catadupa, em que um sucede a mais outro, naquela linha de que, agora é que é, desta é que vai ser, lembrando a cenoura à frente do burro, o mais infinito.
Os rostos escondidos e verdadeiros orientadores destes planos de austeridade, não querem, por evidência dos factos, o desenvolvimento das nações, mas sim, estranhas estratégias complexas, onde grupos/sociedades secretas, semi e públicas lutam pelo "obter mais o que seja", algumas destas batalhas já são seculares, todas elas objectivam retirar parte do rendimento de populações inteiras e entranhando de forma gradual natural o trabalho escravo, ao mesmo tempo que com propaganda massiva consigam fazer com que as pessoas se conformem, se sintam culpadas, como também injectam sub-liminarmente, o cultivo do ego e da fama, do consumo, a sensação de posse, em suma atarantar as pessoas, tal como baratinhas tontas, deixando-as a discutir entre elas, dividindo para reinar e assim ocultando o verdadeiro cerne da questão em que vivemos. Conhecimento e informação são os verdadeiros tesouros escondidos por detrás do dinheiro.

Mas quem é que ajuda quem ...?