Vivemos tempos fantásticos.
A Era da Banditismo legalizado e permissivo. Das Multinacionais que fazem o
favor de investir neste rectângulo à beira-mar plantado. Claro que com a condição de serem eles próprios a escrever os contratos. Escolhem quanto hão de pagar de renda, de luz, de água e gáz com a primaz ajuda da
API - Agência Portuguesa de Investimento. Principalmente os ordenados que caridosamente vão pagar e proporcionar com as
bençãos orgásticas do nosso Ministro da Economia - Sua Excelência Doutor
Manuel Pinho - O Irritante.
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Mas o enfoque hoje vai para outro tipo de criminalidade que sempre houve, e que, nas últimas semanas tem sido mais noticiado, apenas, tem algumas diferenças.
A alteração ao Código Penal, que, de repente pôs na rua uma série de presos preventivos (alguns com elevada perigosidade) e vistos cá fora, muitos fizeram o que melhor sabem fazer. A milenar arte do gamanço e afins.
- Ficou na retina o tiroteio na Quinta da Fonte, que, apesar de vários filmes amadores e se verem vários indivíduos aos tiros, só dois foram apresentados à justiça e logo de seguida postos em liberdade a aguardar julgamento.
- O caso dos
ciganos de Loures que roubaram propriedade alheia (
acho que isto dá prisão), fogem numa furgoneta conduzida por uma criança de 11 anos (
kalash social) descendente de um dos amigos do alheio (
não sei se esta dá prisão), tentam atropelar deliberadamente um agente da autoridade (
acho que isto dá prisão) e fogem, envolvendo-se numa perseguição com troca de tiros (
acho que isto dá prisão), acabam por ser apanhados e com a lamentável morte da criança. São apresentados ao Juíz e postos em liberdade. O foragido com B.I. falso agradece tanta simpatia e desaparece.
- Um indivíduo entra numa esquadra da PSP de Portimão e decide fazer um exercício de paint-ball numa versão mais realista. O Juíz considerando que o arguido não tinha cadastro e que foi, apenas, um momento de loucura - que pode acontecer a qualquer um - põe-o em liberdade a aguardar em liberdade.
Este País orgulha-se de ser de brandos costumes, ou, brandíssimos, ou melhor de
bradar aos céus. Está-se aos poucos a tornar um chamariz para outro tipo de criminalidade. A qual a nossa polícia, os nossos magistrados não estão preparados para a enfrentar. Pensam que estão, mas não estão. Existem verdadeiros monstros por aí, organizações internacionais que já utilizam este País como
porta de entrada na Europa. Depois é ver os camiões TIR a circular nas fronteiras abertas e as nossas autoridades a ver os navios a passar. Hoje um camião TIR que começe uma viagem da costa portuguesa chega à Polónia practicamente sem ser detectado. O nosso MAI apenas apanha o
café pequeno que logo exibe orgulhosamente numa mesa de campismo com uma toalha do serviço local, as notas de €200, umas naifas, coca embalada e carimbada, tudo muito bem arrumadinho e claro algumas armas.
Lembro o assalto à carrinha de valores da Prosegur, realizada por quem entende do assunto. Não estamos a falar das carrinhas que abastecem os multibancos diáriamente. Mas as que abastecem zonas, as que estão carregadinhas. Especulou-se que houve fuga de informação. Não houve nada. Simplesmente estas carrinhas fazem sempre a mesma rotina, com dois assalariados mais preocupados com a prestação da casa, do carrito e da filhota que acabou de nascer e com a que vai começar as aulas este ano lectivo. Pergunto como é que é possível carrinhas de transporte de valores que se abastecem directamente na fábrica do Carregado do
BP e não têm escolta policial?
Um dos elementos já pertenceu à
Spetsnaz, mercenário foragido e procurado, também esteve na guerra da Bósnia, como, mercenário. Diz-se que a GNR demorou 10 minutos a chegar ao local. Digo ainda bem, pois teriam sido dizimados por estes especialistas vestidos de negro e munidos de armas com miras laser. Estes cá, seriam os formadores dos formadores das nossas polícias. Chamam a este País um doce.
Talvez porque o nosso
Arnaldinho MAI, que diz que entraram 4.000 novos polícias nesta legislatura se esqueceu de dizer que saíram 4.600 (reformas, reformas antecipadas, baixas). Ora 4.000 menos 4.600 dá -600. Hummm...
Neste País de verdades relativas, muito relativas, mas mesmo, muito relativas é algo injusto cair tudo em cima do actual Ministro da Admnistração Interna, Rui Pereira. O problema vem de longe. Políticas económicas e sociais erradas, principalmente, desajustadas da realidade em que vivemos. Passamos de um Partido único para outro. O actual PS/D. Muitas vezes explicar este conceito é quase igual que explicar que "
nariz de porco não é tomada".
Dizia-me uma Juíza minha cliente há umas semanas atrás que na noite anterior e após um jantar de colegas em Coimbra e à saida do restaurante lhe levaram a mala por furto à moda de esticão. Dois gajos numa mota pararam à sua frente e de repente lhe puxaram a mala, e claro, fugiram a toda a velocidade - Ala que é Cardoso.
Disse-lhe - E não fez queixa na PSP. Retorquiu - Para quê? Mesmo que fossem apanhados, passado uma hora estavam na rua outra vez.
Atenção, isto dito por uma Juíza.
Para quem não entende , ou, para quem não quer entender, os Juízes são aquelas pessoas vestidas de negro nos tribunais que aplicam as leis, fabricadas pelos políticos que não têm a noção da realidade do dia-a-dia.
Nem 8 nem 80, mas...
Qualquer dia chegaremos ao absurdo surreal (que já não falta muito tempo) para vermos:
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