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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

MAI - O Arnaldinho

Vivemos tempos fantásticos.
A Era da Banditismo legalizado e permissivo. Das Multinacionais que fazem o favor de investir neste rectângulo à beira-mar plantado. Claro que com a condição de serem eles próprios a escrever os contratos. Escolhem quanto hão de pagar de renda, de luz, de água e gáz com a primaz ajuda da API - Agência Portuguesa de Investimento. Principalmente os ordenados que caridosamente vão pagar e proporcionar com as bençãos orgásticas do nosso Ministro da Economia - Sua Excelência Doutor Manuel Pinho - O Irritante.

Mas o enfoque hoje vai para outro tipo de criminalidade que sempre houve, e que, nas últimas semanas tem sido mais noticiado, apenas, tem algumas diferenças.
A alteração ao Código Penal, que, de repente pôs na rua uma série de presos preventivos (alguns com elevada perigosidade) e vistos cá fora, muitos fizeram o que melhor sabem fazer. A milenar arte do gamanço e afins.

- Ficou na retina o tiroteio na Quinta da Fonte, que, apesar de vários filmes amadores e se verem vários indivíduos aos tiros, só dois foram apresentados à justiça e logo de seguida postos em liberdade a aguardar julgamento.

- O caso dos ciganos de Loures que roubaram propriedade alheia (acho que isto dá prisão), fogem numa furgoneta conduzida por uma criança de 11 anos (kalash social) descendente de um dos amigos do alheio (não sei se esta dá prisão), tentam atropelar deliberadamente um agente da autoridade (acho que isto dá prisão) e fogem, envolvendo-se numa perseguição com troca de tiros (acho que isto dá prisão), acabam por ser apanhados e com a lamentável morte da criança. São apresentados ao Juíz e postos em liberdade. O foragido com B.I. falso agradece tanta simpatia e desaparece.

- Um indivíduo entra numa esquadra da PSP de Portimão e decide fazer um exercício de paint-ball numa versão mais realista. O Juíz considerando que o arguido não tinha cadastro e que foi, apenas, um momento de loucura - que pode acontecer a qualquer um - põe-o em liberdade a aguardar em liberdade.

Este País orgulha-se de ser de brandos costumes, ou, brandíssimos, ou melhor de bradar aos céus. Está-se aos poucos a tornar um chamariz para outro tipo de criminalidade. A qual a nossa polícia, os nossos magistrados não estão preparados para a enfrentar. Pensam que estão, mas não estão. Existem verdadeiros monstros por aí, organizações internacionais que já utilizam este País como porta de entrada na Europa. Depois é ver os camiões TIR a circular nas fronteiras abertas e as nossas autoridades a ver os navios a passar. Hoje um camião TIR que começe uma viagem da costa portuguesa chega à Polónia practicamente sem ser detectado. O nosso MAI apenas apanha o café pequeno que logo exibe orgulhosamente numa mesa de campismo com uma toalha do serviço local, as notas de €200, umas naifas, coca embalada e carimbada, tudo muito bem arrumadinho e claro algumas armas.

Lembro o assalto à carrinha de valores da Prosegur, realizada por quem entende do assunto. Não estamos a falar das carrinhas que abastecem os multibancos diáriamente. Mas as que abastecem zonas, as que estão carregadinhas. Especulou-se que houve fuga de informação. Não houve nada. Simplesmente estas carrinhas fazem sempre a mesma rotina, com dois assalariados mais preocupados com a prestação da casa, do carrito e da filhota que acabou de nascer e com a que vai começar as aulas este ano lectivo. Pergunto como é que é possível carrinhas de transporte de valores que se abastecem directamente na fábrica do Carregado do BP e não têm escolta policial?
Um dos elementos já pertenceu à Spetsnaz, mercenário foragido e procurado, também esteve na guerra da Bósnia, como, mercenário. Diz-se que a GNR demorou 10 minutos a chegar ao local. Digo ainda bem, pois teriam sido dizimados por estes especialistas vestidos de negro e munidos de armas com miras laser. Estes cá, seriam os formadores dos formadores das nossas polícias. Chamam a este País um doce.
Talvez porque o nosso Arnaldinho MAI, que diz que entraram 4.000 novos polícias nesta legislatura se esqueceu de dizer que saíram 4.600 (reformas, reformas antecipadas, baixas). Ora 4.000 menos 4.600 dá -600. Hummm...
Neste País de verdades relativas, muito relativas, mas mesmo, muito relativas é algo injusto cair tudo em cima do actual Ministro da Admnistração Interna, Rui Pereira. O problema vem de longe. Políticas económicas e sociais erradas, principalmente, desajustadas da realidade em que vivemos. Passamos de um Partido único para outro. O actual PS/D. Muitas vezes explicar este conceito é quase igual que explicar que "nariz de porco não é tomada".



Dizia-me uma Juíza minha cliente há umas semanas atrás que na noite anterior e após um jantar de colegas em Coimbra e à saida do restaurante lhe levaram a mala por furto à moda de esticão. Dois gajos numa mota pararam à sua frente e de repente lhe puxaram a mala, e claro, fugiram a toda a velocidade - Ala que é Cardoso.
Disse-lhe - E não fez queixa na PSP. Retorquiu - Para quê? Mesmo que fossem apanhados, passado uma hora estavam na rua outra vez.
Atenção, isto dito por uma Juíza.
Para quem não entende , ou, para quem não quer entender, os Juízes são aquelas pessoas vestidas de negro nos tribunais que aplicam as leis, fabricadas pelos políticos que não têm a noção da realidade do dia-a-dia.

Nem 8 nem 80, mas...
Qualquer dia chegaremos ao absurdo surreal (que já não falta muito tempo) para vermos:
-Sr. Bandido não viole a Senhora que isso deve aleijar.
-Sr. Bandido, por favor, não dispare a sua pistola enquanto efectua um assalto, porque, através do cano da sua arma saem uns invólucros que magoam quem é atingido.

Depois disto tudo assistimos a umas operações STOP (blitz no Brasil) nos principais bairros problemáticos, como que a dizer - Pronto já apanhamos os bandidos e já está tudo seguro.
Mas, afinal, apanharam uns gajos com um copito a mais, umas naifas para tirar a caca das unhas, algumas pistolitas de puta e uns saquitos de coca para o pessoal snifar e fugir a esta realidade bem pior a que certos opináceos proporcionam com suas imagens oníricas.
Preocupam-se com os cidadãos que trabalham para viver, com os blogues. Desviam-se os parcos recursos humanos para ouvir e transcrever escutas de quem não é bandido, mas, mostra a sua indignação.
Parecendo que têm medo dos verdadeiros criminosos. Os poderosos nunca são presos e os bandidos de rua quando apanhados são postos em liberdade a aguardar calmamente o julgamento.



Resumindo e concluindo:

Um cidadão de seu nome Fonseca Galhão assalta um banco, foge numa furgoneta conduzida por um miúdo de 11 anos, atropela um GNR, na fuga e com a adrenalina no máximo responde com tiros. Como não tem práctica de condução de street racer são apanhados. Na esquadra explica que é licenciado em engenharia civil numa Universidade encerrada por diversas ilegalidades. Dispara vários tiros de calibre emocional de quem já não aguenta esta merda. É posto em liberdade pelo juíz de serviço. Cá fora "come" o miúdo e em seguida processa o Estado (supostamente pessoa de bem) , recebe € 130.000.

Qualquer semelhança com a realidade é pura ficção.

Levanta-se uma questão:
Será arnaldice das puras, ou, uma estratégia muito bem delineada para outros fins?
Para os senhores do MAI em particular, e para, os legisladores em geral, vejam lá...