À porta da igreja, os mendigos estendem a palma das ilusões e dos sonhos que outrora tiveram. A vida é cruel.
Eu não dou esmola. Eu não sou caridoso. Não alimento um sistema monstro. A caridade é o resultado da falha do sistema e dar é manter essa condição.
Vejam bem...
O mundo que "ajudaram" a criar é o mesmo por que se torçem e gritam.
Cada um, tem a sua quota-parte, de responsabilidade. Uns mais que outros... Tal como nas crises, pagam mais os que menos responsabilidade tiveram, em porções desproporcionais.
A colectividade protege o seu amor-próprio, se um grande número de pessoas , escreve Freud na Psicologia Colectiva e Análise do Eu, se juntam à volta de um mesmo ideal do Eu, isso reforça as suas esperanças arcaicas. Por esperanças arcaicas, Freud entendia esse amor por si próprio que é transmitido a toda a criança pela mãe, e que se traduz, geralmente, pela palavra narcisismo.
Em patologia, viemos à vida humana para sermos felizes, amar e ter prazer. Quem ama não sofre. O que faz sofrer é o desamor, a patologia do ódio ou dos caprichos. Quem ama de facto, não reivindica, não censura nem vive na insegurança dos ciúmes ; compreende, perdoa sempre, renuncia com alegria, harmoniza, pacifica e beneficia.
Vejam bem...
A macacada, excitada e de pêlos no ar, vestidos de poder; temporários e empregados, do alto da cadeia alimentar, um dia - quando despertarem - percepcionarão quem lhes comanda a consciência ética, não são nada.
Veja bem...
Enquanto um homem passa fome e um cão é abandonado depois de acarinhado e tratado, após de não satisfazer o lado negro humano. Atirado ao vento e à sua sorte...A humanidade não é sinónimo de bondade, mas sim, algo que ofereça algo do seu interesse.
A fronteira de as pessoas deixarem de ser pessoas e passarem a ser selvagens, é muito ténue, quase invisível e num instante fugaz.
Vejam bem...
Ser social polarizador seguro e assumido das reivindicações justas. Mais forte afectivamente e detentora de sentimentos elevados, já dominadores das emoções superficiais e vulgares.
Vejam bem...
No relativo à comunicação, o telefone, inventado em 1876, catalisou a comunicabilidade interpessoal e dessa , a inteligência evitadora da idolatria consentida, da divinização permitida pela demagogia política e lavadora de cérebros. Aquela que diz, que os meus mortos são mais justos que os teus, independentemente das manchas de sangue que percorrem nas suas palmas.
Eu não dou esmola. Eu não sou caridoso. Não alimento um sistema monstro. A caridade é o resultado da falha do sistema e dar é manter essa condição.
Vejam bem...
O mundo que "ajudaram" a criar é o mesmo por que se torçem e gritam.
Cada um, tem a sua quota-parte, de responsabilidade. Uns mais que outros... Tal como nas crises, pagam mais os que menos responsabilidade tiveram, em porções desproporcionais.
A colectividade protege o seu amor-próprio, se um grande número de pessoas , escreve Freud na Psicologia Colectiva e Análise do Eu, se juntam à volta de um mesmo ideal do Eu, isso reforça as suas esperanças arcaicas. Por esperanças arcaicas, Freud entendia esse amor por si próprio que é transmitido a toda a criança pela mãe, e que se traduz, geralmente, pela palavra narcisismo.
Em patologia, viemos à vida humana para sermos felizes, amar e ter prazer. Quem ama não sofre. O que faz sofrer é o desamor, a patologia do ódio ou dos caprichos. Quem ama de facto, não reivindica, não censura nem vive na insegurança dos ciúmes ; compreende, perdoa sempre, renuncia com alegria, harmoniza, pacifica e beneficia.
Vejam bem...
A macacada, excitada e de pêlos no ar, vestidos de poder; temporários e empregados, do alto da cadeia alimentar, um dia - quando despertarem - percepcionarão quem lhes comanda a consciência ética, não são nada.
Veja bem...
Enquanto um homem passa fome e um cão é abandonado depois de acarinhado e tratado, após de não satisfazer o lado negro humano. Atirado ao vento e à sua sorte...A humanidade não é sinónimo de bondade, mas sim, algo que ofereça algo do seu interesse.
A fronteira de as pessoas deixarem de ser pessoas e passarem a ser selvagens, é muito ténue, quase invisível e num instante fugaz.
Vejam bem...
Ser social polarizador seguro e assumido das reivindicações justas. Mais forte afectivamente e detentora de sentimentos elevados, já dominadores das emoções superficiais e vulgares.
Vejam bem...
No relativo à comunicação, o telefone, inventado em 1876, catalisou a comunicabilidade interpessoal e dessa , a inteligência evitadora da idolatria consentida, da divinização permitida pela demagogia política e lavadora de cérebros. Aquela que diz, que os meus mortos são mais justos que os teus, independentemente das manchas de sangue que percorrem nas suas palmas.
Zeca Afonso - Vejam Bem
Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!
5 comentários:
Zorze, nem mais !
Abraço.
Mobilização em vez de caridade! Compreendo que o alheamento das pessoas na análise das causas e soluções mais profundas lhes sugira o abrir de uns trocos mas não perdoo que um país inteiro vá no barco dos arredondamentos e das popotas do homem mais rico do país e um dos mais ricos do mundo. Caridade ainda vá que não vá, agora pelas mãos do Azevedo?!
Dum pedaço do teu grande texto, limito-me a este pequeno comentário e estendo-o a um grande abraço sem caridade
Eu faço uma transferência mensal (dentro das minhas possibilidades) para uma organização que ajuda os sem-abrigo. Tenciono também a dedicar algumas sextas-feiras a distribuir essa ajuda pessoalmente.
Simultaneamente, preparo-me para dar umas valentes bofetadas a uns gajos que eu cá sei.
Penso que revolução e ajuda aos que caem em desgraça não são incompatíveis.
Abraço
Amor e Boas Festas todo o ano e pelo corpo todo!
Só passei para te desejar um Feliz Natal.
Abraços.
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