sábado, 17 de março de 2012

Phenomena

Canfa 2012

Por momentos de vislumbre, segundos de sol reflectidos em vales de sombras, um rio corre tentando ganhar confiança, dos seres presos nas margens, que todos assistem, a essa corrida de sentido único.
E se uma flor marginal, que se questionasse, por exemplo... E se o rio corresse noutro sentido? Ou para os lados? E se desobedece-se à lei gravitacional e seguisse uma outra lei, mesmo que abstracta, uma lei inventada e contraproducente às leis da vida... Porque em boa verdade, a vida e a morte, se entre-cruzam todos os dias.

Em boa verdade, não se nasce, mas sim, se renasce.
Em boa verdade, não se morre, mas sim, se acorda.

As pessoas em geral, têm-se como muito inteligentes, tal a soberba ingénua por que se tomam. Alias refira-se, a medricagem que a população humana vive e sobrevive, a começar pela tanafobia - fobia da morte - em que vive. Ou seja, vive, com o medo de morrer. Quando na verdade, uma e outra se complementam, ao mesmo tempo que a existência persiste. Vive uma contradição meridiana, no seu simples intelectual de ver as coisas.

Essa mesma soberba, que por um lado se destroem alimentos para manter o preço, nos mercados de derivados, por outro lado existem pessoas que morrem por doenças consequentes da fome.
Este é o anátema da sociedade em que vivemos.
Só por isto, se depreende o nosso nível de evolução, enquanto espécie.

Enquanto nós, por todo este mundo, vivemos os devaneios, delírios, desmaios, hipnosis, alegrias, comas, sonambulismos, medos e fobias. 
Na verdade, somos partes integrantes de tudo isto, cada um na sua quota-parte.

1 comentário:

Diogo disse...

A inteligência artificial e a automação de alto nível estão aí ao virar da esquina. Não falta muito para ganharmos o estatuto de Deuses...

Abraço