quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A doutrina do choque


A doutrina do choque, tem sido a política seguida por muitos governos ao longo dos anos neste planeta. Seja por via de desastres naturais ou por crises forçadas, os governos conseguem "enfiar" todas aquelas medidas que em situação normal, muito dificilmente as conseguiriam implementar.
Com uma população em choque e com medo, ou até, as duas em conjunto, em estado de catalepsia colectiva, abrem-se as vias para empobrecer os povos; transferindo, desviando, surrupiando, despojando e sequestrando, rendimento dos povos em geral para as corporações e associações maléficas, que colocam colaboradores a governar os habitantes dos países... Uma espécie de levantamento multibanco invertido, em que na verdade o banco, são as pessoas que trabalham e geram riqueza, para no final ser tomada por estes sanguessugas que arrebatam a riqueza produzida por biliões de seres humanos.

Mesmo que a realidade exposta nua e crua, de tal maneira que a formatação e padronização contínua das sociedades e cada vez mais sofisticada, a mensagem para a imensa maioria parece que é recepcionada de forma codificada. No fundo, as pessoas andam perdidas na sua azáfama do dia-a-dia, sem tempo para pensar, sobrando apenas, tempo para pensar "o dia seguinte".

O pai da doutrina do choque foi Milton Friedman, o Nobel da Economia de 1976, o teórico das ideias liberais e da desregulação da economia. Defendia a ideia de que a solução para os problemas de uma sociedade é dada por um sistema de liberdade.
Conselheiro de Richard Nixon, Gerald Ford e Ronald Reagan, foi sobretudo o seu assessoramento à ditadura do general Pinochet onde caiu a máscara por detrás destas políticas supostamente disfarçadas de liberdade e democracia.
Tal como o ex-ministro das Relações Exteriores do Chile, à época exilado, Orlando Letelier escrevia: " É curioso que o autor do livro Capitalismo e Liberdade, escrito para argumentar que o liberalismo económico pode suportar uma democracia política, possa agora facilmente desvincular economia de política quando as teorias económicas que ele defende coincidam com a restrição absoluta de qualquer tipo de liberdade democrática ".

Actualmente em paralelo com estas políticas neo-liberais, está também em curso, um enorme jogo de desorientação global, atirando as forças vivas das sociedades uns contra os outros, fazendo com que os povos passem ao lado da verdadeira questão de base; A retirada de rendimento de muitos para poucos.

3 comentários:

Diogo disse...

Já que governantes, deputados e juízes estão todos a soldo, que sejam grupos de cidadãos informados a chamar a si a obrigação de impor a democracia, que deverá ser directa.

Anónimo disse...

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Pata Negra disse...

Vi este filme mas tinha uma hora! Encaixa mais facilmente no senso comum a "cultura da crise"! Na verdade eles têm mantido as massas comedidas no argumento da crise! Desde que tenho consciência política que ouço falar em crise! Ela pior agora?! Não! É maior o engenho da prática e do discurso! Nós trabalhamos como sempre trabalhámos!
Um abraço à espera da luz