terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fungagá da bicharada


Desde os tempos em que éramos macacada arrebitada e de paulada em riste, aos dias de hoje, as motivações são as mesmas. Poder e status.
Na Era das Trevas, tomavam-se territórios sob a batuta do machado, da espada pela força e organização militar.
Nos tempos actuais, que chamamos de modernos ou contemporâneos, aliás são sempre os tempos presentes, desde que não haja uma máquina do tempo que, altere a ordem natural do que sentimos, o aqui e agora.

Na verdade, uns tentam dominar outros, essa matriz está enraizada na nossa genética, a espécie mais violenta, que para sobreviver, chacinou todas as outras com linhas de desenvolvimento diferentes. Como outrora a mais guerreira, foi aquela que vingou. Nós descendemos desta linha, a mais bárbara.

Nos dias de hoje e com a complexização social fruto da evolução da espécie e desenvolvimento das organizações criadas por si; a guerra, a dominação, a invasão de territórios, dentre as principais, ganharam novas características procedimentais.
Hoje controla-se um país através do seu sistema financeiro, do seu comércio externo e nas suas relações diplomáticas.

Um exemplo, entre muitos, que os mass-media não divulgam com a mesma energia que jorram banalidades fúteis que ocupam todo o espectro mental das massas, bem balizadas nos seus "dia-a-dia" e daquilo que consideram o normal, que já fora previamente formatado.
No dia 20 de Abril de 2010, ocorreu uma explosão numa plataforma petrolífera no Golfo do México vitimando 11 pessoas, plataforma essa pertença da BP (British Petroleum).
O Goldman Sachs ( um dos maiores bancos de investimento do mundo, fundado em 1869 por Marcus Goldman ) vendeu mais de 40% das suas acções da BP, três semanas antes do “acidente” com a Plataforma petrolífera. No dia 31 de Março o mesmo se passou com a UBS e a Wachovia Corporation que venderam 98% e 97% das suas acções da BP .
A Goldman Sachs realizou um lucro de 266 milhões de US Dóllars, dado a cotação da BP em bolsa ter perdido 50% do seu valor .
Semanas antes , o próprio director geral da BP, Tony Hayward, vendeu por um valor de 1,4 milhões de Dólares acções suas da BP.

Estas instituições, são actores determinantes nos mercados financeiros mundiais, no relativo às suas valências de actuação, são um pequeno exemplo, de um mundo em constante guerra pelo poder e status.
Em boa verdade, as organizações intervenientes nos mercados financeiros, não estão nem prá aí virados, no que toca ao interesse das populações onde intervém de forma directa ou indirecta, o único objectivo é o lucro e é por ele que respondem.
A ideia que é vendida por vários canais de comunicação de que o FMI e o Fundo de Resgate da UE vêm para ajudar, não é mais do que garantir aos credores dos países sobre-endividados que recebam o seu quinhão com juros proporcionais ao risco de falência.

Outra estranha coincidência, é o filme do vídeo em baixo ter passado ao lado do mass-market, consumidor de cinema de centro-comercial. A película "The International" surpreende pelos pormenores de como a monstruosidade é perpetuada de forma legal.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

1 comentário:

Soontir Fel disse...

Meu amigo, meu amigo... Um dia destes ainda acordas com uma gravata colombiana e a pobre Lady B com uma cabeça de cavalo sob os cobertores felpudinho do G.P. ... Não podes ser assim, meu amigo, a apontar esses dedos rechunchudinhos a torto e a direito, ainda alguém se pode ofender...
Faz antes como eu, fala só de gneralidades inócuas e a vida corre-te muito mais sossegada - não faças a tua Cornucópia viúva antes do casório, vá...
Um grande abraço, deste teu amigo
JC Trichet