terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

OMS - Hipocrisia mórbida

Hoje, reuniram-se os especialistas, que integram o comité de emergência da OMS em Genebra.
Reuniram-se para avaliar os efeitos da gripe A a nível mundial e decidirem se será declarado um período de transição na pandemia do vírus Influenza antes do seu final.
Dizem eles que o pior já passou.
Repita-se -sem se desmanchar a rir-, o pior já passou!

Após o pânico lançado, pela directora-geral da OMS, Margaret Chan, aquando umas centenas de mexicanos engripados, decretou o nível 6 de alerta, o nível máximo, deu luz verde a uma torrente de decisões comerciais sem precedentes.
As principais farmacêuticas, além de produzirem massivamente, vacinas, colocaram os seus departamentos de I&D na pesquisa de uma nova vacina que salvasse a humanidade de tal enfermidade.

A OMS pressionada de formas obscuras accionou o alarme geral, também complementando o normativo legal, para que os Estados "aderentes" adquirem-se stocks abismais da vacina milagrosa.
Após o surto, os Estados depois de gastarem parte dos seus recursos financeiros e de desviarem partes alocadas a outras despesas de saúde, ficaram sem saber o que fazer com stocks enormíssimos de vacinas, quem nem ao menino Jesus fazem cagar!

Mas, o pior já passou! Dizem eles.
Já agora se questione o custo de uma aspirina... Um mosquiteiro... Um balde de água potável...
E a malária, a febre amarela, o escorbuto, a pneumonia, a tuberculose, a lepra, a SIDA ou AIDS e as gangrenas que decepam... Que com muito menos seriam tratadas.

É tudo uma questão de valorização, esquece-mo-nos desta parte! O lucro!

Por uma enorme coincidência, logo após a declaração de nível 6 de risco de pandemia da gripe, em Wall Street, disparavam as cotações das grandes farmacêuticas mundiais.
Fica um research para o investidor, logo após o verão, é de comprar acções nas grandes empresas produtoras de vacinas para a gripe. Pois esta será suína, aviária, A, B, C ou D, algo será...

Desde que se acrescente valor acrescentado aos títulos nominativos nos quais se tenha cash-back, isso é que importa!
Agora que morram pessoas? O que é que isso importa desde que se efectuem mais valias de capital?

É o oil da vida...

4 comentários:

Ana Camarra disse...

Zorzito

Antes de mais: VIVA The Clash!
Depois: mas tu achas que eles se importam que morram pessoas desde que possam facturar?!

beijos

Diogo disse...

Um grupo resoluto podia pegar nas milhões de doses de vacinas que sobraram e ir fazer uma visita ao primeiro-ministro e à ministra da saúde e vaciná-los repetidamente.

Marreta disse...

Ouvi dizer que a próxima grande gripe será a das caracoletas e que está para breve, dentro de 3 ou 4 meses. Vai ser uma tragédia das grandes, com o consumo de Sagres a descer em espiral, os viveiros a falir e as tascas às moscas.

Saudações do Marreta.

casadegentedoida disse...

A ganância desmesurada, o lucro fácil a custa dum simples vírus. Não se preocupem com os valores gastos pois daqui à algum tempo, quando as vacinas estiverem no final do prazo de validade arranjam uma gripe em África e despejam lá o que sobrou.
Abraços.

(Não te faz lembrar nada?)