sábado, 25 de julho de 2009

Jugoslávia, como é que foi possível?

A união da Jugoslávia foi mantida com pulso firme e carismático no pós II Guerra Mundial pelo Marechal Tito. Um dos fundadores do movimento dos Não-Alinhados, quando o mundo vivia uma dicotomia política.
Após a sua morte em 1980, e com uma espécie de liderança rotativa deixada por si como legado, a Jugoslávia foi-se desmembrando aos poucos. Definhando...
As vozes ultra-nacionalistas ganham força, e ao fim de aproximadamente uma década, descamba para uma guerra que se iria tornar insana. Exacerbaram-se os ódios, fundamentalmente étnicos, e chegou-se à guerra total.
Os opressores de ontem são as vítimas do amanhã, e assim continuamente. Não saímos desta espiral destrutiva e sempre a descer no que toca ao desenvolvimento da Humanidade.



As guerras, no seu meandro, forjam líderes, e nos nacionalistas sérvios emergiu um líder militar, Arkan e suas forças Arkan Tiger's. Temido na guerra e morto num átrio de um hotel em Belgrado à queima roupa por um encapuzado
Herói ou vilão?
Criminoso ou salvador e vingador de um povo?
Depende do lado de que se está da História.



Se nascesse ali, não mataria ou violaria, etnias com religiões diferentes da minha? Muito provavelmente que sim, poderia ser até dos mais inflamados, ou não...
É complexo, sempre a desculpa, que justifica a falta de argumentos éticos, é que é muito complexo.

Esta gente não entende.
Sempre com a história de que é preciso tomar partido.
No parco nível de desenvolvimento consciencial, é ainda uma birra, o fazer esta questão. De tão preenchida de ignorância que está vestida.
Todos os dias aparecem vendedores da Herbalife e da Amway ou o marroquino que num ombro carregado de tapetes e no outro ventoínhas e berlicoques em tardes de verões abrasadores.
Tudo se vende e se não, convence-se a comprar. Do chá de Roibos da África do Sul ou bonecos miniatura Gengis Khan da Mongólia.
A tortura, a injustiça, os mecanismos para torcer a mente, o tentar quebrar a personalidade. Todos os lados estão manchados de sangue.
- Disparar à vontade, até deixá-los à beira da loucura!
Em quantos idiomas foi proferida esta mensagem? Quantas ideologias mascararam a verdade da razão?



A excelsa e arrogante natureza humana. Que de um alto ilusório julga fazer sombra do resto. Aos poucos e numa percentagem muito ínfima vai percebendo que os restantes animais são dotados de emoções e inteligência. Por vezes, de forma mais intensa e pureza difícil de entender. Quando nós entre nós somos os piores selvagens, quanto mais, compreender as subtilezas da vida animal.

Por vezes até dá vontade de chorar, noutras o corpo já não tem lágrimas.
É uma questão de ligação ao sistema nervoso, apreendido primeiro pelo sistema ocular e auditivo, que após processamento bio-químico, produz interacções que ligam neurónios a outros neurónios, formando assim sinapses. Na sua multiplicação formam redes.



Por tudo isso, acredito pouco, nesta e presente natureza humana, capaz de fazer o mal como forma de vida, e aceite por uma maioria que fecha os olhos a injustiças.

Grande parte não fui eu, foram espíritos que induziram as ideias.
Isto do extrafísico é muito bonito, mas, não é apenas - I can see death people!
Há um preço a pagar, e tomar as dores de outros.

A Besta, somos nós como espécie, se duvida, coloque um espelho... Se se partir, entra no campo do azar.

2 comentários:

Ana Camarra disse...

Ó Zorze

Eu ainda acredito na natureza humana, tu sabes.
Se queres que te diga, acho que a Guerra da Juguslávia não foi pior nem melhor do que as outras foi igual, são todas más, temos é mais informação agora ou desinformação, hoje estou muito indecisa, dormir mais baralha-me!

beijos

casadegentedoida disse...

Palavras para que? As imagens dizem tudo. Acho eu.
Abraços.