domingo, 24 de janeiro de 2010

A Noite

À noite descem os espíritos sequiosos de sexo, hidromel e música. São forças misteriosas muito poderosas e não vistas pela maioria das alminhas que pululam por aí.
Às vezes não sei se sou eu que pego na noite, ou se é ela, que pega em mim. Apesar de tantas, ainda se mantém o benefício da dúvida.

Ontem à noite, passaram por mim vários, entre guias cegos, puro assédio extrafísico e o portentissímo Berbigão, capaz de coisas do arco-da-velha.
Compreendendo o fenómeno, dou ligeira abertura, é uma troca recíproca, através do meu corpo, fato-macaco existencial, sentem o que eu sinto. Já não sou habituée.
Mas, ontem, voltei a virar monstro, não propriamente, das bolachas, convenhamos.
Nestas alturas, hidratado com o elixir dos deuses, atinge-se a chamada super-consciência, vejo tudo em ângulo 360º, ouço o bater das asas de borboletas no outro lado do mundo, são super-poderes incríveis. Obviamente que uma boa hidratação em hidromel, predispõe os veículos de manifestação acesos a tantas solicitações energéticas existenciais.
Mais do que um gostinho, é uma chama...

Depois há o dia seguinte, sempre o dia seguinte. A espaços e bem espaçados, a memória física, não a holo-memória, pois assim ficava fácil, vai apanhando flashes da noite. Epá fiz aquilo, disse aquilo... Ehh pá! São os confusionismos da questão.

E saber que os espíritos me querem em Ibiza no próximo verão... Vamos lá a ver.
Sabem onde mora muita energia para exteriorizar.

2 comentários:

Luís Neves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pata Negra disse...

Pelo que acabo de ler a Noite merece-te! A mim não, de noite, já só consigo andar as apalpadelas.
Um abraço com saudades do tempo em que vivia os meus dias de noite e em que namorava com angélia