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quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril


25 de Abril é uma data do calendário, para Portugal e não só, é um marco histórico.

Representa ideias e valores como a liberdade, a justiça, a educação, a saúde, igualdade de oportunidades e paz.
Escreveu Sophia de Mello Breyner Andresen;
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

38 anos após uma viragem de regime ditatorial fascista, Portugal encontra-se actualmente de mão estendida aos grandes consórcios financeiros mundiais. Contratam empréstimos colossais em prazos muito curtos.
Para os pagar, o actual governo PSD/CDS (direita política portuguesa que fica sempre cheia de brotoeja nas comemorações do 25 de Abril) opta politicamente pelo corte das pensões e reformas, nos rendimentos mensais das famílias, carrega na carga fiscal dos particulares e empresas, num País onde o salário/dia é metade da média da União Europeia, segundo o Eurostat.
Facilita os despedimentos e diminui as indemnizações por mútuo acordo, num País onde existem 7.500 casais sem salário, e com uma perspectiva de tempo mais reduzida, no que toca ao subsídio de desemprego.
Corta nas comparticipações dos medicamentos, transfere o Serviço Nacional de Saúde para o sector privado, transformando a saúde num negócio, ficando aos critérios da rentabilidade. O utente passa a cliente, passa a haver, doentes rentáveis e doentes não rentáveis. Por curiosidade, o actual ministro da saúde, é um dos co-fundadores de um dos maiores grupos de saúde privada.

Hoje, Portugal menos soberano do que já fora, sem poder emitir moeda própria e sem taxas alfandegárias, fica ainda mais desprotegido aos gigantes da especulação financeira.
As elites portuguesas, patriotas que são, transferem grandes quantidades de capital para offshores, contribuindo zero para o Estado Português. Dinheiro ganho na exploração do trabalho.
Alteram os domicílios fiscais para fora do território português. Como por exemplo, empresas que já pertenceram ao Estado, hoje na mão de accionistas privados.

Governo e deputados desta democracia de alterne - PS, PSD e CDS, são na verdade, empregados destes grupos financeiros e dos grandes escritórios de advogados.
Portugal perde milhões de euros todos os anos em processos judiciais, pelos múltiplos alçapões com que estes empregados minam a legislação portuguesa.

Os que de facto viveram e vivem acima das possibilidades, não querem pagar a sua quota-parte, pagando a maioria da sociedade a sua contribuição e a destes pantomineiros.
Esta lógica está obviamente errada e a história ensina-nos que de tempos em tempos existem correcções.
A questão que se coloca é quando e como?



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Supositorium

Sempre vivemos na era das suposições, tudo é passível de suposição. É a era intemporal que no tempo se nos atravessou.
Supõe-se que a maior parte das suposições são influenciadas por grupos, pois o ser humano não vive sem relacionamento social/grupal e tem tendência inconsciente de se relacionar/agrupar, senão, vira uma baratinha tonta, sem rumo a seguir. Fica perdida e sem uma "fé" de ser seguida.

Bem se veja, no dia-a-dia, desde as impostas e familiares às escolhidas, por mais influência ou por menos.
Todas elas têm uma razão de existir. Que fosse o gesto indicador a apontar um caminho, um dedo que aponta e três outros que apontam para si próprio.

Às suposições que indicam que conhecemos apenas 5% da matéria que hoje conhecemos. O que haverá nos outros 95%?
E como se calcula o todo desconhecido e se afiança uma porção?
Se se não se conhece o todo, como calcular uma quota parte?
Seja na inteligência, seja na razão...

Facto é que os grupos, por aí pululam!
Deles se entende, um conceito, o pensamento dominante. Conceito que poderá ter variadíssimos conceitos. É tudo uma questão de argumentário que se defende na defesa do grupo, mais longe, na defesa do fruto.

São escuteiros, associações políticas, grupos religiosos, colectividades desportivas e tudo o que o pensamento humano abarca.
Desde a máfias internacionais a governos locais, contando com os sub-grupos que passam o pensamento dominante.

Num mundo mais pequeno do que se julga. É conhecida a estatística de que os orientais morrem menos de doenças coronárias do que as sociedades ocidentais por beberem chá. Mas têm uma alta taxa de incidência de cancro do esófago por beberem o chá muito quente.
Como no universo indiano, Índia, Bangladesh e Sri Lanka por terem o caril na sua dieta alimentar têm das mais baixas taxas de Alzheimer nas suas populações.
Como corolário, não se morre de uma maneira, morre se de outra.
Apesar das milhentas de suposições, sem esquecer as de que muitas assembleias e senados espalhados por todo o mundo esbracejarem por aí, uma espécie de razão.

Até a do grande agricultor que destrói suposta comida, apenas para nivelar o preço de venda. Num mundo em que se morre de fome.

Aonde está o espelho?

A revolução começa dentro de si...



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!