Nesta noite de consoada, pois todas as noites são de consoada, tocam-me à campainha , espreito pelo o umbigo da porta e vejo uma gaja loira, parecia uma puta de leste. Abri a porta de pijama rasgado na zona testicular com uma swett da Expo 98.
Era uma senhora entre os entas e os intas, a vender quadros em 3D, eram de facto muito bonitos, ao mesmo tempo que explicava que tinha sido despedida da HP (a empresa dos computadores) e que tinha duas filhas para criar e toda a história envolvente.
Respondi-lhe que tava difícil, e apercebi-me logo da experiência da mulher no bate porta-a-porta, ao cheirar a nega, ainda antes de consumada, partiu para outra. Ao fechar a porta, a minha mais que tudo na cozinha ouvira a conversa, dizendo até que lhe tinha doido na barriga. Voltei ao umbigo da porta para espreitar, ela tocava na campainha do vizinho da frente, não sabia ela, que naquele apartamento já não vivia ninguém, pois lá tinha vivido uma família, que apertada, teve de rumar para outras paragens, e pela crise, ainda não aparecera ninguém com um crédito aprovado na mão para a comprar.
A vida é fodida!
Este episódio, fez-me lembrar, quando eu também bati a muitas portas, quando vendia seguros e estudava à noite na Universidade.
Quando ao início da noite, apanhávamos o autocarro no Marquês do Pombal e descíamos a Av.da Liberdade aos solavancos por um motorista apressado para ir para casa. Fazíamos um meio turno na Rua Nova do Carvalho, conexo com o Cais do Sodré, onde se bebia mais uns copos nos bares outrora mais frequentados e a ver as putas que por lá cirandavam, isto durante anos, e quando os copos eram muitos, merdas aconteciam.
O primeiro seguro que vendi sozinho, foi a um fulano da Conservatória do Registo Comercial, na Rua Nova do Almada, um complemento da reforma, que nos primeiros 3 anos não tinha direito a nada.
Ainda me lembro, com o meu fatinho MacModa, a percorrer o Terreiro do Paço com uma mala executivo de base triangular, a andar para apanhar o barco, a olhar de vez em quando para trás, imaginando mentalmente, o fulano a correr por trás de mim e a gritar - Meu grande filha da puta! Meu granda cabrão do caralho, enganaste-me!
Ainda era criança e não tinha confiança do que vendia.
Bati ruas comerciais, comerciantes, uns mais matarruanos que outros, às 8 da manhã, ainda antes de abrirem as portas. Sequinho e cavaleiro andante!
Lembro-me, e ficam milhentas de histórias compartilhadas com outros, no Hospital Amadora-Sintra, a concorrer com os delegados de informação médica no corredor onde os médicos passavam.
A vida é fodida, acrescento, que é fodida prá caralho! E sem pena...
Amanhã o governo cai, e esta mulher que me tocou à porta não me sai da cabeça.
Era uma senhora entre os entas e os intas, a vender quadros em 3D, eram de facto muito bonitos, ao mesmo tempo que explicava que tinha sido despedida da HP (a empresa dos computadores) e que tinha duas filhas para criar e toda a história envolvente.
Respondi-lhe que tava difícil, e apercebi-me logo da experiência da mulher no bate porta-a-porta, ao cheirar a nega, ainda antes de consumada, partiu para outra. Ao fechar a porta, a minha mais que tudo na cozinha ouvira a conversa, dizendo até que lhe tinha doido na barriga. Voltei ao umbigo da porta para espreitar, ela tocava na campainha do vizinho da frente, não sabia ela, que naquele apartamento já não vivia ninguém, pois lá tinha vivido uma família, que apertada, teve de rumar para outras paragens, e pela crise, ainda não aparecera ninguém com um crédito aprovado na mão para a comprar.
A vida é fodida!
Este episódio, fez-me lembrar, quando eu também bati a muitas portas, quando vendia seguros e estudava à noite na Universidade.
Quando ao início da noite, apanhávamos o autocarro no Marquês do Pombal e descíamos a Av.da Liberdade aos solavancos por um motorista apressado para ir para casa. Fazíamos um meio turno na Rua Nova do Carvalho, conexo com o Cais do Sodré, onde se bebia mais uns copos nos bares outrora mais frequentados e a ver as putas que por lá cirandavam, isto durante anos, e quando os copos eram muitos, merdas aconteciam.
O primeiro seguro que vendi sozinho, foi a um fulano da Conservatória do Registo Comercial, na Rua Nova do Almada, um complemento da reforma, que nos primeiros 3 anos não tinha direito a nada.
Ainda me lembro, com o meu fatinho MacModa, a percorrer o Terreiro do Paço com uma mala executivo de base triangular, a andar para apanhar o barco, a olhar de vez em quando para trás, imaginando mentalmente, o fulano a correr por trás de mim e a gritar - Meu grande filha da puta! Meu granda cabrão do caralho, enganaste-me!
Ainda era criança e não tinha confiança do que vendia.
Bati ruas comerciais, comerciantes, uns mais matarruanos que outros, às 8 da manhã, ainda antes de abrirem as portas. Sequinho e cavaleiro andante!
Lembro-me, e ficam milhentas de histórias compartilhadas com outros, no Hospital Amadora-Sintra, a concorrer com os delegados de informação médica no corredor onde os médicos passavam.
A vida é fodida, acrescento, que é fodida prá caralho! E sem pena...
Amanhã o governo cai, e esta mulher que me tocou à porta não me sai da cabeça.
3 comentários:
È verdade, está td fodido!!..Pá....
Vou falar de várias coisas......
No respeitante aos pobres coitados q não têm trabalho para se sustentar, TENHAM OU NÃO FILHOS (não só aqueles q gastam a mesada em discotécas), o meu voto de solidariedade, na esperança de q isto passe depressa, q estou convencido de q não será ETERNO!!
E agora, já se esqueceram da politica externa americana???
Qdo lá estava o Bush toda a gente dizia cobras e lagartos pelo facto de ter invadido o Iraque, então e agora com Hussein Obama, hummm??
Pq se foi meter na Lìbia???
È certo q Gadafi já devia ter levado nos cornos aquando de Locherbie, levou mas foi um pequeno raid, q fez uns poucos danos em Tripoli, mas e agora, já não dizem algo? È por ele não ser branco, q é um gajo porreiro (eu sei q ele não é negro!!)?????
Q critérios é q esta gente usa para estes tipos de julgamento? Haverá um grande "BILDERBERG" COM MATRIZ MARXISTA", a mandar no mundo ocidental?????
A vida não tem de ser tão fodida. Bastará distribuir melhor a riqueza e, com uma revolução, limpar o sebo aos grandes ladrões e a todos os que trabalham para eles na política e nos media.
Abraço.
O grande problema é q não são só os politicos, e os Deuses dos média, a foder esta merda, é tb o povo, q não tem moral alguma para critica-los, pois contribui bastante para dar um mau exemplo ao mundo; Os exemplos, são muitos, pois estando na geração dos "direitos" e ignorando os deveres, não se pode esperar o q a sociedade pode fazer por nós, mas esquecendo, o q nós podemos fazer por ela!!
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