Nos dias de hoje existe um termo no qual toda e qualquer medida se esconde, a crise. Um anátema lançado no ar que justifica tudo o que seja para pauperizar. É a crise!
Apesar das matérias-primas, das pessoas que trabalham e do consumo que efectuam não se ter alterado substancialmente, a palavra de ordem - quase hipnótica - é de que é preciso reduzir.
Voltamos ao cerne da questão, na última década assistimos à transferência geográfica da produção, com base nos seus custos, bem como, na oferta de mão-de-obra. Daí os estados mega-populosos com a liberalização dos mercados, fazem com que o mundo económico, social e político tenha vindo a mudar a uma velocidade elevada. A evolução tecnológica hoje permite, organizar sob um mesmo fio condutor empresarial; uma fábrica na China, financiada por um banco italiano, com a sua logística a ser dirigida no Kuwait, colocar os lucros em países com sistemas fiscais favoráveis - offshores - e alocar custos na Suécia, isto com um escritório sede no Panamá.
Na crise portuguesa, derivada de um estado dirigido por dirigentes com fraca capacidade de visão estratégica e de gestão. Não mais do que meros umbigos de pés em bico, a viver o dia-a-dia, a pensarem no que lhes toca se seguirem o que mais vai agradar os interesses instalados que lá lhes colocaram por convite ou a hipótese de ficarem bem colocados. Os referidos interesses, por mais do que sabido, não são os mesmos da nação.
Foi curioso observar na semana passada a entrevista de Ricardo Espírito Santo Salgado, que não foi por acaso o porta-voz da banca lusa, das vezes em que se dirigiram à sede do PSD e ao Conselho de Ministros. Um dia mais tarde, perceberá-se porquê ...?
Curioso foi sem dúvida, ao passar pela história do séc. XX português, a sua resposta à pergunta colocada pela jornalista, de o BES ser o banco que se dava com todos os regimes. Deu-se com a monarquia, depois com a primeira república, com a ditadura de Salazar, após o 25 de Abril com as nacionalizações tiveram que emigrar e mais tarde com as privatizações foram convidados a regressar. Nesta resposta está a história sintética de Portugal.
Os lucros de milhões que obtém, não são mais do que retirados à economia, todos os dias. Foi até confrangedor, ver um certo pseudo-desespero pelo capital estrangeiro, porque Portugal precisa de facto de dinheiro fresco, pois nunca soube, aliás nem foi pensado para isso, para capitalizar a sério as suas valências, ou se por outras palavras, os seus traços fortes.
Sem esse desesperado capital estrangeiro, não terão acesso aos grandes negócios de financiamento do Estado; o TGV, o novo aeroporto, a nova ponte sobre o Tejo e porventura mais auto-estradas para depois o Estado ficar com os seus custos de manutenção.
Com um povo que mal distingue as manchetes do Jornal a Bola das tiras de primeira página do Correio da Manhã da verdadeira realidade, ou da revista Caras à Lux, passando pela saudosa revista Maria, fica fácil, muito fácil, anestesiar...
Só lá para Fevereiro/Março de 2011 é que a massa populacional portuguesa começará a sentir a sério, fruto da sua endémica bonomia, quando constatar nos seus recibos de vencimento que o rendimento diminuiu. E sem parar, ao mesmo tempo, vai-se vencendo a dívida soberana, a números estonteantes, efectuada pela coligação PS/PSD, os funcionários dos que mandam realmente neste país.
Foi curioso, ver a filinha indiana dos nossos banqueiros perante Hu Jintao - presidente da República Popular da China.
A ciência económica já tem pouco para inventar, é a intersecção da oferta e da procura, o resto é conversa.
Bom senso, ética, responsabilidade e respeito - Miss you...
Uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh...
Apesar das matérias-primas, das pessoas que trabalham e do consumo que efectuam não se ter alterado substancialmente, a palavra de ordem - quase hipnótica - é de que é preciso reduzir.
Voltamos ao cerne da questão, na última década assistimos à transferência geográfica da produção, com base nos seus custos, bem como, na oferta de mão-de-obra. Daí os estados mega-populosos com a liberalização dos mercados, fazem com que o mundo económico, social e político tenha vindo a mudar a uma velocidade elevada. A evolução tecnológica hoje permite, organizar sob um mesmo fio condutor empresarial; uma fábrica na China, financiada por um banco italiano, com a sua logística a ser dirigida no Kuwait, colocar os lucros em países com sistemas fiscais favoráveis - offshores - e alocar custos na Suécia, isto com um escritório sede no Panamá.
Na crise portuguesa, derivada de um estado dirigido por dirigentes com fraca capacidade de visão estratégica e de gestão. Não mais do que meros umbigos de pés em bico, a viver o dia-a-dia, a pensarem no que lhes toca se seguirem o que mais vai agradar os interesses instalados que lá lhes colocaram por convite ou a hipótese de ficarem bem colocados. Os referidos interesses, por mais do que sabido, não são os mesmos da nação.
Foi curioso observar na semana passada a entrevista de Ricardo Espírito Santo Salgado, que não foi por acaso o porta-voz da banca lusa, das vezes em que se dirigiram à sede do PSD e ao Conselho de Ministros. Um dia mais tarde, perceberá-se porquê ...?
Curioso foi sem dúvida, ao passar pela história do séc. XX português, a sua resposta à pergunta colocada pela jornalista, de o BES ser o banco que se dava com todos os regimes. Deu-se com a monarquia, depois com a primeira república, com a ditadura de Salazar, após o 25 de Abril com as nacionalizações tiveram que emigrar e mais tarde com as privatizações foram convidados a regressar. Nesta resposta está a história sintética de Portugal.
Os lucros de milhões que obtém, não são mais do que retirados à economia, todos os dias. Foi até confrangedor, ver um certo pseudo-desespero pelo capital estrangeiro, porque Portugal precisa de facto de dinheiro fresco, pois nunca soube, aliás nem foi pensado para isso, para capitalizar a sério as suas valências, ou se por outras palavras, os seus traços fortes.
Sem esse desesperado capital estrangeiro, não terão acesso aos grandes negócios de financiamento do Estado; o TGV, o novo aeroporto, a nova ponte sobre o Tejo e porventura mais auto-estradas para depois o Estado ficar com os seus custos de manutenção.
Com um povo que mal distingue as manchetes do Jornal a Bola das tiras de primeira página do Correio da Manhã da verdadeira realidade, ou da revista Caras à Lux, passando pela saudosa revista Maria, fica fácil, muito fácil, anestesiar...
Só lá para Fevereiro/Março de 2011 é que a massa populacional portuguesa começará a sentir a sério, fruto da sua endémica bonomia, quando constatar nos seus recibos de vencimento que o rendimento diminuiu. E sem parar, ao mesmo tempo, vai-se vencendo a dívida soberana, a números estonteantes, efectuada pela coligação PS/PSD, os funcionários dos que mandam realmente neste país.
Foi curioso, ver a filinha indiana dos nossos banqueiros perante Hu Jintao - presidente da República Popular da China.
A ciência económica já tem pouco para inventar, é a intersecção da oferta e da procura, o resto é conversa.
Bom senso, ética, responsabilidade e respeito - Miss you...
Uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh, uhh, uhhhhh...
Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!
2 comentários:
«porque Portugal precisa de facto de dinheiro fresco»
O dinheiro são bits ou papel impresso. A Grande Banca, como já fez inúmeras vezes, reduziu a sua quantidade em circulação. Daí a «crise».
A solução passa por exterminá-la (A Grande Banca).
Abraço
Crise? Qual crise? Estamos agora a pagar os gastos desmesurados que fizemos anteriormente, os créditos facilitados para compra de casas e carros, jipes, principalmente. A manutenção dum estilo de vida abastado tem o seu preço, e agora estamos a paga-lo. Mas a escumalha continua a amealhar, os que antes não trabalhavam, continuam sem fazer nada, só a espera do RSI, o ASS, e quem trabalha e desconta, que os sustente. Os politicos cortam nas despesas (salarios dos trabalhadores) mas continuam os gastos exorbitantes, desmesurados, em proveito próprio. A Banca tambem tem culpa? Por certo, que sim, tem a sua quota parte, a ganancia, o facilitismo desproporcionado, o endividamento do cliente até ao máximo. Mas meus amigos, só cai quem quer. E por aqui fico. Excelente post.
Abraços do casadegentedoida.
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