Portugal, Portugal!
País de virgens ofendidas. Reino da hipocrisia e da mesquinhez escondida.
Aqui reside gente séria e humilde, povo de brandos costumes. Pelo menos na aparência.
Entre quatro paredes transfiguram-se e são os campeões da violência doméstica e sexual. Neste capítulo, pessoalmente comecei a percepcionar este horrível fenómeno na adolescência, quando comecei a namoriscar e mais tarde por colegas, amigas e clientes da empresa onde trabalho. Quase todas, tinham e têm uma "história"; ou um tio, um primo mais velho, o vizinho, o colega do pai, o padrasto, o avô e às vezes o pai.
Mas que grande porra! Este País anda muito doente.
Aqui na Lusitânia muitos segredos se guardam, o que vem ao lume é uma pequeníssima percentagem do que ficou calado e muitas vezes mal perdoado. Até dá vontade de vomitar com tanta nojeira, tal a dimensão.
País cinzento, triste, e brutalmente depressivo e meio embrutecido. Somos os maiores nas sopas de cavalo cansado e nos anti-depressivos. O fado que carregamos, por natureza, é de choro e lamúria.
Somos case-study de grandes multinacionais pelo elevado índice de carneirismo. Telemóveis per-capita, não existe quem nos agarre. Apinhar centros comerciais é uma ciência que os portugueses mostram toda uma capacidade assídua.
No limite da hipocrisia e de uma forma genérica, o portuga ao volante de um automóvel é um verdadeiro animal, vocifera e esbraceja que nem um corsa, mas, minutos depois fora do carro no café ou no restaurante à porta da entrada é o mais educado que existe - Faça favor! Não, você primeiro!
No automóvel protegido por uma carroçaria, solta todos os impropérios que lhe vêm à memória, no olhos nos olhos, cobarde que é, hipocritamente é um cidadão exemplar.
Somos pobritos, produzimos pouco, trabalha-se o País todo ao contrário. A incompetência grassa, pois a organização parte de erros de base. Tanto na política e na economia em geral.
Na política uns se filiam como rampa de lançamento para tachos bem remunerados, na economia patrocinam os políticos para fazerem leis porreiras pá. É um ciclo vicioso.
Custa-me é saber que neste País existe tanta gente válida, competente e capaz, mas que, estão nos lugares errados, naqueles lugares que não comprometem os ímpios que enriquecem à bruta e à conta de todo um povo imbecilizado.
Somos todos uns educadinhos, onde educação é saber dizer bom-dia antes do meio-dia, quando se acaba de comer pôr os talheres em determinado lado, não dizer asneiras ao pé dos senhores doutores. Doutor nestas bandas, afinal, basta ser Lic. (licenciado), tal é ânsia de ser doutor ou engenheiro, que tudo se faz para obter tal chapa. Houve por aí um primeiro-ministro que até por fax enviava os exames, no melhor inglês técnico que o dinheiro pode comprar.
Crise? Mas, qual crise?
Antes de o sermos, já estávamos. Já o tirano César dizia, que aquele povo, lá do canto da Ibéria, não se governa nem se deixa governar.
Pode ser da genética, pois tantas vezes fomos invadidos. No nosso sangue, correm muitos sangues. Pelo norte, pelo sul e por este. Visigodos, Hunos, árabes e outros. Somos uma mescla desenraízada de outros povos. Talvez daí este povo seja por natureza conformista e ordeira perante poderes vingentes.
Reclamam que se farta, mas como, burricos que são e por não saberem reclamar passa tudo ao lado.
Recentemente, criou-se o Livro de Reclamações, que à nascença seria uma ferramenta útil para os cidadãos e empresas melhorarem serviços colmatando falhas revelados por quem usufrui.
Mas rápidamente, esse instrumento nas mãos de bestitas, perdeu o efeito. Reclamam porque está a chover, porque está sol, porque o bidé está muito próximo da sanita ou porque é bife com batatas fritas. Os serviços foram inundados de reclamações e o seu efeito foi diluído, principalmente, pela estupidez lusa em geral.
Julgam-se uma espécie de brazonaria, mas bacocos, dão cabeçadas nas paredes e alguns até fazer sangue.
Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e Bocage, este último mais directo com seus versos eróticos/pornográficos punham toda a sociedade portuguesa a nú. Uma sociedade como tantas outras, aparentes no seu modo estatutário existencialista.
Parte é induzida, por responsáveis de sucursais, com sedes tenebrosas. Dividir para reinar é o mote.
"Deixá-los estragar-se uns aos outros, desde que trabalhem para nós. Não precisam de saber quem somos, ainda confundíamos mais, estas cabecinhas borreguinhas..."
Todos nós somos responsáveis pelo o estado a que isto chegou. Quem não sabe, procure se informar, você tem de fazer qualquer coisa. Imobilismo não é desculpa.
Mas, pare de mamar na mama da Loba.
No vídeo em baixo, um grande anti-depressivo, para colocar sua vida em cima.
Nascem, vivem e morrem. Vocês são ensinados à nascença que tudo tem um princípio, meio e fim.
Já se perguntaram se será, mesmo assim?
Será que houve princípio?
Haverá fim?
O que é, que é o meio?
Será que existem? A maior parte quando morre, conclui, vivi toda uma vida, e passei ao lado dela.
Ainda vão a tempo de uma gestação consciencial. Eu posso ajudar.
País de virgens ofendidas. Reino da hipocrisia e da mesquinhez escondida.
Aqui reside gente séria e humilde, povo de brandos costumes. Pelo menos na aparência.
Entre quatro paredes transfiguram-se e são os campeões da violência doméstica e sexual. Neste capítulo, pessoalmente comecei a percepcionar este horrível fenómeno na adolescência, quando comecei a namoriscar e mais tarde por colegas, amigas e clientes da empresa onde trabalho. Quase todas, tinham e têm uma "história"; ou um tio, um primo mais velho, o vizinho, o colega do pai, o padrasto, o avô e às vezes o pai.
Mas que grande porra! Este País anda muito doente.
Aqui na Lusitânia muitos segredos se guardam, o que vem ao lume é uma pequeníssima percentagem do que ficou calado e muitas vezes mal perdoado. Até dá vontade de vomitar com tanta nojeira, tal a dimensão.
País cinzento, triste, e brutalmente depressivo e meio embrutecido. Somos os maiores nas sopas de cavalo cansado e nos anti-depressivos. O fado que carregamos, por natureza, é de choro e lamúria.
Somos case-study de grandes multinacionais pelo elevado índice de carneirismo. Telemóveis per-capita, não existe quem nos agarre. Apinhar centros comerciais é uma ciência que os portugueses mostram toda uma capacidade assídua.
No limite da hipocrisia e de uma forma genérica, o portuga ao volante de um automóvel é um verdadeiro animal, vocifera e esbraceja que nem um corsa, mas, minutos depois fora do carro no café ou no restaurante à porta da entrada é o mais educado que existe - Faça favor! Não, você primeiro!
No automóvel protegido por uma carroçaria, solta todos os impropérios que lhe vêm à memória, no olhos nos olhos, cobarde que é, hipocritamente é um cidadão exemplar.
Somos pobritos, produzimos pouco, trabalha-se o País todo ao contrário. A incompetência grassa, pois a organização parte de erros de base. Tanto na política e na economia em geral.
Na política uns se filiam como rampa de lançamento para tachos bem remunerados, na economia patrocinam os políticos para fazerem leis porreiras pá. É um ciclo vicioso.
Custa-me é saber que neste País existe tanta gente válida, competente e capaz, mas que, estão nos lugares errados, naqueles lugares que não comprometem os ímpios que enriquecem à bruta e à conta de todo um povo imbecilizado.
Somos todos uns educadinhos, onde educação é saber dizer bom-dia antes do meio-dia, quando se acaba de comer pôr os talheres em determinado lado, não dizer asneiras ao pé dos senhores doutores. Doutor nestas bandas, afinal, basta ser Lic. (licenciado), tal é ânsia de ser doutor ou engenheiro, que tudo se faz para obter tal chapa. Houve por aí um primeiro-ministro que até por fax enviava os exames, no melhor inglês técnico que o dinheiro pode comprar.
Crise? Mas, qual crise?
Antes de o sermos, já estávamos. Já o tirano César dizia, que aquele povo, lá do canto da Ibéria, não se governa nem se deixa governar.
Pode ser da genética, pois tantas vezes fomos invadidos. No nosso sangue, correm muitos sangues. Pelo norte, pelo sul e por este. Visigodos, Hunos, árabes e outros. Somos uma mescla desenraízada de outros povos. Talvez daí este povo seja por natureza conformista e ordeira perante poderes vingentes.
Reclamam que se farta, mas como, burricos que são e por não saberem reclamar passa tudo ao lado.
Recentemente, criou-se o Livro de Reclamações, que à nascença seria uma ferramenta útil para os cidadãos e empresas melhorarem serviços colmatando falhas revelados por quem usufrui.
Mas rápidamente, esse instrumento nas mãos de bestitas, perdeu o efeito. Reclamam porque está a chover, porque está sol, porque o bidé está muito próximo da sanita ou porque é bife com batatas fritas. Os serviços foram inundados de reclamações e o seu efeito foi diluído, principalmente, pela estupidez lusa em geral.
Julgam-se uma espécie de brazonaria, mas bacocos, dão cabeçadas nas paredes e alguns até fazer sangue.
Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e Bocage, este último mais directo com seus versos eróticos/pornográficos punham toda a sociedade portuguesa a nú. Uma sociedade como tantas outras, aparentes no seu modo estatutário existencialista.
Parte é induzida, por responsáveis de sucursais, com sedes tenebrosas. Dividir para reinar é o mote.
"Deixá-los estragar-se uns aos outros, desde que trabalhem para nós. Não precisam de saber quem somos, ainda confundíamos mais, estas cabecinhas borreguinhas..."
Todos nós somos responsáveis pelo o estado a que isto chegou. Quem não sabe, procure se informar, você tem de fazer qualquer coisa. Imobilismo não é desculpa.
Mas, pare de mamar na mama da Loba.
No vídeo em baixo, um grande anti-depressivo, para colocar sua vida em cima.
Nascem, vivem e morrem. Vocês são ensinados à nascença que tudo tem um princípio, meio e fim.
Já se perguntaram se será, mesmo assim?
Será que houve princípio?
Haverá fim?
O que é, que é o meio?
Será que existem? A maior parte quando morre, conclui, vivi toda uma vida, e passei ao lado dela.
Ainda vão a tempo de uma gestação consciencial. Eu posso ajudar.
Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!
6 comentários:
Estavas inspirado! Concordo na totalidade com tudo o que escreveste. Aliás, ainda há aqui uns tempos tinha escrito uma porra com o mesmo sentido, mas com palavras diferentes.
Realmente por cá não nos conseguiremos safar nos próximos 100 anos, pelo menos.
Olha, faz como eu que já estou de malas aviadas para o Butão. Por lá também é capaz de existir muita desta porcaria, mas uma coisa é certa: o ar é de certeza mais puro e existem iaques.
Saudações do Marreta.
Ca gandas bacanos.....vai lá vai !!!
Abraço
Caro, não vale a pena bater tanto nos portugueses. Toda a humanidade é assim.
Quanto ao princípio, meio e fim, não tenho a certeza de nada. Sei apenas que está a passar a uma velocidade «alucinante».
5 ESTRELAS somos tal e qual!!!
Bjkas
"Há de tudo na vinha do Senhor"
Caro Zorze
- Se os há "burros", oportunistas egoístas e hipócritas, também os há
sábios, generosos e utópicos. Para mandar-nos abaixo já chega com a propaganda anglo saxónica.
Sr. Zorze, folgo em ler um post tão esclarecido e capaz de suscitar assentimento mudo em tanta gente...
De alguma forma, lembra-me aquela belíssima parábola do pescador de caranguejos, que interpelado por um outro pescador a respeito do resultado do dia, retorque:
"Estao aí, dentro do balde..."
"Mas estas maluco, o teu balde não tem tampa, eles vão fugir de certeza!", responde o segundo pescador, incrédulo.
"Nao te stresses", devolve o primeiro "são caranguejos portugueses..."
O segundo franze o sobrolho e questiona "E o que tem serem portugueses?", ao que o outro termina com um sorriso "Quando um tenta sair do balde, os outros puxam-no logo para o fundo outra vez..."
E assim se vive este nosso doce Portugal, "pequeno na Europa, grande e dilatado nos outros continentes."...
Haja paciência, meu amigo, que 2012 esta quase aí...
Enviar um comentário