Vivemos um fenómeno novo. Uma época com três eleições seguidas; europeias, legislativas e autárquicas. Numa altura em que nunca tanto como hoje, existem mais aderentes na internet, desde redes sociais, como blogs. E principalmente na blogosfera nacional nunca se tinha visto a luta das várias forças políticas tão massificadas como agora.
Dessa interacção, resulta por vezes alguma coloração mais agreste. Na base tudo normal, pois os seres humanos, transferem os seus modos de ver, para um novo canal de comunicação. Como não há frente-a-frente, olhos-nos-olhos, essa interacção é diferida no tempo e ao mesmo tempo mais cómica, surreal e violenta. Onde o tempo não pára.
É como a teoria do cavalo. Entre o cavalo e o cavaleiro, existe a cela, o arreio...
Realça de uma maneira muito evidente nesse tipo de comunicação, a susceptibilidade, dos portugueses no diálogo e na crítica.
Portugal, país do fado, da tristeza, da melancolia e da depressão, "ainda" é um país onde a crítica e a discordância causa náuseas.
A comunicação é baralhada ao limite do absurdo, onde seus intervenientes, não conhecem as suas regras básicas e elementares.
A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas.
Cada pessoa, que passamos a considerar como, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a "bagagem" que traz consigo.
O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor.
Cada qual tem seu repertório cultural exclusivo e, portanto, transmitirá a informação segundo seu conjunto de particularidades e o receptor agirá da mesma maneira, segundo o seu próprio filtro cultural.
Quanto às funções da linguagem elas são: emotiva ou expressiva, apelativa ou imperativa, metalinguística, informativa ou referencial, fática e poética. Do uso de entre elas e misturadas entre si, vai uma baralhação enorme, sem esquecer que existem outras.
Para não falar de propaganda, que é um modo específico de se apresentar uma informação, com o objectivo de servir a uma agenda. Mesmo que a mensagem traga informação verdadeira, é possível que esta seja partidária, não apresentando um quadro completo e balanceado do objecto em questão.
Por último o contexto, que relaciona o texto e a situação em que ela ocorre, lugar e tempo, cultura do emissor e receptor.
Nisso, e batendo na mesma tecla, constato um eterno desperdício gastar de energias na discussão do pormenor, a discussão do microfone.
Quando a questão central e que influencia todas as vidas, está lá no alto, nos grupos trans-nacionais, nas áreas; financeiras, farmacêuticas, armas e armamento, energia (petróleo e derivados) e droga, entre outras. Daí e suas subsidiárias que cobrem um mundo, mais pequeno do que se julga, formando uma rede anti-social.
Essas organizam-se e mantém uma disciplina férrea, encoberta dos muitos olhares curiosos.
Vêem com agrado as discussões dos pormenores, em cada país. Onde localmente se levantam os arautos das verdades, que divertem, e que podem ser promovidos, em última instância disponibilizados e vendidos.
Voltando ao nosso, micro, pequeno e médio cosmos, já que nesta campanha eleitoral, todos se lembraram das micro, pequenas e médias empresas, elas sempre esquecidas, dos governos incompetentes do partido socialista e social-democrata, elas sempre esquecidas e que por via destes governos as tornaram mais dependentes de grandes grupos internacionais, fazendo da sua sobrevivência, a decisão para lugares ocultos.
De Cavaco e os espiões, quais detectives Correias, outros querem tirar o rendimento mínimo aos ciganos, outros querem fazer obras que nunca mais acabam, entregando de mão beijada aos tais grupos, o dinheiro contado de muita gente que se especializou a fazer contas.
O pão ou o queijo, o salmão ou o carapau, o médico ou o endireita, o ourives ou o pexisbeque em suma a vida ou a sobrevivência.
Sem esquecer o programa mais fantasista de todos. O Floco, Louçã diz que se deve nacionalizar toda a banca e seguros. O que não diz deliberadamente, é que isso, era enviar o país para a desgraça completa. É que o tempo não pára, e o país está parcialmente vendido a accionistas estrangeiros, e no mundo selvagem em que vivemos, existem códigos que ainda prevalecem. Os tribunais europeus seriam inundados, e Portugal teria que pagar indemnizações colossais, já que nadamos em dinheiro... E emporcalhando toda uma nação na cena internacional. A não ser que "a maldita" caísse do céu, tal e qual, reluzentes flocos de neve.
Desta campanha reclamam os grupos circenses, pois não há circo melhor.
Jardim Gonçalves, Dias Loureiro e Paulo Pedroso, formam todo um ramalhete de seriedade e credibilidade de uma república.
Nesta legislatura, os ricos ficaram mais ricos e ao mesmo tempo temos o maior desemprego de que há memória.
Estas contradições, dão que pensar. Pelo menos deveriam...
Vejo futuros a repetirem passados.
Vejo corruptos e ímpios a transformar o país num puteiro inteiro, pois nisso se ganha dinheiro, só que suas ideias não correspondem aos factos.
As suas piscinas estão cheias de ratos.
O tempo não pára...
Dessa interacção, resulta por vezes alguma coloração mais agreste. Na base tudo normal, pois os seres humanos, transferem os seus modos de ver, para um novo canal de comunicação. Como não há frente-a-frente, olhos-nos-olhos, essa interacção é diferida no tempo e ao mesmo tempo mais cómica, surreal e violenta. Onde o tempo não pára.
É como a teoria do cavalo. Entre o cavalo e o cavaleiro, existe a cela, o arreio...
Realça de uma maneira muito evidente nesse tipo de comunicação, a susceptibilidade, dos portugueses no diálogo e na crítica.
Portugal, país do fado, da tristeza, da melancolia e da depressão, "ainda" é um país onde a crítica e a discordância causa náuseas.
A comunicação é baralhada ao limite do absurdo, onde seus intervenientes, não conhecem as suas regras básicas e elementares.
A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas.
Cada pessoa, que passamos a considerar como, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a "bagagem" que traz consigo.
O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor.
Cada qual tem seu repertório cultural exclusivo e, portanto, transmitirá a informação segundo seu conjunto de particularidades e o receptor agirá da mesma maneira, segundo o seu próprio filtro cultural.
Quanto às funções da linguagem elas são: emotiva ou expressiva, apelativa ou imperativa, metalinguística, informativa ou referencial, fática e poética. Do uso de entre elas e misturadas entre si, vai uma baralhação enorme, sem esquecer que existem outras.
Para não falar de propaganda, que é um modo específico de se apresentar uma informação, com o objectivo de servir a uma agenda. Mesmo que a mensagem traga informação verdadeira, é possível que esta seja partidária, não apresentando um quadro completo e balanceado do objecto em questão.
Por último o contexto, que relaciona o texto e a situação em que ela ocorre, lugar e tempo, cultura do emissor e receptor.
Nisso, e batendo na mesma tecla, constato um eterno desperdício gastar de energias na discussão do pormenor, a discussão do microfone.
Quando a questão central e que influencia todas as vidas, está lá no alto, nos grupos trans-nacionais, nas áreas; financeiras, farmacêuticas, armas e armamento, energia (petróleo e derivados) e droga, entre outras. Daí e suas subsidiárias que cobrem um mundo, mais pequeno do que se julga, formando uma rede anti-social.
Essas organizam-se e mantém uma disciplina férrea, encoberta dos muitos olhares curiosos.
Vêem com agrado as discussões dos pormenores, em cada país. Onde localmente se levantam os arautos das verdades, que divertem, e que podem ser promovidos, em última instância disponibilizados e vendidos.
Voltando ao nosso, micro, pequeno e médio cosmos, já que nesta campanha eleitoral, todos se lembraram das micro, pequenas e médias empresas, elas sempre esquecidas, dos governos incompetentes do partido socialista e social-democrata, elas sempre esquecidas e que por via destes governos as tornaram mais dependentes de grandes grupos internacionais, fazendo da sua sobrevivência, a decisão para lugares ocultos.
De Cavaco e os espiões, quais detectives Correias, outros querem tirar o rendimento mínimo aos ciganos, outros querem fazer obras que nunca mais acabam, entregando de mão beijada aos tais grupos, o dinheiro contado de muita gente que se especializou a fazer contas.
O pão ou o queijo, o salmão ou o carapau, o médico ou o endireita, o ourives ou o pexisbeque em suma a vida ou a sobrevivência.
Sem esquecer o programa mais fantasista de todos. O Floco, Louçã diz que se deve nacionalizar toda a banca e seguros. O que não diz deliberadamente, é que isso, era enviar o país para a desgraça completa. É que o tempo não pára, e o país está parcialmente vendido a accionistas estrangeiros, e no mundo selvagem em que vivemos, existem códigos que ainda prevalecem. Os tribunais europeus seriam inundados, e Portugal teria que pagar indemnizações colossais, já que nadamos em dinheiro... E emporcalhando toda uma nação na cena internacional. A não ser que "a maldita" caísse do céu, tal e qual, reluzentes flocos de neve.
Desta campanha reclamam os grupos circenses, pois não há circo melhor.
Jardim Gonçalves, Dias Loureiro e Paulo Pedroso, formam todo um ramalhete de seriedade e credibilidade de uma república.
Nesta legislatura, os ricos ficaram mais ricos e ao mesmo tempo temos o maior desemprego de que há memória.
Estas contradições, dão que pensar. Pelo menos deveriam...
Vejo futuros a repetirem passados.
Vejo corruptos e ímpios a transformar o país num puteiro inteiro, pois nisso se ganha dinheiro, só que suas ideias não correspondem aos factos.
As suas piscinas estão cheias de ratos.
O tempo não pára...
Publicado em simultâneo no blog Cheira-me a Revolução!
10 comentários:
Muito bom post.
Só uma correcção relativamente ao "Floco Louçã": não é verdade que o Bloco defenda a nacionalização de "toda a banca e seguros."
O Bloco não defende nem uma coisa nem outra, tão simples quanto isso: não defende a nacionalização da banca nem dos seguros.
Exactamente, portanto, o contrário do que o Zorze aqui escreve. Sobre nacionalizações limita-se a defender a desprivatização (ou nacionalização) da EDP e da Galp na percentagem que foi vendida, por tuta e meia, ao Amorim e a José Eduardo dos Santos.
E as contas estão feitas. Custam menos que a nacionalização dos prejuízos do BPN: "o que foi vendido a Amorim e a Eduardo dos Santos (33% da Galp por 1,7 milhões de euros) é metade do que custou ao Estado a nacionalização do BPN.
E as vantagens de uma empresa como a Galp estar nas mãos do Estado, para os contribuintes, para mim parecem-me evidentes, depois de sabermos que apenas por RETEREM os preços quando o preço do petróleo baixou significativamente, Amorim e Eduardo dos Santos, ganharam autênticas fortunas.
Já o PCP sim defende a nacionalização de toda a banca e creio que também dos seguros, telecomunicações e energia.
Um abraço.
Fernando,
Não te querendo contrariar nem ser desagradável, trago-te aqui alguns pontos retirados do programa eleitoral do Bloco de Esquerda.
Ponto III, Letra B
Nrº 5 - Uma estratégia de nacionalização da energia.
"Em particular, as privatizações do sistema financeiro, da
energia, das águas, dos transportes, das comunicações ..."
Esqueci-me destas no post, e logo eu que falo tanto em energias.
Nrº 7 - A subordinação da banca a políticas públicas de crédito.
"A banca, os seguros e todo o sector financeiro são decisivos para a actividade
económica, para o crédito e para a vida das pessoas e por isso devem ser públicos ou estar sob o controlo de
políticas públicas".
Fonte: www.bloco.org
Mesmo que fosse só a Galp e a EDP, onde é que se iria buscar o dinheiro?
Já que as "desprivatizações" iriam custar dinheiro à nação, e muito dinheiro.
No programa da CDU não existe nada que refira a nacionalizações ou a "desprivatizações".
Mas deixo-te o ponto VII - Uma política para a paz, cooperação e amizade com todos os povos.
Pode ser consultado no endereço seguinte: www.cdu.pt
Abraço,
Zorze
Por favor Zorze. o que está dito sobre as nacionalizações é :
O Bloco compromete-se com uma política de nacionalizações do sector de energia ...
Qual?
(ponto 5)
. A PARTE (sublinhado meu) da ENI e de Américo Amorim-Sonamgal na Galp devem reverter para o Estado e o capital público deve voltar a ser maioritário na EDP.
O que citas são apreciações sobre a política de privatizações que segundo o Bloco "tem conduzido a um desastre económico ... em particular as privatizações do sistema financeiro, da energia, das águas, dos transportes e das comunicações ..."
Mas não são pedidas nenhumas nacionalizações ...com excepções que refiro acima. Uma parte da EDP e da Galp de forma a o Estado ter o controlo accionista, como tinha antes do Governo Sócrates.
(ponto 7)
"A banca, os seguros e todo o sector financeiro são decisivos para a actividade
económica, para o crédito e para a vida das pessoas e por isso devem ser públicos OU (sublinhado meu) estar sob o controlo de
políticas públicas".
Pois é isso mesmo. "...Ou estar sobre o controlo de políticas públicas ..." é esta parte que o Bloco defende para os bancos: Um maior papel do CGD nas políticas sobre o crédito, sobre os juros, que INDUZAM uma concorrência que penalize os juros altos. Nada absolutamente nada sobre uma possível nacionalização do sector bancário.
Perguntas mas mesmo que fosse o que eu digo onde vai buscar o Estado o dinheiro? Essa é outra discussão.As vantagens da privatização em poucos anos compensavam esses custos. para além da vantagem adicional de não serem os privados a ganhar, à custa dos contribuintes, com lucros especulativos.
Sobre as propostas do PCP sobre estas matérias estás muito enganado. Voltarei a elas.
Então agora a CDU já não defende as nacionalizações e quer as privatizações??!!
Ó Zorze, ainda bem que avisas que assim reduzo as minhas hípóteses de voto.
Saudações do Marreta.
pois é amigo o tempo não para... e nós a falarmos do nosso "nano-mundo"... primeiro o voto, e depois se não chegar, aí então...
abraço do vale
O movimento tem de ser de baixo para cima com o crescente apoio da Internet. Só escapando à opinião eternamente martelada dos Media e aos discursos de políticos, uns e outros, nos bolsos do grande dinheiro, será possível caminhar para uma sociedade mais humana.
Ganda Zorze, pois é,..são os novos Ballets Roses. Nas piscinas eu diria que têm ratos e ratas também.
Quanto à discussão das nacionalizações o reaça Marreta aproveitou logo para dizer que já não vota CDU,...mas se ele já não ia votar...!!!!!!!!!
A CDU defende sim as nacionalizações da banca e dos seguros,...mas tu és do BE$ zORZE ??
Só uma última questão,...o Fernando diz que o Eduardo dos Santos é accionista da Galp, bom, mas é ele Eduardo dos Santos ou é a Sonangol, portanto governo angolano,...é importante especificar isto...tem a palavra o Fernando.
Abraço!
mugabe,
Eu não sou de ninguém...
Abraço,
Zorze
Realmente o "Tempo não Pára", só para alguns saudosistas dos tempos de antigamente que ainda acreditam na história da Carochinha Duma Urna.
Acredito que é tempo de mudança, mudar o que está mal, é só querermos e termos coragem de assumir esse compromisso. Por isso Votem, Votem.
Senão vejam aqui o que podem fazer:
casadegentedoida
Ganda Zorze, claro que não és de ninguém meu...!!! aliás eu li mal o post, o Fernando é que é do BE$
cAIU-ME UMA LÁGRIMA AO CANTO DO OLHO...LÁ,LÁ, LÁ....
Abraço ilustre!
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