Páginas

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Corrupções

Nas sociedades, o tema Corrupção, é sempre um tema apaixonante com laivos de horror à mistura.
Cada um tira o que pode à sua medida. Do mais baixo até ao mais alto.
Em Portugal, a mentalidade corruptiva criou raízes muito profundas, difíceis de amputar tal mal.
Porquê mal?
Porque quando se tira, ou doutras formas, se rouba, os mais penalizados são indubitavelmente as zonas mais frágeis da sociedade que pagam mais. Como por exemplo; os idosos abandonados, os imigrantes, os doentes, os "reais" desempregados e os que de uma forma geral a Vida lhes pregou uma rasteira traiçoeira.

São as baixas médicas fraudulentas, os subsídios de rendimento mínimo para quem não precisa ou por exemplo, os subsídios de desemprego do comerciante que contrata um familiar e que o despede para sem vergonha nenhuma ficar a receber a contrapartida do Estado. O Estado que somos todos nós.
O tal que não tem recursos ilimitados e que é tremendamente mal gerido por governantes ambiciosos, permite estas fugas, ou melhor, injustiças, penalizando quem realmente precisa em detrimento dos chico-espertos, dos profissionais dos esquemas.
Não se deve fazer, mas, pode-se.

Subindo de patamar do espólio, a delapidação com o mesmo valor anti-ético ganha contornos criminosos, por via, da quantidade surripiada do saco que todos nós contribuímos através do nosso trabalho.
São as autarquias na frenética construção licenciada, autorizada por quem já recebeu malas em dinheiro vivo. Criando cidades disformes abrindo espaço a emaranhados sociológicos propícios ao desenraizamento social e propiciadores ao crime urbano e suburbano.
São situações escandalosas, que com o tempo o povo anestesiado acaba por achar normal, em que um governo concessiona a uma empresa sem concurso, o fabrico de milhares e milhares de "potentes" computadores para uso escolar com a benemérita ajuda de um gestor de marketing que é ao mesmo tempo primeiro-ministro de um País.
É um labiríntico sistema legislativo, que embrenha os profissionais do sector em burocracias infinitas.
Porque será, que as leis que favorecem grandes negócios, grandes empresários, nunca têm erros e têm uma aplicabilidade de uma eficácia meridiana?
Ficando os erros, as lacunas e a falta de legislação complementar, para outras que não têm verdadeira intenção, ou, mesmo a de complicar e baralhar.
Erros selectivos?
Do qual os advogados dos arguidos da Casa Pia têm usado e abusado, para manter o processo numa espécie de limbo temporal.
Acrescente-se os arautos da finança que com engenharias incríveis enriqueceram à custa, sabe-se hoje, através da mais pura vigarice. São dois exemplos claros disso o BPP e BPN.
Quando o BPN comprava dinheiro (juros que paga aos clientes) a 8% e vendia esse mesmo dinheiro (empréstimos a clientes) a 4%/5%, alguma coisa deveria estar a não bater certo. Não é preciso ser perito em matemática. Mas ao que parece ninguém viu. Quem assinou as contas também não se lembra.

A lista é infindavel, principalmente, pelo que ainda está por descobrir e pelo que nunca se vai descobrir. A legislação é a chave para mudar e o sistema judicial para o aplicar.
Só que quem legisla está dentro do circuito e é actor directa e indirectamente das situações acima descritas e tem a capacidade de manietar sub-repticíamente o sistema judicial.
Logo temos um problema.

O vídeo em baixo contém música de Ennio Morricone - Chi Mai, fazia parte da banda sonora da série italiana "La Piovra", série televisiva dos anos 80 de grande sucesso. A ficção que é realidade, de formas diferentes mas real. Teve a capacidade de mostrar o terrível cancro social que é a corrupção. Desde o mais baixo até ao mais alto. É tudo uma questão de "dinaro, molto dinaro".



Publicado em simultâneo no Blog Cheira-me a Revolução!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Entardeceres ao Domingo

Esta foto do dia 14 de Fevereiro de 2009 é recorrente no imaginário real de rotinas vividas. É um barzito que vou aos fins-de-semana encontrar amigos e ter conversas de horas. Sempre gostei de conversas espalhadas no tempo. Desta vez tirei umas fotos e esta tem um efeitozinho para esconder defeitos que aparelhos muito mais sofisticados que se riem de tais naifidades. Mas a foto capta uma mágica de momento, que para mim diz muito.
Às vezes chego primeiro, e sabedor dos processos extrafísicos decorrentes, sinto os espíritos habitueés a afiar a moca. Querem, normalmente, bebida forte, 40º graus para cima. Aproveito eu e deixo eles também deleitaram-se com tais prazeres físicos e líquidos.
Entretanto, vão chegando os mortais, a bebida vai escorrendo e as conversas, desenvolvendo-se, se possível até à transcendência.
Belisca-se as sociedades secretas e similares, conspirações do arco-da-velha, ciência e viagens no tempo, políticos de alcova e muita extrafisicalidade, entre muitas outras. De referir que a música acompanha o feeling pensénico.
Ficam e com muita sorte com um vídeo de Vaya Con Dios - Time Flies.
Foi benzido com água benta. A sorte, que o meu caro leitor teve!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Ontem em Viseu

Sé de Viseu - antiquíssima e carregadinha de consciências extrafísicas


Zona histórica de Viseu


Rua que vai dar ao restaurante Cortiço, onde almocei uns Rojões com Morcela


Área de serviço de Aveiro, onde se pode ver ao longe o estádio do Beira-Mar

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Indeks.pt

O Indeks.pt mais do que um site é um portal de grande utilidade para o internauta. Alia no mesmo espaço os links para os sites de turismo, e-mails e portais, jornais, utilidades, emprego, transportes, comunicações, museus, saúde, fotografia, anedotas entre muitos outros. De uma forma concisa tem a informação útil à mão de semear, numa única página. Sou visitante deste site há já algum tempo e se você não o conhece, vale a pena visita-lo. Numa altura em que se está a expandir para outros países de língua portuguesa e não só, também começa a entrar em Espanha.
Unindo povos através de serviços que todos nós utilizamos.
Acompanha a evolução, e com o crescente fenómeno da blogosfera, foi criada a página do Blog Indeks (ainda em fase beta) organizando os blogs lusos por temas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Serviço Público

Hoje, e só hoje, vou ser voluntário. De uma causa perdida, vou ser, imagine-se Funcionário Público da República Portuguesa, sem esperar moedas de ouro. Assim, tal e qual. Sou um gajo porreiro, pá!
Vou propor a contratação para o Ministério Público (ou púbico, tal a brocharia que grassa por lá entre quatro e de quatro paredes) de um juíz que dê pelo nome de Abre a Pestana. Verdadeira estrela polar que alumia qualquer canto sombrio de luvas mal pagas.

Por exemplo, Manuel Dias Loureiro, um caso amnésico, verdadeiro case-study de comprimidos para cagar.
Meu menino o que tu disseste na entrevista da Judite, para mim seria o suficiente para te deter.
Mas como o nosso sistema judicial deriva de estudantes testadores de colchões Colunex, existe, uma casualidade stricto senso. Eu adoro dormir, e quando jovem, por vezes a gente precipita-se, e se soubesse, da área académica do dormir, não teria escolhido a arte suada do trabalho. Mas, sim a do tacho reluzente, faltou-me o inglês técnico. Malditas borgas universitárias!

Se fosse Medicina, aos comprimidos para dormir receitava os comprimidos para acordar, talvez tenha faltado às aulas de ética comportamental.

Neste serviço Pro Bono, trago uma peça musical (que deve ser ouvida até ao fim) do maior rapper da diáspora lusa, Valete.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A aprendizagem como forma de cura e vice-versa

Nascemos para aprender e para nos curar como binómio evolutivo de nossas existências. Evolução essa no plano consciencial abarcando todos os aspectos comportamentais do Ser Humano e suas interacções com tudo o que o envolve. Este processo é repetitivo e vem de há séculos, o início não se sabe, presume-se através de micro-organismos que, por via de vidas em ciclo repetitivo e a consequente adaptação ao meio, sobe-se mais um degrau no infinito caminho da evolução. É assim há muitos e muitos milhões de anos.

Não temos base de comparação para níveis evolutivos superiores, mas provavelmente, os haverá. Tema complexo a aprofundar noutra altura. Mas temos como certo, ou seja, do conhecimento geral, níveis inferiores de existências animais, vegetais e de sub-humanidade. Ela não é medida nem pelo plano material nem pelas certificadoras de conhecimento, vulgo Universidades. Hoje já não existe o monopólio do conhecimento, a informação está aí, para quem a procurar, filtrar e estudar. Longe vão os tempos em que determinadas classes sociais controlavam o conhecimento, nomeadamente o clero e alguma burguesia.

Constatamos a falência do sistema capitalista, que principalmente nas últimas 3/4 décadas precipitou o descalabro iminente. Grandes concentrações populacionais, desenraizando gente de suas terras, mão-de-obra intensiva em empresas cada vez maiores derivadas da concentração e fusão do capital. Os trabalhadores deixaram de ser pessoas, para, passarem a ser números contabilizáveis numa qualquer folha de balanços, com grande probabilidade de ser fraudolenta, mas, enriquecedora de muito poucos.
As desigualdades sociais a par da cada vez mais injusta distribuição da riqueza gerada por todos, gera e gerará graves conflitos sociais de consequências imprevisíveis.

Não nos esqueçamos que as massas populacionais precisam de se alimentar todos os dias, e várias vezes ao dia.
Anseiam por conforto e segurança.
Pretendem o livre acesso à informação e à cultura.

Mas o definhamento do sistema, que começa a dar sinais espasmicos de quem já não consegue controlar da forma que queria, vai esticando a corda de uma maneira que cada vez exista mais gente que vai acordando de uma catalepsia induzida.
A insegurança, principalmente, a laboral está aí em força com o escudo de uma suposta crise criada pelas elites dominantes. Quando já vivemos em crise há muito, muito tempo.
Quando se fala em elites dominantes, não são os políticos ou os admnistradores que você conhece, pois eles próprios fazem parte de um mecanismo, mas, desconhecem "the big picture". Estas elites são supra-nacionais, agrupadas em clubes, grupos, tríades, lojas e afins. São estes que passam os pensamentos e mentalidades de actuação que depois são reatransmitidos, percorrendo toda a cadeia alimentar hierárquica. Com grande probabilidade, o meu caro leitor pode estar imbuído dessas ideias sem se aperceber a origem. Mesmo que se questione o porquê, da sua vida apertada e difícil, não lhes descobrirá os rostos.

Mais grave, é o chamado Terceiro Mundo, uma espécie de rating da sub-humanidade que, dá pelo nome de FMI ou Banco Mundial, por exemplo, existem outros.
O Terceiro Mundo grande cliente dos gigantes farmacêuticos, onde despejam produção em excesso e fora de validade, excelentes cobaias para experimentos em escala maior sem o saberem.
A indústria do armamento também é sua amiga, o Terceiro Mundo é um dos seus clientes preferenciais.
Por isso têm gestores de clientes especializados em cada área. São colocados no altar do poder líderes que mantenham o contínuo fluxo de compra e venda.
Que morram milhões de pessoas, seja estropiadas pela mais alta tecnologia militar, ou através, de doenças, que importa isso?
Importante é a solvabilidade e os ratings financeiros para apresentar nas praças financeiras do outro lado do mundo e garantir que o investimento em determinadas acções é sólido e garantido.

E à insanidade cultural, presa a tradições religiosas e sociais que amputam qualquer laivo de liberdade consciencial em vários pontos do planeta.
Como por exemplo a sociedade de castas da Índia, com reflexos nos países vizinhos, Bangladesh e Sri Lanka. Onde uma das tarefas de organizações internacionais é esclarecer as populações para não defecarem a solo aberto, principalmente, nos riachos contaminando a água que as pessoas bebem por ser a única disponível. Havendo casos únicos no planeta, em que, crianças morrem com lombrigas de meio-metro que lhes destroem os orgãos internos.
Agora pergunte a você próprio o seu dilema existencial, se deve comprar um apartamento de 4 ou 5 assoalhadas, ou em que restaurante irá almoçar, ou que carro comprar. Que stress!
Não esquecendo as milhares de crianças em Calcutá que vivem nos labirínticos esgotos da cidade. E as milhões de crianças, que nasceram nas favelas do hemisfério sul que nunca na vida aprenderão sequer uma letra do abecedário.
Passando pelas sociedades do médio-oriente mais radicais, que por-se nascer mulher, será sempre considerada um indíviduo de 2ª categoria com direitos fortemente restringidos.

Por isso, e por tudo isto, a libertação espiritual do Ser é o caminho, como forma sublime no entendimento do meio envolvente e de entendimento da condição do outro.
O entender isto, abre o caminho da serenidade, nunca uma brazonada superioridade ingénua, mas, um traço-força real de que, ninguém é superior ou inferior ao EU. Constata-se e respeita-se as várias condições evolutivas, pois todos percorremos os mesmos caminhos e a respiração liga-nos, logo com experiências diferentes somos iguais.
Enfrente os seus medos, ouse, abra avenidas pensénicas no seu cérebro, questione e procure informação.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

V Farra Blogosférica

Mais uma farra blogosférica ocorrida no dia 6 de Fevereiro na Casa das Lamejinhas - Lançada ao pé do Montijo. Aos já habituées destas andanças; Marreta, Kaos, Kaotica, Mariazinha, Ferroadas, Raposa Velha, Arrebenta e Zorze juntaram-se novos convivas que se por um lado já os conhecíamos através da leitura dos seus blogues, ficamos agora a conhece-los fisicamente, são eles; a Safira, o BabyBoySwim, o José Esprimido (que fez algumas centenas de Kms. para estar presente), o Jorge Borges, a Bilros&Berloques, o Arteyetc, o Tripa Seca e a Eva.

É assim a riqueza da blogosfera, a divergência de opiniões num ambiente de liberdade. Sou contra um mundo cinzento e de visões únicas. A complexidade do pensamento Humano é de natureza livre e através da inteligência comunicativa consegue abrir pontes de diálogo e entendimento. Algo que os grandes grupos que dominam o Planeta querem destruir, tornando as populações amorfas e não questionem porque têm de viver vidas por ele determinadas.

Depois das enguias (nem todos tiveram coragem de as provar) fomos em comboio para o Kaxaça no Montijo, que estava muito agradável, principalmente na área em que ficamos, música mais tipo chill out.
Por volta das 4H e já um grupo muito reduzido ainda deu um salto ao mítico Jamaica no Cais do Sodré. Por volta das 6H e pouco ainda se tomou o pequeno almoço num tasco em Alcântara, uns foram para as bifanas e outros para uma bela feijoada com um copito de vinho tinto.

Fica-se a aguardar a VI Farra Blogosférica que estou certo em que aparecerão novos convivas e outros que também já participaram em encontros similares.
Deixo um vídeo efectuado com um telemóvel de meia geração no Jamaica, note-se a excelente qualidade de imagem e som, e reparem para o ambiente extrafísico, para quem tiver íris para tal.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

7 secundos

7 secundos, fecundos e moribundos. Eu acredito num mundo de flores, de entendimento, de compaixão e de serenidade intelectual. Vivemos os tempos fascinantes do fim da sub-humanidade.
É um tremendo privilégio viver fisicamente tal evento agendado para 21/12/2012.

Por incrível que pareça, o País que escolhi para nascer, tem todos os condimentos gustativos mentais.
É o caso Casa Pia dos pedófilos panascas que teimam em não ir presos. Lembro o filme "Apocalíptico", esta faca já chamou a si muitas vidas.
É o Freeport que mesmo em saldos rendeu campanhas promocionais a primeiro ministro, com um inglês técnico de fazer corar de vergonha o príncepezinho Edward e sua cara metade.
É a Taça da Liga, que ainda, não vislumbraram o semi-finalista, tendo juízes de créditos comprovados a estudar estatutos e códigos para colmatar tal falha organizacional.
Talvez seja por isso que lá fora consideram Portugal um País de ciganées que mal sabem ler e escrever e não só.

Fica o vídeo de 7 seconds, gravado em simultâneo por Neneh Cherry (filha do vento que deixou uma semente a germinar) e Youssou N'Dour (pura magia africana), a combinação resultou uma magia mágica de momentum. O tentar fazer entender que todos somos um.

Como nota final, não podia deixar de agradecer a dois blogs excelentes, o Fliscorno pela sua árvore de Natal (agradecimento póstumo) e ao Portugal dos Piquininos (só agora é que reparei, só vejo o meu mail de três em três séculos!) pelas suas brilhantes prendas. Os selos estão gravados a ouro nas realidades plasmadas deste espaço, quiçá, virtuelle.