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domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti


Em 1804, o Haiti torna-se na primeira colónia de escravos a rebelar-se contra a força dominante, e daí, formarem um Estado independente. Os então ex-escravos tomavam para si a organização de um território que foi cedido em 1697 por Espanha à França.
Ilha que foi visitada por Cristóvão Colombo em 1492 e baptizada por Isla Hispaniola.
No Séc. XIX, por ser um território de escravos independente, foi votada ao abandono. Conquistada e re-conquistada inúmeras vezes, a sua história é feita de mortos e de escravidão.
No Séc. XX após 1915/34 de domínio norte-americano e duas administrações falhadas é eleito em 1957, François Duvalier, também conhecido por Papa Doc. Com uma ditadura feroz, protegida por um terror policial dos tontons macoutes (bichos papões) e na exploração do vodoo, torna em 1964 a sua presidência vitalícia. Exterminou a oposição e perseguiu a igreja católica.
Morre em 1971 e substituído monásticamente pelo seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc.
Sucedem-se várias governâncias, entremeadas de caos na sociedade, confusão, para-militares até à chegada de um padre esquerdista, apoiado sub-repticiamente pela a administração norte-americana, Jean-Bertrand Aristide.
De golpadas em golpadas, enquanto o País vivia mergulhado e em sentido descendente numa pobreza cada vez mais atroz, em 2004 o Conselho de Segurança das Nações Unidas cria o MINUSTAH - Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, no qual foi designado para seu comandante militar o general Augusto Helena Ribeiro Pereira, do exército brasileiro.
Pode-se ver aqui, a história, a política e a geografia do Haiti.

A 12 de Janeiro, o Haiti é assolado por uma onda de choque sísmica na escala 7.0 de Richter, que trespassa um território habitado por um povo extremamente carente de tudo, vergastando de alto a baixo o que em segundos se tornou em ruínas, em pó e morte, descontado as feridas e cicatrizes que só o "longo tempo" irão cicatrizar.
Apesar da enorme corrupção que grassa na ONU, organização onde cada um trabalha para si e per si, ainda é a única que no terreno, tem as valências capazes para coordenar infra-estruturas logísticas.
Por outro lado, ainda mais negro, a criminalidade organizada já tomara o País, que geo-politicamente, encaixada no delta do Mississipi, rota de contrabando e de tráficos múltiplos.
É um estado tomado pelo narco-tráfico, tal como, a Guiné-Bissau.
A denominação Restavek, também é oriunda do Haiti. São crianças filhas de gente muito pobre, que nada têm para oferecer, e antes de que vendidas, são dadas, a famílias menos pobres. São criados para todo o serviço, as meninas engravidam dos serviços a que são obrigadas.
Logo de pequenitos, o seu mundo é o chicote e a inocência destruída que lhes trespassa o corpo ainda frágil e pouco vitaminado.

Não deixa de ser sintomático, um País paupérrimo, fotografia de um Planeta compartilhado por todos os viventes.
Além dos vivos, hoje sobreviventes, há que cuidar dos mortos. Tanta energia de mortandade, de desgraça e de desespero, exala para os céus energias muito densas. Energias essas aproveitadas por grandes assediadores extrafísicos para usarem noutras ocasiões futuras e de consequências não determinadas. Não será de admirar, o incremento de fenómenos poltergeist.
Consciencialmente me tendo voluntarizado para o encaixe de recém-chegados a novas dimensões e sua distribuição em comunidades etéreas, ao que parece, esse espaço é de difícil achego.
Derivado de karmas muitos intensos, de sociedades escravizadas e mais recentemente das crenças de bruxarias e vodoos, nas quais aprimoram consciências extra-físicas que dominam o território suportados por bruxos e bruxas que linkam a essas dimensões, sem perceberem bem o que mexem.

O Extrafísico, está com os vivos e com os mortos. Está ainda com os que ainda proximamente irão morrer num futuro muito breve. Está com os que irão ficar com marcas bem inculcadas na psique. Está também com os animais.
Está com a vida e com um olho na morte, tudo é importante...
Mesmo nos rituais de chamamentos, considerando que é uma área de difícil entrada, aliás todo o Caribe dos finais do Séc. XX e inícios do Séc. XXI, apesar de haver gates ténues, existe sempre, quem esteja trabalhando...

5 comentários:

  1. Já que não podemos lá estar para ajudar aquele Povo fica aqui o nosso apoio espiritual a todos os Haitianos. Vamos todos cooperar com a ajuda que pudermos dispensar. Um pouco de cada um faz muito no final.
    Abraços.

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  2. gOSTEI DESSA zORZR: a corrupta ONU foi creada pelos imperialistas norte-americanos que a dominam completamente e que por saberem que aquilo é uma palhaçada, agora chegaram ao Haiti e já puseram a ONU off-side, dizendo que quando estão no terreno não reconhecem o comando de ninguém.

    Abraço!

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  3. - Ignorância espiritual generalizada. Semeiam-se ventos por este mundo fora.
    Aguardemos pelas frutas e flores.
    Os meus silêncios para todas as vítimas, de todos os haitis.

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  4. Eu não acredito, como sabes, num espírito independente do corpo. Isto foi um massacre da natureza ajudada pelas agressões de países estrangeiros.

    Abraço

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  5. Aqui está uma bonita homenagem, Zorze.

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