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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Assim não vamos lá


Com o país a endividar-se a 2.500 milhões de euros à hora, não vamos lá, concerteza. Não interessa quem os apresenta, com que sentido ou interesse. O facto, é que este número é real e é o nosso contínuo desastre.
A entrada na C.E.E. e os fundos que daí vieram, criaram uma mentalidade de subsídio-dependência e de que tudo era fácil, os políticos que os negociaram, esconderam a verdade, a de que haveria custos e contrapartidas que teríamos de vender.
Vieram as auto-estradas, destruímos as pescas.
Vieram as pontes, destruímos a agricultura.
Agora, endivida-mo-nos para importar peixe e produtos agrícolas do exterior.

Nos anos 90, nesta voragem de transformar tudo em dinheiro líquido, os nossos governantes, venderam as empresas públicas mais lucrativas, o dinheiro daí resultante e da má gestão crónica dos sucessivos governos PS e PSD, desapareceu derretido. Nos finais dos anos 90, começamos um endividamento galopante, uma bola de neve imparável.

Dessas empresas públicas lucrativas para o Estado, o que resta hoje, são empresas descaracterizadas, onde a maioria do capital já está em mãos estrangeiras e delas não se conhecem as verdadeiras faces, escondidas atrás de fundos, grupos económicos e agências de investimento. Os quais, como é óbvio, interessa-lhes só e só o lucro, a qualidade e o serviço à população é outra história.
Mas o que interessa a um investidor chinês, saudita ou norte-americano, que o Arnaldo Fonseca é mal atendido num hospital-empresa por um funcionário cansado e explorado, que após a redução de pessoal trabalha por dois, ou que Vila Nova de Baixo tenha um mau serviço de electricidade por não ser rentável a instalação de um sistema eléctrico para meia-dúzia de papalvos.

Nos últimos anos a imoralidade, a falta de ética tem-se agravado a uma velocidade alarmante, traduzida em prémios e bónus, a entrar claramente e com os dois pés na mais completa falta de respeito humano.
Por exemplo, um administrador de uma empresa ganhar um prémio de 3.000.000 de euros, é muito bom, sem dúvida!
Mas para atingir os objectivos que lhe garantiram o prémio, dependeu de uma série de gente que trabalhou na prossecução desses objectivos, ou seja, um sem os outros, não seria nada. Vejamos um funcionário médio de determinada empresa que aufira 30.000 euros por ano, precisaria de 100 anos contínuos de trabalho, para chegar a esse montante dado de uma só vez, ao pseudo-visionário e estratega da gestão. Por outras palavras, considerando que nos tempos actuais, um trabalhador/colaborador/funcionário (conforme a disposição ideológica) labora uma média de 30 e poucos anos, resulta que precisaria de 3 vidas laborais inteiras para auferir tal rendimento, e não é preciso acreditar na reencarnação... é só uma questão de fazer as contas.

Por isso, não se deve apostar num discurso negativista ou derrotista. Para muito boa gente, Portugal é muito bom.
Um exemplo comparativo, o governador do Banco de Portugal, tem um salário superior ao seu congénere norte-americano.
Esta chafarica - Portugal - que num contexto mundial tem a dimensão de uma média-grande cidade em termos populacionais tem rendimentos superiores a países de grande dimensão, tornando este país num dos mais injustos no que toca à distribuição da riqueza criada, mesmo que pouca, ainda se vai fazendo alguma coisa.
É pena, que as elitezinhas lusas, de má formação cívica, de notória falta de ética e cheias de má fé, não tenham aprendido a fazer contas de dividir.
Digo eu, que estão a trabalhar contra elas próprias, mas é só uma opinião minha, o futuro nos dirá...

Por isso, seria uma razão atendível, a demissão de todos estes governantes PS/D, alias, até seria legalmente atendível, a bem da nação.

4 comentários:

  1. Faz como eu. Há muito tempo que não voto em qualqer dos 5 partidos de assento parlamentar. E faço apelo ao voto em qualqer partido "mais pequeno", pois qualquer um dos outros já provou que não têm capacidade para fazer o que quer que seja.


    Saudações Chaladas

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  2. Olha Zorze tens toda a razão...concordo com tudo !!!!

    Abraço.

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  3. Só a ilegalização do PS e do PSD e a expulsão de todas as suas chefias poderá salvar este país.

    Um abraço anti PS/D

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  4. O endividamento é deliberado. Sócrates e os governos anteriores tudo fizeram para gastar à tripa forra. Quem ganha, naturalmente, são os bancos.

    Não é por acaso que o BCE está, por estatuto, proibido de emprestar a Estados, apenas pode emprestar a bancos. De forma que empresta a 1% aos bancos, que por sua vez emprestam aos Estados a 4, 5 e 6%.

    Abraço

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