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domingo, 18 de julho de 2010

A lógica ilógica


A lógica existencial em que vivemos em conjunto, a lógica demencial da rentabilidade.
Os idosos, os desempregados, os enfermos, os excluídos sociais, as crianças "ainda não produtivas" e tudo o que não seja rentável, está descartado desta lógica vivencial.
Esta é a lógica do colapso, e já estivemos mais longe!

Muito boa gente fala da crise, desta crise... Mas este mundo, onde estamos todos ligados, sempre esteve em crise.

Na parte financeira, um bode expiatório, normalmente a parte mais fraca, normalmente o mexilhão, Jérôme Kerviel um; trabalhador, funcionário ou colaborador..., conforme a disposição ideológica de cada um, foi acusado da maior fraude bancária da europa.
Em Janeiro de 2008, as suas apostas implicaram perdas à volta de 5 mil milhões de euros à Société Générale, o banco francês logo se pôs em contigência comunicacional, ninguém sabia de nada.
Ostracizaram o trabalhador, funcionário e colaborador e mantendo os mantras do rigor e da transparência.
Só que o pujé, sem o salário, lança um livro, em que no essencial diz que tudo continua na mesma e que tudo o que fez, foi com o conhecimento dos vários patamares hierárquicos no banco em laborava. Como em todo o mundo, a insanidade financeira continua, apesar das máscaras do rigor e da transparência.
Estes "pormenores" são brutalmente incentivados e muito bem pagos, quando a coisa corre mal, é fácil queimar jovens oportunistas e imbuídos de ambição.
Nick Lesson, teve um azar tremendo, o terramoto de Kobe, em Janeiro de 1995, que leva os mercados asiáticos ao desespero, levando o banco Barings ao colapso.
Como também, Yasuo Hamanaka, outro grande perdedor, causou perdas de aproximadamente de 2.6 mil milhões de dólares ao longos de dez anos em operações não autorizadas no mercado de cobres em Londres.
Às vezes o sistema avaria...

Em Portugal, onde a doença mental, atinge os maiores níveis da europa, a outrora sedutora. O país encontra-se com uma "prevalência altíssima" de 43% de portugueses que sofreram de perturbações mentais ao longo da vida, sem contar com os não-contabilizáveis por uma constante desoneração dos vários ministérios da saúde, ou seja, outros tantos que andam por aí e não diagnosticados, e desses, muitos disfarçados com máscaras sociais e comportamentais, pululam em cargos públicos e alguns de chefia.
Pela regra da proporcionalidade, no governo, na assembleia da república e em todos os cargos descendentes, teremos por amostragem níveis elevados de retardos mentais em lugares executivos. No privado o mesmo percentual.

Daí, se perceba, que eles não sabem do que falam, navega-se à vista, dia-a-dia. No parlamento enquanto se fecham entre eles, com o absoluto desprezo de um povo iliterato, fazem exercícios de quem tem o Q.Izinho mais espertaniço. Complementados com os especialistas da política.
Falam do tudo e do nada, ou seja, falam do que não sabem. Atiram para ao ar, especulam, descontextualizam e alimentam larachas do politicamente correcto.
Inocuidades sobre inocuidades.
Falam de neo-liberalismo, de ultra-liberalismo, de ideais fascizantes e de extrema esquerda.
Eles não sabem o que fazem, e não sabem do que falam, pois até se contradizem, nas suas parcas ânsias de pensamento.
Perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem e do que falam... amadores e políticas em cima do joelho!

No começo, destas ideias, na Revolução Francesa, com o signo "Fraternidade, Liberdade e Igualdade", nascida em pura contradição. Fraternidade, quase zero.
E onde há liberdade, não pode haver igualdade, sendo o contrário também verdade.
A matriz nasce de base errada... logo muitos dedos em riste, não saibam que gritam matrizes ideológicas contraditórias por natureza de ordem.
E a maior parte destes seguem as directrizes das organizações supra-nacionais, as que verdadeiramente mandam e as quais os mass-media fogem como o diabo da cruz, pois há uma lógica por detrás.

Quando a coisa é mais simples do que parece, basta ser e fazer as coisas certas, dentro de uma lógica de saber-fazer, ética e bom senso.
Mas isto é chinês, para muita boa gente...



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

7 comentários:

  1. «E onde há liberdade, não pode haver igualdade, sendo o contrário também verdade.»

    Porquê?

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  2. Diogo,

    São conceitos contraditórios, onde prevaleça um, deixa de haver o outro. Não existe coexistência.
    Óbvio que na Revolução Francesa, com todas as boas vontades que existem nesses momentos, estariam-se a referir à igualdade de oportunidades, de direitos.

    Só que quando se aprofunda a verdadeira essência destes conceitos, vamos chegar à conclusão de que são diametralmente opostos.

    Abraço.

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  3. O que me preocupa mesmo são os tais mentecaptos camuflados que estão na assembleia, em cargos desgovernativos e em lugares de chefia. Cá no meu poiso laboral tenho alguns exemplos que eu já há muito detectei como possíveis casos passíveis de engrossar o tal lote.
    Eu, provavelmente também me incluirei no pacote dos retardados mentais, mas felizmente não tenho pretensões a desgovernar nem a chefiar ninguém.

    Saudações do Marreta.

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  4. A Igualdade e liberdade não são contraditórias.

    Imagina dois putos de 10 anos que vivem na mesma rua, que andam na mesma turma, cujos pais têm o mesmo poder de compra, os dois com bicicleta, trotineta, playstation, etc. Em suma, são iguais, em igualdade e em liberdade.

    Dentro de pouco tempo, quando forem as máquinas a fazer todo o trabalho, terás esta situação para os adultos.

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  5. Bora pá revolução ? menos filosofia e mais acção ? bora dar a volta a isto ? insubordinação geral do país nas ruas, nas empresas, etc....? bora....


    Abraço.

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  6. Olá. Só passei para deixar um abraço. Belo texto, só é pena que se fale e se escreva, fazer ninguem faz e os que fazem lixam-se. Devem estar a espera de outro Salgueiro Maia. Enfim, muita parra e pouca uva.
    Organizem-se a lutar, da mesma maneira que são bons a escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever.
    Bom, chega, Abraços.

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