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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Madeira


Na madrugada de Sábado passado, a belíssima ilha da Madeira foi assolada por um tremendo aluvião, termo que lá denomina, uma mistura de tempestade com inundação.
Nas primeiras imagens televisivas, que nos chegavam, não dava para perceber que se estava perante uma verdadeira catástrofe. Com o correr do tempo, se foi apercebendo, tristemente, diga-se de passagem, que o evento era bem pior do que se suponha à partida.
Resultando em mais de 4 dezenas de mortes, centenas de feridos, centenas de famílias desalojadas, sem contar com os desaparecidos.
Choveu em cinco horas o que a ilha regista num ano inteiro em pluviosidade.

Não interessa agora os bitaites de excelsos sapientes que nestas horas, sempre surgem a criticar o que deveria ter sido feito ou não.
No antes também não disseram nada. No após e como sempre nestas ocasiões, a concorrência comentarista é sempre farta.
O que na realidade aconteceu foi um imponderável. O Homem constrói até um determinado nível de segurança, depois do limite das margens de segurança a Natureza de vez em vez mostra que somos pequenos perante a sua força violenta e incompreendida.

O que se espera do Homem, agora que já passou. Passou o que aconteceu.
É a capacidade de reacção. Para tornar a ilha bonita, como era.
É preciso dinheiro, braços fortes, coordenação e principalmente ajustamento e ligação entre as várias instituições que podem intervir no terreno.

Os vivos que cuidem dos vivos. Os mortos que sejam amparados pelos que do outro lado existem.

2 comentários:

  1. E também que se aprenda alguma força em relação à forma como a natureza funciona.

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  2. "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem."
    Vem aí a Primavera e a Madeira voltará a ser jardim. Das pessoas que por ali vivem em encostas de pobreza? Nenhum Jardim se preocupou muito com elas! Vão continuar a viver até morrer!
    Um abraço flor que se cheire

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