A 12 de Junho de 2000, ocorre um evento no Rio de Janeiro - Brasil, que ainda hoje, tal evento, é considerado por alguns o 11 de Setembro brasileiro, despoletou uma espécie de catarse nacional. Evidenciando um problema que muitos o vêem, ou viam, como invisível, os meninos de rua.
O evento sucedido, foi um sequestro de um autocarro, por um desses meninos, a quem a vida não deu chance de ser menino, tão pouco de ser cidadão.
O cara em questão, era Sandro Barbosa do Nascimento, por sinal Ser Humano, com uma vida marcada desde o nascimento pela pobreza, sem registo de número de segurança social, serviço de saúde ou qualquer tipo de identificação civil, igual a muitas outras. Onde crescer é uma afronta, sobreviver é fazer novas contas de probabilidades matemáticas. Sem escola, sem os mínimos de valores a seguir e principalmente com uma total carência de Amor, onde a lógica que a vida forma é matar ou morrer.
Foi empurrado para pivete de rua, onde, a sorte de um é o azar do outro. Crescem num ambiente onde não tem como.
Por coincidências muito estranhas da História, esta última, pinçou um protagonista, que teve o seu momento de poder e domínio, um menino que no seu fundo era bom e não tinha intenção de matar.
Foi um dos sobreviventes do massacre da Candelária, que se tornou um escândalo internacional, pela sua brutalidade e frieza.
O evento sucedido, foi um sequestro de um autocarro, por um desses meninos, a quem a vida não deu chance de ser menino, tão pouco de ser cidadão.
O cara em questão, era Sandro Barbosa do Nascimento, por sinal Ser Humano, com uma vida marcada desde o nascimento pela pobreza, sem registo de número de segurança social, serviço de saúde ou qualquer tipo de identificação civil, igual a muitas outras. Onde crescer é uma afronta, sobreviver é fazer novas contas de probabilidades matemáticas. Sem escola, sem os mínimos de valores a seguir e principalmente com uma total carência de Amor, onde a lógica que a vida forma é matar ou morrer.
Foi empurrado para pivete de rua, onde, a sorte de um é o azar do outro. Crescem num ambiente onde não tem como.
Por coincidências muito estranhas da História, esta última, pinçou um protagonista, que teve o seu momento de poder e domínio, um menino que no seu fundo era bom e não tinha intenção de matar.
Foi um dos sobreviventes do massacre da Candelária, que se tornou um escândalo internacional, pela sua brutalidade e frieza.
No vídeo em cima, Bruno Barreto, realizador do filme "Última Parada - 174", em entrevista diz que não querendo fazer uma denúncia social, conta uma história, colocando um ênfase mais forte na questão emotiva. Um filme imperdível.
Mas implicitamente todo o filme é uma brutal denúncia social.
A vivência de múltiplas torturas físicas e psicológicas numa criança quase bebé, a que muitos adultos sucumbiriam facilmente.
É muito fácil de julgar... Num sofá.
O evento, amplificado por uma mídia sedenta de sangue e desgraça, a juntar alguma impreparação policial da época, tornou este caso, um espelho do mundo em que vivemos.
Um simples moleque de rua, parou "O Brasil", com um revólver munido de apenas quatro balas, fazendo "pensar" toda a gente, colada na televisão. Pelos menos durante seis horas.
Da ficção à realidade, em baixo o documentário de José Padilha, dividido em 12 vídeos, com as várias visões do evento; polícias, reféns, psicólogos e bandidos.
É que em tudo, existem vários ângulos de visão. E o chão é gelado...
Mas implicitamente todo o filme é uma brutal denúncia social.
A vivência de múltiplas torturas físicas e psicológicas numa criança quase bebé, a que muitos adultos sucumbiriam facilmente.
É muito fácil de julgar... Num sofá.
O evento, amplificado por uma mídia sedenta de sangue e desgraça, a juntar alguma impreparação policial da época, tornou este caso, um espelho do mundo em que vivemos.
Um simples moleque de rua, parou "O Brasil", com um revólver munido de apenas quatro balas, fazendo "pensar" toda a gente, colada na televisão. Pelos menos durante seis horas.
Da ficção à realidade, em baixo o documentário de José Padilha, dividido em 12 vídeos, com as várias visões do evento; polícias, reféns, psicólogos e bandidos.
É que em tudo, existem vários ângulos de visão. E o chão é gelado...
Zorze
ResponderEliminarAcodei agora cheguei a casa ás 3 e tal da matina, não estive na má vida, estive empenhada para que não haja meninos desses.
Provavelmente sou utópica, o mais certo, mas acredito que podemos mudar o mundo.
Por isso luto, as coisas com crianças deixam-me desgraçada.
agora vou porque depois de um agradavél Bob marley, o atrasado Falco é uma afronta.
beijos
O banditismo, a partir de determinado ponto, chama-se guerra civil. E todos caminhamos para lá.
ResponderEliminarEsta realidade existe há muito, muito, mas muito tempo. Noutros tempos eram encobertos pela polícia, era tudo feito na surdina, pela calada. Estes factos sempre foram a realidade de São Paulo, do Rio de Janeiro principalmente. Havia a "Censura Escondida". Antes estas noticias eram publicadas em trechos muito pequenos e só começamos a ser ,levados a encarar a realidade quando os jornais começaram a dedicar grandes espaços para eles. Quando a consciência social falou mais alto foi ai que os brasileiros começaram a "ver" aquilo a que antes fechavam os olhos. Mudar? muda, mas demora.
ResponderEliminarAbraços.
Vi este filme e não imaginava como era o mundo dos meninos de rua no brasil. Eles merecem uma medalha, os meninos é claro. Imaginem-se a viver como eles, a sofrer de solidão, sem terem qualquer apoio. Se em Portugal há tanto pessoal a tomar antidepressivos que fariam se tivessem uma vida destas?
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