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segunda-feira, 29 de junho de 2009

O mundo da razão e do ego

Quando outrora os nossos antepassados se questionavam perante certos fenómenos da natureza, por falta do conhecimento de tais eventos, sobretudo os mais impactantes, atribuía a explicação a seres divinos, transcendentais. À falta de conhecimento caberia uma ilusão, como forma de resposta.
De um infindável emaranhado de condicionalismos biológicos a espécie humana desenvolveu recursos cognitivos a um ponto capaz de complexizar a imaginação e ideias, quando ao mesmo tempo ter extremas dificuldades em compreender e trabalhar a sua própria mente.
Temos exemplos de pessoas brilhantes ao nível da ciência e das artes, que comprovam a nossa imensa capacidade criadora, mas que, no campo relacional são um verdadeiro desastre. Outros patologias desesperantes.
Existem várias inteligências e atingir níveis elevados numa, não significa necessariamente o alcançar em outras. Da matemática à musical, da expressão corporal à de planeamento, da psíquica à social, entre outras. Das 7 que se conheciam, hoje vão se descobrindo mais "tipos" de inteligências.
É aqui que entra o ego na defesa da razão. Tal sentimento fruto da nossa evolução cognitiva é a semente das atrocidades históricas que parcialmente conhecemos, pois o que verdadeiramente conhecemos são pontos de vista de quem a escreve, colocando a sua razão, deriva do seu ego.
A questão é que cada um de nós não sabe gerir o seu ego e dos que o rodeiam.
Daí vêm as guerras, a imposição de ideias à força e a resistência, como contra-imposição às ideias de outros.
Se não compreendermos isto, viveremos num ciclo vicioso.
O próximo passo da Humanidade será quebrar este elo, para mais um salto. Ainda falta tempo, pois na existência do Planeta, estamos cá há pouco tempo.
É preciso dar tempo ao tempo... Descontando o facto de toda a gente querer ter razão!



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

sábado, 27 de junho de 2009

Michael Jackson

Michael Jackson, indivíduo que viveu uma vida anormal. Por volta dos cinco anos de idade já brilhava nos palcos acompanhado de seus irmãos. Eram os Jackson Five. Menino prodígio foi-lhe vedada a infância e adolescência. Escravo da editora Motown e de seu Pai que lhe chegava o cinto nas falhas dos ensaios. Trabalhava horas a fio.
Mas o menino tinha um talento natural, todo ele, era musicalidade. Na forma de cantar, de dançar e até na raiva sub-liminar que foi passando ao longo de sua carreira.
Quando entrou na fase adulta foi-se desligando aos poucos da família que o explorava e asfixiava e em 1979, já liberto de amarras, lançou o primeiro álbum a solo, " Don't Stop 'Til You Get Enough ". Tal foi o sucesso e tal a explosão de energia que chamou a atenção de outros interesses.
Aqueles passinhos - pé, joelho e anca - estavam muito à frente para a época. Todo o movimento, o brilhozinho dos olhos e a alegria como canta, mostra que à priori estávamos perante uma boa alma. Com muito soul.



Em 1984, com Thriller, arrebenta com todas as tabelas de medição de sucesso comercial. Torna-se um ícone comercial. Ano malogrado aquando das filmagens de um anúncio para a PEPSI e um acidente pirotécnico lhe causa queimaduras de 2º grau na cabeça. Começam as plásticas e daí em crescendo. Faltou-lhe um staff mais inteligente no aconselhamento.



Logo a seguir, umas das minhas preferidas - Beat it.



Com uma tremenda projecção mediática, ao nível estratosférico e com muitos "olhos" em cima dele vai ao Brasil e numa das favelas cariocas efectua o vídeo - Eles não querem saber de vocês!
Numa primeira vista, parece simples, mas as nuances estão lá.




Por esta altura a degradação física começa por ser demais evidente. Mas para quem vivenciou tal pressão mediática em nossos tempos, sem ciências sociais e teóricas capazes tecnicamente de enquadrar tão complexa vida. Não existiam bases de comparação. Eram milhões e milhões a sugarem a energia de uma só pessoa. De tão vampirizada, vai construindo couraças. As excentricidades são uma das defesas.
Num Planeta sub-humano e ainda pouco desenvolvido consciencialmente, inconscientemente vai sofrendo as terríveis purgas de inveja, meias-verdades e acusações de todo o tipo.



O vídeo a seguir foi um dos últimos, em que Michael Jackson já era uma aberração física, Cry, um dos melhores. Na linha universalista de Ser.




A sua discografia é imensa, mas fica aqui Man in a mirror, com um vídeo muito bem conseguido com uma música impressionante.

Michael Jackson - Man In the Mirror



Conheceu o lado negro da fama, com as acusações de pedofilia. Julgo que de facto o que aconteceu foi que os Paizinhos viram ali um filão de ouro para explorar. Com tal projecção mediática seria fácil forçar indemnizações de milhões.
Michael, figura tímida e de voz fininha, transfigurava-se em cima do palco. E aí era explosivo, feroz, soberbo.
Sintomático, é o álbum de música mais vendido em todo o Planeta, tratar de mortos-vivos e zombies.

domingo, 21 de junho de 2009

Continuando pelo Solstício...


Tanto haveria para dizer acerca do Solstício. Há poucos anos e sem qualquer espécie de ritualismos, o cabôclo Pena Vermelha falou comigo durante horas. Até amanhecer para desgraça do burro de carga, que dali saiu exausto. Bebeu-se vinho tinto, fumou-se cigarro, pois era o que havia, ele queria charuto, mas charuto não havia, contingências factuais.

Voltando aos tempos de hoje, depois do barzinho mágico, fui ao Modelito fazer umas comprinhas, trazia um saco já a rasgar que coloquei no banco de trás do veículo automóvel, em detrimento do porta-bagagens. Chegado ao destino e olhando para trás constato que o pack de Tisanas Chá Vermelho-Roibos está ok. Mas quanto ao saco, tudo se espalhou. Era garrafas de relax com perú no rótulo, era cartão multibanco, era o cartão do "Rei dos Frangos" e o cartão do Benfica. O papel higiénico também, tudo espalhado.

Esperançado em casa ter umas quantas putecas pagas por Berlusconi, ou ginastas do outrora regime soviético - perfeitas de corpinho - escolhidas por Stalin a dedo em dossiers bem organizados.
Esperança vã, ou tivesse a glória de uma carteira recheada de notas. Escolheria chinoquinhas, pela curiosidade de observar se se têm, de facto o pito atravessado.

Em coerência, fico-me a depenicar tremoço que faz muito bem à saúde. A maior parte considera-o um simples aperitivo. Não podiam estar mais enganados.
Leguminosa da mesma família das ervilhas e das favas. Mais nutritivo do que o leite ou a carne, embora não os substitua, o tremoço é rico em proteínas, em vitaminas do complexo B e E, cálcio, fósforo, potássio, ferro, fibras e ácidos gordos insaturados (ómega 3 e 6). É, por isso excelente para os ossos, contribui para um bom funcionamento do trânsito intestinal, ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue, o colesterol e reduz o apetite. Além disso as suas propriedades emolientes, diuréticas e cicatrizantes favorecem a renovação das células.

É por isso que o grelo tanto me seduz...

Solstício de Verão

Novas roupas eram precisas. Temos de mudar de vez em quando. O meu ADN é assim, de tempos em tempos, demanda de uma renovação.
Quanto ao layout do blog, já carecia de mudança. O outro já estava a ficar estragado, por causa das guerrinhas dos browsers. A Microsoft que através do seu Internet Explorer tem cerca de 90% dos internautas "na mão", boicota sistemáticamente os browsers concorrentes, mudando scripts e porcarias afins. Fazendo com que os progamadores livres estarem constantemente a corrigir os erros e bugs que lhes vão criando.
Por isso desde há algum tempo a esta parte utilizo o Mozzila Firefox.
O Logo mudou, pois o do próprio modelo é excelente, na minha óptica. Agora com um fluxo de energia, para o meu caro leitor, sempre que sair desta página levar uma energia mais positiva consigo.

Hoje é o dia mais longo do ano, por isso vou sair, vou para um barzinho à beira-rio, tomar uns birinaites e já cá volto. Para os últimos retoques...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Aves agoirentas


Dizia uma velhota na televisão, aquando da morte da irmã Lúcia - Vai ter uma morte horrível, horrível!

A lotaria da vida apanha o mais incauto, quando se trata, de algo normal. Desde o Big Bang que é assim. Da bactéria até ao que a nossa incipiente inteligência alcança, o Homo, que lava mais branco, ou por vezes, o mais sujo, segundo a história contada por outros Homos.
Amanhã, nesta zona será manhã, noutras serão final de tarde. É um ritmo constante que não pára.

Engana-nos, pois macaca é a coisa. Pretexto para imensas coisas, dançamos, cientes que fazemos a coisa certa, quando poderemos estar redondamente errados.
As ilusões são assim, por isso se chamam ilusões.
Não será ilusão de que amanhã pelo cú de muita gente toneladas de merda sairão. Mesmo descontando as tolerâncias matemáticas, é uma verdade absoluta, num mundo de meias verdades e taboos. Nem que de esguelha seja.
Não será ilusão que muita gente se venderá para comer ou alimentar dependentes.
Tudo depende da sorte de onde se renasceu. Por vezes essa sorte é desperdiçada, para mais tarde se lamentar.
O mundo é violento, bien tout! Azar, azareles!
Escravos, famintos e ricos, poderosos. Algo não bate certo?
Mundo estranho? Diria doente, patológico, tarado e enfermo mental.
Somos uns bichos levados da breca!

Seria doença, desejar estar numa chacra com um pequeno lago rodeado de árvores de fruto, com uma brisa refrescante, cadeirinhas de verga e umas amigas para jogar à sueca?

Quid juris?

1988, numa questão de sanidade mental, fica a música de Sade, para contemporizar.
Ou em palavras que começam a entrar em desuso, é estupendo, é formidável ou talvez bestial. A música claro, pois por outro lado, as ralações chegam e até sobram.

domingo, 14 de junho de 2009

João Rendeiro - O Cândido

Aparece agora o talentoso banqueiro - João Rendeiro - numa candura angelical a propor uma proposta aos clientes que depositaram o seu dinheiro no Banco que o arauto da finança lusa (privado, é claro) representava e, és como és, a própria imagem da Instituição.
A proposta desesperada e disfarçada, que apresenta, em traços gerais consiste em que o Banco libertasse imediatamente €100.000 a cada cliente e 20% do capital do grupo a ser distribuído aos clientes. Faltou dizer em que proporções e a forma de cálculo de tal distribuição. Mas esta suposta benesse pode conter contornos de loucura pós-traumática, visto que a marca BPP, morreu. Isso é um facto. Ou seja, os títulos deste Banco em concreto valem, talvez... Zero. Acrescente-se a liquidez da acção que diferente de zero, é nula.

Numa primeira fase houve uma tentativa de passar para a opinião pública de que se tratava do Banco dos ricos, é certo, que o vulgar Zé Mané não tinha lá a sua conta bancária, mas ir por essa via é uma enorme falácia.
Muitos sucumbiram aos anúncios em letras douradas, principalmente, na revista do Expresso. Era o Banco que tratava o seu dinheiro como ninguém, que valorizava o não-sei quê e por aí adiante. O marketing da sedução.
Descontando estes fait-divers os clientes do BPP, têm razão quando dizem estar a ser discriminados pelo Estado em comparação com os clientes do BPN. Tinha de haver um BPN para chatear.
Pois os referidos produtos de retorno absoluto, existiam nos dois bancos, tal como em todos. Técnicamente chamam-lhe produtos estruturados e o seu desenho financeiro é composto por fórmulas matemáticas algo complexas, com integrais duplos, permissas de if...then, misturados com depósitos a prazo. São mix's. Julgo até, que quem os desenha não os compreende profundamente.
Na práctica após o produto estar subscrito os running-boys deste tipo de banca investem em tudo o que lhes parece rentável. Se fizessem um fundo que apostasse nas putas da recta de Coina que apresentasse um Tier 1, cash-flow sólido e rentabilidade semi-assegurada, ali seria investido muito dinheiro de incautos depositantes. Como é que não me lembrei disto? De Coina...

O argumento do governo, é o risco sistémico. E o que é isto?
No caso concreto, apesar de o BPN ser um pequeno Banco, é um banco de retalho, generalista, com depósitos, créditos a particulares e empresas. A sua falência provocaria o calcanhar de Aquiles da banca, o levantamento em massa pelos clientes do dinheiro depositado nos Bancos. Seria a ruína do sistema, pois não há nenhum Banco capaz de pagar de volta o dinheiro depositado pelos seus clientes, num repente.
O BPP, apenas geria pequenas, médias e grandes fortunas, que com a crise e o fecho da torneira de crédito no sistema inter-bancário asfixiou rapidamente.
Os tais produtos de retorno absoluto, não têm nada de retorno, apenas a capacidade dos seus gestores e a confiança do próprio Banco. Essa quando é desfeita - a confiança - é que não tem retorno, nem absoluto, nem parcial.

Quando este Governo, na sua política de cabana, salva um Banco e deixa cair outro, mostra a sua fibra. Ou seja, quando usa o argumento dos queridos contribuintes, diz, desde que não sejam melindrados os interesses dos galifões que o suportam, está tudo bem. Salvaguardando certos e determinados interesses, esses mesmos queridos contribuintes que se desenrasquem. Estão aí os eficazes tribunais nacionais. Dito à porta de uma garagem vestido de uma suposta coragem vendida à comunicação social que come tudo.
O mesmo Estado que depois de informado por uma das suas agências noticiosas, o Tribunal de Contas, que em cinco grandes obras públicas a derrapagem orçamental cifrou-se à volta dos €240.000.000. Dava para comprar dois Ronaldo's e meio a preço de mercado actual. A sorte neste País é que se pode culpar o governo anterior, síndrome siamês - PS/PSD. E responsabilidades, tá quieto!
No caso BPP; governo, galifões e alguns outros com acesso a canais de informação preveligiados, safaram-se. O elo mais fraco, o mesmo que dizer, o resto dos clientes, que se desenrasquem.
Num País, que se auto-proclama de Primeiro Mundo, em que fundar um Banco não está propriamente ao alcance do Zé Mané acima descrito, pois tem de haver garantias e uma série de requisitos formais que o Estado tem por dever de supervisionar. Logo, por mais voltas que Vítor Constâncio dê, o Banco de Portugal tem responsabilidades nesta matéria. Apesar da fuga em frente e à espera de ver no que dá. Estratégia também seguida pelo governo.

Como o dinheiro não se materializa, e eu já o tentei, materialize-se o espírito do Rei Salomão para uma decisão Salomónica. É uma proposta tão válida como outras.

Arranjaram um problema do arco-da-velha!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Hipocrisia ou remorsos ?


Talvez as duas, sendo o remorso um factor menor e mais a falta de vergonha na cara.
O actual Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, com a maior desfaçatez ontem nas comemorações do 10 de Junho - Dia de Portugal e das Comunidades - realizadas em Santarém homenageou Salgueiro Maia. Outrora aquando era primeiro-ministro e quando a vida de Salgueiro Maia definhava por força de um cancro que o minava, o seu governo recusou-lhe uma pensão sem apelo nem agravo. Poucos meses depois esse governo aprovava pensões de cariz similar a dois ex-pides.

Salgueiro Maia merecia muito mais que essa singela pensão, pelos altos serviços prestados à nação maioritariamente cobarde e invejosa que cada vez mais se vai tornando. Uma nação de brazonadozinhos que mal sabe ler e escrever, em que educação é sinónimo onde por o garfo e a colher ou saber quando dizer bom dia e boa tarde. Cultura é beber vinho tinto quente quando se come carne.

O dia da raça como anunciado por esta figura no ano passado mostra bem o seu desprezo por um povo sofrido e meio lalau per si representado.
Mas, que raça de políticos temos! Sabem muito bem degustar a ração, desconhecendo totalmente que um dia destes irão prestar contas. Aqui ou no além...
Não estou a inventar é certo, vão se preparando, a vossa hora chegará e falsos remorsos só funcionam aqui, para inglês ver!

Sejam bonzinhos se a glória dos céus quiserem alcançar...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Psico-política



Hoje em dia, o focus é a opinião pública. Mas essa opinião não é a sua, num universo maior ela é laboriosamente fabricada, manipulada e ajeitada para que se pense que também é a sua. Depois de interiorizada você passa a defende-la e nalguns casos com paixão. Seja religiosa, política ou na área desportiva. O ser humano tem pavor de ficar sozinho, um dos medos que não consegue metabolizar.
Logo integra-se. Diminui a sua liberdade, aponta ferozmente, noutras ocasiões serenamente a manipulação dos outros. Os outros que não compartilham a sua razão, que evidentemente, de que sua é a melhor. No curso de suas curtas existências físicas, muitos mudam de grupos. Questionam, reflectem, aprendem com suas próprias experiências pessoais.
A questão, não é, se para melhor ou para pior.
A questão é que vivemos em guerra desde que o homem se apercebeu, que tomando o controlo de recursos naturais, do conhecimento e até de recursos que ele próprio dá o valor. Constatando por análise histórica que a guerra já existia antes de ele cá estar. A guerra da sobrevivência.
No desenvolvimento da sua inteligência complexizou os modos de interagir a um ponto quase infinito e sempre em crescendo.
Aqui entram as operações psicológicas. A tentação de controlar em absoluto a mente humana. Demanda que transporta para uma certeza inevitável. Os imponderáveis levam ao mais infinito.
O que nos leva a outro patamar. Aquela fronteira, onde a maior parte volta para as suas zonas de conforto. Os pseudo-sonhos que nunca os levaram a nada, a teorias florais semi-paradisíacas, ou cruelmente falando a cenoura à frente dos olhos e a enferma esperança. É assim há séculos e séculos. Vida após vida. Com mais ou menos poesia e inspiração de momento.
É a concepção que tem de ser olhada, com olho de ver. É essa que tem de ser destruida. Para que os nossos netos não nos voltem a lembrar de nós à volta de uma fogueira com guitarra e música. Mais uma vez. Cantando as vicissitudes de um mundo injusto.
O importante não é saber as siglas e os nomes dos grupos que enviam inúmeras lebres para dar a ilusão de escolha. Não é só um País sozinho que obterá a mudança.
Para quem não entenda como funciona a economia mundial, o mercado monetário, as transacções comerciais e o mercado creditício inter-bancário. No ponto temporal que vivemos é demasiadamente fácil bloquear um País inteiro, demasiadamente fácil. Agitar, baralhar, desorganizar e por fim controlar.
Até quando batalhar contra os moinhos de vento? Para quando o despertar para a realidade?
Com pão de trigo e linguiça, alguns vendem-se, outros desesperam.
Por isso a via ainda não controlada pelas elites actuais, que com as suas cada vez maiores multinacionais que fragmentam todo o processo produtivo em várias partes do mundo, gerindo melhor, laivos de revolta pelo cada vez mais Homo Manipulatus. A tal via ainda não controlada e que talvez mais assusta. A consciência do ser, parte integrante do Universo, tomando conhecimento que ele próprio é um Universo e que pode ter uma palavra a colocar, a questionar, sem melindres, livre no seu pensamento. Ganhando capacidade de discernimento de purgar o que está errado para ele, está mal para os outros e para o meio-ambiente que o envolve nesta singela etapa temporal de existência e dessa forma adquirindo experiência para outras, num processo constante de maturação.

" As operações psico-politicas subdividem-se em operações psico-políticas estratégicas, que concentram a propaganda em pequenos grupos de pessoas como, por exemplo, académicos ou especialistas, capazes de influenciar a opinião pública, e operações psico-políticas tácticas, que concentram a propaganda nas massas, por via de meios de comunicação em massa - jornais, rádio, televisão, manuais, material educativo, arte e entretenimento (Ways and Means of U.S. Ideological Expansion - A. Valyuzhenich, Fevereiro de 1971)."

Há coisas que o infantil ser humano desconhece, derivado de sua manifesta incapacidade cerebral apesar de muito bem disfarçada.



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eleições, eventualmente europeias

Após mais um período eleitoral, a que foi consignada a preocupante falta de consciência política das populações europeias através da abstenção.
Deixando campo aberto e tal como previam os grupos que vão dominando as sociedades robotizadas, que quais, robozinhos vão arranhando queixinhas, sem saberem a quem se queixarem e porque que se queixam.
Em Portugal, e com soberba satisfação congratula-mo-nos que o Partido Socialista perdeu em toda a linha e TODA a oposição cresceu.
A partir de hoje, e em termos políticos, passaremos a ter um governo de gestão corrente, aliás, a realidade dos últimos tempos. Talvez agora, sem a agência de comunicação que suportava a exteriorização do marketing ideológico.
Apesar de tudo, para os grandes grupos, ainda não foi altura para grandes sustos, apenas algumas mudanças nas agulhas que em Bruxelas e Estrasburgo gritarão serenamente os recém-eleitos. Nada do que já não previsto.
A hecatombe, já tem data marcada, não existem contingências capazes de a segurar.
Europa manta de retalhos, Europa ninho de víboras. Assim é há séculos.
Porquê agora? Que estamos à beira de uma viragem histórica para a Humanidade?
A questão europeia, são peanuts...

Em congruência total com o Universo, fica a belíssima Rita Lee com Milton Nascimento em - Mania de Você.
São fruto de para-cidades europeias antigas reubarnizadas no Novo Mundo.