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terça-feira, 21 de abril de 2009

Tribunal de Contas, afinal para que serve?

Todos os anos deparamo-nos e várias vezes ao ano com os vestutos relatórios do Tribunal de Contas. Ou são partidos políticos que ultrapassaram em muito seus orçamentos legalmente estipulados por leis da república, são obras estatais que derraparam seu custo final em mais do dobro orçamentado ou como o mais recente aviso, gestores públicos que escangalham recursos financeiros do Estado como bem lhes apetece. Não são só as multas, as contra-ordenações e as jantaradas em restaurantes de luxo. São também os serviços de prostituição, os nigerian que lhes aconchegam le rabiosque e nos quais gastam rios de dinheiro em chamadas para Tóquio. É o meu caro leitor que paga esses devaneios de quem lhe (des)governa há várias décadas. E quando a coisa não deriva para crianças. Normalmente as mais desprotegidas, as que habitam instituições de cariz social, as que não têm mãe nem pai que as reclame. Filhos do pior que as sociedades produzem.

Neste País com genética fortemente submissa inculcada por quem domina e de fraca inteligência reaccional, salvo honrosas excepções, a cura põe-se num patamar quase inatingível.
Nos dias de hoje, existem centenas de concelhos em que a Câmara Municipal é o maior empregador local. De geração em geração passa-se uma mentalidade podre. É o jardineiro, filho, pai, primo e cunhado. É a secretária, o motorista e o porteiro. Perde-se a noção da correcção e cultiva-se a ciência do compadrio.
Seguem os exemplos de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Avelino Ferreira Torres entre outros.
Argumentam - Eles fazem obra!
Respondo - Obras de merda...
Um primeiro-ministro que com inúmeras ginásticas linguísticas prova que é licenciado e agora no caso Freeport, lateraliza.
Surge agora um inglês que afirma às autoridades do seu País que corrompeu o ministro do ambiente e como processou os pagamentos. De duas uma, alguém está a mentir.

Assuma-se de uma vez por todas, que o Tribunal de Contas, não é Tribunal, apenas uma entidade estatal que emana relatórios da actividade comercial do Estado e actos de gestão dos passageiros de lugares públicos.
Em tempos idos, o meu professor de Finanças Públicas, assessor do então presidente desse colectivo, Sousa Franco. Ensinava-nos nas aulas como se desenrolava o tráfico de droga na Europa Comunitária. As praias de desembarque, os camiões TIR que a transportavam, os navios que passavam por baixo da ponte Sobre-o-Tejo carregadínhos de droga, alguns até com mulheres, como era feita a contabilização por via de empresas fantasmas e por aí adiante.
Eles sabem, a polícia sabe, o ministério público sabe e o exército sabe. Num País pequeno tudo se sabe, os meios e as leis é que os manietam.


4 comentários:

  1. Zorze

    Acalma-te!
    O Tribunal de Contas serve para o mesmo que os Provedores de qualquer coisa, a confissão e a penitência para os católicos, ou sejanão serve para nada, serve para chatear o pequenito, deixar passar o grande.
    Faz-me lembrar aquelas tias de cascais que tratam os pimpolhos mal educadissimos por você, quando os meninos destroem tudo á sua volta elas dizem "Ó Bernardo, isso não se faz!"
    E eles fazem!

    Beijos

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  2. Ana,

    Já dei um retoque.

    Beijos,
    Zorze

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  3. O Tribunal de Contas é mais um tacho, seja do PS, PSD, CDS (cof,cof), PCP ou BE (cof,cof,cof), de entidade controladora não passa de entidade controlada. Seja em que Governo for será sempre submisso.
    É bom chamares a atenção para esses factos. Continua.
    Abraços.

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  4. E mais uma vez a banda sonora escolhida é excelente e adequada...

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