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sábado, 14 de março de 2009

Bombas - Relógio

Mais uma estourou...
Tim Kretschmar, um miúdo alemão de 17 anos, entrou armado e vestido com uniforme para-militar munido de uma pistola-metralhadora Beretta e com o sopro da morte à sua volta, qual pára-raios.
Em Abril de 2007 no pior ataque escolar da história o jovem sul-coreano Cho Seung-hui (na foto) com duas Glocks na mão fustigou violentamente durante cerca de duas horas e pouco os que estavam na hora errada e no local errado no Virgina Tech, onde os colegas lhe chamavam - O chinoca de merda. Matou 32 pessoas entre colegas e familiares.
Veja aqui a cronologia dos ataques às escolas por adolescentes.

Que sociedade estamos a construir?
Melhor, que sociedade estão a balizar-nos?
Qual a capacidade de prever e entender estes actos anormais?

Sociedade compressora da vida livre, do indivíduo ter a sua dignidade salvaguardada. Do crescente controlo absoluto de comportamentos sociais.
Que contabiliza males menores, como pontas soltas ingenuamente tidas como controláveis.

É constrangedor ver os psicólogos a nadarem por completo nestes casos. Não conseguem identificar indícios, pistas nem políticas preventivas. Só conseguido analisar o pós.
Também a sociologia tendo como Pai da disciplina Emile Durkheim terá que se reinventar e encontrar novas fórmulas de estudo social.
Será necessário um esforço suplementar nestas duas áreas, principalmente, na pesquisa de novos termos, novos comportamentos, novas motivações e enquadrar no modelo vigente em que vivemos, o neo-liberalismo puro e duro, ou seja, o capitalismo selvagem. Propulsor e potenciador destes fenómenos.

O que leva estes jovens "aparentemente" bem a cometer tais actos?
Será que não têm mais nada para fazer?
Bullying não físico, mas mental? Desequilibrando lentamente a mente do indivíduo.
A maior parte tem boas condições de vida; boas escolas, playstations, computadores, televisões e acesso à informação.
A globalização também potencia fenómenos de imitação. Mas é extremamente redutor afirmar-se que os jogos de computador violentos são os principais responsáveis. Quando milhões de jovens em todo o mundo os jogam. Terá que haver um click detonador mais forte para os levar a ultrapassar em muito a linha do racional.
Estes casos têm características semelhantes, no momento têm o domínio do espaço e depois suicidam-se. Nem polícia, nem autoridades judiciais lhes conseguem deitar a mão. Encaram o acto como uma missão, da qual são uma espécie de justiceiros numa fantasia de vingança. Mas que, infelizmente é real.

Todos os imponderáveis têm que ser colocados em cima da mesa. Nada pode ser menosprezado.
Por isso todos os conhecimentos que a consciência já consegue alcançar deverão ser utilizados para prevenir e minorar este fenómeno que têm tendência a aumentar.
Alguns destes miúdos serão já ressomas de vidas passadas nos finais do séc. XIX e inícios do séc.XX, vítimas frutos da revolução industrial e da 1ª Grande Guerra Mundial. Portanto ainda estarão por nascer os tremendos karmas originados ao longo do séc. XX.
Numa lógica evolutiva um karma criado será resolvido numa vida de amor, nomeadamente, numa relação familiar; pai-filho, irmãos. Só que às vezes o karma é tão forte, e sem os intervenientes conhecerem as vidas passadas, a química negativa daí resultante, gera ódios incontroláveis, e quando os karmas são grupais, gera sentimentos brutalmente anti-sociais. Proporcionalmente estarão a nascer em maior número nos E.U.A., mas também, na Europa Central, na Rússia e Japão.
Importante seria analisar os dois a três dias anteriores destes monstrinhos dos terríveis actos. Os seus comportamentos, a maneira de olhar, a interacção relacional com a família e na escola entre outros. Pois existem indícios claros de fortes possessões mediúnicas.
Conjugando todos estes conhecimentos poderia-se, talvez, "pinçar" potenciais bombas-relógio.

O vídeo que se segue é de uma banda chamada Black Sabbath e a sua música é de 1970 - Paranoid. Na época trazia uma sonoridade diferente ao que se estava habituado. Era considerada muito violenta. Hoje pode-se considerar que tem um ritmo normal.
A mente humana tem tendência a não relativizar a importâncias das coisas.

6 comentários:

  1. Zorze

    Ora bem, não sei e como mãe assusta-me.
    Assusta-me a desumanização social, assusta-me a falta de dialogo, assusta-me as pessoas serem reduzidas a números, assusta-me uma sociedade virada para a competição, para provar que somos aquilo que parecemos ter e não o que somos no intimo, assusta-me o vazio das pessoas que devia de estar prenchido com amor, amizade, criatividade, sei lá tanta coisa boa e está oco.
    Portanto não respondi a nada, só disse que isto me assusta, muito.

    Beijos

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  2. É verdade ,com 17 anos a dizer que está farto da vida como assim com uma idade dessas,tudo bem a adolescência é dificil,mas depois matar tanta gente inocente e da familia também.
    Se queria se matar então fizesse sozinho,não eram os outros que tinham culpa da sua infelicidade ou então procurasse ajuda algum tratamento.
    Mas também concordo com o comentário da tua amiga Ana.
    beijinhos
    Susana

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  3. É o grito de quem está farto de "gritar" sem ser ouvido.

    Beijokas

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  4. Uma chave: educação...
    abraço companheiro

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  5. Zorze
    Gostava de poder perceber, o que vai na cabeça dum jovem que comete um acto desta natureza.
    Deixou de acreditar em quê e em quém? transbordou, ou sentiu faltade algo mais?
    Que tipo de necessidades, terá sentido aquele jovem?
    Lutou contra este estado de coisas, ou antes pelo contrário?
    Vale a pena pensar bem em tudo isto.
    Abraço companheiro

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  6. Amigo Zorze, situações destas já aconteceram e vão continuar a acontecer, duma maneira ou de outra.
    Hoje existe mais fluidez na informação, ela chega mais rápido a qualquer lado. Antigamente andava-se "à porrada", hoje compra-se uma arma e resolve as coisas à moda dos filmes e jogos. "Maus karmas"? "Sim".
    "Espíritos frágeis"? "Sim"
    Como disse um psicólogo amigo:
    "Freud Explica"
    Fica Bem. Isto é mesmo uma
    casadegentedoida

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