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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Catastroika


O documentário Catastroika financiado por cidadãos gregos e de outros países, rompe com o discurso do politicamente correcto, apanágio dos média que as massas incautas consomem e que tomam como verdade real.
Elaborado pela mesma equipa grega que produziu Dividocracia, o documentário em baixo segue os temas das privatizações das empresas públicas com mais detalhe, empresas em sectores chave de economias - nos dias de hoje em pseudo-soberanias - sectores tais como; comunicações, energia, transportes e água, fundamentalmente.
Empresas que durante décadas construíram suas infra-estruturas financiadas pelos cidadãos, na figura jurídica de contribuintes de Estados, para agora sob o pretexto de uma complexa crise iniciada por uma zona cinzenta e obscura financeira, alimentada pela completa desregulação dos mercados, o santo-graal de merda, onde estes vampiros ultra neo-liberais beberam o seu modus vivendi de actuação.
Na verdade, o que vivemos, não é algo desordenado, mas sim, algo muito bem planeado e construído. O que leva sempre à seguinte questão - Será que contaram com os imponderáveis?
Assistimos meio anestesiados, meio conformados, ao maior roubo da história dos tempos. A liquidação total do que foi construído e financiado pelas populações durante décadas, para passar de repente e sem pagar o preço certo,  a mãos privadas, de que não sabe muito bem quem são. Ao mesmo tempo que se vai criando a ideia do funcionário público como abominável e sugador dos recursos.
Quando na verdade, como comprovam os factos, nos países outrora privatizados, desde a energia às comunicações, desde os transportes aos sistemas de saúde, nada melhorou, pelo contrário, a qualidade dos serviços públicos deterioram-se, a corrupção não baixou e a desburocratização não se concretizou. Ficaram apenas a ser geridos por múltiplos conselhos de administração que objectivam em primeira linha o lucro ao accionista que financia (com dinheiro de terceiros, diga-se de passagem ), tão somente.
O documentário termina com uma questão pertinente - Você quer ser livre, ou viver tranquilo? As duas ao mesmo tempo são impossíveis, logo tem de haver uma escolha.


Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

sábado, 19 de maio de 2012

Os Donos de Portugal


Donos de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico. O filme retrata a protecção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza; Mello, Champalimaud e Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae e Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base. No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui. Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves. A estreia televisiva teve lugar na RTP 2 a 25 de Abril de 2012. 

Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, publicado em 2010 pelas Edições Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.

Num país gerido por meia-dúzia de famílias, nunca tantos trabalharam para tão poucos. É a sina de um povo resignado, conformado e que prefere não pensar muito na realidade que lhe transcende a sua zona de conforto. Obedecer, não levantar ondas e garantir a sua migalha, como se fosse uma dádiva de Deus...

sábado, 12 de maio de 2012

Grécia: A mudança de paradigma


Na semana passada, a crise iniciada em 2008 teve mais um novo episódio por força das eleições legislativas gregas. O povo grego fustigado pela austeridade imposta pela troika - FMI, UE e BCE, castiga duramente os "auto-aclamados" partidos políticos do arco governativo ou também chamados de partidos do consenso, que trocam entre si o poder dando a ilusão às massas que escolhem realmente alguma coisa.
É a velha escolha entre a Pepsi e a Coca-Cola, quando afinal o dono é o mesmo. Ou seja, a farsa que é na verdade, o chamado mundo democrático, quando afinal o dono é essa coisa tenebrosa, a ditadura financeira, que não tem nacionalidade e sem rosto, que se alastra e envenena as sociedades mundiais.

Do resultado eleitoral, saiu um emaranhado político que como se previa não resultou na formação de um governo maioritário, nem mesmo os tais do arco, o Pasok e a Nova Democracia - o equivalente em Portugal ao PS e PSD respectivamente - juntos conseguem obter a maioria no parlamento grego.
Dessa forma chegamos ao ponto mais crítico desta crise, ou tudo continua na mesma, ou vamos ter agora a catarse, o ponto de viragem que terá um efeito dominó de consequências imprevisíveis.
Aqui emerge a figura de Alexis Tsipras, líder do segundo partido mais votado, o SYRIZA. Como muito provavelmente irão se realizar novas eleições e com uma dinâmica de vitória em torno de Tsipras, a juntar que na Grécia o partido mais votado tem direito a um bónus de mais 50 deputados, podemos estar na iminência de ter um governo fora do arco governativo no poder. Para já e como esse facto agora pode ser real, a ditadura financeira começa a assustar-se, a começar pelas medidas que Tsipras já anunciou que irá tomar se chegar ao poder e pelas ondas de choque que provocou nos mercados financeiros por todo o mundo.
Dentre as principais: a nacionalização de toda a banca grega e a devolução por parte desta de 200 mil milhões de euros que se consideram retidos e que deveriam ser entregues ao Estado; o fim do memorando de entendimento com a troika; uma investigação apurada sobre o histórico da dívida grega, bem como, a retirada de imunidade parlamentar aos deputados.

Sem dúvida e como muitos o previram esta situação explosiva é o resultado directo dos contratos de empréstimo mal e gananciosamente concebidos que asfixiam as economias intervencionadas. A começar nos prazos curtos contratados e pior, nos juros cobrados na "ajuda" que os políticos do arco e os média gostam de renomear, o que na verdade, são terríveis pactos de agressão contra os povos que suportam estes acordos que fazem ganhar muito dinheiro aos credores. Só por exemplo em Portugal, gasta-se mais nos juros, do que na saúde e na educação, fora as amortizações de capital. Facto que mina qualquer política de crescimento e de emprego, restando aos políticos do arco discursar apenas intenções de fé.

Como resultado de todos estes capítulos da crise, temos a Grécia transformada num verdadeiro barril de pólvora, com uma série de variáveis imprevisíveis.
A variável militar, é mais outra que pode ser determinante neste processo. A Grécia com o seu medo atávico turco, dedica tradicionalmente uma boa dose do seu orçamento no ministério da defesa, só para se ter uma ideia, a Grécia depois dos E.U.A. é quem mais gasta em defesa nos países membros da NATO, principalmente na indústria de armamento alemã, o qual absorve cerca de 10% da produção militar alemã. A hipótese de golpe militar também tem uma forte probabilidade de ocorrer.

Uma coisa é certa, o status quo mudou, quando as pessoas ficam encostadas à parede e sem nada a perder, algo tem que necessariamente mudar... E vai mudar, espalhando sementes um pouco por todo o mundo.

Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Voar por cima de comboios


Há poucos dias atrás entre as 4H30 e as 5H, tive uma série de projecções da consciência sucessivas. Através de uma energia vibracional não efectuada por mim, mas sim, por uma consciência extrafísica, quiçá um amparador, realça-se a competência energética. Num estado de quase 100% de lucidez e num toque entrava num EV elevadíssimo, proporcionando em segundos a saída do corpo físico, de barriga para cima, volitando em forma de espiral ascendente, tipo bobsleigh.
No momento em que ia de encontro contra o estore da janela, entrava numa espécie de portal, tipo tubo, o qual se vislumbra apenas cores esbatidas, tal a velocidade com que nos deslocamos, além das cores esbatidas pela velocidade, as curvas e contra-curvas não se esquecem.
De repente, de uma viagem quase super-sónica, aparecemos numa outra dimensão, infelizmente o discernimento já não é o mesmo do estado de vigília física, onde as fronteiras do sonho e da projecção extrafísica se entrecruzam.
Da primeira vez, rememoro uma grande estação de comboios, já a amanhecer num dia cinzento, pelo horário estaria algures no centro da europa, volitava pelo meio das pessoas que se apressavam para o trabalho.
Nas outras voava por cima de comboios a alta velocidade, sensivelmente a 2 ou 3 metros acima das composições. Linhas férreas rectas, compridas de perder no horizonte, no meio de florestas carregadas de neblina matinal.
Era uma espécie de treino de velocidade, focando e concentrando na energia, chegava por vezes a ultrapassar o comboio, mas por poucos instantes... Até se sentia o vento a bater na cara!

... I hope ... I go ...